SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
Artigo técnico-científico
1. Artigo técnico
O artigo técnico é um texto de caráter expositivo-argumentativo cujo
autor apresenta os resultados da aplicação prática de uma teoria, transmitindo
conhecimentos do domínio da técnica.
2. Artigo científico
O artigo científico é um texto também de caráter expositivo-
argumentativo em que um cientista apresenta / defende uma tese ou refuta
posições assumidas por outrem. Deste modo, funciona como difusor de
conhecimentos científicos a um determinado público, exprimindo o pensamento
do seu autor.
2.1. Tipos
. Artigos: textos que consistem numa descrição de descobertas originais feitas
em pesquisas atuais.
. Letters (também designadas cartas ou comunicações): descrições breves de
descobertas importantes resultantes de pesquisas atuais.
. Notas breves: textos / descrições breves de descobertas em pesquisas atuais.
. Revisão de literatura: narrativa coerente sobre o estado da arte naquele
campo; resultados acumulados de muitos artigos diferentes sobre um tópico.
. Documento suplementar: grande volume de dados tabulados que são o
resultado de uma pesquisa atual.
3. Estrutura
A estrutura de um artigo técnico ou científico é variável, todavia muitos
apresentam um esquema próximo do recomendado pelo International Comittee of
Medical Journal Editors.
1. Título: identificação do tema principal do artigo.
2. Resumo: descrição sumária dos tópicos fundamentais do artigo (1 a 4
parágrafos).
3. Corpo do texto:
» Introdução:
. Definição do contexto do trabalho a que se refere o artigo, podendo
ser
acompanhado pela discussão de fontes primárias relevantes da
literatura
(com recurso a citações), sintetizando a visão atual da questão
abordada;
. Apresentação dos objetivos do estudo, sob a forma de hipótese,
questão
ou problema que está a ser estudado;
. Breve explicação do raciocínio e da abordagem e, sempre que
possível,
dos eventuais resultados do estudo.
» Materiais e métodos:
. Descrição do procedimentos adotados;
. Descrição dos métodos e técnicas utilizados;
. Descrição do modo como os dados foram recolhidos e analisados.
» Resultados: apresentação dos resultados, sem interpretação, de acordo
com uma sequência lógica e usando materiais ilustrativos
(tabelas e figuras).
» Discussão: interpretação dos resultados, fazendo referência a outros
estudos sobre o assunto e ao novo entendimento do
problema,
à luz dos resultados da investigação.
» Conclusão: síntese que reforça as ideias principais desenvolvidas ao
longo do texto.
4. Elementos finais:
» Agradecimentos (opcionais): pessoas que ajudaram na elaboração do
trabalho ou na sua redação.
» Referências bibliográficas: referência às fontes utilizadas ou citadas no
texto,
sob a forma de lista.
» Apêndice ou Anexos: opcionais e pouco comuns nos artigos científicos.
4. Linguagem
. Rigorosa, precisa e objetiva;
. Predomínio de frases curtas;
. Uso da terceira pessoa do singular.
A distinção entre os dois tipos de texto em apreço não é fácil. São ambos tipos de
texto em que prevalece a função referencial, ou informativa. Mas em que momento e a
partir de que elementos podemos distinguir um texto técnico de um científico?
Provavelmente temos de nos centrar um pouco na “cientificidade”, ou especialização,
de um texto.
Por exemplo, um artigo sobre uma nova cura para determinada doença que sai numa
revista de grande tiragem é um texto científico? É, certamente, um texto de divulgação
científica. Mas não é nem um texto técnico, nem um texto científico.
E se esse artigo estiver incluído num manual para estudantes de medicina ou de
enfermagem? Antes de mais, terá a mesma linguagem? Estou certa de que não! Será
um texto científico? Ou será um texto científico e, simultaneamente, técnico? Tem
certamente muito de científico, mas deverá ter algo de técnico, com elementos que
permitam ao aprendiz de médico ou de enfermeiro reconhecer a forma como a nova
cura a(c)tua e evolui…
E, já agora, se o artigo for apresentado numa conferência internacional dedicada à
inovação no âmbito da medicina? Neste contexto, escrito por especialistas para
especialistas, estaremos, certamente, perante o texto científico mais puro. A questão
coloca-se se ainda será, ou se também será, um texto técnico.
Do exposto poderá concluir-se que, mesmo tratando de áreas muito específicas do
saber, nem todos os textos têm um cariz científico ou especializado, e essa
especialização vai-se afunilando à medida que o destinatário se torna, também ele,
mais especializado.
Será que o percurso do texto técnico é semelhante? Será que é apenas um texto dito
utilitário? Quando compramos um aparelho novo, as instruções que o acompanham
são um texto técnico? Correspondem, sem dúvida, a um texto para o grande público,
mas não me parece que, contrariamente ao que acontece com o texto científico com
as características referidas acima, se possa dizer que se trata de um texto de
divulgação. Mas não haverá textos de divulgação sobre aquele aparelho? E o
estudante que está a aprender a fazê-lo, ou o técnico que o pode arranjar, tem acesso
a que tipo de textos? E o engenheiro que concebe e transforma os aparelhos, a que
tipo de textos tem acesso, que tipo de textos produz?
Voltando ao texto científico apresentado numa conferência internacional, que
considerámos o mais científico dos textos que abordam uma área da ciência, não será
também um texto técnico, dado que aborda, potencialmente, técnicas de cura?
Em síntese, parece-me muito difícil distinguir, assim, “en passant”, texto técnico de
texto científico. Creio mesmo que essa abordagem pode ser falaciosa. Há, porém,
características que permitem identificá-los e isolá-los de outros tipos de textos:
São ambos textos informativos;
São ambos escritos por especialistas;
Assumem ambos estilos e linguagens distintas consoante o público a que se destinam,
sendo mais herméticos se o público-alvo é também especialista da área.
Para além disso, um texto técnico, do meu ponto de vista, veicula informação que
permite o “manuseio” de um certo tipo de conhecimento, que não está,
necessariamente, separado do conhecimento científico.
In Ciberdúvidas

