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135
Capítulo 8
COMUNIDADES DE ABELHAS E RECURSOS FLORAIS
EM ÁREA DE CLIMA TEMPERADO NO SUL DO
BRASIL: UM DESCRITIVO DO PARQUE NACIONAL
DE SÃO JOAQUIM, SC
Denise Monique Dubet da Silva Mouga1, Enderlei Dec1, Manuel Warkentin1 &
Andressa Karine Golinski dos Santos1
1 – LABEL - Laboratório de Abelhas, Departamento de Ciências Biológicas, UNIVILLE -
Universidade da Região de Joinville,
E-mail: dmouga@terra.com.br.
Resumo
A apifauna de uma unidade de conservação relevante para a
preservação de recursos hídricos e turísticos foi amostrada em 12
pontos de coleta, por varredura com rede entomológica sobre
plantas floridas, durante dois anos, mensalmente (1056 horas de
esforço de coleta). Foram amostradas 3.307 abelhas (68 espécies, 5
subfamílias). Foram encontradas espécies ainda não citadas para
SC (Hexantheda missionica, Anthrenoides petuniae, Thygater chaetaspis,
Anthrenoides politus, Ceratina (Crewella) rupestris, Halictillus loureiroi,
Megommation insigne, Megachile (Moureapis) cf. nigropilosa, Megachile
(Pseudocentron) frame), para o Brasil (Paroxystoglossa cf. brachycera,
Psaenythia collaris, Lophopedia nigrispinnis), com ocorrência restrita a
SC (Ptilothrix relata) e altamente ameaçada (Bombus bellicosus). Apis
mellifera representou 57,4 % das interações com plantas. Foram
amostradas 151 espécies de plantas associadas às abelhas, de 45
famílias, sendo 70 exóticas, 86 nativas e 4 endêmicas. Curvas de
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acumulação de abelhas se mostraram em ascensão (subáreas
Morro da Igreja e Alagados), a riqueza de espécies se mostrou
significantemente diferente (Alagados) e estimadores de riqueza
apontam para uma diversidade maior. A riqueza de apifauna ao
longo das estações do ano mostra sazonalidade. A comparação da
apifauna com outras áreas mostra afinidade com ambientes
próximos ou similares (associação biogeográfica histórica ou
vegetacional característica).
Palavras-chave: diversidade, apifauna, relações abelha-flor,
Apidae, Hymenoptera
Título abreviado.
Abelhas e flores em clima temperado no Parque São Joaquim
Bees and flowers in temperate climate in São Joaquim Park
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137
Introdução
A criação de unidades de conservação (UC), ação específica
necessária para impedir o desaparecimento das espécies
ameaçadas, é atribuição dos países sede dos biomas (WILSON
2003). Santa Catarina abriga uma unidade de conservação – o
Parque Nacional São Joaquim (PNSJ) - com características
singulares pelas formações vegetacionais, geomorfológicas e
climáticas exclusivas, sendo um ecótono de Floresta Ombrófila
Densa, campos, matas nebulares, matas ciliares, turfeiras e Floresta
Ombrófila Mista, ecossistemas do Bioma Mata Atlântica,
ameaçados em diversos graus (MEDEIROS 2002). A área onde se
encontra o PNSJ marca o encontro do Planalto/ Serra Catarinense
com a Planície Costeira, nas configurações orográficas da Serra
Geral, de origem vulcânica mesozoica, relevo muito acidentado,
grande altitude e acentuada sazonalidade pela latitude meridional
(MOUGA; DEC, 2011). As características climáticas e pedológicas
permitem atividades agrícolas de clima temperado e a região
apresenta interesse cênico e estratégico, ensejando atividades de
turismo e controle aéreo, que se refletem econômica e
ambientalmente na UC (BOLDRINI, 2009).
O Bioma Mata Atlântica pertence ao grupo dos 25 de mais
alta diversidade do mundo, dos mais ameaçados, que demandam
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PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO
138
estudos para embasar sua preservação e impedir a perda do
patrimônio biológico (Ministério do Meio Ambiente, Programa
Mab da Unesco). Os instrumentos quantitativos são os
levantamentos, que permitem aferir e aperfeiçoar os programas de
conservação e planejar modificações da paisagem (TERBORGH,
1992). A preservação das angiospermas dos biomas depende da
ação dos polinizadores, especialmente as abelhas, que visitam
inúmeras espécies (BAWA 1990), impedindo o isolamento
genético (BENJAMIN; McCALLUM, 2008).
A apifauna do sul do Brasil inclui mais de 500 espécies sendo,
biogeograficamente, uma das mais ricas, na transição entre zona
tropical e temperada, incluindo táxons das ambas (MOUGA,
2009). Como estabelece uma relação estreita com a flora que visita,
a apifauna é uma balizador de biodiversidade que reflete a variação
latitudinal e altitudinal em sua distribuição geográfica. Pela sua
sensibilidade a alterações ambientais, tem sido indicadora de
conservação do meio. O conhecimento sobre táxons de abelhas
não está estabelecido em áreas protegidas de clima temperado na
região sul de SC. Este trabalho realizou um inventário das espécies
de abelhas presentes no PNSJ e seus recursos forrageiros, visando
a obtenção de informações sobre a riqueza biológica, inserção
biogeográfica, numa perspectiva de conservação da UC.
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PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO
139
Materiais e Métodos
Área de estudo
O estudo foi realizado no PNSJ (superfície de 49,3mil
hectares), região sul de SC (coordenadas geográficas 49o
22' e 49º
39' S, 28° 04' e 28° 19'W), UC localizada na Serra Geral,
abrangendo áreas dos municípios de Urubici, Bom Jardim da
Serra, Grão Pará e Orleans (FERNANDES; OMENA, 2010).
Situa-se no encontro entre o planalto da Serra Geral e a planície
costeira catarinense, em altitudes entre 1002 e 1822 m acima do
nível do mar, com temperatura média anual de 10,9o
C e
pluviometria anual de 1300-1700mm, e encontra-se sob domínio
do Bioma Mata Atlântica, com diferentes fitofisionomias: Floresta
Ombrófila Densa Alto-Montana; Mata Nebular, Floresta
Ombrófila Mista (FOM) e Campos de altitude (BOLDRINI,
2009).
Metodologia
Dentro dos limites do PNSJ foram selecionados doze pontos
de coleta (Figura 1) onde foram realizadas expedições mensais, de
agosto de 2010 a julho de 2012, no horário das 06:00 às 18:00
horas. As áreas amostrais foram percorridas ao longo de
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140
transecções de três quilômetros de comprimento, por dois
coletores, totalizando ao final do estudo 44 dias de campo e 1056
horas de esforço amostral. Para as abelhas, foi utilizado o método
de Sakagami et al., (1967) adaptado, amostrando-se espécimes de
Apidae sobre plantas floridas. As abelhas foram preparadas
segundo Michener et al. (1994) e identificadas por literatura
(MICHENER 2000; SILVEIRA et al. 2002; MELO;
GONÇALVES, 2005; MOURE et al. 2012) e pela colaboração de
especialistas. Foram registrados: data, local, horário, temperatura e
umidade relativa. As plantas de forrageio foram fotografadas,
colhidas, preparadas e identificadas com auxílio de literatura
específica e especialistas. Espécimes de Apis mellifera Linnaeus
1758 não foram coletados mas registrados por estimativa
quantitativa. O material coletado foi depositado no LABEL -
Laboratório de Abelhas da UNIVILLE. Todas as informações
foram incorporadas em banco de dados.
Análise dos dados
Os dados foram analisados, qualitativamente e
quantitativamente, em relação à totalidade do PNSJ. Para
estabelecer comparações entre os doze diferentes pontos de coleta
da UC, a qual inclui fitofisionomias e usos antrópicos diversos
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141
(Figura 2), nove dentre eles foram reunidos em três agrupamentos
(subáreas) para representarem unidades de cotejo. A primeira
subárea, aqui denominada localidade “Morro da Igreja”, inclui os
dados referentes aos pontos de coleta 1 a 7. Esta unidade se inicia
aos 1.002 m de altitude, com cobertura vegetal de FOM, passa por
Mata Nebular e chega a 1.822m, com cobertura vegetal de campo
e turfeiras. A segunda subárea, aqui denominada “Fazenda Fogo
Eterno”, está situada nas proximidades do km 42 da rodovia SC
430 e inclui dados referentes a coletas realizadas em áreas na beira
da estrada, que se constituem em remanescentes de FOM
entremeados de campo e áreas desmatadas para pastoreio. A
terceira subárea, aqui denominada “Alagados”, designa a planície
alagada com 3.000.000m2
de extensão, localizada na comunidade
de Santa Bárbara, a 6 Km do centro do município de Bom Jardim
da Serra, que forma um charco de altitude num espraiamento do
rio dos Alagados, o qual vem compor a bacia do rio Pelotas
(SOUZA, 2004).
