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As fontes escritas
do judaísmo rabínico
Mestrado: Módulo janeiro 2014
Prof. Pr. José Ribeiro Neto, Me
emunahinformatica@gmail.com
www.emunaheditora.com.br
Introdução
Quando falamos de judaísmo rabínico,
estamos falando do grupo principal judaico, que
aceita a Lei Escrita, bem como a Lei Oral, como
fonte de autoridade.
O judaísmo rabínico utiliza de um corpus de
fontes escritas, que eram comuns à vários grupos
judaicos anteriores a 70 d.C., mas que depois
dessa data, passou a ser apropriada somente pelo
grupo de linha farisaíca rabínica.
O conhecimento dessas fontes é importante,
tanto para se conhecer o judaísmo rabínico, como
para se entender melhor o NT e as fontes cristãs
As Fontes por ordem de data
(aprox.)
Tanakh (1500 a.C. até c. 430 a.C.)
Targumim (o mais antigo conhecido é o Targum de Jó, encontrado
na caverna 11 de Qumran 11TgJó, c. II-I a.C.).
Midrashim (de acordo com o judaísmo rabínico, o método midrashim
foi primeiramente adotado por Esdras. Entretanto, o midrash
escrito mais antigo conhecido é o Mechilta, um midrash sobre o
livro de Êxodo compilado pelo Rabi Ismael (c. 60-140 d.C.)
(EPSTEIN, 2009, P. 131).
Mishná (compilada pelo Rabi Judá, HaNassi = Judá, o Príncipe (c.
135-217 d.C.) , em c. 200-220 d.C.)
Tosseftá (c. 220 d.C.)
Guemará (Talmude) Yerusahlmi ou Palestino (c. 400 d.C.)
Guemará (Talmude) Babli (c. 500 d.C)
Responsa (desde o período gaônico (séc. VI) até os dias de
hoje)
Comentaristas (principais):
Saadia Gaon ( ‫سعيد‬
‫بن‬
‫يوسف‬
‫الفيومي‬ ‫סעיד‬
‫בן‬
‫יוסף‬
‫אלפיומי‬ Saʻīd bin Yūsuf al-Fayyūmi – 882-942), Dijaz,
Fayyum, Egito. Filósofo, lexicógrafo (primeiro dicionário
hebraico), tradutor da Bíblia para o Árabe.
Rashi (Rabi Shlomo Yitzhaki - ‫רבי‬
‫שלמה‬
‫יצחקי‬
-
‫רש‬
"
‫י‬ , 1040 –
1105), França, o autor dos primeiros comentários sobre
oTalmud, aTorá e aTanach.
Maimônides = Rambam ( ‫רמב‬
"
‫ם‬ - Rabi Moshé
ben Maimon ( ‫רבי‬
‫משה‬
‫בן‬
‫מיימון‬
1135-1204 ), Córdoba,
Espanha. Médico, Filósofo e sintetizador das discussões
talmúdicas.
Ibn Ezra ( ‫ראב‬
"
‫ע‬ ) - Rabi Avraham Ibn Ezra’ ( ‫אברהם‬
‫אבן‬
‫עזרא‬
,
1093-1167 ), Espanha – Poeta, gramático, exegeta,
Kimchi - ‫רד‬
"
‫ק‬ (Radaq) – ‫רבי‬
‫דוד‬
‫קמחי‬ (1160-1235), França –
filósofo, gramático e comentarista.
Nachmânides ‫רמב‬
"
‫ן‬ (1194-1270) – Rabi Moshé ben Nachman
( ‫רבי‬
‫משה‬
‫בן‬
‫נחמן‬ ). Médico, comentarista e grande cabalista
judaico.
Seforno – Ovadia Seforno ‫עובדיה‬
‫ספורנו‬ (1470-1550),
Cesena, Itália – filósofo e grande comentarista judaico.
Elijah de Wilno (
‫ר‬
'
‫אליהו‬
‫בן‬
‫שלמה‬
‫זלמן‬
)
–
1720-1797 , Vilna,
Lituânia – talmudista, halachista e comentarista e cabalista
Shamshon Raphael Hirsch - (1808-1888), Hamburgo,
Alemanha – filósofo, comentarista
Nehama Leibowitz – ( ‫נחמה‬
‫ליבוביץ׳‬
-
1905-1997 ) – Riga,
Rússia – educador e comentarista.
Cabalá:
Zohar (séc. XIII, Espanha) – Moshé ben Shem Tov, Shem Tov dizia
que a obra era de Shimon bar Yochai (séc. II d.C.), contudo pelo
estilo e linguagem do Zohar entende-se que a obra deve ter sido
escrito por Shem Tov.
Sêfer Yetsirá (origem desconhecida, alguns sugerem era
medieval, outros séc. II d.C.)
Bahir (1175 d.C., França), também conhecido como o Midrash do
Rabi Nehuniah ben Hakana (I-II séc. d. C.)
Machzor a mais antiga compilação de um livro de orações desse tipo é
datado c. séc. X d.C.
Cuzarí (séc. XI) Yehudá HaLevi 1140 d.C.
Shulchan Aruch escrito por Yossef Karo em 1563 d.C.
Sidur a mais antiga compilação de um Sidur é atribuída a Amran Gaon de
Sura, na Babilônia e c. 850 d.C.