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Revoluções Científicas - Kuhn
Revoluções Científicas - KuhnRevoluções Científicas - Kuhn
Revoluções Científicas - KuhnJorge Barbosa
 
Resumo e Síntese
Resumo e SínteseResumo e Síntese
Resumo e SínteseVanda Sousa
 
AULA 09 - AULA DE REDACAO - EDITORIAL - OK
AULA 09 - AULA DE REDACAO - EDITORIAL  - OKAULA 09 - AULA DE REDACAO - EDITORIAL  - OK
AULA 09 - AULA DE REDACAO - EDITORIAL - OKMarcelo Cordeiro Souza
 
O problema da justiça
O problema da justiçaO problema da justiça
O problema da justiçaHelenaBray
 
Estrutura+do+ensaio
Estrutura+do+ensaioEstrutura+do+ensaio
Estrutura+do+ensaioAdriele Leal
 
Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.
Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.
Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.turma12c1617
 
Introdução e conclusão
Introdução e conclusãoIntrodução e conclusão
Introdução e conclusãoJana Kirschner
 
Idealismo e Realismo
Idealismo e RealismoIdealismo e Realismo
Idealismo e RealismoLysa Oliveira
 
Filosofia Nº 1 - 11º Ano
Filosofia Nº 1 - 11º AnoFilosofia Nº 1 - 11º Ano
Filosofia Nº 1 - 11º AnoJorge Barbosa
 
Slides sobre artigo de opinião
Slides sobre artigo de opiniãoSlides sobre artigo de opinião
Slides sobre artigo de opiniãoPibid Letras UEA
 
OS CRITÉRIOS DE UMA BOA PERGUNTA DE PARTIDA”
OS CRITÉRIOS DE UMA BOA PERGUNTA DE PARTIDA”OS CRITÉRIOS DE UMA BOA PERGUNTA DE PARTIDA”
OS CRITÉRIOS DE UMA BOA PERGUNTA DE PARTIDA”Bárbara Morim
 

Mais procurados (20)

Filosofia da Ciência
Filosofia da CiênciaFilosofia da Ciência
Filosofia da Ciência
 
Modelo de Artigo Científico
Modelo de Artigo CientíficoModelo de Artigo Científico
Modelo de Artigo Científico
 
Revoluções Científicas - Kuhn
Revoluções Científicas - KuhnRevoluções Científicas - Kuhn
Revoluções Científicas - Kuhn
 
