SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
Baixar para ler offline
2018
Profa. Janaina Aguiar Park
IFMG – campus Santa Luzia
Bacharelado em Engenharia Civil
1ª edição
23/04/2018
Mecânica dos Solos I
Práticas de Laboratório
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
2
Índice
PRÁTICA 1: UMIDADE PELA ESTUFA ............................................................................... 3
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3
2. DEFINIÇÕES........................................................................................................................... 3
3. APARELHAGEM ..................................................................................................................... 3
4. EXECUÇÃO DO ENSAIO........................................................................................................... 3
5. CÁLCULOS ............................................................................................................................ 4
6. REFERÊNCIAS........................................................................................................................ 5
PRÁTICA 2: UMIDADE PELO SPEEDY................................................................................ 6
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 6
2. DEFINIÇÕES........................................................................................................................... 6
3. APARELHAGEM ..................................................................................................................... 6
4. EXECUÇÃO DO ENSAIO........................................................................................................... 7
5. CÁLCULOS ............................................................................................................................ 7
6. REFERÊNCIAS........................................................................................................................ 7
PRÁTICA 3: GRANULOMETRIA POR PENEIRAMENTO ................................................ 8
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 8
2. DEFINIÇÕES........................................................................................................................... 8
3. APARELHAGEM ..................................................................................................................... 8
4. EXECUÇÃO DO ENSAIO........................................................................................................... 9
5. CÁLCULOS .......................................................................................................................... 10
6. REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 13
PRÁTICA 4: LIMITE DE LIQUIDEZ................................................................................... 15
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 15
2. DEFINIÇÕES......................................................................................................................... 15
3. APARELHAGEM ................................................................................................................... 15
4. EXECUÇÃO DO ENSAIO......................................................................................................... 15
5. CÁLCULOS .......................................................................................................................... 17
6. REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 18
PRÁTICA 5: LIMITE DE PLASTICIDADE......................................................................... 19
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 19
2. DEFINIÇÕES......................................................................................................................... 19
3. APARELHAGEM ................................................................................................................... 19
