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Notas do que disseram os Papas
João Paulo II, Bento XVI e Francisco
sobre o sacramento da Reconciliação
João Miguel Pereira
joaofreigil@hotmail.com
Braga, 2020
Universidade Católica Portuguesa – Faculdade de Teologia
Ano Pastoral | 1º Doutoramento
Unidade: Acompanhamento das consciências
JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Falar de Reconciliação e Penitência é convidar os humanos de hoje ao
apelo feito por Jesus «convertei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1,
15), ou seja, acolhei o anúncio jubiloso do amor, da adoção como
filhos de Deus e, consequentemente, da fraternidade. (n.1)
• No seio da divisão um desejo inconfundível, da parte dos homens de
boa vontade e dos verdadeiros cristãos, de recompor as fracturas, de
cicatrizar as lacerações e de instaurar, a todos os níveis, uma unidade
essencial. Este desejo comporta, em muitos casos, uma verdadeira
nostalgia de reconciliação, mesmo quando não é usada tal palavra.
(n.3)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• A penitência significa então a íntima mudança do coração sob o influxo
da Palavra de Deus e na perspectiva do Reino e completa-se com o
produzir frutos condignos de arrependimento. «Penitência significa, no
vocabulário cristão teológico e espiritual, a ascese, isto é, o esforço
concreto e quotidiano do homem, amparado pela graça de Deus, por
perder a própria vida, por Cristo, como único modo de a ganhar: esforço
por se despojar do homem velho e revestir-se do novo; por superar em si
mesmo o que é carnal, para que prevaleça o que é espiritual; e esforço
por se elevar continuamente das coisas de cá de baixo para as lá do alto,
onde está Cristo. A penitência, portanto, é a conversão que passa do
coração às obras e, por conseguinte, à vida toda do cristão». (n.4)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• A penitência anda intimamente ligada com a reconciliação, uma vez
que reconciliar-se com Deus, consigo mesmo e com os outros
pressupõe que se supera a ruptura radical, que é o pecado; ora isto só
se realiza através da transformação interior ou conversão, que
frutifica na vida mediante os actos de penitência. (n.4)
• Em virtude da sua missão essencial, a Igreja sente-se, de facto, no
dever de chegar até as raízes da laceração primordial do pecado,
para aí operar o saneamento e restabelecer como que uma
reconciliação, também ela primordial, que seja o princípio eficaz de
toda a verdadeira reconciliação. (n.4)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Desta reconciliação nos fala a Sagrada Escritura, convidando-nos a fazer
todos os esforços para alcançá-la; mas diz-nos, por outro lado, que ela é,
primeiro que tudo, um dom misericordioso de Deus ao homem.
• A reconciliação torna-se necessária porque se deu a ruptura do pecado,
da qual derivaram todas as outras formas de ruptura no íntimo do
homem e à sua volta. A reconciliação, portanto, para ser total exige
necessariamente a libertação do pecado, rejeitado nas suas raízes mais
profundas. Por isso, há uma estreita ligação interna, que une conversão e
reconciliação: é impossível dissociar as duas realidades, ou falar de uma
sem falar da outra. (n.4)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• A reconciliação com Deus deverá ser entendida como um mérito
alcançado pela Paixão de Cristo. Ele reconduziu à unidade os filhos
de Deus que andavam dispersos (Jo 11, 52), reconciliou consigo todas
as criaturas, as do céu e as da terra (Col 1, 20.). (n.7)
• É com toda a razão que a sua paixão e morte, sacramentalmente
renovadas na Eucaristia, são chamadas pela Liturgia «sacrifício de
reconciliação»: (Prece Eucarística III) reconciliação com Deus e com
os irmãos, dado que o próprio Jesus ensina que a reconciliação
fraterna deve realizar-se antes do sacrifício (Mt 5, 23). (n.7)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Nas mãos e na boca dos Apóstolos, seus mensageiros, o Pai depôs
misericordiosamente um ministério de reconciliação, que eles
exercem de maneira singular, em virtude do poder de agir «in
persona Christi». Mas também a toda a comunidade dos fiéis, à
inteira estrutura da Igreja, é confiada a mensagem da reconciliação,
ou seja, a obrigação de fazer todo o possível para testemunhar a
reconciliação e para a actuar no mundo. (n.8)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• A Igreja é reconciliadora, ainda, na medida em que mostra ao homem os
caminhos e lhe oferece os meios para a referida reconciliação em quatro
dimensões. Os caminhos são exactamente os da conversão do coração e
da vitória sobre o pecado, seja ele o egoísmo ou a injustiça, a prepotência
ou a exploração de outrem, o apego aos bens materiais ou a busca
desenfreada do prazer. Os meios são os da fiel e amorosa escuta da
Palavra de Deus, da oração pessoal e comunitária e, sobretudo, dos
Sacramentos, verdadeiros sinais e instrumentos de reconciliação, entre
os quais sobressai, precisamente sob este aspecto, aquele a que, com
razão, costumamos chamar o Sacramento da Reconciliação ou da
Penitência, ao qual voltarei em seguida. (n.8)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Em todas as fases e a todos os níveis do seu decurso, o Sínodo considerou
com a máxima atenção aquele sinal sacramental que representa e ao
mesmo tempo realiza a penitência e a reconciliação. Este Sacramento
não esgota em si mesmo, certamente, os conceitos de conversão e
reconciliação. A Igreja, de facto, desde as suas origens, conhece e
valoriza numerosas e variadas formas de penitência: algumas litúrgicas
ou paralitúrgicas, que vão do acto penitencial da Missa as funções
propiciatórias e as peregrinações; outras, de carácter ascético, como o
jejum. No entanto, de todos esses actos nenhum é mais significativo,
mais divinamente eficaz e mais elevado e ao mesmo tempo acessível no
seu rito, do que o Sacramento da Penitência. (n.28)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Do próprio Sínodo a Igreja recebeu uma confirmação clara da sua fé
no que respeita ao Sacramento, pelo qual é dada a cada cristão e a
toda a comunidade dos fiéis a certeza do perdão graças ao poder do
Sangue redentor de Cristo. (n.28)
• Nos Salmos e na pregação dos Profetas o nome de misericordioso é
talvez o que mais frequentemente se atribui ao Senhor, em oposição
ao persistente cliché, segundo o qual o Deus do Antigo Testamento é
apresentado sobretudo como severo e punidor. (n.29)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Na plenitude dos tempos, o Filho de Deus, vindo como o Cordeiro que tira e
carrega sobre si o pecado do mundo, aparece como aquele que tem poder, quer
de julgar, quer de perdoar os pecados e que veio não para condenar, mas para
perdoar e salvar. ► Ora este poder de perdoar os pecados Jesus confere-o,
mediante o Espírito Santo, a simples homens, sujeitos também eles próprios à
insídia do pecado, isto é, aos seus Apóstolos: «Recebei o Espírito Santo: a quem
perdoardes os pecados ficar-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes
ficar-lhes-ão retidos». Esta é uma das mais formidáveis novidades evangélicas!
Jesus confere tal poder aos Apóstolos também como transmissível — assim o
entendeu a Igreja desde o seu dealbar — aos seus sucessores, investidos pelos
mesmos Apóstolos na missão e na responsabilidade de continuar a sua obra de
anunciadores do Evangelho e de ministros da obra redentora de Cristo. (n.29)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Como no altar onde celebra a Eucaristia e como em cada um dos
Sacramentos, o Sacerdote, ministro da Penitência, age «in persona
Christi». O mesmo Cristo, por ele tornado presente e que por meio
dele actua o mistério da remissão dos pecados, é Aquele que
aparece como irmão do homem, pontífice misericordioso, fiel e
cheio de compaixão, pastor decidido a procurar a ovelha perdida,
médico que cura e conforta, mestre único que ensina a verdade e
indica os caminhos de Deus, juiz dos vivos e dos mortos, que julga
segundo a verdade e não segundo as aparências. (n.29)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Trata-se, sem dúvida, do ministério mais difícil e delicado, do mais
cansativo e exigente; mas também de um dos mais belos e
consoladores ministérios do Sacerdote; e, precisamente por isto,
atendendo à vigorosa chamada do Sínodo, nunca me cansarei de
pedir aos meus Irmãos, Bispos e Presbíteros, o seu fiel e diligente
desempenho. (n.29)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Perante a consciência do fiel, que a ele se abre, com um misto de
tremor e de confiança, o confessor é chamado a uma tarefa sublime
que é serviço à causa da penitência e da reconciliação humana:
conhecer as fraquezas e as quedas, de um determinado fiel, avaliar o seu
desejo de recuperação e os esforços para a conseguir, discernir a acção
do Espírito santificador no seu coração, comunicar-lhe o perdão que só
Deus pode conceder, «celebrar» a sua reconciliação com o Pai
representada na parábola do filho pródigo, reinserir esse pecador
resgatado na comunhão eclesial com os irmãos e advertir paternalmente
esse penitente com um firme, encorajador e amigável «doravante não
tornes a pecar». (n.29)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Para o exercício eficaz de tal ministério, o confessor tem de possuir
necessariamente qualidades humanas de prudência, discrição, discernimento e
firmeza temperada pela mansidão e bondade. Deve ter, ainda, séria e cuidada
preparação, não fragmentária mas integral e harmónica, nos diversos ramos da
teologia, na pedagogia e na psicologia, na didáctica catequética, na metodologia
do diálogo e, sobretudo, no conhecimento vivo e comunicativo da Palavra de
Deus. Mas é mais necessário ainda que ele viva uma vida espiritual intensa e
genuína. Para guiar os outros pelos caminhos da perfeição cristã, o ministro da
Penitência deve percorrer, ele próprio, primeiro, este caminho; e mais com obras
do que com palavras exuberantes, dar mostras de real experiência da oração
vivida, de prática das virtudes evangélicas teologais e morais, de fiel obediência
à vontade de Deus, de amor à Igreja e de docilidade ao seu Magistério. (n.29)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Todo este aparato de dotes humanos, de virtudes cristãs e de capacidades
pastorais não se improvisa nem se adquire sem esforço. Para o ministério da
Penitência sacramental cada Sacerdote deve ser preparado desde os anos do
Seminário: juntamente com o estudo da teologia dogmática, moral, espiritual e
pastoral (que são sempre uma só teologia), com as ciências do homem e com a
metodologia do diálogo e, especialmente, do colóquio pastoral. Há-de, ainda, ser
iniciado e amparado nas primeiras experiências. Deverá cuidar sempre do
próprio aperfeiçoamento e actualização, com o estudo permanente. Que
tesouros de graça, de verdadeira vida e de irradiação espiritual não adviriam à
Igreja, se cada Sacerdote se mostrasse cuidadoso em nunca faltar, por negligência
ou desculpas várias, ao encontro com os fiéis no confessionário e tivesse ainda
maior cuidado de nunca aí se sentar sem preparação, ou sem as indispensáveis
qualidades humanas e condições espirituais e pastorais! (n.29)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• A prática deste Sacramento, pelo que se refere à sua celebração e à sua forma,