Estrutura do-artigo-de-opinião
Estrutura do-artigo-de-opiniãoEstrutura do-artigo-de-opinião
Estrutura do-artigo-de-opinião
 
Thomas kuhn
Thomas kuhnThomas kuhn
Thomas kuhn
 
Resumo e Síntese
Resumo e SínteseResumo e Síntese
Resumo e Síntese
 
Aulão de redação -Resumo de redação
Aulão de redação -Resumo de redaçãoAulão de redação -Resumo de redação
Aulão de redação -Resumo de redação
 
Comparação entre popper e kuhn
Comparação entre popper e kuhnComparação entre popper e kuhn
Comparação entre popper e kuhn
 
AULA 09 - AULA DE REDACAO - EDITORIAL - OK
AULA 09 - AULA DE REDACAO - EDITORIAL  - OKAULA 09 - AULA DE REDACAO - EDITORIAL  - OK
AULA 09 - AULA DE REDACAO - EDITORIAL - OK
 
O problema da justiça
O problema da justiçaO problema da justiça
O problema da justiça
 
Estrutura+do+ensaio
Estrutura+do+ensaioEstrutura+do+ensaio
Estrutura+do+ensaio
 
Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.
Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.
Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.
 
Como elaborar uma resenha
Como elaborar uma resenhaComo elaborar uma resenha
Como elaborar uma resenha
 
Introdução e conclusão
Introdução e conclusãoIntrodução e conclusão
Introdução e conclusão
 
Dogmatismo
DogmatismoDogmatismo
Dogmatismo
 
Idealismo e Realismo
Idealismo e RealismoIdealismo e Realismo
Idealismo e Realismo
 
Filosofia Nº 1 - 11º Ano
Filosofia Nº 1 - 11º AnoFilosofia Nº 1 - 11º Ano
Filosofia Nº 1 - 11º Ano
 
Slides sobre artigo de opinião
Slides sobre artigo de opiniãoSlides sobre artigo de opinião
Slides sobre artigo de opinião
 
OS CRITÉRIOS DE UMA BOA PERGUNTA DE PARTIDA”
OS CRITÉRIOS DE UMA BOA PERGUNTA DE PARTIDA”OS CRITÉRIOS DE UMA BOA PERGUNTA DE PARTIDA”
OS CRITÉRIOS DE UMA BOA PERGUNTA DE PARTIDA”
 
A ciência normal e a extraordinária
A ciência normal e a extraordináriaA ciência normal e a extraordinária
A ciência normal e a extraordinária
 

Destaque

8г теорема менелая_чеви_мовчан
8г теорема менелая_чеви_мовчан8г теорема менелая_чеви_мовчан
8г теорема менелая_чеви_мовчанdaniil chilochi
 
Looking into a quantum entanglement photonic chip
Looking into a quantum entanglement photonic chipLooking into a quantum entanglement photonic chip
Looking into a quantum entanglement photonic chipKeshav Agarwal
 
Nâng cao hiệu quả sử dụng tài sản tại công ty cổ phần phát triển đô thị từ li...
Nâng cao hiệu quả sử dụng tài sản tại công ty cổ phần phát triển đô thị từ li...Nâng cao hiệu quả sử dụng tài sản tại công ty cổ phần phát triển đô thị từ li...
Nâng cao hiệu quả sử dụng tài sản tại công ty cổ phần phát triển đô thị từ li...https://www.facebook.com/garmentspace
 
Kenho1 present kit_spacepa
Kenho1 present kit_spacepaKenho1 present kit_spacepa
Kenho1 present kit_spacepaspacepa
 
Manual Vídeo Game Atari
Manual Vídeo Game Atari Manual Vídeo Game Atari
Manual Vídeo Game Atari Ricardo Akerman
 
Advent 2016 love_message_12.11.16
Advent 2016 love_message_12.11.16Advent 2016 love_message_12.11.16
Advent 2016 love_message_12.11.16Vintage Church
 
A orozco ac3_s4_conclusiones
A orozco ac3_s4_conclusionesA orozco ac3_s4_conclusiones
A orozco ac3_s4_conclusionesantonia orozco
 
Helpful tips for Residential Waste Removal
Helpful tips for Residential Waste RemovalHelpful tips for Residential Waste Removal
Helpful tips for Residential Waste RemovalLarson Waste
 
