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Romantismo no Brasil
Primeira Geração: Literatura e
Nacionalidade
No meio das tabas de amenos verdores,
Cercadas de troncos — cobertos de flores,
Alteiam-se os tetos d’altiva nação;
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
Temíveis na guerra, que em densas coortes
Assombram das matas a imensa extensão.
São rudos, severos, sedentos de glória,
Já prélios incitam, já cantam vitória,
Já meigos atendem à voz do cantor:
São todos Timbiras, guerreiros valentes!
Seu nome lá voa na boca das gentes,
Condão de prodígios, de glória e terror!
(...)
No centro da taba se estende um terreiro,
Onde ora se aduna o concílio guerreiro
Da tribo senhora, das tribos servis:
Os velhos sentados praticam d’outrora,
E os moços inquietos, que a festa enamora,
Derramam-se em torno dum índio infeliz.
•Estrofes compostas de 6 versos de
11 sílabas métricas
:(hendecassílabos)
•As pausas no interior dos versos,
indicam sua divisão rítmica-
quebram em duas unidades.
•Por meio dessa estrutura, o autor
consegue construir a imagem da
cerimônia realizada pelos índios.
I-Juca Pirama - Gonçalves
Dias
Como construir a
identidade literária de
um país?
•Início do século XIX
Um pouco de
História...
• Em 1808, por conta da Revolução de Porto, a
monarquia portuguesa foge para o Brasil.
• Com a corte no Rio de Janeiro, o rei
implementou melhorias na cidade:
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» Escolas foram construídas.
» Se criou a primeira imprensa
oficial do país, Imprensa
Régia.
» D. João VI, trouxe para o
Brasil um grupo de artistas
franceses que ensinaram os
brasileiros a desenhar e
pintar.
Qual a relação entre a
independência política e o
Romantismo brasileiro?
Criando a nação
• Com a Proclamação da Independência em 1822, os
intelectuais brasileiros puderam criar a imagem de uma
nova nação, separada de Portugal.
• Os estrangeiros escolheram os símbolos nacionais e
descreveram os costumes dos nativos e catalogaram a
fauna e a flora.
• A missão dos próximos textos, seria de apresentar ao
mundo a nova face do Brasil. Os textos divulgavam os
índios e a natureza exuberante.
Poesia Indianista
• Segundo Gonçalves de Magalhães:
“Cada povo tem sua literatura própria, como cada homem seu caráter
particular, cada árvore seu fruto específio.”
• Os poetas queriam divulgar uma identidade nacional da
literatura, que ao mesmo tempo mostrasse o amor a
pátria e pudesse se livrar das influências Portuguesas.
Nativistas ou
Indianistas
• Textos escritos para mostrar a beleza da natureza e a
imagem dos Índios, definindo a identidade brasileira.
• Poetas e romancistas escreviam esses tipos de texto
também são chamados assim.
• José de Alencar (romancista) e Gonçalves Dias (poeta)
foram importantes autores românticos indianistas.
• Iracema de José de Alencar é uma obra famosa
representante dos nativistas.
“Bom Selvagem”
• Rousseau, famoso filosófo do século XVIII acreditava
que todas as pessoas eram iguais e boas quando
nascem, e o tempo iria diferenciá-las uma das outras,
tornando-as melhores ou piores.
• A partir de sua tese, os indianistas viram na imagem do
índio a capacidade de demonstrar o espírito do homem
livre e incorruptível, uma imagem idealizada dos
índios.
• Na Europa, essa imagem foi passada através do
cavaleiro medieval.
Iniciando o
Romantismo...
• Alguns escritores que moravam em
Paris, o Grupo de Paris, resolveu
criar uma revista que trataria dos
interesses nacionais.
• Gonçalves de Magalhães e Araújo
Porto Alegre.
• Criaram em 1836 a revista: A
Nitheroy, Revista Brasiliense de
Ciências, Letras e Artes.
• Gonçalves de Magalhães foi o
fundador do Romantismo no Brasil
com a publicação de Suspiros
poéticos e saudades, em 1836.