Foram construídas as curvas de acumulação de espécies para
as três subáreas. A variação da riqueza da apifauna ao longo das
quatro estações do ano e nas três subáreas do PNSJ foi verificada
por meio do cálculo do índice de diversidade de Shannon-Wiener
e de equabilidade de Pielou (KREBS, 1989). Foram utilizados
Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki
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142
estimadores de riqueza (métodos jackknife 1 e 2) (COLWELL;
CODDINGTON, 1994) para as subáreas do PNSJ. Foi verificada
a similaridade da apifauna encontrada com a de outros ambientes
similares ou próximos pelo índice de Soerensen (SOUTHWOOD,
1971). Os dados foram trabalhados em Microsoft Excel 2000
(Microsoft Office).
Resultados
Plantas
Em relação às plantas, foram amostradas 166 espécies
(MOUGA; DEC, no prelo), que se distribuem em 45 famílias das
quais as mais visitadas foram Asteraceae (46,90%), Papaveraceae
(9,21%), Rosaceae (6,64%), Fabaceae (6,10%) e Brassicaceae
(5,72%). As espécies mais procuradas foram: Eschscholzia californica
(7,45%); Senecio icoglossus (6,65%); Calendula officinalis (4,44%); Prunus
serrulata (3,23%) e Verbena litoralis (2,62%). Diversas espécies
vegetais exóticas (70) foram observadas interagindo com a
apifauna assim como 45 ornamentais, 10 frutíferas, 86 nativas e
uma rara (Adesmia rocinhensis - Fabaceae) (LISTA, 2012). Em
termos de táxons típicos ou incomuns, foram visitados pelas
abelhas: Eryngium sanguisorba (Apiaceae), Graphistylis serrana, Jungia
floribunda e Graziellia serrata – este último, um taxon anemocórico -
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143
(Asteraceae), Croton ceanothifolius (Euphorbiaceae), Mimosa scabrella
(Fabaceae), Sisyrinchium luzula (Iridaceae) e Colletia exserta - planta
medicinal em extinção (Rhamnaceae). Quanto a espécies
endêmicas, foram amostradas Passiflora urubicensis, Petunia
bonjardinensis, Parodia haselbergii subesp. graeesneri e Acca sellowiana.
Abelhas
Foi amostrado um total de 3.307 exemplares de abelhas que se
distribuem em 68 espécies e cinco subfamílias (Tabela 1). Diversas
espécies de abelhas amostradas são registros novos para SC
(MOURE et al. 2012): Hexantheda missionica, Anthrenoides petuniae,
Thygater chaetaspis, Anthrenoides politus, Ceratina (Crewella) rupestris,
Halictillus loureiroi, Megommation insigne, Megachile (Moureapis) cf.
nigropilosa, Megachile (Pseudocentron) frame enquanto que outras
compõem distribuição geográfica ainda não assinalada para o
Brasil (Paroxystoglossa cf. brachycera, Psaenythia collaris, Lophopedia
nigrispinnis). Como espécie de ocorrência restrita, foi constatada a
espécie Ptilothrix relata, que só tem distribuição assinalada, no
Brasil, para SC. Em termos de abelhas ameaçadas, foi constatada a
espécie Bombus bellicosus (mamangava-de-chão) considerada
possivelmente já extinta no estado do Paraná no seu limite
nordeste de distribuição (MARTINS; MELLO, 2009).
Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki
PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO
144
Interação abelha-flor
Foram verificadas 2.146 interações entre espécies de abelhas e
plantas associadas amostradas (MOUGA et al., 2012) que
representam 21,43 % daquelas que poderiam acontecer. Destas,
1.232 (57,4 %) foram devidas à espécie introduzida Apis mellifera.
Em 34,75 % das espécies vegetais amostradas, foi coletada apenas
A. mellifera, ficando as outras espécies de abelhas, silvestres,
associadas a interações com táxons nativos e exóticos.
Curvas de acumulação
As curvas de suficiência amostral (Figura 4) revelaram
diferentes desenvolvimentos e valores finais de riqueza para as três
localidades amostradas: Morro da Igreja (44 espécies), Alagados
(38) e Fogo Eterno (19). O número de coletas para cada uma das
subáreas foi: Morro da Igreja (30), Alagados (7) e Fazenda Fogo
Eterno (4). A amostragem da Fazenda Fogo Eterno mostra uma
estabilização e as duas outras subáreas se apresentam lineares,
com constantes elevações, não atingindo o pico.
Riqueza da apifauna ocorrente em subáreas do PNSJ
Os índices de diversidade (SW) e de equabilidade (Pielou)
(Tabela 2) evidenciam que a diversidade de Alagados é maior que a
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145
das duas outras subáreas (valor quase 70% maior em relação ao
Morro da Igreja). A equabilidade de Alagados e Fazenda Fogo
Eterno (F. E.) é
Tabela 2
Índices de diversidade de Shannon-Wiener, de equabilidade de
Pielou, número de espécies calculado pelos estimadores de riqueza,
cálculo de riqueza esperada por meio de curvas de rarefação para as três
subáreas do PNSJ, no período 2010-2012. Legenda: Obs.=observado,
Sim.=simulado, LI=limite inferior, LS=limite superior.
Praticamente a mesma, aproximadamente o dobro da do Morro da
Igreja. Há diferença estatisticamente significante a um nível de 5%
(0,05) entre os valores de SW para as três subáreas.
Estimativa da riqueza de apifauna em subáreas do PNSJ
Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki
PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO
146
No cálculo de riqueza de espécies estimada para os três
agrupamentos (Tabela 2), as espécies pouco ocorrentes foram
consideradas como parâmetros para as estimativas (uniques -
ocorreram em apenas uma amostra ou duplicates - ocorreram
em duas amostras), impedindo que espécies muito abundantes
viessem a interferir na avaliação. Para os dois estimadores,
percentualmente, o aumento estimado do número de espécies
permite o seguinte ordenamento decrescente de riqueza potencial:
Alagados > Morro da Igreja > Fazenda Fogo Eterno. Nota-se que
os valores observados, para todas as localidades, encontram-se
abaixo do esperado, tendo a localidade “Fazenda Fogo Eterno”
com o menor distanciamento entre o valor simulado e o
observado.
Rarefação
A subárea Fogo Eterno apresenta o menor número total de
indivíduos coletados e foi utilizada como tamanho padronizado
para comparar a riqueza de espécies entre todas as subáreas
(Tabela 2). Observa-se que o limite inferior de riqueza esperada de
espécies com 190 indivíduos em Alagados é maior que o valor
observado na Fazenda Fogo Eterno. Nas mesmas condições (190
indivíduos), o limite inferior de Alagados é superior ao limite
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147
superior de Morro da Igreja, o que sugere que Alagados seja um
ambiente com riqueza de espécies significantemente maior que o
Morro da Igreja.
Riqueza de apifauna ao longo das quatro estações do ano
Os índices de diversidade e equabilidade para o PNSJ, ao
longo das quatro estações, mostram (Tabela 3) diferença
estatisticamente significante a um nível de 5% (0,05) entre os
valores para as quatro estações.
Comparação da apifauna do PNSJ com a de outros ambientes similares
ou próximos
Os dados da apifauna do PNSJ das formações de FOM,
Floresta Estacional Semidecidual e campos foram cotejados aos de
ambientes próximos ou similares (Tabela 4). Os táxons foram
comparados até o nível específico ou pelo menos até o nível de
gênero. Os maiores valores de similaridade ocorreram com FOM
de Lages (altitude 920m)(0,41), campo de altitude em Garuva
(altitude 1280m)(0,45) e campos rupestres na Serra do Cipó em
MG (altitude 880-1500m)(0,39).
Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki
PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO
148
Discussão
Abelhas, plantas e interações polinizadores - flores
A amostragem de diversos táxons de plantas e abelhas não
ainda citados na literatura para os ambientes estudados, veio
preencher lacunas acerca do conhecimento sobre a flora apícola e
a apifauna da região dos campos dos planaltos, considerados
encraves da mata de araucária (BOLDRINI et al., 2009), numa
região de elevados índices de diversidade biológica. A família
Asteraceae, em ambientes abertos de altitude, se caracteriza pela
expressiva diversidade de táxons, e foi intensamente procurada
pelas abelhas, sendo considerada um importante recurso forrageiro
apícola, pelas suas características estruturais (MOUGA;
NOGUEIRA-NETO, 2012). Sobre as interações verificadas entre
abelhas e plantas, diversas se mostraram peculiares. Passiflora
urubiciensis (maracujá-do-mato), endêmico (MOREIRA et al., 2011),
com potencial farmacológico e fitoterápico (MUSCHNER et al.,
2003) e Petunia bonjardinensis, espécie ornamental ameaçada restrita
a SC e RS (GERATS; STROMMER, 2009), foram amostradas
com Bombus bellicosus (espécie de abelha ameaçada mencionada
anteriormente) e com Anthrenoides petuniae, táxon típico de altitude.
Actenosigynes fulvoniger, espécie de abelha oligolética, foi notada em
Blumenbachia urens (Loasaceae). Mimosa scabrella (bracatinga), espécie
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149
florestal valiosa na recuperação ambiental e produção de melato,
pela associação natural abelhas - cochonilhas (WITTER et al.,
2010), foi forrageada intensamente por diversas espécies de
abelhas. O fato de se ter verificado apenas A. mellifera em um terço
das espécies de plantas
Tabela 3
Índices de diversidade de Shannon-Wiener (SW) e de
equabilidade de Pielou, para o PNSJ, no período 2010-2012, nas
quatro estações. Legenda: Li=limite inferior, LS=limite superior.
Estações
Valor
SW
Variância
SW LI SW LS SW
Valor
Pielou
Primavera 1,68 0,0034 1,5626 1,7973 0,43
Verão 1,42 0,0036 1,3024 1,5435 0,40
Outono 1,24 0,0022 1,1464 1,3335 0,40
Inverno 1,33 0,021 1,2404 1,4235 0,43
Amostradas sugere um intenso efeito competitivo (MOUGA
et al., 2012) e a presença desta espécie introduzida deve ser
acompanhada, com vistas ao controle de espécies invasoras em
UC. A beleza de muitas espécies botânicas, verificadas apícolas,
intui um potencial ornamental a ser explorado, que favoreceria os
Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki
PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO
150
polinizadores, ao mesmo tempo em que permitiria um incremento
no turismo, conferindo beleza cênica à paisagem, numa
perspectiva de sustentabilidade. A presença de espécies de abelhas
ameaçadas e raras confere importância à UC como refúgio da
biota, com implicações de potencial recurso gênico.
Riqueza de espécies, diversidade de apifauna em
subáreas do PNSJ e sazonalidade
Os diversos índices ecológicos calculados para as abelhas
apontam para uma riqueza de espécies maior do que aquela que foi
amostrada, expressando haver ainda um número de táxons a serem
conhecidos para as localidades, independentemente das subáreas
estudadas. A subárea Alagados se destaca pela sua diversidade,
evidenciando um ambiente que sustenta uma intensa atividade
biológica, que sua grande extensão amplia potencialmente. Há que
se relevar que as subáreas mais intensamente coletadas apresentam
superfícies de amostragem que diferem: Morro da Igreja
representa uma extensão de aproximadamente 7.000 m2
, Alagados
aproximadamente 10.000 m2
e Fogo Eterno aproximadamente
1.000 m2
.
Os dados obtidos mostram que, embora a área de
amostragem do Morro da Igreja seja
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151
maior, sua apifauna mostra menos diversidade, que se
encontra concentrada em algumas espécies: Apis mellifera (64,4%),
Trigona spinipes (11,5%), Bombus pauloensis (9,2%), Schwarziana
quadripunctata (3,2%) e Plebeia saiqui (1,8%). Este fato pode ser
interpretado pelo fato de a subárea Morro da Igreja ser uma
extensão mais antropizada, inclusive com plantações espécies: Apis
mellifera (64,4%), Trigona spinipes (11,5%), Bombus pauloensis (9,2%),
Tabela 4
Similaridade entre as comunidades de abelhas (Apidae) amostradas
no PNSJ e as de outras fitofisionomias do Brasil. I. S.=Indice de
Soerensen.
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152
Schwarziana quadripunctata (3,2%) e Plebeia saiqui (1,8%). Este
fato pode ser interpretado pelo fato de a subárea Morro da Igreja
ser uma extensão mais antropizada, inclusive com plantações
de macieiras que fazem uso de defensivos agrícolas
(BURATTO et al., 2010). Assim, maiores esforços de captura
podem eventualmente revelar um aumento na riqueza de espécies,
fato evidenciado nas estimativas da riqueza de apifauna ocorrente
em diferentes pontos do PNSJ. Os Campos de Cima da Serra e as
Matas de Araucárias se desenvolvem atualmente em um clima frio
e úmido (Cfb ou temperado úmido) que exerce uma ação marcada
na sazonalidade de expressão da apifauna. As poucas espécies de
abelhas que mantêm atividades ao longo do ano se revestem de
interesse em termos de aproveitamento como polinizadoras de
culturas agrícolas de expressão no inverno (MOUGA; KRUG,
2010) e também na perspectiva das mudanças climáticas
(VENTURIERI et al., 2012).
Comparação da apifauna de PNSJ com a de outros
ambientes similares ou próximos
Segundo Moldenke (1975) e Heithaus (1979), ambientes
próximos, mas com diferentes fitofisionomias, comportam faunas
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PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO
153
de abelhas bastante distintas enquanto que comunidades de plantas
geograficamente distantes, porém fisionomicamente semelhantes,
possuem apifaunas mais similares. A maior similaridade observada
com o mesmo tipo de formação vegetal (FOM e campo de
altitude) em SC mostra que a apifauna da região sul do Brasil é
regional e diferenciada, fato evidenciado por análises comparativas
(PINHEIRO-MACHADO, 2002). Em relação à similaridade com
os campos rupestres e à distância existente entre os ambientes
comparados, possivelmente alguns elementos estão primaria ou
secundariamente associados a regiões específicas (xéricas, frias, de
altitude) ou a padrões de distribuição disjunta sendo, assim,
indicativos de uma história de trocas faunísticas entre áreas
mésicas e xéricas, altas e baixas, de regiões de latitude maior e
menor, ligadas, possivelmente, a ciclos climáticos favoráveis (AZIZ
AB’ SABER, 1971).
O estudo realizado mostrou a importância da conservação do
PNSJ, como UC que abriga uma apifauna singular a qual
desenvolve inúmeras interações com uma flora típica, associações
que são de importância para a manutenção da cobertura vegetal da
Serra Geral, origem de importantes recursos hídricos de SC e
atividades econômicas.
Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki
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154
Agradecimentos.
À FAPESC pelo auxílio recebido ao projeto selecionado, , aos
especialistas Osmar dos Santos Ribas, Juarez Cordeiro e Eraldo
Barboza do Museu Botânico da Cidade de Curitiba pela ajuda na
identificação das plantas, aos especialistas Gabriel A.C. Melo e
Danúncia Urban da UFPR pela assistência na identificação das
abelhas. A todos que colaboraram.
Referências Bibliográficas.
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BARBOLA, I. F.; LAROCA, S. A comunidade de Apoidea (Hymenoptera) da Reserva de Passa
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Paranaense 22 (1/4): 91-113. 1993.
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BORTOLI, C. de Estudo biocenótico em Apoidea (Hymenoptera) de uma área restrita em
São José dos Pinhais (PR, Sul do Brasil), com notas comparativas. 1987. 152 p. Dissertação de
Mestrado.UFPR. Curitiba.
BORTOLI, C.; LAROCA, S. Estudo biocenótico em Apoidea (Hymenoptera) em uma área restrita
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no Brasil: situação atual e perspectivas futuras para uso na polinização agrícola. In: IMPERATRIZ-
FONSECA, V. L., CANHOS, D. A. L., ALVES, D. A. & SARAIVA, A. M. (orgs.). Polinizadores
no Brasil - Contribuição e perspectivas para a biodiversidade, uso sustentável, conservação
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ZANELLA, F. C. 2004. Sobre a meliponicultura, a apicultura e a preservação de nossas
abelhas nativas. Disponível em: http://www.rge.fmrp.usp.br/beescience>. Acesso em:
15/05/2013.