Smith-Lemli-Opitz Syndrome1
Smith-Lemli-Opitz Syndrome1Smith-Lemli-Opitz Syndrome1
Smith-Lemli-Opitz Syndrome1llilia
 
20161210 Природные Часы, Петух и пение вовремя
20161210 Природные Часы, Петух и пение вовремя20161210 Природные Часы, Петух и пение вовремя
20161210 Природные Часы, Петух и пение вовремяAndrei A. Emelin
 
Presentación del programa de alumnos-ayuda
Presentación del programa de alumnos-ayudaPresentación del programa de alumnos-ayuda
Presentación del programa de alumnos-ayudaconvivenciaccv
 
Como te extranño
Como te extranñoComo te extranño
Como te extranñoMary Susy
 

Destaque (20)

fyqa qamar
fyqa qamarfyqa qamar
fyqa qamar
 
Autismo
AutismoAutismo
Autismo
 
8г теорема менелая_чеви_мовчан
8г теорема менелая_чеви_мовчан8г теорема менелая_чеви_мовчан
8г теорема менелая_чеви_мовчан
 
Looking into a quantum entanglement photonic chip
Looking into a quantum entanglement photonic chipLooking into a quantum entanglement photonic chip
Looking into a quantum entanglement photonic chip
 
Nâng cao hiệu quả sử dụng tài sản tại công ty cổ phần phát triển đô thị từ li...
Nâng cao hiệu quả sử dụng tài sản tại công ty cổ phần phát triển đô thị từ li...Nâng cao hiệu quả sử dụng tài sản tại công ty cổ phần phát triển đô thị từ li...
Nâng cao hiệu quả sử dụng tài sản tại công ty cổ phần phát triển đô thị từ li...
 
Kenho1 present kit_spacepa
Kenho1 present kit_spacepaKenho1 present kit_spacepa
Kenho1 present kit_spacepa
 
Manual Vídeo Game Atari
Manual Vídeo Game Atari Manual Vídeo Game Atari
Manual Vídeo Game Atari
 
Advent 2016 love_message_12.11.16
Advent 2016 love_message_12.11.16Advent 2016 love_message_12.11.16
Advent 2016 love_message_12.11.16
 
Ecuador
EcuadorEcuador
Ecuador
 
A orozco ac3_s4_conclusiones
A orozco ac3_s4_conclusionesA orozco ac3_s4_conclusiones
A orozco ac3_s4_conclusiones
 
GSD REPORT
GSD REPORTGSD REPORT
GSD REPORT
 
Presentación Biopol\'H
Presentación Biopol\'HPresentación Biopol\'H
Presentación Biopol\'H
 
Helpful tips for Residential Waste Removal
Helpful tips for Residential Waste RemovalHelpful tips for Residential Waste Removal
Helpful tips for Residential Waste Removal
 
Smith-Lemli-Opitz Syndrome1
Smith-Lemli-Opitz Syndrome1Smith-Lemli-Opitz Syndrome1
Smith-Lemli-Opitz Syndrome1
 
Reca organigrama
Reca organigramaReca organigrama
Reca organigrama
 
20161210 Природные Часы, Петух и пение вовремя
20161210 Природные Часы, Петух и пение вовремя20161210 Природные Часы, Петух и пение вовремя
20161210 Природные Часы, Петух и пение вовремя
 
Presentación del programa de alumnos-ayuda
Presentación del programa de alumnos-ayudaPresentación del programa de alumnos-ayuda
Presentación del programa de alumnos-ayuda
 
Bloque curricular
Bloque curricularBloque curricular
Bloque curricular
 
Como te extranño
Como te extranñoComo te extranño
Como te extranño
 
Teoriafundamentadaoly[1]
Teoriafundamentadaoly[1]Teoriafundamentadaoly[1]
Teoriafundamentadaoly[1]
 

Semelhante a Artigo técnico

Artigo científico e técnico
Artigo científico e técnicoArtigo científico e técnico
Artigo científico e técnicoFernanda Monteiro
 
TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTIFICA.pptx
TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTIFICA.pptxTEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTIFICA.pptx
TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTIFICA.pptxMarcela Apolonio
 