conheceu um longo processo de desenvolvimento, como atestam os mais antigos
sacramentários, as actas dos Concílios e dos Sínodos episcopais, a pregação dos Padres
e o ensino dos Doutores da Igreja Mas quanto à substância do Sacramento,
permaneceu sempre sólida e imutável, na consciência da Igreja, a certeza de que, por
vontade de Cristo, o perdão é oferecido a cada um por meio da absolvição
sacramental, dada pelos ministros da Penitência; esta certeza é reafirmada com particular
vigor, quer pelo Concílio de Trento, (173) quer pelo Concílio Vaticano II: «Aqueles que se aproximam
do Sacramento da Penitência recebem da misericórdia de Deus o perdão das ofensas que lhe
fizeram e, ao mesmo tempo, reconciliam-se com a Igreja, à qual infligiram uma ferida com o
pecado: a Igreja que coopera na sua conversão com a caridade, com o exemplo e a oração». E como
dado essencial da fé sobre o valor e a finalidade da Penitência deve reafirmar-se que «o nosso
Salvador Jesus Cristo instituiu na sua Igreja o Sacramento da Penitência, para que os fiéis caídos no
pecado depois do Batismo recebessem a graça e se reconciliassem com Deus». (n.30)
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Algumas convicções fundamentais: (n.31)
• O Sacramento da Penitência é a via ordinária para obter o perdão e a
remissão dos seus pecados graves cometidos depois do Baptismo:
• A primeira convicção é que, para um cristão, o Sacramento da Penitência é a via ordinária para obter o perdão e a remissão
dos seus pecados graves cometidos depois do Baptismo. O divino Salvador e a sua acção salvífica, certamente, não estão
ligados a um sinal sacramental, de maneira a não poderem em qualquer tempo e circunstância da história da salvação agir fora
e acima dos Sacramentos. Mas na escola da fé aprendemos que o mesmo Salvador quis e dispôs que os humildes e preciosos
Sacramentos da fé sejam ordinariamente os meios eficazes, pelos quais passa e opera o seu poder redentor. Seria portanto
insensato, além de presunçoso, querer prescindir arbitrariamente dos instrumentos de graça e de salvação que o Senhor
dispôs e, no caso específico, pretender receber o perdão, pondo de lado o Sacramento, instituído por Cristo exactamente
para o perdão. A renovação dos ritos, levada a efeito depois do Concílio, não deixa margem para qualquer confusão ou
alteração neste sentido. A mesma renovação devia e deve servir, segundo a intenção da Igreja, para suscitar em cada um de
nós um novo impulso para a renovação da nossa atitude interior, ou seja, para a compreensão mais profunda da natureza do
Sacramento da Penitência; para um seu acolhimento mais repassado de fé, não ansioso mas confiante; para uma maior
frequência do Sacramento, que se apresenta totalmente impregnado pelo amor misericordioso do Senhor.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Algumas convicções fundamentais: (n.31)
• acto judicial; mas este acto decorre junto de um tribunal mais de
misericórdia, do que de estrita e rigorosa justiça; tem um carácter
terapêutico ou medicinal:
• A segunda convicção diz respeito à função do Sacramento da Penitência para aqueles que a ele recorrem. Segundo a mais antiga concepção da Tradição trata-se de uma
espécie de acto judicial; mas este acto decorre junto de um tribunal mais de misericórdia, do que de estrita e rigorosa justiça, pelo que não é comparável aos tribunais
humanos, senão por analogia; ou seja, na medida em que o pecador aí descobre os seus pecados e a sua própria condição de criatura sujeita ao pecado; se compromete a
renunciar e a combater o pecado; aceita a pena (penitência sacramental) que o confessor lhe impõe e dele recebe a absolvição.
• Ao reflectir, porém, sobre a função deste Sacramento, a consciência da Igreja vislumbra nele, além do carácter judicial, no sentido acima aludido, um carácter terapêutico ou
medicinal. E isto relaciona-se com o facto, frequente no Evangelho, da apresentação de Cristo como médico, enquanto a sua obra redentora é muitas vezes chamada, desde a
antiguidade cristã, «remédio da salvação» («medicina salutis»). «Eu quero curar, não acusar», dizia Santo Agostinho, referindo-se ao exercício da pastoral penitêncial, e é
graças ao remédio da confissão que a experiência do pecado não degenera em desespero. O Ritual da Penitência alude a este aspecto medicinal do Sacramento, ao qual o
homem contemporâneo é talvez mais sensível, vendo no pecado o que ele comporta de erro, obviamente, e mais ainda aquilo que ele indica relacionado com a fraqueza e
enfermidade humanas.
• Tribunal de misericórdia ou lugar de cura espiritual, sob ambos os aspectos o Sacramento exige um conhecimento do íntimo do pecador, para o poder julgar e absolver, para
tratar dele e o curar. E precisamente por isto, implica, da parte do penitente, a acusação sincera e completa dos pecados, que tem assim uma razão de ser, não só inspirada
em fins ascéticos (como exercício de humildade e de mortificação), mas inerente à própria natureza do Sacramento.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Algumas convicções fundamentais: (n.31)
• Um homem não se põe a caminho para uma verdadeira e genuína penitência,
enquanto não perceber que o pecado contrasta com a norma ética, inscrita
no íntimo do próprio ser; enquanto não reconhecer ter feito a experiência
pessoal e responsável de uma tal oposição; enquanto não disser não apenas
«o pecado existe», mas «eu pequei»; enquanto não admitir que o pecado
introduziu na sua consciência uma divisão, que avassala todo o seu ser e o
separa de Deus e dos irmãos.
• O acto essencial da Penitência, da parte do penitente, é a contrição, ou seja,
um claro e decidido repúdio do pecado cometido, juntamente com o
propósito de não o tornar a cometer, pelo amor que se tem a Deus e que
renasce com o arrependimento.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Algumas convicções fundamentais: (n.31)
• Mas é bom recordar e acentuar que contrição e conversão são,
sobretudo, uma aproximação da santidade de Deus, um reencontro
da própria verdade interior, obscurecida e transtornada pelo pecado,
um libertar-se no mais profundo de si próprio e, por isso, um
reconquistar a alegria perdida, a alegria de ser salvo, que a maioria
dos homens do nosso tempo já não sabe saborear.
• Mediante o ministro da Penitência, é a Comunidade eclesial, lesada
pelo pecado, que acolhe de novo o pecador arrependido e perdoado.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Algumas convicções fundamentais: (n.31)
• A fórmula sacramental: «Eu te absolvo...», a imposição das mãos e o sinal da
cruz traçado sobre o penitente manifestam que naquele momento o pecador
contrito e convertido entra em contacto com o poder e a misericórdia de
Deus. É em tal momento que, em resposta ao penitente, a Santíssima
Trindade se torna presente para apagar o seu pecado e restituir-lhe a
inocência; e a força salvífica da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus é
comunicada ao mesmo penitente, como «misericórdia mais forte do que a
culpa e a ofensa», como a designei na Encíclica Dives in Misericordia. Deus é
sempre o principal ofendido pelo pecado — «Pequei só contra Vós!» («tibi
soli peccavi!») — e só Deus pode perdoar.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Algumas convicções fundamentais: (n.31)
• A satisfação ou penitência «Não é certamente o preço que se paga pelo
pecado absolvido e pelo perdão alcançado: nenhum preço humano pode
equivaler ao que se obteve, fruto do preciosíssimo Sangue de Cristo. As
obras de satisfação — que, embora conservando um carácter de simplicidade
e de humildade, deveriam tornar-se mais expressivas de tudo aquilo que
significam — querem dizer algo de precioso: são o sinal do compromisso
pessoal que o cristão assumiu com Deus, no Sacramento, de começar uma
existência nova (e por isso não deveriam reduzir-se somente a algumas
fórmulas a recitar, mas consistir em obras de culto, de caridade, de
misericórdia e de reparação);
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Algumas convicções fundamentais: (n.31)
• Mas é preciso acrescentar que tal reconciliação com Deus tem como
consequência, por assim dizer, outras reconciliações, que vão remediar
outras tantas rupturas, causadas pelo pecado: o penitente perdoado
reconcilia-se consigo próprio no íntimo mais profundo do próprio ser,
onde recupera a própria verdade interior; reconcilia-se com os irmãos,
por ele de alguma maneira agredidos e lesados; reconcilia-se com a
Igreja; e reconcilia-se com toda a criação.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Algumas convicções fundamentais: (n.31)
• A vida espiritual e pastoral do Sacerdote, como a dos seus irmãos leigos
e religiosos, depende, na sua qualidade e no seu fervor, da prática
pessoal assídua e conscienciosa do Sacramento da Penitência.
• A celebração da Eucaristia e o ministério dos outros Sacramentos, o zelo
pastoral, a relação com os fiéis, a comunhão com os irmãos Sacerdotes, a
colaboração com o Bispo, a vida de oração, numa palavra, toda a
existência sacerdotal sofre inexorável decadência, se lhe falta por
negligência ou por qualquer outro motivo o recurso, periódico e
inspirado por fé autêntica e devoção, ao Sacramento da Penitência.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal
Reconciliatio et Paenitentia
• Algumas convicções fundamentais: (n.31)
• Nós Sacerdotes, com base na nossa experiência pessoal, bem podemos dizer
que, na medida em que procuramos recorrer ao Sacramento da Penitência e
nos aproximamos dele com frequência e com boas disposições,
desempenhamos melhor o nosso próprio ministério de confessores e
melhor asseguramos aos penitentes o seu benefício. De outro modo, este
ministério perderia muito da sua eficácia, se de alguma maneira deixássemos
de ser bons penitentes.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
O Papa Bento XVI e a confissão, por Felipe Aquino
• Ao constatar “a crise do sacramento da reconciliação”, o Papa convidou os bispos
da Suíça, em visita “ad limina apostolorum”, “a relançar em vossas dioceses uma
pastoral penitencial que estimule a confissão individual”. O Santo Padre disse:
“Pedi a vossos sacerdotes que sejam confessores assíduos, oferecendo
generosamente aos fiéis horários apropriados para a Confissão pessoal;
estimulai-os para que eles mesmos se aproximem com frequência deste
sacramento”. E “Exortai os fiéis a aproximar-se regularmente do sacramento da
Penitência, que permite descobrir o dom da misericórdia de Deus e que leva a
ser misericordioso com os outros, como Ele”.
• A confissão “ajuda a formar a consciência, a lutar contra as más inclinações, a
deixar-se curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito”.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Homilia do Papa Bento XVI, quinta-feira, 13 de
março de 2008
• Justamente para favorecer este encontro preparastes-vos para abrir
os vossos corações a Deus, confessando os vossos pecados e
recebendo, através da acção do Espírito Santo e mediante o
ministério da Igreja, o perdão e a paz. É dessa maneira que se dá
espaço à presença em nós do Espírito Santo, a terceira Pessoa da
Santíssima Trindade que é a "alma" e o "respiro vital" da vida cristã:
o Espírito torna-nos capazes "de amadurecer uma compreensão de
Jesus cada vez mais profunda e alegre e, contemporaneamente, de
realizar uma prática eficaz do Evangelho" (Mensagem para a XXIII
JMJ, 1).