4. EXECUÇÃO DO ENSAIO......................................................................................................... 20
5. CÁLCULOS .......................................................................................................................... 21
6. REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 21
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
3
Prática 1: Umidade pela estufa
1. Introdução
A umidade é um índice físico importante para a caracterização de solos. Em laboratório, esse
índice é determinado pelo método da estufa, conforme procedimentos estabelecidos pela NBR
6457/2016.
2. Definições
Define-se umidade (w) de um solo como sendo a razão entre massa de água (Mw) contida num
certo volume de solo e a massa de grãos sólidos (Ms) existente nesse mesmo volume, expressa
em porcentagem.
𝑤 =
𝑀 𝑤
𝑀𝑠
× 100 (%)
3. Aparelhagem
A) balanças que permitam pesar nominalmente 200 g, 1,5 kg e 5 kg, com resoluções de
0,01 g,0,1 g e 0,5 g, respectivamente, e sensibilidade compatíveis;
B) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 °C e 110 °C;
C) dessecador contendo sílica-gel;
D) cápsulas metálicas com tampa;
E) pinças metálicas com aproximadamente 30 cm de comprimento e 15 cm de abertura.
4. Execução do ensaio
A norma prevê um procedimento geral e outro específico para os ensaios de determinação dos
limites de liquidez e plasticidade. Nessa aula prática será utilizado o procedimento geral que
determina uma quantidade de amostra conforme a Tabela 1 e o mínimo de 3 determinações do
teor de umidade por amostra, com posterior determinação do teor de umidade pela média
aritmética das determinações efetuadas.
A) Pesar três cápsulas metálicas e anotar como M1, na Tabela 2.
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
4
B) Tomar uma quantidade de material, como indicado na Tabela 1, destorroar, colocar no
estado fofo nas cápsulas metálicas e fechar com a tampa. Pesar os três conjuntos com a
resolução indicada e anotar como M2, na Tabela 2.
C) Remover as tampas e colocar as cápsulas em estufa, à temperatura de 105 °C a 110 °C,
onde deve permanecer até apresentar constância de massa. Normalmente, um intervalo
de 16 h a 24 h é suficiente para a secagem do material, podendo intervalos maiores
serem necessários, dependendo do tipo e da quantidade de solo ou se o este estiver
muito úmido1
. As tampas não podem ser recolocadas enquanto o material permanecer
em estufa.
D) Retirar as cápsulas da estufa e transferi-las para o dessecador, onde deve permanecer
até atingir a temperatura ambiente. Recolocar as tampas e pesar os conjuntos, com a
resolução correspondente, e anotar como M3, na Tabela 2.
Tabela 1 - Quantidade de material em função da dimensão dos grãos maiores. Fonte: ABNT NBR 6457:2016.
Dimensão dos grãos maiores contidos
na amostra, determinada visualmente
(mm)
Quantidade de material
(em massa seca) a tomar
(g)
Balança a ser utilizada
Capacidade
nominal (g)
Resolução
(g)
< 2 30 200 0,01
2 a 20 30 a 300 1500 0,1
20 a 76 300 a 3000 5000 0,5
5. Cálculos
𝑤 =
𝑀 𝑤
𝑀𝑠
× 100 =
𝑀2 − 𝑀3
𝑀3 − 𝑀1
× 100 (%)
Onde:
 M1 = massa da cápsula, em gramas;
 M2 = massa da cápsula com solo úmido, em gramas;
 M3 = massa da cápsula com solo seco, em gramas;
1
Solos orgânicos, turfosos ou contendo gipsita são secados em estufa, à temperatura de 60 °C a 65 °C, requerendo
intervalos maiores de secagem.
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
5
Tabela 2 - Cálculos para definição do teor de umidade pela estufa.
Cápsula nº =
Massa da cápsula (g) → M1 =
Massa da cápsula + amostra úmida (g) → M2=
Massa da cápsula + amostra seca (g) ) → M3 =
Massa de água (g) →(M2– M3) =
Massa da amostra seca (g) → (M3– M1)=
Umidade (%) =
Umidade média (%) =
OBS.: Exprimir o resultado com aproximação de 0,1 %.
6. Referências
ABNT NBR 6457:2016 – Amostras de solo — Preparação para ensaios de compactação e
ensaios de caracterização.