Esse livro traz poemas que mostram
a crença do progresso da
humanidade.
Como se caracterizou a
produção literária da 1ª
Geração Romântica?
Projeto Literário do Romantismo
•Afirmação da identidade brasileira
•Resgate do índio e da natureza
exuberante como símbolos da nação
Linguagem do
Romantismo
• Versos indianistas não seguiam a liberdade formal do
Romantismo. Eles tinham métria e rimas.
• Os autores davam rimas aos poemas de uma forma
que ficassem semelhantes aos sons dos tambores,
para aproximar os leitores das culturas indígenas.
• Poetas também usavam como ferramenta a
caracterização da natureza brasileira, fazendo a
mesma o cenário do poema. Era usada essa imagem
para expressar os sentimentos dos índios.
Características do
Romantismo
•Nacionalismo, ufanismo(atitude de quem se orgulha de
alguma coisa com exagero)
•Exaltação à natureza
•Índio como grande heroi
•Sentimentalismo
Gonçalves Dias
•os índios, a pátria e o amor
Quem foi ele?
• Grande nome da primeira geração
romântica brasileira.
• Origem mestiça: filho de comerciante
português e uma cafuza.
• Foi para Portugal: fez Direito em
Coimbra.
• Descobriu textos românticos de
Almeida Garrett e Alexandre
Herculano, que o influenciaram.
Obras Principais
• Primeiros Cantos (1846)
• Leonor de Mendonça (1847) - peça de teatro
• Segundos Cantos (1848)
• As Sextilhas do Frei Antão (1848)
• Últimos Cantos (1851)
Os temas
abordados
• Natureza
• Pátria
• Religião
• Em suas obras pode-se encontrar:
– O casamento (expressão dos sentimentos)
– A idealização
– A religião e a natureza mostram o entusiasmo da
conexão entre o poeta e o romantismo.
O Bravo Índio
Brasileiro
• Suas obras sobres os índios são as de maior sucesso.
• Construía a imagem do índio como um nobre heroi.
• Suas obras eram feitas com ritmo, como uma música.
• População brasileira gostou das obras e
memorizavam as canções, contribuindo para a
divulgação dos versos românticos nacionais.
Obras com os Índios
• Os Timbiras
• Canto do Piaga
• Deprecação
• I-Juca Pirama
O Canto do Guerreiro
I
Aqui na floresta
Dos ventos batida,
Façanhas de bravos
Não geram escravos,
Que estimem a vida
Sem guerra e lidar.
- Ouvi-me, Guerreiros.
- Ouvi meu cantar.
II
Valente na guerra
Quem há, como eu sou?
Quem vibra o tacape
Com mais valentia?
Quem golpes daria
Fatais, como eu dou?
- Guerreiros, ouvi-me;
- Quem há, como eu sou?
•O índio é o eu – lírico e
guerreiro.
•Na pergunta, podemos ver
outra subentendida:
- quem há como os
brasileiros, descendentes de
seres tão nobres.
•Vemos a imagem de
nacionalidade definida pelos
símbolos pátrios:
- cenário: selva
- eu - lírico : relata guerra e
caçada (atividades típicas)
Poemas Líricos
• O lirismo aborda os principais temas românticos:
• 1) os encantos da mulher amada
• 2) a natureza e os sentimentos mais
arrebatados, como:
★ sofrimento da vida
★ solidão
★ morte
O Amor
Romântic
o
Se se morre de amor! – Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
Assomos de prazer nos raiam n’alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve e no que vê prazer alcança!
Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d’amor arrebentar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Clarão, que as luzes ao morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D’amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo, é ser capaz d’extremos,
D’altas virtudes, té capaz de crimes!
Um dos mais conhecidos
poemas líricos: “Se se morre
de amor”, ilustra a visão do
amor recorrente em suas
obras.
Versos que associam os temas
do amor e da morte- o olhar
dos grandes autore europeus.
O Amor Romântico
• No poema, o amor romântico é definido como algo
que leva o indivíduo a agir de modo deslumbrado, ao
mesmo tempo que lhe permite a compreensão de todas
as coisas. O apaixonado vive em agitação por conta
do amor.