Figura 1 - Mapa da região do estudo e pontos de coleta. Legenda:
Coordenadas geográficas dos pontos de coleta: 1- S 28o 02 802 W 049o 29 524; 2 – S 28º
06.384' – W 49º 29.289; 3 – S 28º 04.543' – W 49º 30.815; 4 – S 28o 94 834 W 049o30 518; 5 – S 28º
06.648' – W 49º 29.947'; 6 – S 28º 07.246 – W 49º 29.414'; 7 – S 28º 07.632' – W 49º 28.820; 8 – S
28º 05.973' – W 49º 38.389'; 9 – S 28º 08.523' – W 49º 38.108'; 10 – S 28o09'52" - W 49o 37'50"; 11-
S 28o09905 - W 49o36067; 12 – S 28o18445 - W 49o 37027
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158
Figura 2 - Pontos de coleta no PARNASJ. Legenda: Fotos de 1 a 7:
estrada do Morro da Igreja, em Urubici: 1- plantação de macieiras,
propriedade de João Delfino da Silva; 2- “Vale dos Sonhos”, propriedade de
Cleverson Munhoz; 3- cascata “Véu de Noiva”, ex-propriedade de Marino
Kuhnen; 4- beira da estrada após a cascata “Véu de Noiva”; 5- fazenda
desapropriada, ex-propriedade de Carlos Zilli; 6- fazenda desapropriada, Mata
Nebular, ex-propriedade de João Godinho; 7- Morro da Igreja/ Cindacta II/
Pedra Furada; 8- proximidades da Fazenda Fogo Eterno, Rodovia SC-430, km
42; 9- sede do PNSJ em Urubici;
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159
10- ruínas I, estrada geral de Santa Barbara, fazenda desapropriada, ex-
propriedade de Tarcísio das Graças Custódio, Bom Jardim da Serra; 11- ruínas
II, estrada interna do PNSJ, fazenda desapropriada, ex-propriedade de José
Hélvio Antunes; 12- Alagados dos campos de Santa Bárbara, Bom Jardim da
Serra.
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160
Figura 3 – Táxons de plantas e abelhas amostrados no PNSJ, no período
2010-2012. Legenda: 1- Leptostelma maxima (Asteraceae) 2 - Senecio icoglossus
(Asteraceae) 3 – Acca sellowiana (Myrtaceae) 4 - Vicia sativa (Fabaceae) 5 - Petunia
bonjardinensi (Solanaceae) 6 - Parodia haselbergii subsp. graessneri (Cactaceae) 7 –
Passiflora urubicensis (Passifloraceae) 8 - Passiflora urubicensis (Passifloraceae) 9 -
turfeiras;
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10 - Bombus pauloensis (Apinae) em flor de Zinnia elegans (Asteraceae) 11 - Bombus
bellicosus (Apinae) em flor de Senecio pinnatus (Asteraceae) 12 - Schwarziana
quadripunctata (Apinae) em flor de Leptostelma maxima (Asteraceae) 13 - Apis
mellifera (Apinae) em flor de Graphistylis serrana (Asteraceae) 14 - Cirsium vulgare
(Asteraceae) 15 - Senecio conyzaefolius (Asteraceae) 16 a- Mimosa scabrella
(Fabaceae) 16 b- Tronco de Mimosa scabrella com cochonilhas 16 c- Galhos de
Mimosa scabrella com cochonilhas.
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162
Figura 4 - Curva de suficiência amostral estabelecida para três
subáreas do PNSJ, no período 2010 - 2012.
Tabela 1
Lista de espécies de abelhas identificadas no PNSJ, no período 2012-
2012. Legenda: N=quantidade de indivíduos amostrados; M.I .=Morro
da Igreja; A.=Alagados; F. E.=Fazenda Fogo Eterno; PNSJ=Sede do
Parque Nacional São Joaquim; RI=Ruínas I.
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Comunidades de abelhas e recursos florais em área de clima temperado no sul do Brasil: um descritivo do Parque Nacional de São Joaquim, SC

  • 1. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 135 Capítulo 8 COMUNIDADES DE ABELHAS E RECURSOS FLORAIS EM ÁREA DE CLIMA TEMPERADO NO SUL DO BRASIL: UM DESCRITIVO DO PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM, SC Denise Monique Dubet da Silva Mouga1, Enderlei Dec1, Manuel Warkentin1 & Andressa Karine Golinski dos Santos1 1 – LABEL - Laboratório de Abelhas, Departamento de Ciências Biológicas, UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville, E-mail: dmouga@terra.com.br. Resumo A apifauna de uma unidade de conservação relevante para a preservação de recursos hídricos e turísticos foi amostrada em 12 pontos de coleta, por varredura com rede entomológica sobre plantas floridas, durante dois anos, mensalmente (1056 horas de esforço de coleta). Foram amostradas 3.307 abelhas (68 espécies, 5 subfamílias). Foram encontradas espécies ainda não citadas para SC (Hexantheda missionica, Anthrenoides petuniae, Thygater chaetaspis, Anthrenoides politus, Ceratina (Crewella) rupestris, Halictillus loureiroi, Megommation insigne, Megachile (Moureapis) cf. nigropilosa, Megachile (Pseudocentron) frame), para o Brasil (Paroxystoglossa cf. brachycera, Psaenythia collaris, Lophopedia nigrispinnis), com ocorrência restrita a SC (Ptilothrix relata) e altamente ameaçada (Bombus bellicosus). Apis mellifera representou 57,4 % das interações com plantas. Foram amostradas 151 espécies de plantas associadas às abelhas, de 45 famílias, sendo 70 exóticas, 86 nativas e 4 endêmicas. Curvas de
  • 2. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 136 acumulação de abelhas se mostraram em ascensão (subáreas Morro da Igreja e Alagados), a riqueza de espécies se mostrou significantemente diferente (Alagados) e estimadores de riqueza apontam para uma diversidade maior. A riqueza de apifauna ao longo das estações do ano mostra sazonalidade. A comparação da apifauna com outras áreas mostra afinidade com ambientes próximos ou similares (associação biogeográfica histórica ou vegetacional característica). Palavras-chave: diversidade, apifauna, relações abelha-flor, Apidae, Hymenoptera Título abreviado. Abelhas e flores em clima temperado no Parque São Joaquim Bees and flowers in temperate climate in São Joaquim Park
  • 3. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 137 Introdução A criação de unidades de conservação (UC), ação específica necessária para impedir o desaparecimento das espécies ameaçadas, é atribuição dos países sede dos biomas (WILSON 2003). Santa Catarina abriga uma unidade de conservação – o Parque Nacional São Joaquim (PNSJ) - com características singulares pelas formações vegetacionais, geomorfológicas e climáticas exclusivas, sendo um ecótono de Floresta Ombrófila Densa, campos, matas nebulares, matas ciliares, turfeiras e Floresta Ombrófila Mista, ecossistemas do Bioma Mata Atlântica, ameaçados em diversos graus (MEDEIROS 2002). A área onde se encontra o PNSJ marca o encontro do Planalto/ Serra Catarinense com a Planície Costeira, nas configurações orográficas da Serra Geral, de origem vulcânica mesozoica, relevo muito acidentado, grande altitude e acentuada sazonalidade pela latitude meridional (MOUGA; DEC, 2011). As características climáticas e pedológicas permitem atividades agrícolas de clima temperado e a região apresenta interesse cênico e estratégico, ensejando atividades de turismo e controle aéreo, que se refletem econômica e ambientalmente na UC (BOLDRINI, 2009). O Bioma Mata Atlântica pertence ao grupo dos 25 de mais alta diversidade do mundo, dos mais ameaçados, que demandam
  • 4. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 138 estudos para embasar sua preservação e impedir a perda do patrimônio biológico (Ministério do Meio Ambiente, Programa Mab da Unesco). Os instrumentos quantitativos são os levantamentos, que permitem aferir e aperfeiçoar os programas de conservação e planejar modificações da paisagem (TERBORGH, 1992). A preservação das angiospermas dos biomas depende da ação dos polinizadores, especialmente as abelhas, que visitam inúmeras espécies (BAWA 1990), impedindo o isolamento genético (BENJAMIN; McCALLUM, 2008). A apifauna do sul do Brasil inclui mais de 500 espécies sendo, biogeograficamente, uma das mais ricas, na transição entre zona tropical e temperada, incluindo táxons das ambas (MOUGA, 2009). Como estabelece uma relação estreita com a flora que visita, a apifauna é uma balizador de biodiversidade que reflete a variação latitudinal e altitudinal em sua distribuição geográfica. Pela sua sensibilidade a alterações ambientais, tem sido indicadora de conservação do meio. O conhecimento sobre táxons de abelhas não está estabelecido em áreas protegidas de clima temperado na região sul de SC. Este trabalho realizou um inventário das espécies de abelhas presentes no PNSJ e seus recursos forrageiros, visando a obtenção de informações sobre a riqueza biológica, inserção biogeográfica, numa perspectiva de conservação da UC.