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
6
Prática 2: Umidade pelo Speedy
1. Introdução
O controle de compactação de solos exige a utilização de métodos expeditos para determinação
do teor de umidade em campo. A determinação do teor de umidade com o Speedy tem base na
reação química da água existente em uma amostra com o carbureto de cálcio, realizada em
ambiente confinado.
CaC2 + 2 H2O → C2H2 + Ca(OH)2
(carbureto de cálcio + água → acetileno + hidróxido de cálcio)
O gás acetileno ao expandir-se gera pressão proporcional à quantidade de água existente na
amostra. A leitura dessa pressão em um manômetro permite a avaliação da quantidade de
água em uma amostra, e em consequência, de seu teor de umidade.
2. Definições
Umidade (w): de um solo como sendo a razão entre massa de água (Mw) contida num certo
volume de solo e a massa de grãos sólidos (Ms) existente nesse mesmo volume, expressa em
porcentagem.
𝑤 =
𝑀 𝑤
𝑀𝑠
× 100 (%)
Speedy: é um aparelho patenteado a nível mundial e que se destina à determinação rápida do
teor de umidade e já incorporada à tecnologia brasileira. O método é aplicável somente para
solos que não contenham pedregulho ou agregado graúdo.
3. Aparelhagem
A) conjunto Speedy;
B) esferas de aço;
C) ampolas com cerca de 6,5 g de carbureto de cálcio;
D) balança.
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
7
4. Execução do ensaio
A) Tomar a quantidade de amostra úmida em quantidade de acordo com a umidade
estimada;
B) Colocar a amostra na garrafa do aparelho e, em seguida, duas esferas de aço e a
ampola de carbureto de cálcio. Colocar a ampola de carbureto de cálcio com cuidado,
deslizando pelas paredes da garrafa, a fim de evitar que se quebre;
C) Fechar a garrafa e agitar vigorosamente cerca de dez vezes, com movimentos verticais,
para quebrar a ampola.
D) Efetuar a leitura do manômetro, após o estacionamento da agulha, o que indica que
toda a água existente na amostra reagiu com o carbureto2
;
E) Destampar o aparelho com cuidado, mantendo-o afastado de seu rosto, pois os gases
que escapam são tóxicos e explosivos.
F) Despejar o seu conteúdo numa superfície limpa, para inspeção.
G) Entrar na tabela de aferição própria do aparelho com a leitura manométrica e o peso da
amostra utilizada no ensaio para obter a percentagem de umidade em relação à amostra
total úmida.
5. Cálculos
𝑤 =
𝑤1
100 − 𝑤1
× 100 (%)
Onde:
 w = teor de umidade (em relação à massa de solo seco), em percentagem;
 w1 = teor de umidade dada pelo aparelho Speedy (em relação à massa de solo úmida),
em percentagem.
6. Referências
DNER-ME-052/94 – Solos e agregados miúdos – Determinação da umidade com emprego do
“Speedy”.
2
Se a leitura manométrica for menor que 20 kPa (0,2 kg/cm2), o ensaio deve ser repetido com peso de amostra
imediatamente superior ao empregado. Se a leitura for maior do que 150 kPa (1,5 kg/cm2), repete-se o ensaio com
peso imediatamente inferior.
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
8
Prática 3: Granulometria por peneiramento
1. Introdução
A análise granulométrica dos solos estuda a distribuição das dimensões dos grãos de um solo. A
curva de distribuição granulométrica é apresentada em gráfico contendo o diâmetro dos grãos
no eixo das abscissas (escala logarítmica) e porcentagens, em peso, dos grãos de diâmetros
inferiores no eixo das ordenadas. Essa curva permite verificar se o solo possui granulação
contínua (bem graduado), uniforme ou descontínua (aberta).
A determinação da curva granulométrica é realizada através dos procedimentos da norma ABNT
NBR 7181:2016. O ensaio é realizado em duas etapas: granulometria por peneiramento, para
grãos de até 0,075 mm de diâmetro; granulometria por sedimentação, para grãos inferiores a
0,075 mm de diâmetro.
2. Definições
Granulometria: especificação dos diâmetros do material que compõe o solo.
Umidade higroscópica: é a umidade residual que o solo exibe quando seco ao ar. O teor de
