O documento descreve o período do Neoclassicismo na França durante o regime de Napoleão, caracterizado pela ênfase na racionalidade, rigor formal e valores greco-romanos. Detalha pinturas de Napoleão que ilustram diferentes fases de seu governo, desde seu período como Cônsul até sua derrota e abdicação.
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
As fases da França Napoleônica através de imagens
1. Vamos analisar as fases
da França Napoleônica
através de imagens!
8º ANO - HISTÓRIA
2. Neoclassicismo (meados do século XVII até meados do século XIX)
Contexto
Revolução Francesa, a proeminência da burguesia e o início da Revolução Industrial na Inglaterra modificam radicalmente a posição do artista na
sociedade.
Características
Recusa da arte imediatamente anterior - O Barroco e o Rococó com os seus excessos e ornamentos, vinculada ao Antigo Regime (Absolutista).
Temas
Recuperação do espírito heróico e dos padrões de Grécia e Roma = modelos de equilíbrio, clareza e proporção = propagar a moral e o heroísmo
na era da Revolução.
Ênfase na racionalidade, rigor e definição formal, valorização do desenho e do projeto.
Também contribuíram para o resgate dos elementos grego-romanos: as descobertas arqueológicas das cidades romanas soterradas pelo vulcão
Vesúvio no ano de 79: Herculano "descoberta" em 1738 e Pompéia em 1748.
Neste período ganham ênfase as Academias de Arte: regras pra a formação do artista. (o nome "academia" vem da época de Platão).
Principais Características do neoclassicismo
-formalismo e racionalismo
-exatidão nos contornos
-harmonia do colorido
-retorno ao estilo greco-romano
-academicismo e técnicas apuradas
-culto a teoria de Aristóteles
-ideal da época:democracia
-pinceladas que não mascavam a superfície
3. Ingres, J.A.D. Retrato de Napoleão, primeiro cônsul. (entre1803-1804). Óleo sobre tela,
226 cm x 144 cm. Museu de Arte Moderna, Liège (Bélgica).
Neste pintura, Napoleão Bonaparte foi
retratado como Primeiro Cônsul. O
período do Consulado estendeu-se de
1799 a 1804 e foi marcado pela
consolidação dos ideais liberais, tendo
seu ponto máximo na promulgação do
Código Civil Napoleônico de 1804, que
institucionalizou a igualdade jurídica.
Durante esse período, Napoleão
assumiu com o Papa Pio VII uma
concordata (1801), pacificando as
relações entre a Igreja e o Estado
francês. Na representação, o artista
procurou realçar o caráter legislador de
Napoleão Bonaparte, destacando-se
sua mão repousando sobre as páginas
do Código.
4. DAVID, J.L. Napoleão atravessando o passo de São Bernardo. C. 1801. Óleo sobre tela,
264 cm x 231 cm. Kunsthistorisches Museum, Viena (Aústria).
Jacques-Lous David foi o pintor oficial de
Napoleão Bonaparte e o artista que mais
contribuiu para transformar o imperador
em um verdadeiro mito, nessa pintura,
intitulada Napoleão atravessando o
passo de São Bernardo, elaborada no
ano de 1800, ele respresentou de forma
idealizada Napoleão montado em seu
cavalo. A imagem é perfeita para
demonstrar a ascensão heróica de um
mito. Na realidade, entretanto, Napoleão
cruzou os Alpes montado em burro e
vestindo um casaco verde esfarrapado.
5. INGRES, J.A.D. Napoleão em seu trono. 1806. Óleo sobre tela, 259 m x 162 cm. Musée de
l’Armé, Paris (França).
Nessa pintura de Jean-Auguste Dominique
Ingres (1780-1867), percebe-se uma
acentuada influência neoclássica na
representação do imperador Napoleão
Bonaparte, retratado com os atributos do
poder e demonstrando firmeza e
determinação, o que pode ser constatado
uma vez que o personagem olha
diretamente para o observador.
6. DELAROCHE, P. Abdicação de Napoleão em Fontainebleau. 1814. Óleo sobre tela, 180,5
cm x 135,5 cm. Musée de l’Armé, Paris (França).
Nesta pintura, intitulada Abdicação de
Napoleão em Fontainebleau(31 de março de
1814), Napoleão foi retratado postumamente,
uma vez que o pintor Paul Delaroche realizou
essa obra em 1845, portanto, 24 anos após a
morte do imperador. O artista representou
Bonaparte nos instantes que antecederam sua
abdicação em 1814. após a desastrada
“Campanha da Rússia”, em 1812,uma nova
coligação organizada pela Grã-Bretanha, da
qual participaram vários países europeus, levou
à derrota definitiva francesa, e
consequentemente, à queda do imperador. O
artista procurou transmitir o sentimento de
derrota e de frustração ao representar o antes
“grande, imponente e poderoso imperador”
como um homem triste, abatido, derrotado,
caído e abandonado sobre uma poltrona.