  • 5. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 139 Materiais e Métodos Área de estudo O estudo foi realizado no PNSJ (superfície de 49,3mil hectares), região sul de SC (coordenadas geográficas 49o 22' e 49º 39' S, 28° 04' e 28° 19'W), UC localizada na Serra Geral, abrangendo áreas dos municípios de Urubici, Bom Jardim da Serra, Grão Pará e Orleans (FERNANDES; OMENA, 2010). Situa-se no encontro entre o planalto da Serra Geral e a planície costeira catarinense, em altitudes entre 1002 e 1822 m acima do nível do mar, com temperatura média anual de 10,9o C e pluviometria anual de 1300-1700mm, e encontra-se sob domínio do Bioma Mata Atlântica, com diferentes fitofisionomias: Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana; Mata Nebular, Floresta Ombrófila Mista (FOM) e Campos de altitude (BOLDRINI, 2009). Metodologia Dentro dos limites do PNSJ foram selecionados doze pontos de coleta (Figura 1) onde foram realizadas expedições mensais, de agosto de 2010 a julho de 2012, no horário das 06:00 às 18:00 horas. As áreas amostrais foram percorridas ao longo de
  • 6. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 140 transecções de três quilômetros de comprimento, por dois coletores, totalizando ao final do estudo 44 dias de campo e 1056 horas de esforço amostral. Para as abelhas, foi utilizado o método de Sakagami et al., (1967) adaptado, amostrando-se espécimes de Apidae sobre plantas floridas. As abelhas foram preparadas segundo Michener et al. (1994) e identificadas por literatura (MICHENER 2000; SILVEIRA et al. 2002; MELO; GONÇALVES, 2005; MOURE et al. 2012) e pela colaboração de especialistas. Foram registrados: data, local, horário, temperatura e umidade relativa. As plantas de forrageio foram fotografadas, colhidas, preparadas e identificadas com auxílio de literatura específica e especialistas. Espécimes de Apis mellifera Linnaeus 1758 não foram coletados mas registrados por estimativa quantitativa. O material coletado foi depositado no LABEL - Laboratório de Abelhas da UNIVILLE. Todas as informações foram incorporadas em banco de dados. Análise dos dados Os dados foram analisados, qualitativamente e quantitativamente, em relação à totalidade do PNSJ. Para estabelecer comparações entre os doze diferentes pontos de coleta da UC, a qual inclui fitofisionomias e usos antrópicos diversos
  • 7. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 141 (Figura 2), nove dentre eles foram reunidos em três agrupamentos (subáreas) para representarem unidades de cotejo. A primeira subárea, aqui denominada localidade “Morro da Igreja”, inclui os dados referentes aos pontos de coleta 1 a 7. Esta unidade se inicia aos 1.002 m de altitude, com cobertura vegetal de FOM, passa por Mata Nebular e chega a 1.822m, com cobertura vegetal de campo e turfeiras. A segunda subárea, aqui denominada “Fazenda Fogo Eterno”, está situada nas proximidades do km 42 da rodovia SC 430 e inclui dados referentes a coletas realizadas em áreas na beira da estrada, que se constituem em remanescentes de FOM entremeados de campo e áreas desmatadas para pastoreio. A terceira subárea, aqui denominada “Alagados”, designa a planície alagada com 3.000.000m2 de extensão, localizada na comunidade de Santa Bárbara, a 6 Km do centro do município de Bom Jardim da Serra, que forma um charco de altitude num espraiamento do rio dos Alagados, o qual vem compor a bacia do rio Pelotas (SOUZA, 2004). Foram construídas as curvas de acumulação de espécies para as três subáreas. A variação da riqueza da apifauna ao longo das quatro estações do ano e nas três subáreas do PNSJ foi verificada por meio do cálculo do índice de diversidade de Shannon-Wiener e de equabilidade de Pielou (KREBS, 1989). Foram utilizados
  • 8. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 142 estimadores de riqueza (métodos jackknife 1 e 2) (COLWELL; CODDINGTON, 1994) para as subáreas do PNSJ. Foi verificada a similaridade da apifauna encontrada com a de outros ambientes similares ou próximos pelo índice de Soerensen (SOUTHWOOD, 1971). Os dados foram trabalhados em Microsoft Excel 2000 (Microsoft Office). Resultados Plantas Em relação às plantas, foram amostradas 166 espécies (MOUGA; DEC, no prelo), que se distribuem em 45 famílias das quais as mais visitadas foram Asteraceae (46,90%), Papaveraceae (9,21%), Rosaceae (6,64%), Fabaceae (6,10%) e Brassicaceae (5,72%). As espécies mais procuradas foram: Eschscholzia californica (7,45%); Senecio icoglossus (6,65%); Calendula officinalis (4,44%); Prunus serrulata (3,23%) e Verbena litoralis (2,62%). Diversas espécies vegetais exóticas (70) foram observadas interagindo com a apifauna assim como 45 ornamentais, 10 frutíferas, 86 nativas e uma rara (Adesmia rocinhensis - Fabaceae) (LISTA, 2012). Em termos de táxons típicos ou incomuns, foram visitados pelas abelhas: Eryngium sanguisorba (Apiaceae), Graphistylis serrana, Jungia floribunda e Graziellia serrata – este último, um taxon anemocórico -
  • 9. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 143 (Asteraceae), Croton ceanothifolius (Euphorbiaceae), Mimosa scabrella (Fabaceae), Sisyrinchium luzula (Iridaceae) e Colletia exserta - planta medicinal em extinção (Rhamnaceae). Quanto a espécies endêmicas, foram amostradas Passiflora urubicensis, Petunia bonjardinensis, Parodia haselbergii subesp. graeesneri e Acca sellowiana. Abelhas Foi amostrado um total de 3.307 exemplares de abelhas que se distribuem em 68 espécies e cinco subfamílias (Tabela 1). Diversas espécies de abelhas amostradas são registros novos para SC (MOURE et al. 2012): Hexantheda missionica, Anthrenoides petuniae, Thygater chaetaspis, Anthrenoides politus, Ceratina (Crewella) rupestris, Halictillus loureiroi, Megommation insigne, Megachile (Moureapis) cf. nigropilosa, Megachile (Pseudocentron) frame enquanto que outras compõem distribuição geográfica ainda não assinalada para o Brasil (Paroxystoglossa cf. brachycera, Psaenythia collaris, Lophopedia nigrispinnis). Como espécie de ocorrência restrita, foi constatada a espécie Ptilothrix relata, que só tem distribuição assinalada, no Brasil, para SC. Em termos de abelhas ameaçadas, foi constatada a espécie Bombus bellicosus (mamangava-de-chão) considerada possivelmente já extinta no estado do Paraná no seu limite nordeste de distribuição (MARTINS; MELLO, 2009).