umidade higroscópica tende a ser maior em solos argilosos, sendo praticamente desprezível em
areias e pedregulhos.
3. Aparelhagem
A) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 °C e 110 °C;
B) balanças que permitam pesar nominalmente 200 g, 1,5 kg, 5 kg e 10 kg, com
resoluções de(0,01 g, 0,1 g, 0,5 g e 1 g), respectivamente, e sensibilidades
compatíveis;
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
9
C) recipientes adequados, como dessecadores, que permitam guardar amostras sem
variação de umidade;
D) peneiras de 50 mm, 38 mm, 25 mm, 19 mm, 9,5 mm, 4,8 mm, 2,0 mm, 1,2 mm, 0,6
mm,0,42 mm, 0,25 mm, 0,15 mm e 0,075 mm, de acordo com as normas ABNT NBR
NM ISO 3310-1 e ABNT NBR NM ISO 3310-2;
E) escova com cerdas metálicas;
F) agitador mecânico de peneiras, com dispositivos para fixação de até seis peneiras,
inclusive tampa e fundo;
G) cápsulas metálicas para determinação do teor de umidade.
4. Execução do ensaio
4.1 - Preparação das amostras
A) Tomar a quantidade de amostra preparada de acordo com a Tabela 3.
Tabela 3 - Quantidade de amostra para análise granulométrica. Fonte: ABNT NBR 6457:2016.
Dimensões dos grãos maiores contidos na amostra,
determinadas por observação visual (mm)
Quantidade mínima a tomar (kg)
< 5 1
5 a 25 4
> 25 8
NOTA 1 O material assim obtido constitui a amostra a ser ensaiada.
NOTA 2 O valor da massa específica dos grãos, a ser utilizado no cálculo de análise granulométrica
por sedimentação, é determinado a partir de cerca de 500 g de material passado na peneira de 2,0 mm.
B) Determinar com as resoluções da Tabela 4 seguinte a massa da amostra seca em
temperatura ambiente e anotar como MT = __________ g.
Tabela 4 - Determinação da massa da amostra seca em temperatura ambiente. Fonte: ABNT NBR 7181:2016.
Dimensões dos grãos maiores contidos na amostra,
determinadas por observação visual (mm)
Balança a ser utilizada
Capacidade nominal
(kg)
Resolução (g)
< 5 1,5 0,1
5 a 25 5 0,5
> 25 10 1
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
10
C) Passar este material na peneira de 2,0 mm, tomando-se a precaução de desmanchar no
almofariz todos os torrões eventualmente ainda existentes, de modo a assegurar a
retenção na peneira somente dos grãos maiores que a abertura da malha.
NOTA: Recomenda-se utilizar a escova com cerdas metálicas para auxiliar a retirada dos grãos
retidos nas malhas da peneira, procedendo-se da mesma forma em todos os passos que
envolvam o peneiramento.
D) Lavar a parte retida na peneira de 2,0 mm a fim de eliminar o material fino aderente e
secar em estufa a 105 °C ou 110 °C, até constância de massa. O material assim obtido
é usado no peneiramento grosso.
E) Do material passado na peneira de 2,0 mm, tomar cerca de 120 g. Pesar esse material
com resolução de 0,01 g e anotar como Mu = _________ g.
F) Tomar ainda cerca de 100 g para três determinações da umidade higroscópica (w), de
acordo com a ABNT NBR 6457, e anotar na Tabela 5.
G) Lavar na peneira de 0,075 mm o material assim obtido, vertendo-se água potável à
baixa pressão. O material assim obtido é usado no peneiramento fino.
4.2 - Peneiramento fino
A) Secar o material retido na peneira de 0,075 mm em estufa, à temperatura de 105 °C a
110 °C, até constância de massa.
B) Utilizando-se o agitador mecânico, passar nas peneiras de 1,2 mm, 0,6 mm,0,42 mm,
0,25 mm, 0,15 mm, 0,075 mm. Anotar com resolução de 0,01 g as massas retidas em
cada peneira, na
C) Tabela 7.
4.3 - Peneiramento grosso
A) Pesar o material retido na peneira de 2,0 mm, obtido conforme 4.1.D, com a resolução
indicada na Tabela 4, e anotar como Mg = _________ g.
B) Utilizando-se o agitador mecânico, passar esse material nas peneiras de 50 mm, 38 mm,
25 mm,19 mm, 9,5 mm e 4,8 mm. Anotar com a resolução indicada as massas retidas
em cada peneira, na Tabela 6.
5. Cálculos
5.1 - Umidade higroscópica
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
11