Hagadá de Pesach a mais antiga hagadá de pesach conhecida, data do
séc. 10 d.C. Uma compilação de Saadia Gaon (882-942)
Tradição
O ponto fundamental do judaísmo rabínico é a
centralidade da tradição, conforme o conhecido
trecho da Mishná (Pirqey Avot 1,1):
‫משה‬
‫קיבל‬
‫תורה‬
‫מסיניי‬
,
‫ומסרה‬
‫ליהושוע‬
,
‫ויהושוע‬
‫לזקנים‬
,
‫וזקנים‬
‫לנביאים‬
,
‫ונביאים‬
‫מסרוה‬
‫לאנשי‬
‫כנסת‬
‫הגדולה‬ .
Moisés recebeueu a Torá no Sinai, e deu a Josué,
e Josué aos ancião, e os anciãos aos profetas, e
os profetas deram aos homens da Grande
Assembleia.
Aqui, vemos a necessidade da fundamentação de
uma origem ininterrupta de transmissão.
A Tanach no judaísmo
rabínico
A Tanach (Bíblia Hebraica / Aramaica) do judaísmo
rabínico é idêntica à Bíblia protestante em número de
livros, porém, a ordem de arrajo é diferente. Divide-se em:
Toráh (Lei), Nevîym (Profetas, de Josué a Malaquias) e
Ketuvîm (Escritos, Salmos, Jó, Provérbios, etc.).
O entendimento que os rabinos têm sobre a Tanach,
contudo, é diferente do entendimento protestante, para o
judaísmo rabínico a Toráh shebekhykhtav (Toráh escrita) é
central e contém tudo, os outros livros são tidos como
parte da tradição de interpretação.
Na leitura semanal da Toráh é feita também, a leitura
da haftará (conclusão), em que é feita uma leitura de uma
outra parte das Escrituras, mas essa leitura não abrange
toda a Tanach, somete breves trechos relacionados com a
leitura semanal da Toráh.
Os Targumim
Desde os tempos de Esdras, conforme lemos em Ne. 8.8,
houve a necessidade de se ler o texto hebraico e explicar /
interpretar (‫)פרש‬. É conhecido o fato de que o povo já não
falava nem entendia o hebraico, sendo assim, era preciso
explicar o texto em aramaico.
Posteriormente, nas sinagogas, entra em cena a figura do
meturgueman, o tradutor, que simutaneamente à leitura
semanal, na sinagoga, repetia a leitura em aramaico. Atribui-
se a esse fato a produção dos primeiros targumim, embora
tenha sido encontrado um targum de Jó em Qumran
(11QTgJó), datado do sec. II-I a.C.
O mais famoso targum, é o chamado Targum de Onkelos,
frequentemente impresso ao lado das Bíblias Rabínicas
(Miqraoth Guedolot). Esse e outros targumim são textos mais
parafraseados do que traduzidos, são importantes, contudo,
para verificarmos tradições interpretativas antigas e até
similares às citações e interpretações encontradas no NT.
Os Midrashim
De acordo com o judaísmo rabínico, os primeiros midrashim
são obra do próprio Esdras, para fundamentar essa posição, citam
o texto de Ed. 7.10 "Porque Esdras tinha preparado o seu coração
para buscar (‫לדרוש‬ lidrôsh) a lei do Senhor e para cumprir e
ensinar em Israel os seus Estatutos e os seus direitos". "de modo
que, posteriormente, a partir da mesma raiz, os rabinos criaram a
palavra Midrash, significando a exposição da Escritura". (CASPER,
1964, p. 11).
Há dois tipos de midrashim, o midrash haláchico, relacionado à
interpretação de aspectos legais, e o midrash agádico, relacionado
à partes não legais da Escritura.
Os midrashim comentavam a Escritura versículo por versículo
ou palavra por palavra. O método utiizado para interpretar a
Escritura nos midrashim é reconhecido como PaRDeS, acrônimo
de Peshat = sentido primário do texto; Remez = alusão; Derash =
interpretação comparativa, analógica e Sod = interpretação
alegórica. Os midrashim, entretanto, utilizam mais do método
derash, algumas vezes no remez.
A Mishná
De acordo com Epstein (2009, p. 131):
“Com o aparecimento dos saduceus, que não só
negavam o caráter obrigatório da lei oral, mas opunham o
texto escritural às interpretações transmitidas pelos
fariseus, havia pouca vantagem em apelar para o texto
escrito em apoio das tradições orais. O necessário era a
construção de um sistema definido, de diretivas
consideradas obrigatórias, em virtude da autoridade que
emanavam. Desta forma, pelo fim do século I a.e.c., a
Mishná começou a ter preferência sobre o Midrash,
mesmo em conexão com ensinamentos haláchicos que
eram diretamente derivados da Escritura. Aqueles que se
especializaram no ensino da Mishná foram chamados
tanaim, da raiz aramaica correspondente à hebraica da
qual o termo Mishná deriva.”
A mishná foi escrita em hebraico, possui 6 ordens
(sedarim), cada ordem é chamada de masséchet (ordem), que
são 63 massechtot.