Artigo científico e técnico
Artigo científico e técnicoArtigo científico e técnico
Artigo científico e técnicoHelena Coutinho
 
aula artigo iquali.pptx
aula artigo iquali.pptxaula artigo iquali.pptx
aula artigo iquali.pptxZoraide6
 
dSZ5jBu2J3NME3g.pptx
dSZ5jBu2J3NME3g.pptxdSZ5jBu2J3NME3g.pptx
dSZ5jBu2J3NME3g.pptxFSCCarvalho
 
7 texto replica o que ç um ensaio te¢rico
7 texto replica   o que ç um ensaio te¢rico7 texto replica   o que ç um ensaio te¢rico
7 texto replica o que ç um ensaio te¢ricoIaísa Magalhaes
 
Métodos e técnicas de pesquisa psicológica AULA SOBRE ARTIGO (1).pptx
Métodos e técnicas de pesquisa psicológica AULA SOBRE ARTIGO (1).pptxMétodos e técnicas de pesquisa psicológica AULA SOBRE ARTIGO (1).pptx
Métodos e técnicas de pesquisa psicológica AULA SOBRE ARTIGO (1).pptxelionaylima2
 
Apresentação artigos científicos para estagiários de psicologia (simplificado)
Apresentação artigos científicos para estagiários de psicologia (simplificado)Apresentação artigos científicos para estagiários de psicologia (simplificado)
Apresentação artigos científicos para estagiários de psicologia (simplificado)Bruno Sampaio Garrido
 
Como nao escrever um artigo engenharia
Como nao escrever um artigo engenhariaComo nao escrever um artigo engenharia
Como nao escrever um artigo engenhariaDionísio Carmo-Neto
 
Manual 20 estilo_20elabora_c3_a7_c3_a3o_20trabalhos_20cient_c3_a_dficos
Manual 20 estilo_20elabora_c3_a7_c3_a3o_20trabalhos_20cient_c3_a_dficosManual 20 estilo_20elabora_c3_a7_c3_a3o_20trabalhos_20cient_c3_a_dficos
Manual 20 estilo_20elabora_c3_a7_c3_a3o_20trabalhos_20cient_c3_a_dficoslfom91
 
Metodologia como escrever um artigo cientfico
Metodologia como escrever um artigo cientficoMetodologia como escrever um artigo cientfico
Metodologia como escrever um artigo cientficoProfessor Sérgio Duarte
 
Volpato como escrever um artigo cient -fico - academia pernambucana
Volpato   como escrever um artigo cient -fico - academia pernambucanaVolpato   como escrever um artigo cient -fico - academia pernambucana
Volpato como escrever um artigo cient -fico - academia pernambucanaMarines Bomfim
 
Metodologia como escrever um artigo cientfico
Metodologia como escrever um artigo cientficoMetodologia como escrever um artigo cientfico
Metodologia como escrever um artigo cientficoProfessor Sérgio Duarte
 
822 elaborando um_artigo_cientifico
822 elaborando um_artigo_cientifico822 elaborando um_artigo_cientifico
822 elaborando um_artigo_cientificoMaura Rodrigues
 
óTimo elaborando um_artigo_cientifico
óTimo elaborando um_artigo_cientificoóTimo elaborando um_artigo_cientifico
óTimo elaborando um_artigo_cientificoGerdian Teixeira
 

Semelhante a Artigo técnico (20)

Artigo cientfico e técnico
Artigo cientfico e técnicoArtigo cientfico e técnico
Artigo cientfico e técnico
 
Artigo científico e técnico
Artigo científico e técnicoArtigo científico e técnico
Artigo científico e técnico
 
TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTIFICA.pptx
TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTIFICA.pptxTEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTIFICA.pptx
TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTIFICA.pptx
 
Artigo científico e técnico
Artigo científico e técnicoArtigo científico e técnico
Artigo científico e técnico
 
Artigos cientificos
Artigos cientificosArtigos cientificos
Artigos cientificos
 
aula artigo iquali.pptx
aula artigo iquali.pptxaula artigo iquali.pptx
aula artigo iquali.pptx
 
dSZ5jBu2J3NME3g.pptx
dSZ5jBu2J3NME3g.pptxdSZ5jBu2J3NME3g.pptx
dSZ5jBu2J3NME3g.pptx
 
Oqseespera
OqseesperaOqseespera
Oqseespera
 
15.ppt
15.ppt15.ppt
15.ppt
 
7 texto replica o que ç um ensaio te¢rico
7 texto replica   o que ç um ensaio te¢rico7 texto replica   o que ç um ensaio te¢rico
7 texto replica o que ç um ensaio te¢rico
 