O cálculo da umidade higroscópica é similar ao cálculo da umidade natural, conforme a Prática
1:Umidade pela estufa.
Tabela 5 - Cálculo da umidade higroscópica para ensaio de granulometria por peneiramento.
UMIDADE HIGROSCÓPICA
Capsula nº
Capsula + Solo + Água (g)
Capsula + Solo (g)
Água (g)
Capsula (g)
Solo (g)
Umidade (w) = Água/Solo (%)
Umidade média (%)
5.2 - Massa total da amostra seca
𝑀𝑠 =
(𝑀 𝑇 − 𝑀𝑔)
(100 + 𝑤)
× 100 + 𝑀𝑔
Onde:
 Ms= massa total da amostra seca, em gramas;
 MT = massa da amostra seca em temperatura ambiente, em gramas;
 Mg= massa do material seco grosso (retido na peneira de 2,0 mm), em gramas;
 w = umidade higroscópica do material fino (passado na peneira de 2,0 mm), em
percentagem.
𝑀𝑠 = _____________ 𝑔
5.3 - Porcentagens de materiais do peneiramento grosso
𝑄 𝑔 =
(𝑀𝑠 − 𝑀𝑟)
𝑀𝑠
× 100
Onde:
 Qg= material passado em cada peneira do peneiramento grosso, em percentagem;
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
12
 Ms= massa total da amostra seca, em gramas;
 Mr = massa do material retido acumulado em cada peneira, em gramas.
Tabela 6 - Cálculos do peneiramento grosso.
PENEIRA Massa retida
(g)
𝑴 𝒓 - Massa retida
acumulada (g)
𝑸 𝒈 - % que passa
Nº (mm)
2 " 50
1 1/2 " 38
1 " 25
3/4 " 19
3/8 " 9,5
4 4,8
10 2,0
5.4 - Porcentagens de materiais do peneiramento fino
𝑄 𝑓 =
(𝑀 𝑢 × 100) − 𝑀𝑟(100 + 𝑤)
(𝑀 𝑢 × 100)
× 𝑁
Onde:
 Qf= material passado em cada peneira do peneiramento fino, em percentagem;
 Mu= massa do material úmido submetido ao peneiramento fino, em gramas;
 Mr = massa do material retido acumulado em cada peneira, em gramas;
 w = umidade higroscópica do material fino (passado na peneira de 2,0 mm), em
percentagem;
 N = material que passa na peneira de 2,0 mm, em percentagem.
Tabela 7 - Cálculos do peneiramento fino.
PENEIRA Massa retida
(g)
𝑴 𝒓 - Massa retida
acumulada (g)
𝑸 𝒇 - % que passa
Nº (mm)
16 1,2
30 0,6
40 0,42
50 0,25
100 0,15
200 0,075
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
13
O resultado final deve ser apresentado graficamente, na Figura 1, dispondo-se na abscissa os
diâmetros das partículas,em escala logarítmica, e na ordenada, as porcentagens das partículas
passantes ou retida referentes aos diâmetros considerados, em escala aritmética.
6. Referências
ABNT NBR 6457:2016 – Amostras de solo — Preparação para ensaios de compactação e
ensaios de caracterização.
ABNT NBR 7181:2016 – Solo — Análise granulométrica.
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
14
Figura 1 - Gráfico para traçado da curva granulométrica.
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
15
Prática 4: Limite de Liquidez
1. Introdução
Os limites de Atterberg são métodos de
avaliação da consistência de solos finos
criado por Albert Atterberg.
Através duma série de testes e ensaios é
possível definir o Limite de Liquidez (LL), o
Limite de Plasticidade (LP) e o Limite de
Contração (LC) de um solo.
O Índice de Plasticidade (IP) é dado pela
diferença entre o LP e o LL.
2. Definições
Limite de Liquidez: é a umidade de transição entre os estados líquido e plástico do solo.
Experimentalmente corresponde ao teor de umidade com que o solo fecha certa ranhura sob o
impacto de 25 golpes do aparelho de Casagrande.
3. Aparelhagem
A) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 °C e 110 °C;
B) cápsula de porcelana;
C) espátula de lâmina flexível;
D) aparelho Casagrande;
E) cinzel;
F) recipientes adequados que evitem a perda de umidade da amostra;
G) balança com resolução de 0,01 g;
H) gabarito para verificação da altura de queda de concha.
4. Execução do ensaio
Antes de iniciar o ensaio deve-se ajustar o aparelho de Casagrande, com auxílio do gabarito, de
modo que o ponto de contato da concha com a base esteja 10 mm acima da base, quando
aquela estiver no ponto mais alto do seu curso. Após o ajuste e o aperto dos parafusos, testar o
Figura 2 - Limites de Atterberg.
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
16