A Natureza
Transfigurada
• No lirismo há outra descrição da filiação romântica
do poeta: o gosto por temas como:
★ solidão
★ sofrimento amoroso
• A natureza surge nesses poemas para acolher o
sujeito que sofre e muitas vezes concretiza o estado
do espírito.
• Poema exemplar: “Leito de Folhas Verdes”
Leito de Folhas
Verdes
Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas,
Já nos cimos do bosque rumoreja.
Eu sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
(...)
A flor que desabrocha ao romper d'alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
[…]
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazóia na cinta me apertaram.
Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas!
Análise do Poema
• A força da poesia lírica de Gonçalves é reconhecida através
desses versos.
• Por trás do que pode ser identificado como lugar-comum
romântico, ele consegue atingir um enorme grau de preparação
poética:
★ - a natureza se transfigura para expressar as
emoções do eu - lírico.
★ - o leito de folhas é, ambos, símbolo da esperança e
da desilusão.
Resumindo Gonçalves
Dias
•Suas obras foram muito importantes no quadro da
literatura nacional.
•Sua poesia indianista consolidou o índio como símbolo da
identidade nacional.
•Seus versos líricos dão forma poética à mentalidade
romântica que começava a se manifestar no Brasil.
•Tudo isso contribuiu para tornar mais firmes os primeiros
passos da nossa independência literária.

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  • 1. Romantismo no Brasil Primeira Geração: Literatura e Nacionalidade
  • 2. No meio das tabas de amenos verdores, Cercadas de troncos — cobertos de flores, Alteiam-se os tetos d’altiva nação; São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, Temíveis na guerra, que em densas coortes Assombram das matas a imensa extensão. São rudos, severos, sedentos de glória, Já prélios incitam, já cantam vitória, Já meigos atendem à voz do cantor: São todos Timbiras, guerreiros valentes! Seu nome lá voa na boca das gentes, Condão de prodígios, de glória e terror! (...) No centro da taba se estende um terreiro, Onde ora se aduna o concílio guerreiro Da tribo senhora, das tribos servis: Os velhos sentados praticam d’outrora, E os moços inquietos, que a festa enamora, Derramam-se em torno dum índio infeliz. •Estrofes compostas de 6 versos de 11 sílabas métricas :(hendecassílabos) •As pausas no interior dos versos, indicam sua divisão rítmica- quebram em duas unidades. •Por meio dessa estrutura, o autor consegue construir a imagem da cerimônia realizada pelos índios. I-Juca Pirama - Gonçalves Dias
  • 3. Como construir a identidade literária de um país? •Início do século XIX
  • 4. Um pouco de História... • Em 1808, por conta da Revolução de Porto, a monarquia portuguesa foge para o Brasil. • Com a corte no Rio de Janeiro, o rei implementou melhorias na cidade: » Portos do país foram abertos. » Escolas foram construídas. » Se criou a primeira imprensa oficial do país, Imprensa Régia. » D. João VI, trouxe para o Brasil um grupo de artistas franceses que ensinaram os brasileiros a desenhar e pintar.
  • 5. Qual a relação entre a independência política e o Romantismo brasileiro?
  • 6. Criando a nação • Com a Proclamação da Independência em 1822, os intelectuais brasileiros puderam criar a imagem de uma nova nação, separada de Portugal. • Os estrangeiros escolheram os símbolos nacionais e descreveram os costumes dos nativos e catalogaram a fauna e a flora. • A missão dos próximos textos, seria de apresentar ao mundo a nova face do Brasil. Os textos divulgavam os índios e a natureza exuberante.
  • 7. Poesia Indianista • Segundo Gonçalves de Magalhães: “Cada povo tem sua literatura própria, como cada homem seu caráter particular, cada árvore seu fruto específio.” • Os poetas queriam divulgar uma identidade nacional da literatura, que ao mesmo tempo mostrasse o amor a pátria e pudesse se livrar das influências Portuguesas.