  • 10. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 144 Interação abelha-flor Foram verificadas 2.146 interações entre espécies de abelhas e plantas associadas amostradas (MOUGA et al., 2012) que representam 21,43 % daquelas que poderiam acontecer. Destas, 1.232 (57,4 %) foram devidas à espécie introduzida Apis mellifera. Em 34,75 % das espécies vegetais amostradas, foi coletada apenas A. mellifera, ficando as outras espécies de abelhas, silvestres, associadas a interações com táxons nativos e exóticos. Curvas de acumulação As curvas de suficiência amostral (Figura 4) revelaram diferentes desenvolvimentos e valores finais de riqueza para as três localidades amostradas: Morro da Igreja (44 espécies), Alagados (38) e Fogo Eterno (19). O número de coletas para cada uma das subáreas foi: Morro da Igreja (30), Alagados (7) e Fazenda Fogo Eterno (4). A amostragem da Fazenda Fogo Eterno mostra uma estabilização e as duas outras subáreas se apresentam lineares, com constantes elevações, não atingindo o pico. Riqueza da apifauna ocorrente em subáreas do PNSJ Os índices de diversidade (SW) e de equabilidade (Pielou) (Tabela 2) evidenciam que a diversidade de Alagados é maior que a
  • 11. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 145 das duas outras subáreas (valor quase 70% maior em relação ao Morro da Igreja). A equabilidade de Alagados e Fazenda Fogo Eterno (F. E.) é Tabela 2 Índices de diversidade de Shannon-Wiener, de equabilidade de Pielou, número de espécies calculado pelos estimadores de riqueza, cálculo de riqueza esperada por meio de curvas de rarefação para as três subáreas do PNSJ, no período 2010-2012. Legenda: Obs.=observado, Sim.=simulado, LI=limite inferior, LS=limite superior. Praticamente a mesma, aproximadamente o dobro da do Morro da Igreja. Há diferença estatisticamente significante a um nível de 5% (0,05) entre os valores de SW para as três subáreas. Estimativa da riqueza de apifauna em subáreas do PNSJ
  • 12. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 146 No cálculo de riqueza de espécies estimada para os três agrupamentos (Tabela 2), as espécies pouco ocorrentes foram consideradas como parâmetros para as estimativas (uniques - ocorreram em apenas uma amostra ou duplicates - ocorreram em duas amostras), impedindo que espécies muito abundantes viessem a interferir na avaliação. Para os dois estimadores, percentualmente, o aumento estimado do número de espécies permite o seguinte ordenamento decrescente de riqueza potencial: Alagados > Morro da Igreja > Fazenda Fogo Eterno. Nota-se que os valores observados, para todas as localidades, encontram-se abaixo do esperado, tendo a localidade “Fazenda Fogo Eterno” com o menor distanciamento entre o valor simulado e o observado. Rarefação A subárea Fogo Eterno apresenta o menor número total de indivíduos coletados e foi utilizada como tamanho padronizado para comparar a riqueza de espécies entre todas as subáreas (Tabela 2). Observa-se que o limite inferior de riqueza esperada de espécies com 190 indivíduos em Alagados é maior que o valor observado na Fazenda Fogo Eterno. Nas mesmas condições (190 indivíduos), o limite inferior de Alagados é superior ao limite
  • 13. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 147 superior de Morro da Igreja, o que sugere que Alagados seja um ambiente com riqueza de espécies significantemente maior que o Morro da Igreja. Riqueza de apifauna ao longo das quatro estações do ano Os índices de diversidade e equabilidade para o PNSJ, ao longo das quatro estações, mostram (Tabela 3) diferença estatisticamente significante a um nível de 5% (0,05) entre os valores para as quatro estações. Comparação da apifauna do PNSJ com a de outros ambientes similares ou próximos Os dados da apifauna do PNSJ das formações de FOM, Floresta Estacional Semidecidual e campos foram cotejados aos de ambientes próximos ou similares (Tabela 4). Os táxons foram comparados até o nível específico ou pelo menos até o nível de gênero. Os maiores valores de similaridade ocorreram com FOM de Lages (altitude 920m)(0,41), campo de altitude em Garuva (altitude 1280m)(0,45) e campos rupestres na Serra do Cipó em MG (altitude 880-1500m)(0,39).
  • 14. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 148 Discussão Abelhas, plantas e interações polinizadores - flores A amostragem de diversos táxons de plantas e abelhas não ainda citados na literatura para os ambientes estudados, veio preencher lacunas acerca do conhecimento sobre a flora apícola e a apifauna da região dos campos dos planaltos, considerados encraves da mata de araucária (BOLDRINI et al., 2009), numa região de elevados índices de diversidade biológica. A família Asteraceae, em ambientes abertos de altitude, se caracteriza pela expressiva diversidade de táxons, e foi intensamente procurada pelas abelhas, sendo considerada um importante recurso forrageiro apícola, pelas suas características estruturais (MOUGA; NOGUEIRA-NETO, 2012). Sobre as interações verificadas entre abelhas e plantas, diversas se mostraram peculiares. Passiflora urubiciensis (maracujá-do-mato), endêmico (MOREIRA et al., 2011), com potencial farmacológico e fitoterápico (MUSCHNER et al., 2003) e Petunia bonjardinensis, espécie ornamental ameaçada restrita a SC e RS (GERATS; STROMMER, 2009), foram amostradas com Bombus bellicosus (espécie de abelha ameaçada mencionada anteriormente) e com Anthrenoides petuniae, táxon típico de altitude. Actenosigynes fulvoniger, espécie de abelha oligolética, foi notada em Blumenbachia urens (Loasaceae). Mimosa scabrella (bracatinga), espécie
  • 15. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 149 florestal valiosa na recuperação ambiental e produção de melato, pela associação natural abelhas - cochonilhas (WITTER et al., 2010), foi forrageada intensamente por diversas espécies de abelhas. O fato de se ter verificado apenas A. mellifera em um terço das espécies de plantas Tabela 3 Índices de diversidade de Shannon-Wiener (SW) e de equabilidade de Pielou, para o PNSJ, no período 2010-2012, nas quatro estações. Legenda: Li=limite inferior, LS=limite superior. Estações Valor SW Variância SW LI SW LS SW Valor Pielou Primavera 1,68 0,0034 1,5626 1,7973 0,43 Verão 1,42 0,0036 1,3024 1,5435 0,40 Outono 1,24 0,0022 1,1464 1,3335 0,40 Inverno 1,33 0,021 1,2404 1,4235 0,43 Amostradas sugere um intenso efeito competitivo (MOUGA et al., 2012) e a presença desta espécie introduzida deve ser acompanhada, com vistas ao controle de espécies invasoras em UC. A beleza de muitas espécies botânicas, verificadas apícolas, intui um potencial ornamental a ser explorado, que favoreceria os
  • 16. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 150 polinizadores, ao mesmo tempo em que permitiria um incremento no turismo, conferindo beleza cênica à paisagem, numa perspectiva de sustentabilidade. A presença de espécies de abelhas ameaçadas e raras confere importância à UC como refúgio da biota, com implicações de potencial recurso gênico. Riqueza de espécies, diversidade de apifauna em subáreas do PNSJ e sazonalidade Os diversos índices ecológicos calculados para as abelhas apontam para uma riqueza de espécies maior do que aquela que foi amostrada, expressando haver ainda um número de táxons a serem conhecidos para as localidades, independentemente das subáreas estudadas. A subárea Alagados se destaca pela sua diversidade, evidenciando um ambiente que sustenta uma intensa atividade biológica, que sua grande extensão amplia potencialmente. Há que se relevar que as subáreas mais intensamente coletadas apresentam superfícies de amostragem que diferem: Morro da Igreja representa uma extensão de aproximadamente 7.000 m2 , Alagados aproximadamente 10.000 m2 e Fogo Eterno aproximadamente 1.000 m2 . Os dados obtidos mostram que, embora a área de amostragem do Morro da Igreja seja
  • 17. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 151 maior, sua apifauna mostra menos diversidade, que se encontra concentrada em algumas espécies: Apis mellifera (64,4%), Trigona spinipes (11,5%), Bombus pauloensis (9,2%), Schwarziana quadripunctata (3,2%) e Plebeia saiqui (1,8%). Este fato pode ser interpretado pelo fato de a subárea Morro da Igreja ser uma extensão mais antropizada, inclusive com plantações espécies: Apis mellifera (64,4%), Trigona spinipes (11,5%), Bombus pauloensis (9,2%), Tabela 4 Similaridade entre as comunidades de abelhas (Apidae) amostradas no PNSJ e as de outras fitofisionomias do Brasil. I. S.=Indice de Soerensen.
  • 18. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 152 Schwarziana quadripunctata (3,2%) e Plebeia saiqui (1,8%). Este fato pode ser interpretado pelo fato de a subárea Morro da Igreja ser uma extensão mais antropizada, inclusive com plantações de macieiras que fazem uso de defensivos agrícolas (BURATTO et al., 2010). Assim, maiores esforços de captura podem eventualmente revelar um aumento na riqueza de espécies, fato evidenciado nas estimativas da riqueza de apifauna ocorrente em diferentes pontos do PNSJ. Os Campos de Cima da Serra e as Matas de Araucárias se desenvolvem atualmente em um clima frio e úmido (Cfb ou temperado úmido) que exerce uma ação marcada na sazonalidade de expressão da apifauna. As poucas espécies de abelhas que mantêm atividades ao longo do ano se revestem de interesse em termos de aproveitamento como polinizadoras de culturas agrícolas de expressão no inverno (MOUGA; KRUG, 2010) e também na perspectiva das mudanças climáticas (VENTURIERI et al., 2012). Comparação da apifauna de PNSJ com a de outros ambientes similares ou próximos Segundo Moldenke (1975) e Heithaus (1979), ambientes próximos, mas com diferentes fitofisionomias, comportam faunas
  • 19. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 153 de abelhas bastante distintas enquanto que comunidades de plantas geograficamente distantes, porém fisionomicamente semelhantes, possuem apifaunas mais similares. A maior similaridade observada com o mesmo tipo de formação vegetal (FOM e campo de altitude) em SC mostra que a apifauna da região sul do Brasil é regional e diferenciada, fato evidenciado por análises comparativas (PINHEIRO-MACHADO, 2002). Em relação à similaridade com os campos rupestres e à distância existente entre os ambientes comparados, possivelmente alguns elementos estão primaria ou secundariamente associados a regiões específicas (xéricas, frias, de altitude) ou a padrões de distribuição disjunta sendo, assim, indicativos de uma história de trocas faunísticas entre áreas mésicas e xéricas, altas e baixas, de regiões de latitude maior e menor, ligadas, possivelmente, a ciclos climáticos favoráveis (AZIZ AB’ SABER, 1971). O estudo realizado mostrou a importância da conservação do PNSJ, como UC que abriga uma apifauna singular a qual desenvolve inúmeras interações com uma flora típica, associações que são de importância para a manutenção da cobertura vegetal da Serra Geral, origem de importantes recursos hídricos de SC e atividades econômicas.