ajuste girando rapidamente a manivela várias vezes e verificar novamente a altura de queda da
concha.
A) Tomar cerca de 100 g de amostra seca ao ar e passada na peneira de 0,42 mm.
B) Colocar a amostra na cápsula de porcelana, adicionar água destilada em pequenos
incrementos, amassando e revolvendo, vigorosa e continuamente com auxílio da
espátula, de forma a obter uma pasta homogênea, com consistência tal que sejam
necessários da ordem de 35 golpes para fechara ranhura.
NOTA: O tempo de homogeneização deve estar compreendido entre 15 min e 30 min, sendo o
maior intervalo de tempo para solos mais argilosos.
C) Transferir parte da mistura para a concha, moldando-a de forma que na parte central a
espessura seja da ordem de 10 mm. Realizar esta operação de maneira que não fiquem
bolhas de ar no interior da mistura.
D) Retornar o excesso de solo para a cápsula.
E) Dividir a massa de solo em duas partes, passando o cinzel por meio desta, de maneira a
abrir uma ranhura em sua parte central, normalmente à articulação da concha,
conforme indicado na Figura 3. O cinzel deve ser deslocado perpendicularmente à
superfície da concha. Essa operação deve ser realizada com a concha na mão do
operador e quando houver dificuldade na abertura da ranhura, deve-se tentar obtê-la
por passagens sucessivas e cuidadosas do cinzel.
Figura 3 - Aspecto da ranhura. Fonte: ABNT NBR 6459/2015.
F) Recolocar, cuidadosamente, a concha no aparelho e golpeá-la contra a base, deixando-a
caírem queda livre, girando a manivela à razão de duas voltas por segundo.
G) Anotar na Tabela 8 o número de golpes necessário para que as bordas inferiores da
ranhura se unam ao longe de 13 mm de comprimento, aproximadamente.
H) Transferir, imediatamente, uma pequena quantidade do material para junto das bordas
que se uniram para um recipiente adequado para determinação de umidade.
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
17
I) Transferir o restante da massa para a cápsula de porcelana. Lavar e enxugar a concha e
o cinzel.
J) Adicionar água destilada à amostra e homogeneizar durante pelo menos 3 min,
amassando e revolvendo vigorosa e continuamente com o auxílio da espátula.
K) Repetir as operações, obtendo mais 4 pontos de ensaio, cobrindo o intervalo de 35 a 15
golpes.
NOTA: O ensaio deve ser executado em condições ambientais que minimizem a perda de
umidade do material por evaporação, preferencialmente em recintos climatizados.
5. Cálculos
O cálculo da umidade de cada ensaio é realizado conforme a Prática 1:Umidade pela estufa.
Tabela 8 – Cálculo da umidade dos pontos de ensaio de limite de liquidez.
Ponto nº = 01 02 03 04 05
Cápsula nº =
Cápsula (g) =
Cápsula + amostra úmida (g) =
Cápsula + amostra seca (g) =
Água (g) =
Solo (g) =
Umidade (%) =
Número de golpes =
Com os resultados obtidos, utilizar a Figura 4 para construir um gráfico no qual as ordenadas
(em escala logarítmica) são os números de golpes e as abscissas (em escala aritmética) são os
teores de umidade correspondentes.
Traçar uma linha de tendência linear entre os pontos. O teor de umidade correspondente a 25
golpes é o limite de liquidez do solo. O resultado deve ser expresso em porcentagem,
aproximando para o número inteiro mais próximo.
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
18
Figura 4 - Gráfico para determinação do Limite de Liquidez.
LL = ________
6. Referências
ABNT NBR 6457:2016 – Amostras de solo — Preparação para ensaios de compactação e
ensaios de caracterização.
ABNT NBR 6459:2016 – Solo — Determinação do limite de liquidez.
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
19
Prática 5: Limite de Plasticidade
1. Introdução
Os limites de Atterberg são métodos de
avaliação da consistência de solos finos
criado por Albert Atterberg.
Através duma série de testes e ensaios é
possível definir o Limite de Liquidez (LL), o
Limite de Plasticidade (LP) e o Limite de
Contração (LC) de um solo.
O Índice de Plasticidade (IP) é dado pela