  • 8. Nativistas ou Indianistas • Textos escritos para mostrar a beleza da natureza e a imagem dos Índios, definindo a identidade brasileira. • Poetas e romancistas escreviam esses tipos de texto também são chamados assim. • José de Alencar (romancista) e Gonçalves Dias (poeta) foram importantes autores românticos indianistas. • Iracema de José de Alencar é uma obra famosa representante dos nativistas.
  • 9. “Bom Selvagem” • Rousseau, famoso filosófo do século XVIII acreditava que todas as pessoas eram iguais e boas quando nascem, e o tempo iria diferenciá-las uma das outras, tornando-as melhores ou piores. • A partir de sua tese, os indianistas viram na imagem do índio a capacidade de demonstrar o espírito do homem livre e incorruptível, uma imagem idealizada dos índios. • Na Europa, essa imagem foi passada através do cavaleiro medieval.
  • 10. Iniciando o Romantismo... • Alguns escritores que moravam em Paris, o Grupo de Paris, resolveu criar uma revista que trataria dos interesses nacionais. • Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto Alegre. • Criaram em 1836 a revista: A Nitheroy, Revista Brasiliense de Ciências, Letras e Artes. • Gonçalves de Magalhães foi o fundador do Romantismo no Brasil com a publicação de Suspiros poéticos e saudades, em 1836. Esse livro traz poemas que mostram a crença do progresso da humanidade.
  • 11. Como se caracterizou a produção literária da 1ª Geração Romântica?
  • 12. Projeto Literário do Romantismo •Afirmação da identidade brasileira •Resgate do índio e da natureza exuberante como símbolos da nação
  • 13. Linguagem do Romantismo • Versos indianistas não seguiam a liberdade formal do Romantismo. Eles tinham métria e rimas. • Os autores davam rimas aos poemas de uma forma que ficassem semelhantes aos sons dos tambores, para aproximar os leitores das culturas indígenas. • Poetas também usavam como ferramenta a caracterização da natureza brasileira, fazendo a mesma o cenário do poema. Era usada essa imagem para expressar os sentimentos dos índios.
  • 14. Características do Romantismo •Nacionalismo, ufanismo(atitude de quem se orgulha de alguma coisa com exagero) •Exaltação à natureza •Índio como grande heroi •Sentimentalismo
  • 15. Gonçalves Dias •os índios, a pátria e o amor
  • 16. Quem foi ele? • Grande nome da primeira geração romântica brasileira. • Origem mestiça: filho de comerciante português e uma cafuza. • Foi para Portugal: fez Direito em Coimbra. • Descobriu textos românticos de Almeida Garrett e Alexandre Herculano, que o influenciaram.
  • 17. Obras Principais • Primeiros Cantos (1846) • Leonor de Mendonça (1847) - peça de teatro • Segundos Cantos (1848) • As Sextilhas do Frei Antão (1848) • Últimos Cantos (1851)
  • 18. Os temas abordados • Natureza • Pátria • Religião • Em suas obras pode-se encontrar: – O casamento (expressão dos sentimentos) – A idealização – A religião e a natureza mostram o entusiasmo da conexão entre o poeta e o romantismo.
  • 19. O Bravo Índio Brasileiro • Suas obras sobres os índios são as de maior sucesso. • Construía a imagem do índio como um nobre heroi. • Suas obras eram feitas com ritmo, como uma música. • População brasileira gostou das obras e memorizavam as canções, contribuindo para a divulgação dos versos românticos nacionais.