Zeraim
(Sementes)
(‫)זרעים‬
Moed
(Festas)
(‫)מועד‬
Nashim
(Mulheres)
(‫)נשים‬
Nezikin
(danos)
(‫)נזיקין‬
Kodashim
(santidades)
(‫)קדשים‬
Tohorot
(pureza)
(‫)טהרות‬
Berakhot
Pe'ah
Demai
Kil'ayim
Shevi'it
Terumot
Ma'aserot
Ma'aser Sheni
Hallah
Orlah
Bikkurim
Shabbat
Eruvin
Pesahim
Shekalim
Yoma
Sukkah
Beitza
Rosh
Hashanah
Ta'anit
Megillah
Mo'ed
Katan
Hagigah
Yevamot
Ketubot
Nedarim
Nazir
Sotah
Gittin
Kiddushin
Bava Kamma
Bava Metzia
Bava Batra
Sanhedrin
Makkot
Shevu'ot
Eduyot
Avodah
Zarah
Avot
Horayot
Zevahim
Menahot
Hullin
Bekhorot
Arakhin
Temurah
Keritot
Me'ilah
Tamid
Middot
Kinnim
Keilim
Oholot
Nega'im
Parah
Tohorot
Mikva'ot
Niddah
Makhshirin
Zavim
Tevul Yom
Yadayim
Uktzim
As ordens da Mishná
Segundo nos informa Steinsaltz (1989, p. 54-55):
O rabi Hiya e o rabi Oshaia, seus mais iminentes discípulos
[discípulos do rabi Judá], compilaram diversas coletâneas
adicionais de lei oral, das quais sobreviveu como livro
independente a obra conhecida como Tossefta
(literalmente “acréscimo”). Também essa é uma versão
resumida da lei oral, mas baseia-se no método de uma
academia diferente, a do rabi Neemias, que era um dos
discípulos de Akiva. Os midrashei halacha (exegeses
haláchicas), que elucidavam e encareciam os laços entre as
leis escrita e oral, foram compilados e redigidos nesses
anos. As halachot isoladas e combinações de material
tanaítico fora da Mishnah são conhecidas como baraitot
(ensinamentos exteriores), isto é, material extrínseco. A
abundância desse material é ilustrada por uma
interpretação alegórica do Cântico dos Cânticos: “Sessenta
rainhas – são os sessenta tratados [da Mishnah]; oitenta
concubinas – as tossefot; um sem número de virgens – as
Tosseftá
Do verbo lamad, aprender (prefixo tav), o Talmud significa o
estudo, a aprendizagem ou o ensinamento para seguir a Torá e
ser um verdadeiro discípulo. O Talmud Torá é o estudo da
Torá, aquele ou aquilo que procura ser discípulo da Torá. O
Talmud é composto por dois elementos principais: a Mishná e a
Guemará, dos quais decorre a Halachá (lei normativa).
Exclusivamente oral, o Talmud foi transcrito pelos fariseus e
seus discípulos, em língua aramaica, do século II ao V,
sobretudo após o drama da destruição do Templo por Tito.
Essa longa redação foi feita em dois locais. Em primeiro
lugar na Palestina, nas cidades da Galiléia, Tzipori e Tiberíades:
é o Talmud Yerushalmi, Talmud de Jerusalém. Posteriormente
na Babilônia: é o Talmud Babli, Talmud da Babilônia. Este é
citado pelo número da folha seguido de “a” para reto e de “b”
para verso. O Talmud de Jerusalém é citado por dois
algarismos sucessivos, capítulo e parágrafo. Quando se fala do
Talmud, em geral trata-se do Talmud da Babilônia. (MIRANDA;
Talmud (Guemará)
As atividades intensivas dos amoraim da Babilônia
atingiam o seu ápice sob Abaiê (283-338) e o seu
oponente haláchico Raba (299-352), cujas dialéticas,
de elevado nível, estabeleceram o modelo para os
estudos efetuados na Babilônia. Camada após camada
de materiais haláchicos e agádicos continuaram a
acumular-se durante várias gerações que se seguiram,
cada geração interpretando, discutindo e
argumentando sobre as opiniões e julgamentos das
gerações precedentes. A massa de tradições e
ensinamentos transmitidos oralmente que se
acumulara com a passagem dos séculos assumia tais
proporções, que chegara o momento da redação do
vasto material, envolvendo a seleção, sumarização e
arranjo sistemático do conjunto, de acordo com os
vários tratados da Mishná. (EPSTEIN, 2009, p. 148)
A obra da redação foi assumida pelo Rav
Ashi (m. 427), que foi durante 52 anos a
cabeça da academia de Sura, cujos assuntos
dirigiu com singular brilhantismo e sucesso. O
resultado dos seus trabalhos, nos quais gastou
30 anos, contituiu a massa do conteúdo do
Talmud. A obra de Ashi foi continuada pelos
seus sucessores, especialmente Ravina II (m.
500), que rdigiu o novo material acumulado
desde os dias de Ashi. Ravina foi o último dos
amoraim, o derradeiro a ensinar a Torá na
base da transmissão oral, e, com a sua obra, o
Talmud pode considerar-se terminado.
(EPSTEIN, 2009, p. 148)
SEDER
ZERA‘IM
SEDER
MO‘ED
SEDER
NASHIM
SEDER
NEZIKIN
SEDER
KODASHIM
SEDER
TOHOROTH
Tractate
Berakoth
Tractate
Shabbath
Yebamoth
Baba
Kamma Niddah
Kethuboth
Baba
Mezi‘a
Tohorot
Nedarim
Baba
Bathra
Nazir Sanhedrin
Sotah
‘Abodah
Zarah
Gittin Horayoth
As ordens da Guemará (Talmud Bavli)
Como pode-se perceber, o Talmud Bavli, não cobre o
comentário de toda Mishná.