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Homilia do Papa Bento XVI, quinta-feira, 13 de
março de 2008
• Com ânimo arrependido confessemos os nossos pecados, propondo-nos
seriamente a não os repetir, sobretudo, propondo-nos a permanecer
sempre no caminho da conversão. Deste modo experimentaremos a
verdadeira alegria: aquela que deriva da misericórdia de Deus, se
derrama nos nossos corações e nos reconcilia com Ele. Esta alegria é
contagiosa!
• Tornareis visível assim a graça da misericórdia superabundante de Cristo,
que brotou do seu lado trespassado por nós na cruz. O Senhor Jesus
lava-nos dos pecados, cura-nos das nossas culpas e fortalece-nos para
não sucumbir na luta contra o pecado e no testemunho do seu amor.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Homilia do Papa Bento XVI, quinta-feira, 13 de
março de 2008
• Naquela ocasião, João Paulo II disse: "Quem se deixa preencher por
este amor o amor de Deus não pode negar por mais tempo a sua
culpa. A "perda do sentido do pecado" deriva em última análise da
"perda mais radical e profunda do sentido de Deus"" (Homilia na
inauguração do Centro Internacional Juvenil "São Lourenço", ed. port. de L'Osservatore Romano, n.
13, de 27.3.1983, pág. 9). E acrescenta: "Aonde se há-de ir neste mundo,
com o pecado e a culpa, sem a Cruz? A Cruz toma sobre si toda a
miséria do mundo, que nasce do pecado. Revela-se como sinal de
graça. Recolhe a nossa solidariedade e encoraja-nos ao sacrifício
pelos outros" (Ibid.).
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Bento XVI, angelus, 15 de fevereiro de 2009
• Os pecados que cometemos afastam-nos de Deus e, se não forem
humildemente confessados na misericórdia divina, chegam até a
causar a morte da alma.
• No Sacramento da Penitência Cristo crucificado e ressuscitado,
mediante os seus ministros, purifica-nos com a sua misericórdia
infinita, restitui-nos à comunhão com o Pai celeste e com os irmãos,
dá-nos em oferenda o seu amor, a sua alegria e a sua paz.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Bento XVI: Confessionário pode ser verdadeiro lugar
de santificação, audiência os participantes do 22º Curso
sobre Foro Íntimo
• "A fiel e generosa disponibilidade dos sacerdotes em escutar as
confissões indica a todos nós como o confessionário pode ser um
verdadeiro 'lugar' de santificação", afirmou.
• Para o penitente, a Reconciliação sacramental "é um dos momentos
nos quais a liberdade pessoal e a consciência de si mesmo são
chamados a se expressar de modo particularmente evidente",
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Bento XVI: Confessionário pode ser verdadeiro lugar
de santificação, audiência os participantes do 22º Curso
sobre Foro Íntimo
• O exame de consciência "educa a olhar com sinceridade a própria
existência, a confrontá-la com a verdade do Evangelho e avaliá-la
com parâmetros não sobretudo humanos, mas tomados da divina
Revelação. O confronto com os Mandamentos, com as Bem
Aventuranças e, sobretudo, com o Preceito do amor, constitui a
primeira grande 'escola penitencial'“.
• "A íntegra confissão dos pecados educa para a humildade, o
reconhecimento da própria fragilidade e a consciência acerca da
necessidade do perdão de Deus e da confiança de que a Graça divina
pode transformar a vida"
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Bento XVI: Confessionário pode ser verdadeiro lugar
de santificação, audiência os participantes do 22º Curso
sobre Foro Íntimo
• "Escutar as palavras 'Eu te absolvo dos teus pecados' representa uma
verdadeira escola de amor e de esperança, que guia à plena confiança
no Deus Amor revelado em Jesus Cristo, à responsabilidade e ao
compromisso de contínua conversão".
• "Quantas vezes o sacerdote assiste a verdadeiros milagres de conversão,
que, renovando o encontro com um acontecimento, uma Pessoa,
reforçam a sua própria fé. No fundo, confessar significa assistir a tantas
profissões de fé quanto são os penitentes, contemplar a ação de Deus
misericordioso na história, tocar com a mão os efeitos salvíficos da Cruz e
da Ressurreição de Cristo, em cada tempo e para cada homem".
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Bento XVI: Confessionário pode ser verdadeiro lugar
de santificação, audiência os participantes do 22º Curso
sobre Foro Íntimo
• "Quanto pode, pois, o sacerdote aprender de penitentes exemplares
pela sua vida espiritual, pela seriedade com que conduzem o exame
de consciência, pela transparência no reconhecer o próprio pecado e
pela docilidade com relação ao ensinamento da Igreja e as indicações
do confessor".
• "Queridos sacerdotes, não deixem de dar oportuno espaço ao
exercício da Penitência no confessionário: ser acolhido e escutado
constitui também um sinal humano do acolhimento e da bondade
de Deus por seus filhos"
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
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EXORTAÇÃO APOSTÓLICA GAUDETE ET EXSULTATE,
DO SANTO PADRE FRANCISCO
• «Não me deterei a explicar os meios de santificação que já
conhecemos: os diferentes métodos de oração, os sacramentos
inestimáveis da Eucaristia e da Reconciliação, a oferta de sacrifícios,
as várias formas de devoção, a direção espiritual e muitos outros»
(n.110).
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EXORTAÇÃO APOSTÓLICA GAUDETE ET EXSULTATE,
DO SANTO PADRE FRANCISCO
• A Palavra de Deus convida-nos, explicitamente, a resistir «contra as maquinações
do diabo» (Ef 6, 11) e a «apagar todas as setas incendiadas do maligno» (Ef 6, 16).
Não se trata de palavras poéticas, porque o nosso caminho para a santidade é
também uma luta constante. Quem não quiser reconhecê-lo, ver-se-á exposto ao
fracasso ou à mediocridade. Para a luta, temos as armas poderosas que o Senhor
nos dá: a fé que se expressa na oração, a meditação da Palavra de Deus, a
celebração da Missa, a adoração eucarística, a Reconciliação sacramental, as
obras de caridade, a vida comunitária, o compromisso missionário. Se nos
descuidarmos, facilmente nos seduzirão as falsas promessas do mal. Ora, como
dizia o Santo Cura Brochero, «que importa que Lúcifer prometa libertar-vos e até
vos atire para o meio de todos os seus bens, se são bens enganadores, se são
bens envenenados?» (n.162).
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EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL AMORIS
LÆTITIA, DO SANTO PADRE FRANCISCO
• Por isso, aprecia-se que a Igreja ofereça espaços de apoio e
aconselhamento sobre questões relacionadas com o crescimento do
amor, a superação dos conflitos e a educação dos filhos. Muitos
estimam a força da graça que experimentam na Reconciliação
sacramental e na Eucaristia, que lhes permite enfrentar os desafios
do matrimónio e da família. (n.38)
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EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL CHRISTUS
VIVIT, DO SANTO PADRE FRANCISCO
• As respostas às consultações exprimem, com insistência, também a necessidade de
formar agentes leigos de pastoral familiar, com a ajuda de psicopedagogos, médicos de
família, médicos de comunidade, assistentes sociais, advogados de menores e família,
predispondo-os para receber as contribuições da psicologia, sociologia, sexologia e até
aconselhamento. Os profissionais, particularmente aqueles que têm experiência de
acompanhamento, ajudam a encarnar as propostas pastorais nas situações reais e nas
preocupações concretas das famílias. «Os itinerários e cursos de formação destinados
especificamente aos agentes pastorais poderão torná-los idóneos a inserir o próprio
caminho de preparação para o matrimónio na dinâmica mais ampla da vida
eclesial». Uma boa preparação pastoral é importante, «sobretudo tendo em vista as
particulares situações de emergência decorrentes dos casos de violência doméstica e
abuso sexual». Tudo isto em nada diminui, antes integra, o valor
fundamental da direcção espiritual, dos recursos espirituais
inestimáveis da Igreja e da Reconciliação sacramental (n.204).
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL CHRISTUS
VIVIT, DO SANTO PADRE FRANCISCO
• «Ao mesmo tempo, na preparação dos noivos, deve ser possível
indicar-lhes lugares e pessoas, consultórios ou famílias prontas a
ajudar, aonde poderão dirigir-se em busca de ajuda se surgirem
dificuldades. Mas nunca se deve esquecer de lhes propor a
Reconciliação sacramental, que permite colocar os pecados e os
erros da vida passada e da própria relação sob o influxo do perdão
misericordioso de Deus e da sua força sanadora» (n.211).
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL CHRISTUS
VIVIT, DO SANTO PADRE FRANCISCO
• «Nós, pastores, devemos animar as famílias a crescerem na fé. Para
isso, é bom incentivar a confissão frequente, a direcção espiritual, a
participação em retiros. Mas há que convidar também a criar
espaços semanais de oração familiar, porque «a família que reza
unida permanece unida». Entretanto, quando visitamos os lares,
devemos convidar todos os membros da família para um momento
de oração, a fim de rezar uns pelos outros e entregar a família nas
mãos do Senhor. Ao mesmo tempo, convém incentivar cada um dos
cônjuges a reservar momentos de oração a sós diante de Deus,
porque cada qual tem as suas cruzes secretas» (n.227).
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Francisco: Bula Misericordiae Vultus
• A misericórdia de Deus não é uma ideia abstracta mas uma
realidade concreta, pela qual Ele revela o seu amor como o de um pai
e de uma mãe que se comovem pelo próprio filho até ao mais íntimo
das suas vísceras. É verdadeiramente caso para dizer que se trata de
um amor « visceral ». Provém do íntimo como um sentimento
profundo, natural, feito de ternura e compaixão, de indulgência e
perdão.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Francisco: Bula Misericordiae Vultus
• Nas parábolas dedicadas à misericórdia, Jesus revela a natureza de
Deus como a dum Pai que nunca se dá por vencido enquanto não
tiver dissolvido o pecado e superada a recusa com a compaixão e a
misericórdia. Conhecemos estas parábolas, três em especial: as da
ovelha extraviada e da moeda perdida, e a do pai com os seus dois
filhos (cf. Lc 15, 1-32). Nestas parábolas, Deus é apresentado sempre
cheio de alegria, sobretudo quando perdoa.
• A credibilidade da Igreja passa pela estrada do amor misericordioso e
compassivo. A Igreja « vive um desejo inexaurível de oferecer
misericórdia».
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Francisco: Bula Misericordiae Vultus
• «A Igreja vive uma vida autêntica quando professa e proclama a
misericórdia, o mais admirável atributo do Criador e do Redentor, e
quando aproxima os homens das fontes da misericórdia do Salvador, das
quais ela é depositária e dispensadora » (São João Paulo II).
• Jesus pede também para perdoar e dar. Ser instrumentos do perdão,
porque primeiro o obtivemos nós de Deus. Ser generosos para com
todos, sabendo que também Deus derrama a sua benevolência sobre nós
com grande magnanimidade.