  • 20. Obras com os Índios • Os Timbiras • Canto do Piaga • Deprecação • I-Juca Pirama
  • 21. O Canto do Guerreiro I Aqui na floresta Dos ventos batida, Façanhas de bravos Não geram escravos, Que estimem a vida Sem guerra e lidar. - Ouvi-me, Guerreiros. - Ouvi meu cantar. II Valente na guerra Quem há, como eu sou? Quem vibra o tacape Com mais valentia? Quem golpes daria Fatais, como eu dou? - Guerreiros, ouvi-me; - Quem há, como eu sou? •O índio é o eu – lírico e guerreiro. •Na pergunta, podemos ver outra subentendida: - quem há como os brasileiros, descendentes de seres tão nobres. •Vemos a imagem de nacionalidade definida pelos símbolos pátrios: - cenário: selva - eu - lírico : relata guerra e caçada (atividades típicas)
  • 22. Poemas Líricos • O lirismo aborda os principais temas românticos: • 1) os encantos da mulher amada • 2) a natureza e os sentimentos mais arrebatados, como: ★ sofrimento da vida ★ solidão ★ morte
  • 23. O Amor Romântic o Se se morre de amor! – Não, não se morre, Quando é fascinação que nos surpreende De ruidoso sarau entre os festejos; Quando luzes, calor, orquestra e flores Assomos de prazer nos raiam n’alma, Que embelezada e solta em tal ambiente No que ouve e no que vê prazer alcança! Simpáticas feições, cintura breve, Graciosa postura, porte airoso, Uma fita, uma flor entre os cabelos, Um quê mal definido, acaso podem Num engano d’amor arrebentar-nos. Mas isso amor não é; isso é delírio Devaneio, ilusão, que se esvaece Ao som final da orquestra, ao derradeiro Clarão, que as luzes ao morrer despedem: Se outro nome lhe dão, se amor o chamam, D’amor igual ninguém sucumbe à perda. Amor é vida; é ter constantemente Alma, sentidos, coração – abertos Ao grande, ao belo, é ser capaz d’extremos, D’altas virtudes, té capaz de crimes! Um dos mais conhecidos poemas líricos: “Se se morre de amor”, ilustra a visão do amor recorrente em suas obras. Versos que associam os temas do amor e da morte- o olhar dos grandes autore europeus.
  • 24. O Amor Romântico • No poema, o amor romântico é definido como algo que leva o indivíduo a agir de modo deslumbrado, ao mesmo tempo que lhe permite a compreensão de todas as coisas. O apaixonado vive em agitação por conta do amor.
  • 25. A Natureza Transfigurada • No lirismo há outra descrição da filiação romântica do poeta: o gosto por temas como: ★ solidão ★ sofrimento amoroso • A natureza surge nesses poemas para acolher o sujeito que sofre e muitas vezes concretiza o estado do espírito. • Poema exemplar: “Leito de Folhas Verdes”
  • 26. Leito de Folhas Verdes Por que tardas, Jatir, que tanto a custo À voz do meu amor moves teus passos? Da noite a viração, movendo as folhas, Já nos cimos do bosque rumoreja. Eu sob a copa da mangueira altiva Nosso leito gentil cobri zelosa Com mimoso tapiz de folhas brandas, Onde o frouxo luar brinca entre flores. Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco, Já solta o bogari mais doce aroma! Como prece de amor, como estas preces, No silêncio da noite o bosque exala. (...) A flor que desabrocha ao romper d'alva Um só giro do sol, não mais, vegeta: Eu sou aquela flor que espero ainda Doce raio do sol que me dê vida. […] Meus olhos outros olhos nunca viram, Não sentiram meus lábios outros lábios, Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas A arazóia na cinta me apertaram. Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes À voz do meu amor, que em vão te chama! Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil A brisa da manhã sacuda as folhas!
  • 27. Análise do Poema • A força da poesia lírica de Gonçalves é reconhecida através desses versos. • Por trás do que pode ser identificado como lugar-comum romântico, ele consegue atingir um enorme grau de preparação poética: ★ - a natureza se transfigura para expressar as emoções do eu - lírico. ★ - o leito de folhas é, ambos, símbolo da esperança e da desilusão.
  • 28. Resumindo Gonçalves Dias •Suas obras foram muito importantes no quadro da literatura nacional. •Sua poesia indianista consolidou o índio como símbolo da identidade nacional. •Seus versos líricos dão forma poética à mentalidade romântica que começava a se manifestar no Brasil. •Tudo isso contribuiu para tornar mais firmes os primeiros passos da nossa independência literária.