Pirqey Avot 1
Todo Israel tem parte no Mundo Vindouro, pois foi dito: E teu
povo, todos eles são justos; eles herdarão para sempre a terra; são o
ramo de Meu plantio; a obra de Minhas mãos, da qual orgulhar-se.
1. Moshé recebeu a Torah do Sinai e a passou a Iehoshúa; Iehoshúa
aos Anciãos; os Anciãos aos Profetas; e os Profetas a passaram aos
Homens da Grande Assembléia. Eles (os homens da Grande
Assembléia) disseram três coisas: Sejam prudentes no julgamento;
formem (ergam) muitos discípulos; e façam uma cerca em torno da
Torah.
2. Shimón, o justo, foi um dos últimos (membros) dos Homens da
Grande Assembléia; Ele costumava dizer: O mundo ergue-se sobre
três coisas - sobre (o estudo de) Torah, o serviço (a D-us – no Bêt
Hamicdash, nas preces) e os atos de bondade.
3. Antignos de Sochó recebeu (a tradição oral) de Shimón, o justo. Ele
costumava dizer: Não sejam como servos que servem a seu amo para
receber recompensa, e sim como servos que servem a seu amo sem o
propósito de receber recompensa; e que o temor do Céu esteja sobre
vocês. (http://www.shemaysrael.com/artigos/125-escrituras/1405-
Cabalá
Cabala, cumpre lembrar, não é o nome de um certo
dogma ou sistema, mas antes o termo geral atribuído
a todo um movimento religioso em si. Este
movimento, com cujas etapas e tendências principais
precisaremos familiarizar-nos, tem se desenvolvido
desde os tempos talmúdicos até os dias de hoje; seu
desenvolvimento foi ininterrupto, embora de forma
alguma uniforme, e muitas vezes dramático. Vai do
Rabi Akiva, que, segundo o Talmud, deixou o ‘Paraíso’
da especulação mística são e salvo, tal como nele
penetrara – o que não se pode, na verdade, dizer de
todos os cabalistas – ao falecido Rabi Abraham Isaak
Kook, o líder religioso da comunidade judaica da
Palestina e um esplêndido espécime de místico judeu
(SCHOLEM, 1972, p. 19).
Dentre os livros mais influentes da qabalah
estão o Sefer haYetsirah (Livro da Criação) e o
Sefer haZohar (Livro do brilho, resplendor). O
Zohar, durante vários séculos, alcançou o nível
de importância para os judeus, como a Bíblia e
o Talmud (SCHOLEM, 1972, p. 157). Segundo
Scholem o livro é obra de um único autor
incerto, mas talvez Moisés de Leon
(SCHOLEM, 1972, nota de rodapé, p. 160-166).
O tipo de interpretação é grandemente mística
utilizando-se principalmente da facilidade da
língua hebraica de formar palavras e de valor
numérico das letras.
Softwares e Sites
Kitsur – Shulchan Aruch Kitsur - Para ipad, em
português (gratuíto).
‫ובלכתך‬
‫בדרך‬ – Para ipad, em hebraico,
praticamente todos os textos do judaísmo rabínico
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MishnaSduKav – Para ipad, toda mishná, em hebraico
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Siddur – Para ipad, completo, hebraico-inglês
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www.hebrewbooks.org – diversos textos, em
hebraico
http://he.wikisource.org – praticamente todos os
Bibliografia
ASHERI, Michael. O judaísmo vivo: as tradições e as leis dos judeus praticantes. 2 ed. Rio de Janeiro: Imago, 1995
CASPER, Bernard M. Uma introdução ao comentário judaico da Bíblia. Rio de Janeiro: Edições Biblos Ltda., 1964
DI SANTE, Carmine. Liturgia Judaica: fontes, estrutura, orações e festas. São Paulo: Paulus, 2004
DONIN, Rabino Hayim Halevy. O Ser Judeu: guia para a observância judaica na vida contemporânea. Jerusalém:
Organização Sionista Mundial, Departamento de Educação e Cultura Religiosa para a Diáspora, 1985
EPSTEIN, Isidore. Breve história do judaísmo. São Paulo: Editora e Livraria Sêfer, 2009
FISHBANE, Michael A. Judaism: revelation and traditions. New York, 1987
FRIDLIN, Jairo; FRIDLIN, Vitor (orgs.). Machzor Completo. São Paulo: Editora e Livraria Sêfer, 1997
GIGLIO, Auro del. Iniciação ao estudo da Torá. São Paulo: Editora e Livraria Sêfer, 2003
GOLDBERG, David J.; RAYNER, John D. Os judeus e o judaísmo: história e religião. Rio de Janeiro: Xenon Ed., 1989
HOLDER, Arthur. The Blackwell companion to christian Spirituality. Malden, MA, USA: Blackwell Publishing, 2005
MIRANDA, Evaristo E. de; MALCA, José M. Schorr. São Paulo: Ed. Loyola, 2001
MELAMED, Rabino Meir Matzliah. Sidur Tefilat Matsliah ( ‫סדור‬
‫תפלת‬
‫מצליח‬ ). 3 ed. Rio de Janeiro: Congregação Religiosa
Israelita Beith-El, 1978
NEUSNER, Jacob. The history of early rabbinic judaism: some new approaches. History of Religions, Chicago, vol. 16, n.
