Os Ciclos Regionais constituíram produções cinematográficas realizadas em diversas cidades brasileiras fora do eixo Rio-São Paulo, ajudando a manter ativa a indústria cinematográfica nacional. O documento descreve o Ciclo de Recife entre 1923-1933 e o Ciclo de Cataguases liderado por Humberto Mauro na década de 1920, quando pequenos grupos de cineastas enfrentaram dificuldades para produzir e distribuir filmes com recursos limitados.

2. INTRODUÇÃO
• Os Ciclos Regionais constituíram-se em
produções realizadas em diferentes cidades do
país, que ajudaram a manter ativa e a difundir a
atividade cinematográfica no país, até então
restrita ao Rio de Janeiro e a São Paulo.

3. CICLO DE RECIFE
Recife Séc. XX

4. CICLO DE RECIFE
• Recife Séc. XX
• Urbanização; Chegada do trem,
abertura de grandes avenidas,
demolição de casarões históricos;
•Necessidade de mostrar a
modernidade, urbanização;
• Divulgação da cidade (Fotografias,
Cinema);

5. CICLO DE RECIFE
• Ciclo de Recife (1923-1933)
• Jovens: Jornalistas, pequenos funcionários,
comerciários, operários, artesãos, gráficos, atletas,
músicos populares, ex atores de teatro;
• Grupo pequeno, 30 a 40 pessoas
• Possuíam poucos recursos
•Enfrentaram muitas dificuldades;

6. CICLO DE RECIFE
• Aurora Filme
• Edson Chagas e Gentil Roiz – 1923
• “Retribuição” 1925 no Cine Royal
• Almeri Steves;
• Receptividade de Joaquim Matos (Cine Royal);

7. CICLO DE RECIFE

8. CICLO DE RECIFE
• “Jurando Vingar” (1925) – Gentil Roiz, Edson
Chagas;
• Jota Soares;
• Condições precárias de produção;
• Comprometeu a imagem da Aurora Filme

9. CICLO DE RECIFE

10. CICLO DE RECIFE
“Aitaré na Praia” (1925)
• Gentil Roiz, Ary Severo;
• Ameri Steves;
• Melodrama;
• Vida praiana x vida na cidade;
• Marco na produção da Aurora Filmes – ano de maior
produção;
• Pretensão de expansão para outros lugares;
• Distribuidores-Viajantes, perdiam muitos filmes;

11. CICLO DE RECIFE
“Aitaré na Praia” (1925)

12. CICLO DE RECIFE
• “Fábricas”
• “Filho sem mãe” – Planeta Filmes;
• “Grandezas de Pernambuco” – Olinda Filme;
• “Pega do Boi” – Veneza Filme
• Sem êxito, fechavam rapidamente.

13. CICLO DE RECIFE
• Passou por duas falências;
• Se reergueu com melhorias das instalações,
melhores condições de trabalho;
• Saída de Gentil Roiz;
• “Heróis do Século XX”.

14. CICLO DE RECIFE
• A filha do Advogado (1927)
• Ary Severo e atrito com Edson Chagas;
• Direção de Jota Soares;
• Sucesso de bilheteria;
• Exibido também em SP e RJ;
• Falência da Aurora Filmes.

15. CICLO DE RECIFE
• Liberdade Filme
• “Dança, Amor e Ventura” (1927);
• Ary Severo e Edson Chagas se reconciliam;
• Dustan Maciel – ator, Produtor

16. CICLO DE RECIFE
• No Cenário da Vida (1931)
• Jota Soares – Direção e argumento de Mário
Mendonça
• Edson se ausenta pra o Rj;
• Jota Soares desiste;

17. CICLO DE RECIFE
• Spia Film
• “O Destino das Rosas” (1933) - Ary Severo
• Dustan Maciel , Rosa Maria;
• Inacabado, Rosa Maria

18. CICLO DE RECIFE
• Fim do Ciclo
• Marcado por condições precárias de produção;
• Altos custos;
• Hollywood lidera o mercado;
•Chegada do cinema sonoro;
•Revolução de 1930;

19. CICLO DE RECIFE

20. CICLO DE RECIFE

21. CICLO DE CATAGUASES
• Humberto Mauro
• Volta Grande/MG - 1897 – 1983;
• Apaixonado por mecânica e música;
• Sua paixão por fotografia o fez conhecer
Pedro Comello;
• Compraram uma Pathé Baby 9,5mm;
• “Valadião, o Cratera”
• Conseguiram financiamento, compraram
uma filmadora 35mm e começaram a filmar
“Os Três Irmãos”;
• Fundaram a Phebo Sul América Filmes;
• “Na Primavera da Vida”, 1926.

22. CICLO DE CATAGUASES

23. CICLO DE CATAGUASES
• Brasa Dormida (1928)
• Contratação de Edgar Brasil;
• Começou a ser rodado quase que
simultâneo a Barro Humano;
• Contratou atores do RJ e SP;
• Luiz Soroa e Nita Ney;
• Laboratório para revelação: Benedetti;
• Botequim;
• Para Pedro Lima “os interiores deveriam ser
mais ricos”;
•
;
• Construção dramática mais complexa;
travellings e panorâmicas; avanço na
qualidade das imagens;
• Distribuído pela Universal Pictures.

24. CICLO DE CATAGUASES
• Sangue Mineiro (1930)
• Investimento de Carmen Santos;
• História se passa em Belo Horizonte;
• Mauro demonstra ainda mais progresso
como cineasta;
• Personagens homogêneos;
• Perda em sua obra cataguasense;
• Personagens do povo cada vez mais
escassos;
• Na época de lançamento o panorama do
cinema brasileiro acha-se confuso por conta
da chegada do cinema falado.

25. CICLO DE CATAGUASES
• Enfrentando os mesmos problemas de
distribuição, a endividada Phebo dá por
encerrada.
• A Phebo não tinha dinheiro suficiente para
bancar a tecnologia sonora.
• Mauro foi convidado por Adhemar Gonzaga
para dirigir na Cinédia.

26. CICLO DE CATAGUASES
• Carmen Santos manifestou interesse pelo
profissional de alto nível que Mauro se
transformara:
“Diante deste mineiro, a única superioridade dos cariocas era o
sentimento de se sentirem mais modernos. Diretor, argumentista,
ator, roteirista, montador, operador, fotógrafo, laboratorista, músico,
eletricista e cineasta profissional com uma obra importante atrás de si
além de pau para toda obra, a singularidade de Humberto no cinema
brasileiro de 1930 era total.”

27. OUTROS IMPORTANTES CICLOS
• Cada movimento isolado representa um
ciclo:
• Minas Gerais: Barbacena, Belo Horizonte,
Cataguases, Guaranésia, Ouro Fino e Pouso Alegre;
• Norte: Amazônia
• Nordeste: Recife
• São Paulo: Campinas
• Sul: Curitiba, Pelotas e Porto Alegre

28. OUTROS IMPORTANTES CICLOS
• “ ” – José Medina (SP)
• “O Guarani” – Vittorio Capellaro (SP)
• “No País das Amazonas” (1922) – Silvino Santos
(Amazônia)
• “Terra encantada” (1923) – Silvino Santos