• Com convicção, ponhamos novamente no centro o sacramento da
Reconciliação, porque permite tocar sensivelmente a grandeza da
misericórdia. Será, para cada penitente, fonte de verdadeira paz interior.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Francisco: Bula Misericordiae Vultus
• Não me cansarei jamais de insistir com os confessores para que sejam um verdadeiro sinal da
misericórdia do Pai. Ser confessor não se improvisa. Tornamo-nos tal quando começamos, nós
mesmos, por nos fazer penitentes em busca do perdão. Nunca esqueçamos que ser confessor
significa participar da mesma missão de Jesus e ser sinal concreto da continuidade de um amor
divino que perdoa e salva. Cada um de nós recebeu o dom do Espírito Santo para o perdão dos
pecados; disto somos responsáveis. Nenhum de nós é senhor do sacramento, mas apenas
servo fiel do perdão de Deus. Cada confessor deverá acolher os fiéis como o pai na parábola do
filho pródigo: um pai que corre ao encontro do filho, apesar de lhe ter dissipado os bens. Os
confessores são chamados a estreitar a si aquele filho arrependido que volta a casa e a exprimir a
alegria por o ter reencontrado. Não nos cansemos de ir também ao encontro do outro filho, que
ficou fora incapaz de se alegrar, para lhe explicar que o seu juízo severo é injusto e sem sentido
diante da misericórdia do Pai que não tem limites. Não hão-de fazer perguntas impertinentes, mas
como o pai da parábola interromperão o discurso preparado pelo filho pródigo, porque saberão
individuar, no coração de cada penitente, a invocação de ajuda e o pedido de perdão. Em suma, os
confessores são chamados a ser sempre e por todo o lado, em cada situação e apesar de tudo, o
sinal do primado da misericórdia.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Francisco: Bula Misericordiae Vultus
• Peço-vo-lo em nome do Filho de Deus que, embora combatendo o pecado, nunca
rejeitou qualquer pecador.
• Deus não se cansa de estender a mão. Está sempre disposto a ouvir, e eu
também estou, tal como os meus irmãos bispos e sacerdotes. Basta acolher o
convite à conversão e submeter-se à justiça, enquanto a Igreja oferece a
misericórdia.
• A justiça de Deus torna-se agora a libertação para quantos estão oprimidos pela
escravidão do pecado e todas as suas consequências. A justiça de Deus é o seu
perdão (cf. Sl 51/50, 11-16). / A misericórdia não é contrária à justiça, mas
exprime o comportamento de Deus para com o pecador, oferecendo-lhe uma
nova possibilidade de se arrepender, converter e acreditar.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Francisco: Bula Misericordiae Vultus
• Deus, com a misericórdia e o perdão, passa além da justiça. Isto não significa
desvalorizar a justiça ou torná-la supérflua. Antes pelo contrário! Quem erra, deve
descontar a pena; só que isto não é o fim, mas o início da conversão, porque se
experimenta a ternura do perdão. Deus não rejeita a justiça.
• Ao mesmo tempo que notamos o poder da graça que nos transforma, experimentamos
também a força do pecado que nos condiciona. Apesar do perdão, carregamos
na nossa vida as contradições que são consequência dos nossos pecados. No
sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente
apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos
comportamentos e pensamentos permanece. A misericórdia de Deus, porém, é mais
forte também do que isso. Ela torna-se indulgência do Pai que, através da Esposa de
Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências
do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no
pecado.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
O nome de Deus é misericórdia, Papa Francisco em
conversa com Andrea Tornielli
• «Pensando a Igreja como um hospital de campanha, onde se curam
prioritariamente as feridas mais graves. Uma Igreja que aquece o
coração das pessoas com a proximidade».
• Conta uma história: «“Eu perdoo muito e por vezes pesa-me a
consciência, pesa-me ter perdoado demasiado.” Falámos da
misericórdia, e perguntei-lhe o que fazia quando sentia a consciência
pesada. Ele respondeu-se: ”Vou até à nossa capelinha, e, diante do
tabernáculo, digo a Jesus: ´Senhor, perdoa-me, porque perdoei
demasiado. Mas foste tu que me deste o mau exemplo!`”».
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
O nome de Deus é misericórdia, Papa Francisco em
conversa com Andrea Tornielli
• Acompanhando o Senhor, a Igreja é chamada a transmitir a sua
misericórdia a todos os que se reconhecem pecadores, responsáveis
pelo mal praticado, que se sentem necessitados de perdão. A Igreja
não está no mundo para condenar, mas para permitir o encontro
com aquele amor visceral que é a misericórdia de Deus.
• Santo Ambrósio: “Quando se trata de distribuir a graça, Cristo está
sempre presente; quando se deve exercer o rigor, estão apenas
presentes os ministros, mas Cristo está ausente”.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
O nome de Deus é misericórdia, Papa Francisco em
conversa com Andrea Tornielli
• Se existe uma repetição que se torna um hábito, é como se não
conseguisse crescer na consciência de si próprio e do Senhor; é
como se não reconhecesse ter pecado, ter feridas para curar. […]
Outra situação é quem reincide no mesmo pecado e sofre com isso,
quem tem dificuldade em se levantar. Existem tantas pessoas
humildes que confessam as suas reincidências. O importante é
reerguer-se sempre e não ficar no chão a lamber as feridas. O Senhor
da misericórdia perdoa-me sempre, por isso oferece-me a
possibilidade de recomeçar sempre. Ama-me sempre por aquilo que
sou, quer reerguer-me, estende-me a Sua mão.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Francisco, Celebração Penitencial (Basílica de
São Pedro, 29 de março de 2019)
• Para Ele, antes do pecado, vem o pecador. No coração de Deus, eu,
tu cada um de nós vem em primeiro lugar; vem antes dos erros, das
normas, dos juízos e das nossas quedas. Peçamos a graça dum olhar
semelhante ao de Jesus; peçamos para ter o enquadramento cristão
da vida: nele, antes do pecado, olhamos com amor o pecador; antes
do erro, o transviado; antes do caso, a pessoa.
Ouvir artigo: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-
03/papa-francisco-curso-foro-interno-confissao.html
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Francisco, Celebração Penitencial (Basílica de
São Pedro, 29 de março de 2019)
• E ainda assim o mal é forte, tem um poder sedutor: atrai, encandeia. Para
desprender-se dele, não basta o nosso esforço, é preciso um amor maior.
Sem Deus, não se pode vencer o mal: só o amor d’Ele eleva por dentro;
só a sua ternura, derramada no coração, é que torna livre. Se queremos a
libertação do mal, temos de dar espaço ao Senhor, que perdoa e cura; e
fá-lo sobretudo através do Sacramento que estamos prestes a celebrar.
A Confissão é a passagem da miséria à misericórdia, é a escrita de Deus
no coração. Sempre que nos abeiramos dela, lemos que somos
preciosos aos olhos de Deus, que Ele é Pai e ama-nos mais de quanto
nos amamos a nós mesmos.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Francisco, Celebração Penitencial (Basílica de
São Pedro, 29 de março de 2019)
• O cristão nasce pelo perdão, que recebe no Batismo; e daqui é que
sempre renasce: do perdão arrebatador de Deus, da sua misericórdia
que nos restaura. Só como perdoados podemos recomeçar revigorados,
depois de termos experimentado a alegria de ser amados até ao extremo
pelo Pai. Só através do perdão de Deus é que acontecem em nós coisas
verdadeiramente novas.
• O perdão proporciona-nos um novo começo, torna-nos criaturas novas,
faz-nos palpar a vida nova. O perdão de Deus não é uma fotocópia que
se reproduz idêntica em cada passagem pelo confessionário. Receber o
perdão dos pecados, através do sacerdote, é uma experiência sempre
nova, original e inimitável.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Papa Francisco, Celebração Penitencial (Basílica de
São Pedro, 29 de março de 2019)
• Que fazer para me afeiçoar à misericórdia, para superar o medo da Confissão? […]
Fixar o Crucificado e exclamar maravilhados: «Eis aonde foram parar os meus
pecados! Tomaste-los sobre Vós... Não me apontastes o dedo acusador, mas
abristes-me os braços e mais uma vez me perdoastes». É importante recordar o
perdão de Deus, lembrar a sua ternura, saborear de novo a paz e a liberdade
que experimentamos. Com efeito, isto é o coração da Confissão: não os pecados
que dizemos, mas o amor divino que recebemos e do qual sempre precisamos.
Entretanto há ainda uma dúvida que nos pode vir: «Não vale a pena confessar-
se! Volto sempre aos pecados habituais». Mas o Senhor conhece-nos, sabe que a
luta interior é difícil, que somos fracos e propensos a cair muitas vezes
reincidentes na prática do mal. Então propõe-nos começar a ser reincidentes no
bem, no pedido de misericórdia.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Discurso do Papa Francisco aos participantes de um curso
organizado pela Penitenciaria Apostólica, Sexta-feira, 29
de março de 2019
• Devemos recordar-nos sempre de que o Sacramento da Reconciliação
é uma verdadeira via de santificação, e é sinal eficaz que Jesus deixou
à Igreja para que a porta da casa do Pai ficasse sempre aberta e
deste modo os homens tivessem sempre a possibilidade de voltar
para Ele.
• A Confissão sacramental é via de santificação tanto para o penitente
como para o confessor.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Discurso do Papa Francisco aos participantes de um curso
organizado pela Penitenciaria Apostólica, Sexta-feira, 29
de março de 2019
• Para o penitente é claramente via de santificação, porque, como frisei várias vezes
durante o recente Jubileu da Misericórdia, a absolvição sacramental, validamente
celebrada nos restitui a inocência batismal, a comunhão plena com Deus. Aquela
comunhão que Deus nunca interrompe com o homem, mas à qual o homem por
vezes se subtrai usando mal o dom maravilhoso da liberdade.
• O sacramento da Penitência é “irmão” do Batismo. Para nós sacerdotes, o quarto
sacramento é via de santificação antes de tudo quando, humildemente, como
todos os pecadores, nos ajoelhamos diante do confessor e imploramos para nós
mesmos a Misericórdia divina. Recordemos sempre — e isto ajudará muito —
antes de ir para o confessionário, ser primeiro pecadores perdoados e, só
depois, ministros do perdão.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Discurso do Papa Francisco aos participantes de um curso
organizado pela Penitenciaria Apostólica, Sexta-feira, 29
de março de 2019
• A própria Reconciliação é um bem que a sabedoria da Igreja sempre
salvaguardou com toda a sua força moral e jurídica com o sigilo
sacramental. Ele, mesmo se nem sempre é compreendido pela
mentalidade moderna, é indispensável para a santidade do sacramento
e para a liberdade de consciência do penitente, o qual deve ter a
certeza, sem dúvida, em qualquer momento, de que o diálogo
sacramental permanecerá no segredo do confessionário, entre a
própria consciência que se abre à graça e Deus, com a mediação
necessária do sacerdote. O sigilo sacramental é indispensável e nenhum
poder humano tem jurisdição sobre ele, nem o pode reivindicar para si.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
Discurso do Papa Francisco aos participantes de um curso
organizado pela Penitenciaria Apostólica, Sexta-feira, 29
de março de 2019
• Exorto-vos a ouvir sempre com grande generosidade as Confissões
dos fiéis — é preciso paciência, mas sempre com o coração aberto,
com espírito de pai — exorto-vos a percorrer com eles a via de
santificação que é o sacramento, contemplar os “milagres” de
conversão que a graça realiza no segredo do confessionário, milagres
dos quais só vós e os anjos sereis testemunhas. E que possais
santificar-vos sobretudo vós, no humilde e fiel exercício do
ministério da Reconciliação.
•JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020

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Reconciliação

  • 1. Notas do que disseram os Papas João Paulo II, Bento XVI e Francisco sobre o sacramento da Reconciliação João Miguel Pereira joaofreigil@hotmail.com Braga, 2020 Universidade Católica Portuguesa – Faculdade de Teologia Ano Pastoral | 1º Doutoramento Unidade: Acompanhamento das consciências
  • 3. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Falar de Reconciliação e Penitência é convidar os humanos de hoje ao apelo feito por Jesus «convertei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1, 15), ou seja, acolhei o anúncio jubiloso do amor, da adoção como filhos de Deus e, consequentemente, da fraternidade. (n.1) • No seio da divisão um desejo inconfundível, da parte dos homens de boa vontade e dos verdadeiros cristãos, de recompor as fracturas, de cicatrizar as lacerações e de instaurar, a todos os níveis, uma unidade essencial. Este desejo comporta, em muitos casos, uma verdadeira nostalgia de reconciliação, mesmo quando não é usada tal palavra. (n.3) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 4. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • A penitência significa então a íntima mudança do coração sob o influxo da Palavra de Deus e na perspectiva do Reino e completa-se com o produzir frutos condignos de arrependimento. «Penitência significa, no vocabulário cristão teológico e espiritual, a ascese, isto é, o esforço concreto e quotidiano do homem, amparado pela graça de Deus, por perder a própria vida, por Cristo, como único modo de a ganhar: esforço por se despojar do homem velho e revestir-se do novo; por superar em si mesmo o que é carnal, para que prevaleça o que é espiritual; e esforço por se elevar continuamente das coisas de cá de baixo para as lá do alto, onde está Cristo. A penitência, portanto, é a conversão que passa do coração às obras e, por conseguinte, à vida toda do cristão». (n.4) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 5. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • A penitência anda intimamente ligada com a reconciliação, uma vez que reconciliar-se com Deus, consigo mesmo e com os outros pressupõe que se supera a ruptura radical, que é o pecado; ora isto só se realiza através da transformação interior ou conversão, que frutifica na vida mediante os actos de penitência. (n.4) • Em virtude da sua missão essencial, a Igreja sente-se, de facto, no dever de chegar até as raízes da laceração primordial do pecado, para aí operar o saneamento e restabelecer como que uma reconciliação, também ela primordial, que seja o princípio eficaz de toda a verdadeira reconciliação. (n.4) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 6. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Desta reconciliação nos fala a Sagrada Escritura, convidando-nos a fazer todos os esforços para alcançá-la; mas diz-nos, por outro lado, que ela é, primeiro que tudo, um dom misericordioso de Deus ao homem. • A reconciliação torna-se necessária porque se deu a ruptura do pecado, da qual derivaram todas as outras formas de ruptura no íntimo do homem e à sua volta. A reconciliação, portanto, para ser total exige necessariamente a libertação do pecado, rejeitado nas suas raízes mais profundas. Por isso, há uma estreita ligação interna, que une conversão e reconciliação: é impossível dissociar as duas realidades, ou falar de uma sem falar da outra. (n.4) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 7. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • A reconciliação com Deus deverá ser entendida como um mérito alcançado pela Paixão de Cristo. Ele reconduziu à unidade os filhos de Deus que andavam dispersos (Jo 11, 52), reconciliou consigo todas as criaturas, as do céu e as da terra (Col 1, 20.). (n.7) • É com toda a razão que a sua paixão e morte, sacramentalmente renovadas na Eucaristia, são chamadas pela Liturgia «sacrifício de reconciliação»: (Prece Eucarística III) reconciliação com Deus e com os irmãos, dado que o próprio Jesus ensina que a reconciliação fraterna deve realizar-se antes do sacrifício (Mt 5, 23). (n.7) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 8. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Nas mãos e na boca dos Apóstolos, seus mensageiros, o Pai depôs misericordiosamente um ministério de reconciliação, que eles exercem de maneira singular, em virtude do poder de agir «in persona Christi». Mas também a toda a comunidade dos fiéis, à inteira estrutura da Igreja, é confiada a mensagem da reconciliação, ou seja, a obrigação de fazer todo o possível para testemunhar a reconciliação e para a actuar no mundo. (n.8) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 9. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • A Igreja é reconciliadora, ainda, na medida em que mostra ao homem os caminhos e lhe oferece os meios para a referida reconciliação em quatro dimensões. Os caminhos são exactamente os da conversão do coração e da vitória sobre o pecado, seja ele o egoísmo ou a injustiça, a prepotência ou a exploração de outrem, o apego aos bens materiais ou a busca desenfreada do prazer. Os meios são os da fiel e amorosa escuta da Palavra de Deus, da oração pessoal e comunitária e, sobretudo, dos Sacramentos, verdadeiros sinais e instrumentos de reconciliação, entre os quais sobressai, precisamente sob este aspecto, aquele a que, com razão, costumamos chamar o Sacramento da Reconciliação ou da Penitência, ao qual voltarei em seguida. (n.8) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 10. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Em todas as fases e a todos os níveis do seu decurso, o Sínodo considerou com a máxima atenção aquele sinal sacramental que representa e ao mesmo tempo realiza a penitência e a reconciliação. Este Sacramento não esgota em si mesmo, certamente, os conceitos de conversão e reconciliação. A Igreja, de facto, desde as suas origens, conhece e valoriza numerosas e variadas formas de penitência: algumas litúrgicas ou paralitúrgicas, que vão do acto penitencial da Missa as funções propiciatórias e as peregrinações; outras, de carácter ascético, como o jejum. No entanto, de todos esses actos nenhum é mais significativo, mais divinamente eficaz e mais elevado e ao mesmo tempo acessível no seu rito, do que o Sacramento da Penitência. (n.28) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 11. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Do próprio Sínodo a Igreja recebeu uma confirmação clara da sua fé no que respeita ao Sacramento, pelo qual é dada a cada cristão e a toda a comunidade dos fiéis a certeza do perdão graças ao poder do Sangue redentor de Cristo. (n.28) • Nos Salmos e na pregação dos Profetas o nome de misericordioso é talvez o que mais frequentemente se atribui ao Senhor, em oposição ao persistente cliché, segundo o qual o Deus do Antigo Testamento é apresentado sobretudo como severo e punidor. (n.29) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 12. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Na plenitude dos tempos, o Filho de Deus, vindo como o Cordeiro que tira e carrega sobre si o pecado do mundo, aparece como aquele que tem poder, quer de julgar, quer de perdoar os pecados e que veio não para condenar, mas para perdoar e salvar. ► Ora este poder de perdoar os pecados Jesus confere-o, mediante o Espírito Santo, a simples homens, sujeitos também eles próprios à insídia do pecado, isto é, aos seus Apóstolos: «Recebei o Espírito Santo: a quem perdoardes os pecados ficar-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes ficar-lhes-ão retidos». Esta é uma das mais formidáveis novidades evangélicas! Jesus confere tal poder aos Apóstolos também como transmissível — assim o entendeu a Igreja desde o seu dealbar — aos seus sucessores, investidos pelos mesmos Apóstolos na missão e na responsabilidade de continuar a sua obra de anunciadores do Evangelho e de ministros da obra redentora de Cristo. (n.29) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 13. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Como no altar onde celebra a Eucaristia e como em cada um dos Sacramentos, o Sacerdote, ministro da Penitência, age «in persona Christi». O mesmo Cristo, por ele tornado presente e que por meio dele actua o mistério da remissão dos pecados, é Aquele que aparece como irmão do homem, pontífice misericordioso, fiel e cheio de compaixão, pastor decidido a procurar a ovelha perdida, médico que cura e conforta, mestre único que ensina a verdade e indica os caminhos de Deus, juiz dos vivos e dos mortos, que julga segundo a verdade e não segundo as aparências. (n.29) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 14. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Trata-se, sem dúvida, do ministério mais difícil e delicado, do mais cansativo e exigente; mas também de um dos mais belos e consoladores ministérios do Sacerdote; e, precisamente por isto, atendendo à vigorosa chamada do Sínodo, nunca me cansarei de pedir aos meus Irmãos, Bispos e Presbíteros, o seu fiel e diligente desempenho. (n.29) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 15. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Perante a consciência do fiel, que a ele se abre, com um misto de tremor e de confiança, o confessor é chamado a uma tarefa sublime que é serviço à causa da penitência e da reconciliação humana: conhecer as fraquezas e as quedas, de um determinado fiel, avaliar o seu desejo de recuperação e os esforços para a conseguir, discernir a acção do Espírito santificador no seu coração, comunicar-lhe o perdão que só Deus pode conceder, «celebrar» a sua reconciliação com o Pai representada na parábola do filho pródigo, reinserir esse pecador resgatado na comunhão eclesial com os irmãos e advertir paternalmente esse penitente com um firme, encorajador e amigável «doravante não tornes a pecar». (n.29) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 16. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Para o exercício eficaz de tal ministério, o confessor tem de possuir necessariamente qualidades humanas de prudência, discrição, discernimento e firmeza temperada pela mansidão e bondade. Deve ter, ainda, séria e cuidada preparação, não fragmentária mas integral e harmónica, nos diversos ramos da teologia, na pedagogia e na psicologia, na didáctica catequética, na metodologia do diálogo e, sobretudo, no conhecimento vivo e comunicativo da Palavra de Deus. Mas é mais necessário ainda que ele viva uma vida espiritual intensa e genuína. Para guiar os outros pelos caminhos da perfeição cristã, o ministro da Penitência deve percorrer, ele próprio, primeiro, este caminho; e mais com obras do que com palavras exuberantes, dar mostras de real experiência da oração vivida, de prática das virtudes evangélicas teologais e morais, de fiel obediência à vontade de Deus, de amor à Igreja e de docilidade ao seu Magistério. (n.29) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 17. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Todo este aparato de dotes humanos, de virtudes cristãs e de capacidades pastorais não se improvisa nem se adquire sem esforço. Para o ministério da Penitência sacramental cada Sacerdote deve ser preparado desde os anos do Seminário: juntamente com o estudo da teologia dogmática, moral, espiritual e pastoral (que são sempre uma só teologia), com as ciências do homem e com a metodologia do diálogo e, especialmente, do colóquio pastoral. Há-de, ainda, ser iniciado e amparado nas primeiras experiências. Deverá cuidar sempre do próprio aperfeiçoamento e actualização, com o estudo permanente. Que tesouros de graça, de verdadeira vida e de irradiação espiritual não adviriam à Igreja, se cada Sacerdote se mostrasse cuidadoso em nunca faltar, por negligência ou desculpas várias, ao encontro com os fiéis no confessionário e tivesse ainda maior cuidado de nunca aí se sentar sem preparação, ou sem as indispensáveis qualidades humanas e condições espirituais e pastorais! (n.29) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 18. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • A prática deste Sacramento, pelo que se refere à sua celebração e à sua forma, conheceu um longo processo de desenvolvimento, como atestam os mais antigos sacramentários, as actas dos Concílios e dos Sínodos episcopais, a pregação dos Padres e o ensino dos Doutores da Igreja Mas quanto à substância do Sacramento, permaneceu sempre sólida e imutável, na consciência da Igreja, a certeza de que, por vontade de Cristo, o perdão é oferecido a cada um por meio da absolvição sacramental, dada pelos ministros da Penitência; esta certeza é reafirmada com particular vigor, quer pelo Concílio de Trento, (173) quer pelo Concílio Vaticano II: «Aqueles que se aproximam do Sacramento da Penitência recebem da misericórdia de Deus o perdão das ofensas que lhe fizeram e, ao mesmo tempo, reconciliam-se com a Igreja, à qual infligiram uma ferida com o pecado: a Igreja que coopera na sua conversão com a caridade, com o exemplo e a oração». E como dado essencial da fé sobre o valor e a finalidade da Penitência deve reafirmar-se que «o nosso Salvador Jesus Cristo instituiu na sua Igreja o Sacramento da Penitência, para que os fiéis caídos no pecado depois do Batismo recebessem a graça e se reconciliassem com Deus». (n.30) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 19. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Algumas convicções fundamentais: (n.31) • O Sacramento da Penitência é a via ordinária para obter o perdão e a remissão dos seus pecados graves cometidos depois do Baptismo: • A primeira convicção é que, para um cristão, o Sacramento da Penitência é a via ordinária para obter o perdão e a remissão dos seus pecados graves cometidos depois do Baptismo. O divino Salvador e a sua acção salvífica, certamente, não estão ligados a um sinal sacramental, de maneira a não poderem em qualquer tempo e circunstância da história da salvação agir fora e acima dos Sacramentos. Mas na escola da fé aprendemos que o mesmo Salvador quis e dispôs que os humildes e preciosos Sacramentos da fé sejam ordinariamente os meios eficazes, pelos quais passa e opera o seu poder redentor. Seria portanto insensato, além de presunçoso, querer prescindir arbitrariamente dos instrumentos de graça e de salvação que o Senhor dispôs e, no caso específico, pretender receber o perdão, pondo de lado o Sacramento, instituído por Cristo exactamente para o perdão. A renovação dos ritos, levada a efeito depois do Concílio, não deixa margem para qualquer confusão ou alteração neste sentido. A mesma renovação devia e deve servir, segundo a intenção da Igreja, para suscitar em cada um de nós um novo impulso para a renovação da nossa atitude interior, ou seja, para a compreensão mais profunda da natureza do Sacramento da Penitência; para um seu acolhimento mais repassado de fé, não ansioso mas confiante; para uma maior frequência do Sacramento, que se apresenta totalmente impregnado pelo amor misericordioso do Senhor. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 20. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Algumas convicções fundamentais: (n.31) • acto judicial; mas este acto decorre junto de um tribunal mais de misericórdia, do que de estrita e rigorosa justiça; tem um carácter terapêutico ou medicinal: • A segunda convicção diz respeito à função do Sacramento da Penitência para aqueles que a ele recorrem. Segundo a mais antiga concepção da Tradição trata-se de uma espécie de acto judicial; mas este acto decorre junto de um tribunal mais de misericórdia, do que de estrita e rigorosa justiça, pelo que não é comparável aos tribunais humanos, senão por analogia; ou seja, na medida em que o pecador aí descobre os seus pecados e a sua própria condição de criatura sujeita ao pecado; se compromete a renunciar e a combater o pecado; aceita a pena (penitência sacramental) que o confessor lhe impõe e dele recebe a absolvição. • Ao reflectir, porém, sobre a função deste Sacramento, a consciência da Igreja vislumbra nele, além do carácter judicial, no sentido acima aludido, um carácter terapêutico ou medicinal. E isto relaciona-se com o facto, frequente no Evangelho, da apresentação de Cristo como médico, enquanto a sua obra redentora é muitas vezes chamada, desde a antiguidade cristã, «remédio da salvação» («medicina salutis»). «Eu quero curar, não acusar», dizia Santo Agostinho, referindo-se ao exercício da pastoral penitêncial, e é graças ao remédio da confissão que a experiência do pecado não degenera em desespero. O Ritual da Penitência alude a este aspecto medicinal do Sacramento, ao qual o homem contemporâneo é talvez mais sensível, vendo no pecado o que ele comporta de erro, obviamente, e mais ainda aquilo que ele indica relacionado com a fraqueza e enfermidade humanas. • Tribunal de misericórdia ou lugar de cura espiritual, sob ambos os aspectos o Sacramento exige um conhecimento do íntimo do pecador, para o poder julgar e absolver, para tratar dele e o curar. E precisamente por isto, implica, da parte do penitente, a acusação sincera e completa dos pecados, que tem assim uma razão de ser, não só inspirada em fins ascéticos (como exercício de humildade e de mortificação), mas inerente à própria natureza do Sacramento. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 21. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Algumas convicções fundamentais: (n.31) • Um homem não se põe a caminho para uma verdadeira e genuína penitência, enquanto não perceber que o pecado contrasta com a norma ética, inscrita no íntimo do próprio ser; enquanto não reconhecer ter feito a experiência pessoal e responsável de uma tal oposição; enquanto não disser não apenas «o pecado existe», mas «eu pequei»; enquanto não admitir que o pecado introduziu na sua consciência uma divisão, que avassala todo o seu ser e o separa de Deus e dos irmãos. • O acto essencial da Penitência, da parte do penitente, é a contrição, ou seja, um claro e decidido repúdio do pecado cometido, juntamente com o propósito de não o tornar a cometer, pelo amor que se tem a Deus e que renasce com o arrependimento. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 22. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Algumas convicções fundamentais: (n.31) • Mas é bom recordar e acentuar que contrição e conversão são, sobretudo, uma aproximação da santidade de Deus, um reencontro da própria verdade interior, obscurecida e transtornada pelo pecado, um libertar-se no mais profundo de si próprio e, por isso, um reconquistar a alegria perdida, a alegria de ser salvo, que a maioria dos homens do nosso tempo já não sabe saborear. • Mediante o ministro da Penitência, é a Comunidade eclesial, lesada pelo pecado, que acolhe de novo o pecador arrependido e perdoado. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 23. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Algumas convicções fundamentais: (n.31) • A fórmula sacramental: «Eu te absolvo...», a imposição das mãos e o sinal da cruz traçado sobre o penitente manifestam que naquele momento o pecador contrito e convertido entra em contacto com o poder e a misericórdia de Deus. É em tal momento que, em resposta ao penitente, a Santíssima Trindade se torna presente para apagar o seu pecado e restituir-lhe a inocência; e a força salvífica da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus é comunicada ao mesmo penitente, como «misericórdia mais forte do que a culpa e a ofensa», como a designei na Encíclica Dives in Misericordia. Deus é sempre o principal ofendido pelo pecado — «Pequei só contra Vós!» («tibi soli peccavi!») — e só Deus pode perdoar. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 24. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Algumas convicções fundamentais: (n.31) • A satisfação ou penitência «Não é certamente o preço que se paga pelo pecado absolvido e pelo perdão alcançado: nenhum preço humano pode equivaler ao que se obteve, fruto do preciosíssimo Sangue de Cristo. As obras de satisfação — que, embora conservando um carácter de simplicidade e de humildade, deveriam tornar-se mais expressivas de tudo aquilo que significam — querem dizer algo de precioso: são o sinal do compromisso pessoal que o cristão assumiu com Deus, no Sacramento, de começar uma existência nova (e por isso não deveriam reduzir-se somente a algumas fórmulas a recitar, mas consistir em obras de culto, de caridade, de misericórdia e de reparação); •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 25. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Algumas convicções fundamentais: (n.31) • Mas é preciso acrescentar que tal reconciliação com Deus tem como consequência, por assim dizer, outras reconciliações, que vão remediar outras tantas rupturas, causadas pelo pecado: o penitente perdoado reconcilia-se consigo próprio no íntimo mais profundo do próprio ser, onde recupera a própria verdade interior; reconcilia-se com os irmãos, por ele de alguma maneira agredidos e lesados; reconcilia-se com a Igreja; e reconcilia-se com toda a criação. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 26. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Algumas convicções fundamentais: (n.31) • A vida espiritual e pastoral do Sacerdote, como a dos seus irmãos leigos e religiosos, depende, na sua qualidade e no seu fervor, da prática pessoal assídua e conscienciosa do Sacramento da Penitência. • A celebração da Eucaristia e o ministério dos outros Sacramentos, o zelo pastoral, a relação com os fiéis, a comunhão com os irmãos Sacerdotes, a colaboração com o Bispo, a vida de oração, numa palavra, toda a existência sacerdotal sofre inexorável decadência, se lhe falta por negligência ou por qualquer outro motivo o recurso, periódico e inspirado por fé autêntica e devoção, ao Sacramento da Penitência. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 27. João Paulo II na exortação apostólica pós-sinodal Reconciliatio et Paenitentia • Algumas convicções fundamentais: (n.31) • Nós Sacerdotes, com base na nossa experiência pessoal, bem podemos dizer que, na medida em que procuramos recorrer ao Sacramento da Penitência e nos aproximamos dele com frequência e com boas disposições, desempenhamos melhor o nosso próprio ministério de confessores e melhor asseguramos aos penitentes o seu benefício. De outro modo, este ministério perderia muito da sua eficácia, se de alguma maneira deixássemos de ser bons penitentes. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 29. O Papa Bento XVI e a confissão, por Felipe Aquino • Ao constatar “a crise do sacramento da reconciliação”, o Papa convidou os bispos da Suíça, em visita “ad limina apostolorum”, “a relançar em vossas dioceses uma pastoral penitencial que estimule a confissão individual”. O Santo Padre disse: “Pedi a vossos sacerdotes que sejam confessores assíduos, oferecendo generosamente aos fiéis horários apropriados para a Confissão pessoal; estimulai-os para que eles mesmos se aproximem com frequência deste sacramento”. E “Exortai os fiéis a aproximar-se regularmente do sacramento da Penitência, que permite descobrir o dom da misericórdia de Deus e que leva a ser misericordioso com os outros, como Ele”. • A confissão “ajuda a formar a consciência, a lutar contra as más inclinações, a deixar-se curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito”. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 30. Homilia do Papa Bento XVI, quinta-feira, 13 de março de 2008 • Justamente para favorecer este encontro preparastes-vos para abrir os vossos corações a Deus, confessando os vossos pecados e recebendo, através da acção do Espírito Santo e mediante o ministério da Igreja, o perdão e a paz. É dessa maneira que se dá espaço à presença em nós do Espírito Santo, a terceira Pessoa da Santíssima Trindade que é a "alma" e o "respiro vital" da vida cristã: o Espírito torna-nos capazes "de amadurecer uma compreensão de Jesus cada vez mais profunda e alegre e, contemporaneamente, de realizar uma prática eficaz do Evangelho" (Mensagem para a XXIII JMJ, 1). •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 31. Homilia do Papa Bento XVI, quinta-feira, 13 de março de 2008 • Com ânimo arrependido confessemos os nossos pecados, propondo-nos seriamente a não os repetir, sobretudo, propondo-nos a permanecer sempre no caminho da conversão. Deste modo experimentaremos a verdadeira alegria: aquela que deriva da misericórdia de Deus, se derrama nos nossos corações e nos reconcilia com Ele. Esta alegria é contagiosa! • Tornareis visível assim a graça da misericórdia superabundante de Cristo, que brotou do seu lado trespassado por nós na cruz. O Senhor Jesus lava-nos dos pecados, cura-nos das nossas culpas e fortalece-nos para não sucumbir na luta contra o pecado e no testemunho do seu amor. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 32. Homilia do Papa Bento XVI, quinta-feira, 13 de março de 2008 • Naquela ocasião, João Paulo II disse: "Quem se deixa preencher por este amor o amor de Deus não pode negar por mais tempo a sua culpa. A "perda do sentido do pecado" deriva em última análise da "perda mais radical e profunda do sentido de Deus"" (Homilia na inauguração do Centro Internacional Juvenil "São Lourenço", ed. port. de L'Osservatore Romano, n. 13, de 27.3.1983, pág. 9). E acrescenta: "Aonde se há-de ir neste mundo, com o pecado e a culpa, sem a Cruz? A Cruz toma sobre si toda a miséria do mundo, que nasce do pecado. Revela-se como sinal de graça. Recolhe a nossa solidariedade e encoraja-nos ao sacrifício pelos outros" (Ibid.). •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 33. Papa Bento XVI, angelus, 15 de fevereiro de 2009 • Os pecados que cometemos afastam-nos de Deus e, se não forem humildemente confessados na misericórdia divina, chegam até a causar a morte da alma. • No Sacramento da Penitência Cristo crucificado e ressuscitado, mediante os seus ministros, purifica-nos com a sua misericórdia infinita, restitui-nos à comunhão com o Pai celeste e com os irmãos, dá-nos em oferenda o seu amor, a sua alegria e a sua paz. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 34. Papa Bento XVI: Confessionário pode ser verdadeiro lugar de santificação, audiência os participantes do 22º Curso sobre Foro Íntimo • "A fiel e generosa disponibilidade dos sacerdotes em escutar as confissões indica a todos nós como o confessionário pode ser um verdadeiro 'lugar' de santificação", afirmou. • Para o penitente, a Reconciliação sacramental "é um dos momentos nos quais a liberdade pessoal e a consciência de si mesmo são chamados a se expressar de modo particularmente evidente", •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 35. Papa Bento XVI: Confessionário pode ser verdadeiro lugar de santificação, audiência os participantes do 22º Curso sobre Foro Íntimo • O exame de consciência "educa a olhar com sinceridade a própria existência, a confrontá-la com a verdade do Evangelho e avaliá-la com parâmetros não sobretudo humanos, mas tomados da divina Revelação. O confronto com os Mandamentos, com as Bem Aventuranças e, sobretudo, com o Preceito do amor, constitui a primeira grande 'escola penitencial'“. • "A íntegra confissão dos pecados educa para a humildade, o reconhecimento da própria fragilidade e a consciência acerca da necessidade do perdão de Deus e da confiança de que a Graça divina pode transformar a vida" •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 36. Papa Bento XVI: Confessionário pode ser verdadeiro lugar de santificação, audiência os participantes do 22º Curso sobre Foro Íntimo • "Escutar as palavras 'Eu te absolvo dos teus pecados' representa uma verdadeira escola de amor e de esperança, que guia à plena confiança no Deus Amor revelado em Jesus Cristo, à responsabilidade e ao compromisso de contínua conversão". • "Quantas vezes o sacerdote assiste a verdadeiros milagres de conversão, que, renovando o encontro com um acontecimento, uma Pessoa, reforçam a sua própria fé. No fundo, confessar significa assistir a tantas profissões de fé quanto são os penitentes, contemplar a ação de Deus misericordioso na história, tocar com a mão os efeitos salvíficos da Cruz e da Ressurreição de Cristo, em cada tempo e para cada homem". •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 37. Papa Bento XVI: Confessionário pode ser verdadeiro lugar de santificação, audiência os participantes do 22º Curso sobre Foro Íntimo • "Quanto pode, pois, o sacerdote aprender de penitentes exemplares pela sua vida espiritual, pela seriedade com que conduzem o exame de consciência, pela transparência no reconhecer o próprio pecado e pela docilidade com relação ao ensinamento da Igreja e as indicações do confessor". • "Queridos sacerdotes, não deixem de dar oportuno espaço ao exercício da Penitência no confessionário: ser acolhido e escutado constitui também um sinal humano do acolhimento e da bondade de Deus por seus filhos" •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 39. EXORTAÇÃO APOSTÓLICA GAUDETE ET EXSULTATE, DO SANTO PADRE FRANCISCO • «Não me deterei a explicar os meios de santificação que já conhecemos: os diferentes métodos de oração, os sacramentos inestimáveis da Eucaristia e da Reconciliação, a oferta de sacrifícios, as várias formas de devoção, a direção espiritual e muitos outros» (n.110). •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 40. EXORTAÇÃO APOSTÓLICA GAUDETE ET EXSULTATE, DO SANTO PADRE FRANCISCO • A Palavra de Deus convida-nos, explicitamente, a resistir «contra as maquinações do diabo» (Ef 6, 11) e a «apagar todas as setas incendiadas do maligno» (Ef 6, 16). Não se trata de palavras poéticas, porque o nosso caminho para a santidade é também uma luta constante. Quem não quiser reconhecê-lo, ver-se-á exposto ao fracasso ou à mediocridade. Para a luta, temos as armas poderosas que o Senhor nos dá: a fé que se expressa na oração, a meditação da Palavra de Deus, a celebração da Missa, a adoração eucarística, a Reconciliação sacramental, as obras de caridade, a vida comunitária, o compromisso missionário. Se nos descuidarmos, facilmente nos seduzirão as falsas promessas do mal. Ora, como dizia o Santo Cura Brochero, «que importa que Lúcifer prometa libertar-vos e até vos atire para o meio de todos os seus bens, se são bens enganadores, se são bens envenenados?» (n.162). •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 41. EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL AMORIS LÆTITIA, DO SANTO PADRE FRANCISCO • Por isso, aprecia-se que a Igreja ofereça espaços de apoio e aconselhamento sobre questões relacionadas com o crescimento do amor, a superação dos conflitos e a educação dos filhos. Muitos estimam a força da graça que experimentam na Reconciliação sacramental e na Eucaristia, que lhes permite enfrentar os desafios do matrimónio e da família. (n.38) •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 42. EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL CHRISTUS VIVIT, DO SANTO PADRE FRANCISCO • As respostas às consultações exprimem, com insistência, também a necessidade de formar agentes leigos de pastoral familiar, com a ajuda de psicopedagogos, médicos de família, médicos de comunidade, assistentes sociais, advogados de menores e família, predispondo-os para receber as contribuições da psicologia, sociologia, sexologia e até aconselhamento. Os profissionais, particularmente aqueles que têm experiência de acompanhamento, ajudam a encarnar as propostas pastorais nas situações reais e nas preocupações concretas das famílias. «Os itinerários e cursos de formação destinados especificamente aos agentes pastorais poderão torná-los idóneos a inserir o próprio caminho de preparação para o matrimónio na dinâmica mais ampla da vida eclesial». Uma boa preparação pastoral é importante, «sobretudo tendo em vista as particulares situações de emergência decorrentes dos casos de violência doméstica e abuso sexual». Tudo isto em nada diminui, antes integra, o valor fundamental da direcção espiritual, dos recursos espirituais inestimáveis da Igreja e da Reconciliação sacramental (n.204). •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 43. EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL CHRISTUS VIVIT, DO SANTO PADRE FRANCISCO • «Ao mesmo tempo, na preparação dos noivos, deve ser possível indicar-lhes lugares e pessoas, consultórios ou famílias prontas a ajudar, aonde poderão dirigir-se em busca de ajuda se surgirem dificuldades. Mas nunca se deve esquecer de lhes propor a Reconciliação sacramental, que permite colocar os pecados e os erros da vida passada e da própria relação sob o influxo do perdão misericordioso de Deus e da sua força sanadora» (n.211). •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 44. EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL CHRISTUS VIVIT, DO SANTO PADRE FRANCISCO • «Nós, pastores, devemos animar as famílias a crescerem na fé. Para isso, é bom incentivar a confissão frequente, a direcção espiritual, a participação em retiros. Mas há que convidar também a criar espaços semanais de oração familiar, porque «a família que reza unida permanece unida». Entretanto, quando visitamos os lares, devemos convidar todos os membros da família para um momento de oração, a fim de rezar uns pelos outros e entregar a família nas mãos do Senhor. Ao mesmo tempo, convém incentivar cada um dos cônjuges a reservar momentos de oração a sós diante de Deus, porque cada qual tem as suas cruzes secretas» (n.227). •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 45. Papa Francisco: Bula Misericordiae Vultus • A misericórdia de Deus não é uma ideia abstracta mas uma realidade concreta, pela qual Ele revela o seu amor como o de um pai e de uma mãe que se comovem pelo próprio filho até ao mais íntimo das suas vísceras. É verdadeiramente caso para dizer que se trata de um amor « visceral ». Provém do íntimo como um sentimento profundo, natural, feito de ternura e compaixão, de indulgência e perdão. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 46. Papa Francisco: Bula Misericordiae Vultus • Nas parábolas dedicadas à misericórdia, Jesus revela a natureza de Deus como a dum Pai que nunca se dá por vencido enquanto não tiver dissolvido o pecado e superada a recusa com a compaixão e a misericórdia. Conhecemos estas parábolas, três em especial: as da ovelha extraviada e da moeda perdida, e a do pai com os seus dois filhos (cf. Lc 15, 1-32). Nestas parábolas, Deus é apresentado sempre cheio de alegria, sobretudo quando perdoa. • A credibilidade da Igreja passa pela estrada do amor misericordioso e compassivo. A Igreja « vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia». •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 47. Papa Francisco: Bula Misericordiae Vultus • «A Igreja vive uma vida autêntica quando professa e proclama a misericórdia, o mais admirável atributo do Criador e do Redentor, e quando aproxima os homens das fontes da misericórdia do Salvador, das quais ela é depositária e dispensadora » (São João Paulo II). • Jesus pede também para perdoar e dar. Ser instrumentos do perdão, porque primeiro o obtivemos nós de Deus. Ser generosos para com todos, sabendo que também Deus derrama a sua benevolência sobre nós com grande magnanimidade. • Com convicção, ponhamos novamente no centro o sacramento da Reconciliação, porque permite tocar sensivelmente a grandeza da misericórdia. Será, para cada penitente, fonte de verdadeira paz interior. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 48. Papa Francisco: Bula Misericordiae Vultus • Não me cansarei jamais de insistir com os confessores para que sejam um verdadeiro sinal da misericórdia do Pai. Ser confessor não se improvisa. Tornamo-nos tal quando começamos, nós mesmos, por nos fazer penitentes em busca do perdão. Nunca esqueçamos que ser confessor significa participar da mesma missão de Jesus e ser sinal concreto da continuidade de um amor divino que perdoa e salva. Cada um de nós recebeu o dom do Espírito Santo para o perdão dos pecados; disto somos responsáveis. Nenhum de nós é senhor do sacramento, mas apenas servo fiel do perdão de Deus. Cada confessor deverá acolher os fiéis como o pai na parábola do filho pródigo: um pai que corre ao encontro do filho, apesar de lhe ter dissipado os bens. Os confessores são chamados a estreitar a si aquele filho arrependido que volta a casa e a exprimir a alegria por o ter reencontrado. Não nos cansemos de ir também ao encontro do outro filho, que ficou fora incapaz de se alegrar, para lhe explicar que o seu juízo severo é injusto e sem sentido diante da misericórdia do Pai que não tem limites. Não hão-de fazer perguntas impertinentes, mas como o pai da parábola interromperão o discurso preparado pelo filho pródigo, porque saberão individuar, no coração de cada penitente, a invocação de ajuda e o pedido de perdão. Em suma, os confessores são chamados a ser sempre e por todo o lado, em cada situação e apesar de tudo, o sinal do primado da misericórdia. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 49. Papa Francisco: Bula Misericordiae Vultus • Peço-vo-lo em nome do Filho de Deus que, embora combatendo o pecado, nunca rejeitou qualquer pecador. • Deus não se cansa de estender a mão. Está sempre disposto a ouvir, e eu também estou, tal como os meus irmãos bispos e sacerdotes. Basta acolher o convite à conversão e submeter-se à justiça, enquanto a Igreja oferece a misericórdia. • A justiça de Deus torna-se agora a libertação para quantos estão oprimidos pela escravidão do pecado e todas as suas consequências. A justiça de Deus é o seu perdão (cf. Sl 51/50, 11-16). / A misericórdia não é contrária à justiça, mas exprime o comportamento de Deus para com o pecador, oferecendo-lhe uma nova possibilidade de se arrepender, converter e acreditar. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 50. Papa Francisco: Bula Misericordiae Vultus • Deus, com a misericórdia e o perdão, passa além da justiça. Isto não significa desvalorizar a justiça ou torná-la supérflua. Antes pelo contrário! Quem erra, deve descontar a pena; só que isto não é o fim, mas o início da conversão, porque se experimenta a ternura do perdão. Deus não rejeita a justiça. • Ao mesmo tempo que notamos o poder da graça que nos transforma, experimentamos também a força do pecado que nos condiciona. Apesar do perdão, carregamos na nossa vida as contradições que são consequência dos nossos pecados. No sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanece. A misericórdia de Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela torna-se indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no pecado. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 51. O nome de Deus é misericórdia, Papa Francisco em conversa com Andrea Tornielli • «Pensando a Igreja como um hospital de campanha, onde se curam prioritariamente as feridas mais graves. Uma Igreja que aquece o coração das pessoas com a proximidade». • Conta uma história: «“Eu perdoo muito e por vezes pesa-me a consciência, pesa-me ter perdoado demasiado.” Falámos da misericórdia, e perguntei-lhe o que fazia quando sentia a consciência pesada. Ele respondeu-se: ”Vou até à nossa capelinha, e, diante do tabernáculo, digo a Jesus: ´Senhor, perdoa-me, porque perdoei demasiado. Mas foste tu que me deste o mau exemplo!`”». •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 52. O nome de Deus é misericórdia, Papa Francisco em conversa com Andrea Tornielli • Acompanhando o Senhor, a Igreja é chamada a transmitir a sua misericórdia a todos os que se reconhecem pecadores, responsáveis pelo mal praticado, que se sentem necessitados de perdão. A Igreja não está no mundo para condenar, mas para permitir o encontro com aquele amor visceral que é a misericórdia de Deus. • Santo Ambrósio: “Quando se trata de distribuir a graça, Cristo está sempre presente; quando se deve exercer o rigor, estão apenas presentes os ministros, mas Cristo está ausente”. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 53. O nome de Deus é misericórdia, Papa Francisco em conversa com Andrea Tornielli • Se existe uma repetição que se torna um hábito, é como se não conseguisse crescer na consciência de si próprio e do Senhor; é como se não reconhecesse ter pecado, ter feridas para curar. […] Outra situação é quem reincide no mesmo pecado e sofre com isso, quem tem dificuldade em se levantar. Existem tantas pessoas humildes que confessam as suas reincidências. O importante é reerguer-se sempre e não ficar no chão a lamber as feridas. O Senhor da misericórdia perdoa-me sempre, por isso oferece-me a possibilidade de recomeçar sempre. Ama-me sempre por aquilo que sou, quer reerguer-me, estende-me a Sua mão. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 54. Papa Francisco, Celebração Penitencial (Basílica de São Pedro, 29 de março de 2019) • Para Ele, antes do pecado, vem o pecador. No coração de Deus, eu, tu cada um de nós vem em primeiro lugar; vem antes dos erros, das normas, dos juízos e das nossas quedas. Peçamos a graça dum olhar semelhante ao de Jesus; peçamos para ter o enquadramento cristão da vida: nele, antes do pecado, olhamos com amor o pecador; antes do erro, o transviado; antes do caso, a pessoa. Ouvir artigo: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019- 03/papa-francisco-curso-foro-interno-confissao.html •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 55. Papa Francisco, Celebração Penitencial (Basílica de São Pedro, 29 de março de 2019) • E ainda assim o mal é forte, tem um poder sedutor: atrai, encandeia. Para desprender-se dele, não basta o nosso esforço, é preciso um amor maior. Sem Deus, não se pode vencer o mal: só o amor d’Ele eleva por dentro; só a sua ternura, derramada no coração, é que torna livre. Se queremos a libertação do mal, temos de dar espaço ao Senhor, que perdoa e cura; e fá-lo sobretudo através do Sacramento que estamos prestes a celebrar. A Confissão é a passagem da miséria à misericórdia, é a escrita de Deus no coração. Sempre que nos abeiramos dela, lemos que somos preciosos aos olhos de Deus, que Ele é Pai e ama-nos mais de quanto nos amamos a nós mesmos. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 56. Papa Francisco, Celebração Penitencial (Basílica de São Pedro, 29 de março de 2019) • O cristão nasce pelo perdão, que recebe no Batismo; e daqui é que sempre renasce: do perdão arrebatador de Deus, da sua misericórdia que nos restaura. Só como perdoados podemos recomeçar revigorados, depois de termos experimentado a alegria de ser amados até ao extremo pelo Pai. Só através do perdão de Deus é que acontecem em nós coisas verdadeiramente novas. • O perdão proporciona-nos um novo começo, torna-nos criaturas novas, faz-nos palpar a vida nova. O perdão de Deus não é uma fotocópia que se reproduz idêntica em cada passagem pelo confessionário. Receber o perdão dos pecados, através do sacerdote, é uma experiência sempre nova, original e inimitável. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 57. Papa Francisco, Celebração Penitencial (Basílica de São Pedro, 29 de março de 2019) • Que fazer para me afeiçoar à misericórdia, para superar o medo da Confissão? […] Fixar o Crucificado e exclamar maravilhados: «Eis aonde foram parar os meus pecados! Tomaste-los sobre Vós... Não me apontastes o dedo acusador, mas abristes-me os braços e mais uma vez me perdoastes». É importante recordar o perdão de Deus, lembrar a sua ternura, saborear de novo a paz e a liberdade que experimentamos. Com efeito, isto é o coração da Confissão: não os pecados que dizemos, mas o amor divino que recebemos e do qual sempre precisamos. Entretanto há ainda uma dúvida que nos pode vir: «Não vale a pena confessar- se! Volto sempre aos pecados habituais». Mas o Senhor conhece-nos, sabe que a luta interior é difícil, que somos fracos e propensos a cair muitas vezes reincidentes na prática do mal. Então propõe-nos começar a ser reincidentes no bem, no pedido de misericórdia. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 58. Discurso do Papa Francisco aos participantes de um curso organizado pela Penitenciaria Apostólica, Sexta-feira, 29 de março de 2019 • Devemos recordar-nos sempre de que o Sacramento da Reconciliação é uma verdadeira via de santificação, e é sinal eficaz que Jesus deixou à Igreja para que a porta da casa do Pai ficasse sempre aberta e deste modo os homens tivessem sempre a possibilidade de voltar para Ele. • A Confissão sacramental é via de santificação tanto para o penitente como para o confessor. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 59. Discurso do Papa Francisco aos participantes de um curso organizado pela Penitenciaria Apostólica, Sexta-feira, 29 de março de 2019 • Para o penitente é claramente via de santificação, porque, como frisei várias vezes durante o recente Jubileu da Misericórdia, a absolvição sacramental, validamente celebrada nos restitui a inocência batismal, a comunhão plena com Deus. Aquela comunhão que Deus nunca interrompe com o homem, mas à qual o homem por vezes se subtrai usando mal o dom maravilhoso da liberdade. • O sacramento da Penitência é “irmão” do Batismo. Para nós sacerdotes, o quarto sacramento é via de santificação antes de tudo quando, humildemente, como todos os pecadores, nos ajoelhamos diante do confessor e imploramos para nós mesmos a Misericórdia divina. Recordemos sempre — e isto ajudará muito — antes de ir para o confessionário, ser primeiro pecadores perdoados e, só depois, ministros do perdão. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 60. Discurso do Papa Francisco aos participantes de um curso organizado pela Penitenciaria Apostólica, Sexta-feira, 29 de março de 2019 • A própria Reconciliação é um bem que a sabedoria da Igreja sempre salvaguardou com toda a sua força moral e jurídica com o sigilo sacramental. Ele, mesmo se nem sempre é compreendido pela mentalidade moderna, é indispensável para a santidade do sacramento e para a liberdade de consciência do penitente, o qual deve ter a certeza, sem dúvida, em qualquer momento, de que o diálogo sacramental permanecerá no segredo do confessionário, entre a própria consciência que se abre à graça e Deus, com a mediação necessária do sacerdote. O sigilo sacramental é indispensável e nenhum poder humano tem jurisdição sobre ele, nem o pode reivindicar para si. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020
  • 61. Discurso do Papa Francisco aos participantes de um curso organizado pela Penitenciaria Apostólica, Sexta-feira, 29 de março de 2019 • Exorto-vos a ouvir sempre com grande generosidade as Confissões dos fiéis — é preciso paciência, mas sempre com o coração aberto, com espírito de pai — exorto-vos a percorrer com eles a via de santificação que é o sacramento, contemplar os “milagres” de conversão que a graça realiza no segredo do confessionário, milagres dos quais só vós e os anjos sereis testemunhas. E que possais santificar-vos sobretudo vós, no humilde e fiel exercício do ministério da Reconciliação. •JoãoMiguelPereira-joaofreigil@hotmail.com-Braga,2020