3, p. 216-236, fev. 1997, disponível em: <http://www.jstor.org/stable/1062591> acesso em: 04 ago. 2012
ROSENFELD, Anatol. Judaísmo, reflexões e vivências. São Paulo: Perspectiva, 2012
SCHOLEM, Gershom. As grandes correntes da mística judaica. São Paulo: Editora Perspectiva, 1972
STEINSALTZ, Adin. O Talmud Essencial. Rio de Janeiro: Koogan Participações e Empreendimentos Ltda., 1989
STONE, Michael E. Stone. Ancient Judaism: new visions and views. Grand Rapids, Michgan / Cambridge, U.K.: William B.
Eerdmans Publishing Company, 2011
TELUSHKIN, Rabbi Joseph. Jewish Literacy: the most important things to know about the jewish religion, its people,
and its history. New York: William Morrow and Company, Inc., 1991
TOPEL, Marta Francisca. A ortodoxia judaica e seus descontentes: dissidência religiosa no Israel contemporâneo. São
Paulo: Annablume, 2011

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  • 1. As fontes escritas do judaísmo rabínico Mestrado: Módulo janeiro 2014 Prof. Pr. José Ribeiro Neto, Me emunahinformatica@gmail.com www.emunaheditora.com.br
  • 2. Introdução Quando falamos de judaísmo rabínico, estamos falando do grupo principal judaico, que aceita a Lei Escrita, bem como a Lei Oral, como fonte de autoridade. O judaísmo rabínico utiliza de um corpus de fontes escritas, que eram comuns à vários grupos judaicos anteriores a 70 d.C., mas que depois dessa data, passou a ser apropriada somente pelo grupo de linha farisaíca rabínica. O conhecimento dessas fontes é importante, tanto para se conhecer o judaísmo rabínico, como para se entender melhor o NT e as fontes cristãs
  • 3. As Fontes por ordem de data (aprox.) Tanakh (1500 a.C. até c. 430 a.C.) Targumim (o mais antigo conhecido é o Targum de Jó, encontrado na caverna 11 de Qumran 11TgJó, c. II-I a.C.). Midrashim (de acordo com o judaísmo rabínico, o método midrashim foi primeiramente adotado por Esdras. Entretanto, o midrash escrito mais antigo conhecido é o Mechilta, um midrash sobre o livro de Êxodo compilado pelo Rabi Ismael (c. 60-140 d.C.) (EPSTEIN, 2009, P. 131). Mishná (compilada pelo Rabi Judá, HaNassi = Judá, o Príncipe (c. 135-217 d.C.) , em c. 200-220 d.C.) Tosseftá (c. 220 d.C.) Guemará (Talmude) Yerusahlmi ou Palestino (c. 400 d.C.) Guemará (Talmude) Babli (c. 500 d.C)
  • 4. Responsa (desde o período gaônico (séc. VI) até os dias de hoje) Comentaristas (principais): Saadia Gaon ( ‫سعيد‬ ‫بن‬ ‫يوسف‬ ‫الفيومي‬ ‫סעיד‬ ‫בן‬ ‫יוסף‬ ‫אלפיומי‬ Saʻīd bin Yūsuf al-Fayyūmi – 882-942), Dijaz, Fayyum, Egito. Filósofo, lexicógrafo (primeiro dicionário hebraico), tradutor da Bíblia para o Árabe. Rashi (Rabi Shlomo Yitzhaki - ‫רבי‬ ‫שלמה‬ ‫יצחקי‬ - ‫רש‬ " ‫י‬ , 1040 – 1105), França, o autor dos primeiros comentários sobre oTalmud, aTorá e aTanach. Maimônides = Rambam ( ‫רמב‬ " ‫ם‬ - Rabi Moshé ben Maimon ( ‫רבי‬ ‫משה‬ ‫בן‬ ‫מיימון‬ 1135-1204 ), Córdoba, Espanha. Médico, Filósofo e sintetizador das discussões talmúdicas. Ibn Ezra ( ‫ראב‬ " ‫ע‬ ) - Rabi Avraham Ibn Ezra’ ( ‫אברהם‬ ‫אבן‬ ‫עזרא‬ , 1093-1167 ), Espanha – Poeta, gramático, exegeta,
  • 5. Kimchi - ‫רד‬ " ‫ק‬ (Radaq) – ‫רבי‬ ‫דוד‬ ‫קמחי‬ (1160-1235), França – filósofo, gramático e comentarista. Nachmânides ‫רמב‬ " ‫ן‬ (1194-1270) – Rabi Moshé ben Nachman ( ‫רבי‬ ‫משה‬ ‫בן‬ ‫נחמן‬ ). Médico, comentarista e grande cabalista judaico. Seforno – Ovadia Seforno ‫עובדיה‬ ‫ספורנו‬ (1470-1550), Cesena, Itália – filósofo e grande comentarista judaico. Elijah de Wilno ( ‫ר‬ ' ‫אליהו‬ ‫בן‬ ‫שלמה‬ ‫זלמן‬ ) – 1720-1797 , Vilna, Lituânia – talmudista, halachista e comentarista e cabalista Shamshon Raphael Hirsch - (1808-1888), Hamburgo, Alemanha – filósofo, comentarista Nehama Leibowitz – ( ‫נחמה‬ ‫ליבוביץ׳‬ - 1905-1997 ) – Riga, Rússia – educador e comentarista.