diferença entre o LP e o LL.
2. Definições
Limite de plasticidade: é a umidade de transição entre os estados plástico e semi-sólido dosolo,
ou seja, quando o solo perde a capacidade de ser moldado e passa a ficar
quebradiço.Experimentalmente corresponde ao teor de umidade com que o solo começa a se
fragmentar quando moldado como um cilindro de 3mm de diâmetro e 100mm de comprimento.
3. Aparelhagem
A) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 °C e 110 °C;
B) cápsula de porcelana;
C) espátula de lâmina flexível;
D) recipientes adequados que evitem a perda de umidade da amostra;
E) balança com resolução de 0,01 g;
F) gabarito cilíndrico para comparação com 3 mm de diâmetro e cerca de 100 mm de
comprimento;
G) placa de vidro de superfície esmerilhada com cerca de 30 cm de lado.
Figura 5 - Limites de Atterberg.
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
20
4. Execução do ensaio
Antes de iniciar o ensaio deve-se ajustar o aparelho de Casagrande, com auxílio do gabarito, de
modo que o ponto de contato da concha com a base esteja 10 mm acima da base, quando
aquela estiver no ponto mais alto do seu curso. Após o ajuste e o aperto dos parafusos, testar o
ajuste girando rapidamente a manivela várias vezes e verificar novamente a altura de queda da
concha.
A) Tomar cerca de 100 g de amostra seca ao ar e passada na peneira de 0,42 mm.
B) Colocar a amostra na cápsula de porcelana, adicionar água destilada em pequenos
incrementos, amassando e revolvendo, vigorosa e continuamente com auxílio da
espátula, de forma a obter uma pasta homogênea, de consistência plástica.
NOTA: O tempo de homogeneização deve estar compreendido entre 15 min e 30 min, sendo o
maior intervalo de tempo para solos mais argilosos.
C) Tomar cerca de 10 g da amostra preparada e formar uma pequena bola, que deve ser
rolada sobre a placa de vidro com pressão suficiente da palma da mão para lhe dar a
forma de cilindro.
D) Se a amostra se fragmentar antes de atingir o diâmetro de 3 mm, retorná-la à cápsula
de porcelana, adicionar água destilada, homogeneizar durante pelo menos 3 min,
amassando e revolvendo vigorosa e continuamente com auxílio da espátula, e repetir o
procedimento descrito em “C”.
E) Se a amostra atingir o diâmetro de 3 mm sem se fragmentar, amassar o material e
repetir o procedimento descrito em “a”.
F) Quando o cilindro se fragmentar, com diâmetro de 3 mm e comprimento da ordem de
100 mm (o que se verifica com o gabarito de comparação), transferir imediatamente as
partes deste para um recipiente adequado, para determinação da umidade utilizando a
Tabela 9.
G) Repetir o processo de modo a obter mais quatro valores de umidade.
NOTA: O ensaio deve ser executado em condições ambientais que minimizem a perda de
umidade do material por evaporação, preferencialmente em recintos climatizados.
Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park
21
5. Cálculos
O cálculo da umidade de cada amostra é realizado conforme a Prática 1:Umidade pela estufa.
Tabela 9 – Cálculo da umidade das amostras de ensaio de limite de plasticidade.
Amostra nº = 01 02 03 04 05
Cápsula nº =
Cápsula (g) =
Cápsula + amostra úmida (g) =
Cápsula + amostra seca (g) =
Água (g) =
Solo (g) =
Umidade (%) =
Calcular a umidade média e considerar satisfatórios os valores de umidade que não diferem 5%
dessa média. Calcular nova média com no mínimo 3 valores dentro do intervalo considerado
satisfatório. O limite de plasticidade é dado pela nova média, expresso em porcentagem,
aproximado para o inteiro mais próximo.
 Umidade média = ___________
 5% da umidade média = _________
 Intervalo satisfatório = __________ a __________
 Nova média = ________
 LP = _______
6. Referências
ABNT NBR 6457:2016 – Amostras de solo — Preparação para ensaios de compactação e
ensaios de caracterização.
ABNT NBR 7180:2016 – Solo — Determinação do limite de plasticidade.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)Danilo Max
 