  • 20. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 154 Agradecimentos. À FAPESC pelo auxílio recebido ao projeto selecionado, , aos especialistas Osmar dos Santos Ribas, Juarez Cordeiro e Eraldo Barboza do Museu Botânico da Cidade de Curitiba pela ajuda na identificação das plantas, aos especialistas Gabriel A.C. Melo e Danúncia Urban da UFPR pela assistência na identificação das abelhas. A todos que colaboraram. Referências Bibliográficas. ARAÚJO, V. A.; ANTONINI, Y.; ARAUJO, A. P. A . Diversity of bees and their floral resources at altitudinal areas in the southern Espinhaço range, Minas Gerais, Brazil. Neotropical Entomology 35: 30-40. 2006. BARBOLA, I. F.; LAROCA, S. A comunidade de Apoidea (Hymenoptera) da Reserva de Passa Dois (Lapa, Paraná, Brasil): I. Diversidade, abundância relativa e atividade sazonal. Acta Biológica Paranaense 22 (1/4): 91-113. 1993. BAZILIO, S. Melissocenose de uma área restrita de Floresta de Araucária do distrito de Guará (Guarapuava, PR). 1997. 123 p. Dissertação de Mestrado. UFPR. Curitiba. BOLDRINI, I. I. Biodiversidade dos campos do planalto das araucárias. Brasília: MMA, 2009. 240 p. Série Biodiversidade, v. 30. BURATTO, L. G.; BURATTO, J. A.; MENEZES, N.; OLIVEIRA, O. R. Urubici e suas belezas naturais: uma história na serra catarinense. Lages: Grafine, 2010. 460 p. COLWELL, R. K.; CODDINGTON, J. A. Estimating terrestrial biodiversity through extrapolation. Phil. Transl. R. Soc. London 345: 101-118. 1994. BORTOLI, C. de Estudo biocenótico em Apoidea (Hymenoptera) de uma área restrita em São José dos Pinhais (PR, Sul do Brasil), com notas comparativas. 1987. 152 p. Dissertação de Mestrado.UFPR. Curitiba. BORTOLI, C.; LAROCA, S. Estudo biocenótico em Apoidea (Hymenoptera) em uma área restrita em São José dos Pinhais (PR, sul do Brasil) com notas comparativas. Dusenia 15: 1-112. 1990. BORTOLI, C.; LAROCA, S. Melissocenologia no Terceiro Planalto Paranaense. I: Abundância relativa das abelhas silvestres (Apoidea) de um biótopo urbano de Gurapuava (PR, Brasil). Acta Biológica Paranaense 26 (1,2,3,4): 51-86.1997. FARIA, G.M. A flora e fauna apícola de um ecossistema de campo rupestre, Serra do Cipó,MG, Brasil. 1994. 239 .p. Tese de Doutorado. (Instituto de Biociências). UNESP. Rio Claro. FARIA-MUCCI, G.M.; MELO, M. A.; CAMPOS, L. A. O. A fauna de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) e plantas utilizadas como fonte de recursos florais, em um ecossistema de campos rupestres em Lavras Novas, Minas Gerais, Brasil. In: MELO, G.A .R.; ALVES-DOS-SANTOS, I. (Eds.) Apoidea Neotropica: Homenagem aos 90 anos de Jesus Santiago Moure. Criciúma: Edit.Unesc, 2003. p .241-256.
  • 21. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 155 FERNANDES, L. A.; OMENA, M. T. R. N. Caracterização básica do PARNASJ. Brasília: MMA/ ICMbio, 2010. 43 p. FREITAS, L. Biologia da polinização em campos de altitude no Parque Nacional da Serra da Bocaina, São Paulo. 2002. 119 p. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas. Campinas. GERAST, T.; STROMMER, J. Petunia: evolutionary, developmental and physiological genetics. London: Springer, 2009. 450 p. HARTER-MAEQUES, B. Bienen und ihreTrachtpflazen im Araukarien-Hochland von Rio Grande do Sul,mit Fallstudien zur Bestaubung von Pionerpflazen. 1999. 185 p. Tese de Doutorado. Universidade de Ubingen. Tubingen. HEITHAUS, E.R. Community structure of neotropical flower visiting bees and wasps: diversity and phenology. Ecology 60 (1): 190-202. 1979. HIROMITSU SAMEJIMA, H.; MARZUKI, M.; NAGAMITSU, T.; NAKASIZUKA, T. The effects of human disturbance on a stingless bee community in a tropical rainforest. Biological Conservation 120: 577-587. 2004. KRUG, C. A comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apiformes) da Mata com Araucária em Porto União - SC e abelhas visitantes florais da aboboreira (Cucurbita L.) em Santa Catarina, com notas sobre Peponapis fervens (Eucerini, Apidae). 2007. 120 p. Dissertação de Mestrado. UNESC. Criciúma. KRUG, C. A comunidade de abelhas (Hymenoptera –Apoidea) de duas áreas de interesse biológico e histórico em Santa Catarina. 2010. 143 p. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto. LISTA de Espécies da Flora do Brasil. 2012. Disponível em: < http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012>. Acesso em 20 de maio de 2012 MAGURRAN, A. E. Ecological diversity and its measurement. Princeton: Princeton University Press, 1988. 179 p. MARTINS, C. F. Comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) da caatinga e do cerrado com elementos de campo rupestre do estado da Bahia, Brasil. Revista Nordestina de Biologia 9(2): 225-257. 1994. MARTINS, A.C.; MELO, G. A. R. Has the bumblebee Bombus bellicosus gone extinct in the northern portion of its distribution range in Brazil ? Journal of Insect Conservation 14: 207 - 210. 2009. MEDEIROS, J. D. Mata Atlântica em Santa Catarina. Situação atual e perspectivas futuras. In: SCHAFFER, W. B.; PROCHNOW, M. A Mata Atlântica e você. Brasília: Apremavi. 2002. p. 103- 110. MELO, G. A. R.; GONÇALVES, R. B. Higher-level bee classifications (Hymenoptera, Apoidea, Apidae sensu lato). Revista Brasileira de Zoologia 22: 153-159. 2005. MICHENER, C.D. The bees of the world. Baltimore, Maryland: John Hopkins University Press, 2000. 913 p. MICHENER, C. D.; MCGINLEY, R. J.; DANFORTH, B. N. The bee genera of North and Central America (Hymenoptera: Apoidea). Washington: Smithsonian Institution Press, 1994. 209 p. MOLDENKE, A .R. Niche specialization and species diversity along a California transect. Oecologia 21: 219-242. 1975. MOREIRA, G.R.P.; FERRARI, A.; MONDIN, C.A.; CERVI, A.C. Panbiogeographical analysis of passion vines at their southern limit of distribution in the Neotropics. Revista Brasileira de Biociências 9: 28 - 40. 2011.