  • 6. Cabalá: Zohar (séc. XIII, Espanha) – Moshé ben Shem Tov, Shem Tov dizia que a obra era de Shimon bar Yochai (séc. II d.C.), contudo pelo estilo e linguagem do Zohar entende-se que a obra deve ter sido escrito por Shem Tov. Sêfer Yetsirá (origem desconhecida, alguns sugerem era medieval, outros séc. II d.C.) Bahir (1175 d.C., França), também conhecido como o Midrash do Rabi Nehuniah ben Hakana (I-II séc. d. C.) Machzor a mais antiga compilação de um livro de orações desse tipo é datado c. séc. X d.C. Cuzarí (séc. XI) Yehudá HaLevi 1140 d.C. Shulchan Aruch escrito por Yossef Karo em 1563 d.C. Sidur a mais antiga compilação de um Sidur é atribuída a Amran Gaon de Sura, na Babilônia e c. 850 d.C. Hagadá de Pesach a mais antiga hagadá de pesach conhecida, data do séc. 10 d.C. Uma compilação de Saadia Gaon (882-942)
  • 7. Tradição O ponto fundamental do judaísmo rabínico é a centralidade da tradição, conforme o conhecido trecho da Mishná (Pirqey Avot 1,1): ‫משה‬ ‫קיבל‬ ‫תורה‬ ‫מסיניי‬ , ‫ומסרה‬ ‫ליהושוע‬ , ‫ויהושוע‬ ‫לזקנים‬ , ‫וזקנים‬ ‫לנביאים‬ , ‫ונביאים‬ ‫מסרוה‬ ‫לאנשי‬ ‫כנסת‬ ‫הגדולה‬ . Moisés recebeueu a Torá no Sinai, e deu a Josué, e Josué aos ancião, e os anciãos aos profetas, e os profetas deram aos homens da Grande Assembleia. Aqui, vemos a necessidade da fundamentação de uma origem ininterrupta de transmissão.
  • 8. A Tanach no judaísmo rabínico A Tanach (Bíblia Hebraica / Aramaica) do judaísmo rabínico é idêntica à Bíblia protestante em número de livros, porém, a ordem de arrajo é diferente. Divide-se em: Toráh (Lei), Nevîym (Profetas, de Josué a Malaquias) e Ketuvîm (Escritos, Salmos, Jó, Provérbios, etc.). O entendimento que os rabinos têm sobre a Tanach, contudo, é diferente do entendimento protestante, para o judaísmo rabínico a Toráh shebekhykhtav (Toráh escrita) é central e contém tudo, os outros livros são tidos como parte da tradição de interpretação. Na leitura semanal da Toráh é feita também, a leitura da haftará (conclusão), em que é feita uma leitura de uma outra parte das Escrituras, mas essa leitura não abrange toda a Tanach, somete breves trechos relacionados com a leitura semanal da Toráh.
  • 9. Os Targumim Desde os tempos de Esdras, conforme lemos em Ne. 8.8, houve a necessidade de se ler o texto hebraico e explicar / interpretar (‫)פרש‬. É conhecido o fato de que o povo já não falava nem entendia o hebraico, sendo assim, era preciso explicar o texto em aramaico. Posteriormente, nas sinagogas, entra em cena a figura do meturgueman, o tradutor, que simutaneamente à leitura semanal, na sinagoga, repetia a leitura em aramaico. Atribui- se a esse fato a produção dos primeiros targumim, embora tenha sido encontrado um targum de Jó em Qumran (11QTgJó), datado do sec. II-I a.C. O mais famoso targum, é o chamado Targum de Onkelos, frequentemente impresso ao lado das Bíblias Rabínicas (Miqraoth Guedolot). Esse e outros targumim são textos mais parafraseados do que traduzidos, são importantes, contudo, para verificarmos tradições interpretativas antigas e até similares às citações e interpretações encontradas no NT.
  • 10. Os Midrashim De acordo com o judaísmo rabínico, os primeiros midrashim são obra do próprio Esdras, para fundamentar essa posição, citam o texto de Ed. 7.10 "Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar (‫לדרוש‬ lidrôsh) a lei do Senhor e para cumprir e ensinar em Israel os seus Estatutos e os seus direitos". "de modo que, posteriormente, a partir da mesma raiz, os rabinos criaram a palavra Midrash, significando a exposição da Escritura". (CASPER, 1964, p. 11). Há dois tipos de midrashim, o midrash haláchico, relacionado à interpretação de aspectos legais, e o midrash agádico, relacionado à partes não legais da Escritura. Os midrashim comentavam a Escritura versículo por versículo ou palavra por palavra. O método utiizado para interpretar a Escritura nos midrashim é reconhecido como PaRDeS, acrônimo de Peshat = sentido primário do texto; Remez = alusão; Derash = interpretação comparativa, analógica e Sod = interpretação alegórica. Os midrashim, entretanto, utilizam mais do método derash, algumas vezes no remez.