Métodos e técnicas de pesquisa psicológica AULA SOBRE ARTIGO (1).pptx
Métodos e técnicas de pesquisa psicológica AULA SOBRE ARTIGO (1).pptxMétodos e técnicas de pesquisa psicológica AULA SOBRE ARTIGO (1).pptx
Métodos e técnicas de pesquisa psicológica AULA SOBRE ARTIGO (1).pptx
 
Apresentação artigos científicos para estagiários de psicologia (simplificado)
Apresentação artigos científicos para estagiários de psicologia (simplificado)Apresentação artigos científicos para estagiários de psicologia (simplificado)
Apresentação artigos científicos para estagiários de psicologia (simplificado)
 
Como nao escrever um artigo engenharia
Como nao escrever um artigo engenhariaComo nao escrever um artigo engenharia
Como nao escrever um artigo engenharia
 
Manual 20 estilo_20elabora_c3_a7_c3_a3o_20trabalhos_20cient_c3_a_dficos
Manual 20 estilo_20elabora_c3_a7_c3_a3o_20trabalhos_20cient_c3_a_dficosManual 20 estilo_20elabora_c3_a7_c3_a3o_20trabalhos_20cient_c3_a_dficos
Manual 20 estilo_20elabora_c3_a7_c3_a3o_20trabalhos_20cient_c3_a_dficos
 
Metodologia como escrever um artigo cientfico
Metodologia como escrever um artigo cientficoMetodologia como escrever um artigo cientfico
Metodologia como escrever um artigo cientfico
 
Volpato como escrever um artigo cient -fico - academia pernambucana
Volpato   como escrever um artigo cient -fico - academia pernambucanaVolpato   como escrever um artigo cient -fico - academia pernambucana
Volpato como escrever um artigo cient -fico - academia pernambucana
 
Metodologia como escrever um artigo cientfico
Metodologia como escrever um artigo cientficoMetodologia como escrever um artigo cientfico
Metodologia como escrever um artigo cientfico
 
Elaborando um artigo cientifico
Elaborando um artigo cientificoElaborando um artigo cientifico
Elaborando um artigo cientifico
 
822 elaborando um_artigo_cientifico
822 elaborando um_artigo_cientifico822 elaborando um_artigo_cientifico
822 elaborando um_artigo_cientifico
 
óTimo elaborando um_artigo_cientifico
óTimo elaborando um_artigo_cientificoóTimo elaborando um_artigo_cientifico
óTimo elaborando um_artigo_cientifico
 

Último

5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 

Último (20)

