João César Monteiro foi um realizador português revolucionário nascido em 1939. Realizou filmes polémicos marcados pelo lirismo que exploraram mitos e lendas portuguesas. Recebeu vários prémios importantes como o Leão de Prata no Festival de Veneza. Faleceu em 2003 deixando um legado único no cinema português.
2. Introdução
Eu escolhi João César Monteiro, porque foi um realizador que
revolucionou a história do cinema em Portugal.
Espero que com este trabalho, consiga aprender mais sobre o cinema em
Portugal, tal como, aprender técnicas de realização e produção de modo
a ajudar-me no meu trabalho final.
3. Biografia
• João César Monteiro Santos;
• Nasceu na Figueira da Foz no dia 2 de Fevereiro de 1939;
• Pertence a uma família da burguesia rural, anticlerical e anti-salazarista;
• Aos quinze anos, para prosseguir os estudos liceais, transfere-se com a
família para Lisboa, a "capital do Império", tendo estudado no Colégio Moderno,
de onde seria expulso;
•É dos poucos cineastas associados ao movimento do novo cinema que não
prossegue estudos universitários. A propósito, o seu alter-ego, no filme
―Fragmentos de um Filme Esmola” (1973), explica-se assim: «A escola é a
retrete cultural do opressor»;
• Começa a trabalhar como assistente de realização de Perdigão Queiroga. Em
1963,vai para a Grã-Bretanha estudar na London School of Film Technique;
• A sua obra, polémica e dificilmente classificável, caracteriza-se pelo lirismo,
em forma de filmes-poema;
•Prossegue a tradição iniciada por Manoel de Oliveira (Acto da Primavera) ao
introduzir no cinema português de ficção o conceito de antropologia visual —
Veredas e Silvestre —, tradição amplamente explorada no documentário por
outros cineastas portugueses;
• Morreu em Lisboa no dia 3 de Fevereiro de 2003.
4. PRÉMIOS
À Flor do Mar (1976):
Festival de Salsomaggiore () - Prémio especial do júri
Recordações da Casa Amarela (1989):
Festival de Cinema de Veneza (1989) - Leão de Prata
Recontres Cinematographiques Dunkerque (1989) - Prémio da imprensa cinematográfica, Prémio do Público, Prémio
para a melhor interpretação masculina, Prémio Mise en scéne
O Último Mergulho (1992):
Festival de Cinema de Veneza (1992) - Prémio filmcritica
Mostra Internazionale d'Arte Cinematografica (1992) - Prémio da Imprensa
A Comédia de Deus (1995):
Festival de Cinema de Veneza (1995) - Prémio Miniotto para o melhor filme em concurso, Grande Prémio do Júri,
Prémio Especial do Júri, Prémio do Sindicato dos Jornalistas Italianos, Prémio Filmcritica, Prémio CinemAvvenire
Recontres Cinematographiques Dunkerque (1995) - Grande Prémio da Cidade de Dunquerque,Prémio dos Jovens
Estudantes de Cinema, Prémio para o melhor ator
Passeio com Johnny Guitar (1995):
Festival de Cannes (1996) - Nomeado para a Palma de Ouro pela melhor curta-metragem
A Comédia de Deus (1995):
Real Cinemateca da Bélgica (1996) - Prémio l'Age d'Or
À Flor do Mar (1986):
Festival de Cinema de Salsimaggiore (1997) - Prémio Especial do Júri
Le Bassin de John Wayne (1997):
Festival Internacional de Cinema de Mar del Plata (1997) - Prémio FIPRESCI
As Bodas de Deus (1999):
Festival Cinéssone (1999) - Grande Prémio do Festival
Festival Internacional de Cinema de Mar del Plata (1999) - Vencedor do Ombú de Ouro
5. Sophia de Mello Breyner Andersen- Filme (1972)
Trata-se de um documentário sobre a obra poética da escritora
Sophia de Mello Breyner Andresen.
6. Veredas (1978)
História da Branca-Flor - a partir de lendas e figuras da mitologia popular. Raízes dum
itinerário pelas origens naturais e paisagísticas, até ao coração de Portugal. Os valores
(água, nascimento, roda-da-vida), as figurações (o diabo, os lobos) e as referências (o
senhor, a servidão), com um estigma de justiça inadiável
Um filme com um enredo muito pouco convencional. Uma espécie de viagem poética por
alguns mitos e lendas portugueses. De acordo com a crítica é "uma cartografia
cinematográfica de Portugal". Um homem e uma mulher vêm de Trás-os-Montes para o litoral
e durante a viagem deparam-se com lendas e rochedos, províncias e obstáculos diferentes
7. Silvestre (1982)
Séculos XV-XVI. Dom Raimundo, um senhor interessado em
largar os seus domínios, combina o casamento de uma das
filhas – uma legítima, Sílvia, outra bastarda, Susana – com um
vizinho rico e jovem, D. Paio, seguindo para a corte, a fim de
convidar o rei a assistir à boda. Durante a ausência do pai e
mais tarde, aquando do banquete nupcial, ocorrem insólitos
acontecimentos, que envolvem um peregrino a Santiago e um
cavaleiro, que desejam as duas meninas.
8. Fragmentos de um Filme Esmola (A À Flor do Mar (1986)
Sagrada Família - 1972)
9. Recordações da Casa Amarela Quem Espera por Sapatos de
(1989) Defunto Morre Descalço (1971)
10. Vai e Vem (2003)
Tal como os seus filmes precedentes, é um
autorretrato fantasiado, em que o realizador
interpreta o seu alter-ego, encarnado pelo
personagem João Vuvu.
11. Tecnicas:
• Planos, em grande parte, fixos
e gerais.
Material do realizador
12. Conclusão
Posso concluir que César Monteiro é uma grande referência do cinema
português, pois o seu trabalho é feito de forma única.
Alcancei os meus objetivos com este trabalho e por isso, permite me agora
ter um vasto conhecimento acerca de técnicas de realização e de produção
e que certamente irei ter uma noção maior sobre como irei fazer o meu
trabalho final.