  • 11. A Mishná De acordo com Epstein (2009, p. 131): “Com o aparecimento dos saduceus, que não só negavam o caráter obrigatório da lei oral, mas opunham o texto escritural às interpretações transmitidas pelos fariseus, havia pouca vantagem em apelar para o texto escrito em apoio das tradições orais. O necessário era a construção de um sistema definido, de diretivas consideradas obrigatórias, em virtude da autoridade que emanavam. Desta forma, pelo fim do século I a.e.c., a Mishná começou a ter preferência sobre o Midrash, mesmo em conexão com ensinamentos haláchicos que eram diretamente derivados da Escritura. Aqueles que se especializaram no ensino da Mishná foram chamados tanaim, da raiz aramaica correspondente à hebraica da qual o termo Mishná deriva.” A mishná foi escrita em hebraico, possui 6 ordens (sedarim), cada ordem é chamada de masséchet (ordem), que são 63 massechtot.
  • 13. Segundo nos informa Steinsaltz (1989, p. 54-55): O rabi Hiya e o rabi Oshaia, seus mais iminentes discípulos [discípulos do rabi Judá], compilaram diversas coletâneas adicionais de lei oral, das quais sobreviveu como livro independente a obra conhecida como Tossefta (literalmente “acréscimo”). Também essa é uma versão resumida da lei oral, mas baseia-se no método de uma academia diferente, a do rabi Neemias, que era um dos discípulos de Akiva. Os midrashei halacha (exegeses haláchicas), que elucidavam e encareciam os laços entre as leis escrita e oral, foram compilados e redigidos nesses anos. As halachot isoladas e combinações de material tanaítico fora da Mishnah são conhecidas como baraitot (ensinamentos exteriores), isto é, material extrínseco. A abundância desse material é ilustrada por uma interpretação alegórica do Cântico dos Cânticos: “Sessenta rainhas – são os sessenta tratados [da Mishnah]; oitenta concubinas – as tossefot; um sem número de virgens – as Tosseftá
  • 14. Do verbo lamad, aprender (prefixo tav), o Talmud significa o estudo, a aprendizagem ou o ensinamento para seguir a Torá e ser um verdadeiro discípulo. O Talmud Torá é o estudo da Torá, aquele ou aquilo que procura ser discípulo da Torá. O Talmud é composto por dois elementos principais: a Mishná e a Guemará, dos quais decorre a Halachá (lei normativa). Exclusivamente oral, o Talmud foi transcrito pelos fariseus e seus discípulos, em língua aramaica, do século II ao V, sobretudo após o drama da destruição do Templo por Tito. Essa longa redação foi feita em dois locais. Em primeiro lugar na Palestina, nas cidades da Galiléia, Tzipori e Tiberíades: é o Talmud Yerushalmi, Talmud de Jerusalém. Posteriormente na Babilônia: é o Talmud Babli, Talmud da Babilônia. Este é citado pelo número da folha seguido de “a” para reto e de “b” para verso. O Talmud de Jerusalém é citado por dois algarismos sucessivos, capítulo e parágrafo. Quando se fala do Talmud, em geral trata-se do Talmud da Babilônia. (MIRANDA; Talmud (Guemará)
  • 15. As atividades intensivas dos amoraim da Babilônia atingiam o seu ápice sob Abaiê (283-338) e o seu oponente haláchico Raba (299-352), cujas dialéticas, de elevado nível, estabeleceram o modelo para os estudos efetuados na Babilônia. Camada após camada de materiais haláchicos e agádicos continuaram a acumular-se durante várias gerações que se seguiram, cada geração interpretando, discutindo e argumentando sobre as opiniões e julgamentos das gerações precedentes. A massa de tradições e ensinamentos transmitidos oralmente que se acumulara com a passagem dos séculos assumia tais proporções, que chegara o momento da redação do vasto material, envolvendo a seleção, sumarização e arranjo sistemático do conjunto, de acordo com os vários tratados da Mishná. (EPSTEIN, 2009, p. 148)
  • 16. A obra da redação foi assumida pelo Rav Ashi (m. 427), que foi durante 52 anos a cabeça da academia de Sura, cujos assuntos dirigiu com singular brilhantismo e sucesso. O resultado dos seus trabalhos, nos quais gastou 30 anos, contituiu a massa do conteúdo do Talmud. A obra de Ashi foi continuada pelos seus sucessores, especialmente Ravina II (m. 500), que rdigiu o novo material acumulado desde os dias de Ashi. Ravina foi o último dos amoraim, o derradeiro a ensinar a Torá na base da transmissão oral, e, com a sua obra, o Talmud pode considerar-se terminado. (EPSTEIN, 2009, p. 148)
  • 18. Pirqey Avot 1 Todo Israel tem parte no Mundo Vindouro, pois foi dito: E teu povo, todos eles são justos; eles herdarão para sempre a terra; são o ramo de Meu plantio; a obra de Minhas mãos, da qual orgulhar-se. 1. Moshé recebeu a Torah do Sinai e a passou a Iehoshúa; Iehoshúa aos Anciãos; os Anciãos aos Profetas; e os Profetas a passaram aos Homens da Grande Assembléia. Eles (os homens da Grande Assembléia) disseram três coisas: Sejam prudentes no julgamento; formem (ergam) muitos discípulos; e façam uma cerca em torno da Torah. 2. Shimón, o justo, foi um dos últimos (membros) dos Homens da Grande Assembléia; Ele costumava dizer: O mundo ergue-se sobre três coisas - sobre (o estudo de) Torah, o serviço (a D-us – no Bêt Hamicdash, nas preces) e os atos de bondade. 3. Antignos de Sochó recebeu (a tradição oral) de Shimón, o justo. Ele costumava dizer: Não sejam como servos que servem a seu amo para receber recompensa, e sim como servos que servem a seu amo sem o propósito de receber recompensa; e que o temor do Céu esteja sobre vocês. (http://www.shemaysrael.com/artigos/125-escrituras/1405-
  • 19. Cabalá Cabala, cumpre lembrar, não é o nome de um certo dogma ou sistema, mas antes o termo geral atribuído a todo um movimento religioso em si. Este movimento, com cujas etapas e tendências principais precisaremos familiarizar-nos, tem se desenvolvido desde os tempos talmúdicos até os dias de hoje; seu desenvolvimento foi ininterrupto, embora de forma alguma uniforme, e muitas vezes dramático. Vai do Rabi Akiva, que, segundo o Talmud, deixou o ‘Paraíso’ da especulação mística são e salvo, tal como nele penetrara – o que não se pode, na verdade, dizer de todos os cabalistas – ao falecido Rabi Abraham Isaak Kook, o líder religioso da comunidade judaica da Palestina e um esplêndido espécime de místico judeu (SCHOLEM, 1972, p. 19).