5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 

Artigo técnico

  • 1. Artigo técnico-científico 1. Artigo técnico O artigo técnico é um texto de caráter expositivo-argumentativo cujo autor apresenta os resultados da aplicação prática de uma teoria, transmitindo conhecimentos do domínio da técnica. 2. Artigo científico O artigo científico é um texto também de caráter expositivo- argumentativo em que um cientista apresenta / defende uma tese ou refuta posições assumidas por outrem. Deste modo, funciona como difusor de conhecimentos científicos a um determinado público, exprimindo o pensamento do seu autor. 2.1. Tipos . Artigos: textos que consistem numa descrição de descobertas originais feitas em pesquisas atuais. . Letters (também designadas cartas ou comunicações): descrições breves de descobertas importantes resultantes de pesquisas atuais. . Notas breves: textos / descrições breves de descobertas em pesquisas atuais. . Revisão de literatura: narrativa coerente sobre o estado da arte naquele campo; resultados acumulados de muitos artigos diferentes sobre um tópico. . Documento suplementar: grande volume de dados tabulados que são o resultado de uma pesquisa atual. 3. Estrutura A estrutura de um artigo técnico ou científico é variável, todavia muitos apresentam um esquema próximo do recomendado pelo International Comittee of Medical Journal Editors. 1. Título: identificação do tema principal do artigo. 2. Resumo: descrição sumária dos tópicos fundamentais do artigo (1 a 4 parágrafos).
  • 2. 3. Corpo do texto: » Introdução: . Definição do contexto do trabalho a que se refere o artigo, podendo ser acompanhado pela discussão de fontes primárias relevantes da literatura (com recurso a citações), sintetizando a visão atual da questão abordada; . Apresentação dos objetivos do estudo, sob a forma de hipótese, questão ou problema que está a ser estudado; . Breve explicação do raciocínio e da abordagem e, sempre que possível, dos eventuais resultados do estudo. » Materiais e métodos: . Descrição do procedimentos adotados; . Descrição dos métodos e técnicas utilizados; . Descrição do modo como os dados foram recolhidos e analisados. » Resultados: apresentação dos resultados, sem interpretação, de acordo com uma sequência lógica e usando materiais ilustrativos (tabelas e figuras). » Discussão: interpretação dos resultados, fazendo referência a outros estudos sobre o assunto e ao novo entendimento do problema, à luz dos resultados da investigação. » Conclusão: síntese que reforça as ideias principais desenvolvidas ao longo do texto. 4. Elementos finais: » Agradecimentos (opcionais): pessoas que ajudaram na elaboração do trabalho ou na sua redação. » Referências bibliográficas: referência às fontes utilizadas ou citadas no texto, sob a forma de lista.
  • 3. » Apêndice ou Anexos: opcionais e pouco comuns nos artigos científicos. 4. Linguagem . Rigorosa, precisa e objetiva; . Predomínio de frases curtas; . Uso da terceira pessoa do singular. A distinção entre os dois tipos de texto em apreço não é fácil. São ambos tipos de texto em que prevalece a função referencial, ou informativa. Mas em que momento e a partir de que elementos podemos distinguir um texto técnico de um científico? Provavelmente temos de nos centrar um pouco na “cientificidade”, ou especialização, de um texto. Por exemplo, um artigo sobre uma nova cura para determinada doença que sai numa revista de grande tiragem é um texto científico? É, certamente, um texto de divulgação científica. Mas não é nem um texto técnico, nem um texto científico. E se esse artigo estiver incluído num manual para estudantes de medicina ou de enfermagem? Antes de mais, terá a mesma linguagem? Estou certa de que não! Será um texto científico? Ou será um texto científico e, simultaneamente, técnico? Tem certamente muito de científico, mas deverá ter algo de técnico, com elementos que permitam ao aprendiz de médico ou de enfermeiro reconhecer a forma como a nova cura a(c)tua e evolui… E, já agora, se o artigo for apresentado numa conferência internacional dedicada à inovação no âmbito da medicina? Neste contexto, escrito por especialistas para especialistas, estaremos, certamente, perante o texto científico mais puro. A questão coloca-se se ainda será, ou se também será, um texto técnico. Do exposto poderá concluir-se que, mesmo tratando de áreas muito específicas do saber, nem todos os textos têm um cariz científico ou especializado, e essa especialização vai-se afunilando à medida que o destinatário se torna, também ele, mais especializado. Será que o percurso do texto técnico é semelhante? Será que é apenas um texto dito utilitário? Quando compramos um aparelho novo, as instruções que o acompanham são um texto técnico? Correspondem, sem dúvida, a um texto para o grande público, mas não me parece que, contrariamente ao que acontece com o texto científico com as características referidas acima, se possa dizer que se trata de um texto de divulgação. Mas não haverá textos de divulgação sobre aquele aparelho? E o estudante que está a aprender a fazê-lo, ou o técnico que o pode arranjar, tem acesso a que tipo de textos? E o engenheiro que concebe e transforma os aparelhos, a que tipo de textos tem acesso, que tipo de textos produz? Voltando ao texto científico apresentado numa conferência internacional, que considerámos o mais científico dos textos que abordam uma área da ciência, não será também um texto técnico, dado que aborda, potencialmente, técnicas de cura? Em síntese, parece-me muito difícil distinguir, assim, “en passant”, texto técnico de
  • 4. texto científico. Creio mesmo que essa abordagem pode ser falaciosa. Há, porém, características que permitem identificá-los e isolá-los de outros tipos de textos: São ambos textos informativos; São ambos escritos por especialistas; Assumem ambos estilos e linguagens distintas consoante o público a que se destinam, sendo mais herméticos se o público-alvo é também especialista da área. Para além disso, um texto técnico, do meu ponto de vista, veicula informação que permite o “manuseio” de um certo tipo de conhecimento, que não está, necessariamente, separado do conhecimento científico. In Ciberdúvidas