  • 22. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 156 MOUGA, D. M. D. S. A comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) em Mata Atlântica na região nordeste do Estado de Santa Catarina, Brasil. 2004. 253 p. Tese de Doutorado. USP. São Paulo. MOUGA, D. M. D. S. Abelhas de Santa Catarina: lista das espécies e histórico das coletas. Revista Univille 14: 75-112. 2009. MOUGA, D. M. D. S.; KRUG, C. Community of native bees (Apidae) in a tropical rain forest mountain area in Santa Catarina. Zoologia 27(1): 70-80. 2010. MOUGA, D. M. D. S.; DEC, E. Abelhas nativas (Hymenoptera, Apidae) e plantas associadas ocorrentes no Parque Nacional São Joaquim, Santa Catarina, Brasil. In: Congresso Ecologia do Brasil, X, 2011, Resumos. São Lourenço: Sociedade de Ecologia do Brasil. Versão eletrônica. MOUGA, D. M. D. S., DEC, E., WARKENTIN, M., SILVA, J. S., SANTOS, A. K. G. O efeito de espécies exóticas numa rede de interações mutualísticas no Parque Nacional São Joaquim - SC. In: Congresso Brasileiro de Entomologia de Curitiba, XXIV, 2012, Resumos. Curitiba: Sociedade Entomológica do Brasil. Versão eletrônica. MOUGA, D. M. D. S. , NOGUEIRA-NETO, P. A high grassland bee community in Southern Brazil: survey and annotated checklist (Insecta: Apidae). Journal of the Kansas Entomological Society 85(4): 295-308. 2012. MOURE, J. S., URBAN, D. ; MELO, G.A.R. 2012. Catalogue of bees (Hymenoptera, Apoidea) in the neotropical region. Disponível em <http://www.moure.cria.org.br/catalogue/>. Acesso em: 17 de maio de 2013. MUSCHNER, V. C.; LORENZ, A.P.; CERVI, A.C.; BONATRO, S. L.; SOUZA - CHIES, T. T.; SALZANO, F. M.; FREITAS, L. B. A first molecular phylogenetic analysis of Passiflora (Passifloraceae). American Journal of Botany 90: 1229 - 1238. 2003. ORTH, A. I. Estudo ecológico de abelhas silvestres (Hymenoptera, Apoidea) em Caçador, SC, com ênfase em polinizadores potenciais da macieira Pyrus malus L.)(Rosaceae). 1983. 122 p. Dissertação de Mestrado. UFPR. Curitiba. ORTOLAN, S. M. L. S.; LAROCA, S. Melissocenótica em áreas de cultivo de macieira (Pyrus malus L.) em Lages (Santa Catarina, sul do Brasil), com notas comparativas e experimento de polinização com Plebeia emerina (Friese)(Hymenoptera, Apoidea). Acta Biológica Paranaense 25 (1, 2, 3, 4): 1- 113. 1996. ORTOLAN, S. M. L. S. Biocenótica em Apoidea(Hymenoptera)de áreas de macieira (Pyrus malus L.) em Lages, Santa Catarina, com notas comparativas e experimento preliminar de polinização com Plebeia emerina. 1989. 170 p. Dissertação de Mestrado. UFPR. Curitiba. PINHEIRO, M.; ABRÃO, B. E. ; HARTER-MARQUES, B. ; MIOTTO, S. T. S. Flower resources used by insects in a grassland community in southern Brazil. Revista Brasileira de Botânica (Impresso) 31: 469-489. 2008. RAMALHO, M. Diversidade de abelhas (Apoidea, Hymenoptera) em um remanescente de Floresta Atlântica em São Paulo. 1995. 148 p. Tese de Doutoramento (IBUSP). Universidade de São Paulo. São Paulo. 1995. SAKAGAMI S. F.; LAROCA, S.; MOURE, J. S. Wild bees biocenotics in São José dos Pinhais (PR), south Brazil. Preliminary report. Journal of the Faculty of Sciences of Hokkaido 16: 253 - 291. 1967. SILVEIRA, F. A.; CURE, J. R. A high altitude bee fauna of Southeastern Brazil: implications for biogeographical patterns (Hymenoptera, Apoidea). Studies on Neotropical fauna and environment. Ecology and Systematics 28(1): 47-55. 1993. SILVEIRA, F. A.; MELO, G. A. R.; ALMEIDA, E. A. B. 2002. Abelhas brasileiras. Sistemática e identificação. Fernando A. Silveira: Belo Horizonte, 2002. 253 p.
  • 23. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 157 SOUZA, B. Aspectos fitogeográficos do Parque Nacional de São Joaquim. 2004. 86 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geografia). Universidade do Estado de Santa Catarina. Florianópolis. 2004. VENTURIERI, G. C., ALVES, D. A., VILLAS-BOAS, J. K., CARVALHO, C. A. L., MENEZES, C., VOLLET-NETO, A., CONTRERA, F. A. L., CORTOPASSI-LAURINO, M. Meliponicultura no Brasil: situação atual e perspectivas futuras para uso na polinização agrícola. In: IMPERATRIZ- FONSECA, V. L., CANHOS, D. A. L., ALVES, D. A. & SARAIVA, A. M. (orgs.). Polinizadores no Brasil - Contribuição e perspectivas para a biodiversidade, uso sustentável, conservação e serviços ambientais. São Paulo: EDUSP, 2012. WILSON, E.O. The future of life. London: Abacus, 2003. 256 p. ZANELLA, F. C. 2004. Sobre a meliponicultura, a apicultura e a preservação de nossas abelhas nativas. Disponível em: http://www.rge.fmrp.usp.br/beescience>. Acesso em: 15/05/2013. Figura 1 - Mapa da região do estudo e pontos de coleta. Legenda: Coordenadas geográficas dos pontos de coleta: 1- S 28o 02 802 W 049o 29 524; 2 – S 28º 06.384' – W 49º 29.289; 3 – S 28º 04.543' – W 49º 30.815; 4 – S 28o 94 834 W 049o30 518; 5 – S 28º 06.648' – W 49º 29.947'; 6 – S 28º 07.246 – W 49º 29.414'; 7 – S 28º 07.632' – W 49º 28.820; 8 – S 28º 05.973' – W 49º 38.389'; 9 – S 28º 08.523' – W 49º 38.108'; 10 – S 28o09'52" - W 49o 37'50"; 11- S 28o09905 - W 49o36067; 12 – S 28o18445 - W 49o 37027
  • 24. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 158 Figura 2 - Pontos de coleta no PARNASJ. Legenda: Fotos de 1 a 7: estrada do Morro da Igreja, em Urubici: 1- plantação de macieiras, propriedade de João Delfino da Silva; 2- “Vale dos Sonhos”, propriedade de Cleverson Munhoz; 3- cascata “Véu de Noiva”, ex-propriedade de Marino Kuhnen; 4- beira da estrada após a cascata “Véu de Noiva”; 5- fazenda desapropriada, ex-propriedade de Carlos Zilli; 6- fazenda desapropriada, Mata Nebular, ex-propriedade de João Godinho; 7- Morro da Igreja/ Cindacta II/ Pedra Furada; 8- proximidades da Fazenda Fogo Eterno, Rodovia SC-430, km 42; 9- sede do PNSJ em Urubici;
  • 25. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 159 10- ruínas I, estrada geral de Santa Barbara, fazenda desapropriada, ex- propriedade de Tarcísio das Graças Custódio, Bom Jardim da Serra; 11- ruínas II, estrada interna do PNSJ, fazenda desapropriada, ex-propriedade de José Hélvio Antunes; 12- Alagados dos campos de Santa Bárbara, Bom Jardim da Serra.
  • 26. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 160 Figura 3 – Táxons de plantas e abelhas amostrados no PNSJ, no período 2010-2012. Legenda: 1- Leptostelma maxima (Asteraceae) 2 - Senecio icoglossus (Asteraceae) 3 – Acca sellowiana (Myrtaceae) 4 - Vicia sativa (Fabaceae) 5 - Petunia bonjardinensi (Solanaceae) 6 - Parodia haselbergii subsp. graessneri (Cactaceae) 7 – Passiflora urubicensis (Passifloraceae) 8 - Passiflora urubicensis (Passifloraceae) 9 - turfeiras;
  • 27. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 161 10 - Bombus pauloensis (Apinae) em flor de Zinnia elegans (Asteraceae) 11 - Bombus bellicosus (Apinae) em flor de Senecio pinnatus (Asteraceae) 12 - Schwarziana quadripunctata (Apinae) em flor de Leptostelma maxima (Asteraceae) 13 - Apis mellifera (Apinae) em flor de Graphistylis serrana (Asteraceae) 14 - Cirsium vulgare (Asteraceae) 15 - Senecio conyzaefolius (Asteraceae) 16 a- Mimosa scabrella (Fabaceae) 16 b- Tronco de Mimosa scabrella com cochonilhas 16 c- Galhos de Mimosa scabrella com cochonilhas.
  • 28. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 162 Figura 4 - Curva de suficiência amostral estabelecida para três subáreas do PNSJ, no período 2010 - 2012. Tabela 1 Lista de espécies de abelhas identificadas no PNSJ, no período 2012- 2012. Legenda: N=quantidade de indivíduos amostrados; M.I .=Morro da Igreja; A.=Alagados; F. E.=Fazenda Fogo Eterno; PNSJ=Sede do Parque Nacional São Joaquim; RI=Ruínas I.
  • 29. Pedro Volkmer de Castilho / Michel Tadeu R. N. de Omena / Marcos H. Taniwaki PARQUE NACIONAL DE SÃO JOAQUIM - PORTAL DO CONHECIMENTO 163