  • 20. Dentre os livros mais influentes da qabalah estão o Sefer haYetsirah (Livro da Criação) e o Sefer haZohar (Livro do brilho, resplendor). O Zohar, durante vários séculos, alcançou o nível de importância para os judeus, como a Bíblia e o Talmud (SCHOLEM, 1972, p. 157). Segundo Scholem o livro é obra de um único autor incerto, mas talvez Moisés de Leon (SCHOLEM, 1972, nota de rodapé, p. 160-166). O tipo de interpretação é grandemente mística utilizando-se principalmente da facilidade da língua hebraica de formar palavras e de valor numérico das letras.
  • 21. Softwares e Sites Kitsur – Shulchan Aruch Kitsur - Para ipad, em português (gratuíto). ‫ובלכתך‬ ‫בדרך‬ – Para ipad, em hebraico, praticamente todos os textos do judaísmo rabínico (gratuito). ArtScroll – Para ipad, todo o talmud, hebraico-inglês (pago). MishnaSduKav – Para ipad, toda mishná, em hebraico (gratuito). Siddur – Para ipad, completo, hebraico-inglês (gratuito). www.hebrewbooks.org – diversos textos, em hebraico http://he.wikisource.org – praticamente todos os
  • 22. Bibliografia ASHERI, Michael. O judaísmo vivo: as tradições e as leis dos judeus praticantes. 2 ed. Rio de Janeiro: Imago, 1995 CASPER, Bernard M. Uma introdução ao comentário judaico da Bíblia. Rio de Janeiro: Edições Biblos Ltda., 1964 DI SANTE, Carmine. Liturgia Judaica: fontes, estrutura, orações e festas. São Paulo: Paulus, 2004 DONIN, Rabino Hayim Halevy. O Ser Judeu: guia para a observância judaica na vida contemporânea. Jerusalém: Organização Sionista Mundial, Departamento de Educação e Cultura Religiosa para a Diáspora, 1985 EPSTEIN, Isidore. Breve história do judaísmo. São Paulo: Editora e Livraria Sêfer, 2009 FISHBANE, Michael A. Judaism: revelation and traditions. New York, 1987 FRIDLIN, Jairo; FRIDLIN, Vitor (orgs.). Machzor Completo. São Paulo: Editora e Livraria Sêfer, 1997 GIGLIO, Auro del. Iniciação ao estudo da Torá. São Paulo: Editora e Livraria Sêfer, 2003 GOLDBERG, David J.; RAYNER, John D. Os judeus e o judaísmo: história e religião. Rio de Janeiro: Xenon Ed., 1989 HOLDER, Arthur. The Blackwell companion to christian Spirituality. Malden, MA, USA: Blackwell Publishing, 2005 MIRANDA, Evaristo E. de; MALCA, José M. Schorr. São Paulo: Ed. Loyola, 2001 MELAMED, Rabino Meir Matzliah. Sidur Tefilat Matsliah ( ‫סדור‬ ‫תפלת‬ ‫מצליח‬ ). 3 ed. Rio de Janeiro: Congregação Religiosa Israelita Beith-El, 1978 NEUSNER, Jacob. The history of early rabbinic judaism: some new approaches. History of Religions, Chicago, vol. 16, n. 3, p. 216-236, fev. 1997, disponível em: <http://www.jstor.org/stable/1062591> acesso em: 04 ago. 2012 ROSENFELD, Anatol. Judaísmo, reflexões e vivências. São Paulo: Perspectiva, 2012 SCHOLEM, Gershom. As grandes correntes da mística judaica. São Paulo: Editora Perspectiva, 1972 STEINSALTZ, Adin. O Talmud Essencial. Rio de Janeiro: Koogan Participações e Empreendimentos Ltda., 1989 STONE, Michael E. Stone. Ancient Judaism: new visions and views. Grand Rapids, Michgan / Cambridge, U.K.: William B. Eerdmans Publishing Company, 2011 TELUSHKIN, Rabbi Joseph. Jewish Literacy: the most important things to know about the jewish religion, its people, and its history. New York: William Morrow and Company, Inc., 1991 TOPEL, Marta Francisca. A ortodoxia judaica e seus descontentes: dissidência religiosa no Israel contemporâneo. São Paulo: Annablume, 2011