Exercicios resolvidos de_hidraulica
Exercicios resolvidos de_hidraulicaExercicios resolvidos de_hidraulica
Exercicios resolvidos de_hidraulicaSérgio Lessa
 
Lista ex resolvidos obras de terra
Lista ex resolvidos obras de terraLista ex resolvidos obras de terra
Lista ex resolvidos obras de terraSergio Silva
 
3.1 análise granulométrica
3.1 análise granulométrica3.1 análise granulométrica
3.1 análise granulométricakarolpoa
 
Ensaio de limite de liquidez e plasticidade
Ensaio de limite de liquidez e plasticidadeEnsaio de limite de liquidez e plasticidade
Ensaio de limite de liquidez e plasticidadeEzequiel Borges
 
Relatório
RelatórioRelatório
Relatóriohenriq23
 
tensões no solo por carregamentos externo
tensões no solo por carregamentos externo tensões no solo por carregamentos externo
tensões no solo por carregamentos externo Anderson Nunes
 
Nbr 11.682-Estabilidade de taludes
Nbr 11.682-Estabilidade de taludesNbr 11.682-Estabilidade de taludes
Nbr 11.682-Estabilidade de taludespaulolubas159263
 
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basic
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basicExercicios resolvidos -_hidraulica_basic
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basicGerson Justino
 
Fot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdf
Fot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdfFot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdf
Fot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdfMarcelo de Lima Beloni
 
Compressibilidade e adensamento
Compressibilidade e adensamentoCompressibilidade e adensamento
Compressibilidade e adensamentoBráulio Naya
 
Ensaios de densidade e massa especifica
Ensaios de densidade e massa especificaEnsaios de densidade e massa especifica
Ensaios de densidade e massa especificaEzequiel Borges
 
Aula revestimentos
Aula   revestimentos Aula   revestimentos
Aula revestimentos wendellnml
 

Mais procurados (20)

Fundamentos de pavimentação
Fundamentos de pavimentaçãoFundamentos de pavimentação
Fundamentos de pavimentação
 
Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)
 
Exercicios resolvidos de_hidraulica
Exercicios resolvidos de_hidraulicaExercicios resolvidos de_hidraulica
Exercicios resolvidos de_hidraulica
 
Lista ex resolvidos obras de terra
Lista ex resolvidos obras de terraLista ex resolvidos obras de terra
Lista ex resolvidos obras de terra
 
Ensaio de compactação
Ensaio de compactaçãoEnsaio de compactação
Ensaio de compactação
 
3.1 análise granulométrica
3.1 análise granulométrica3.1 análise granulométrica
3.1 análise granulométrica
 
Ensaio de limite de liquidez e plasticidade
Ensaio de limite de liquidez e plasticidadeEnsaio de limite de liquidez e plasticidade
Ensaio de limite de liquidez e plasticidade
 
10 tensoes no-solo
10  tensoes no-solo10  tensoes no-solo
10 tensoes no-solo
 
Mecdossolos ii
Mecdossolos iiMecdossolos ii
Mecdossolos ii
 
Relatório
RelatórioRelatório
Relatório
 
tensões no solo por carregamentos externo
tensões no solo por carregamentos externo tensões no solo por carregamentos externo
tensões no solo por carregamentos externo
 
Nbr 11.682-Estabilidade de taludes
Nbr 11.682-Estabilidade de taludesNbr 11.682-Estabilidade de taludes
Nbr 11.682-Estabilidade de taludes
 
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basic
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basicExercicios resolvidos -_hidraulica_basic
Exercicios resolvidos -_hidraulica_basic
 
Nbr 13281 2005
Nbr 13281 2005Nbr 13281 2005
Nbr 13281 2005
 
Fot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdf
Fot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdfFot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdf
Fot 2873lista exeucicios_mec_solos_i_ufv_paut_01_pdf
 
Compressibilidade e adensamento
Compressibilidade e adensamentoCompressibilidade e adensamento
Compressibilidade e adensamento
 
Ensaios de densidade e massa especifica
Ensaios de densidade e massa especificaEnsaios de densidade e massa especifica
Ensaios de densidade e massa especifica
 
Alvenaria
AlvenariaAlvenaria
Alvenaria
 
Exercicios e respostas
Exercicios e respostasExercicios e respostas
Exercicios e respostas
 
Aula revestimentos
Aula   revestimentos Aula   revestimentos
Aula revestimentos
 

Semelhante a Práticas de laboratório - Ensaios de Caracterização

Análise da cinética de secagem da batata inglesa (Solanum tuberosum L.) usand...
Análise da cinética de secagem da batata inglesa (Solanum tuberosum L.) usand...Análise da cinética de secagem da batata inglesa (Solanum tuberosum L.) usand...
Análise da cinética de secagem da batata inglesa (Solanum tuberosum L.) usand...Claudiney C. Rodrigues
 
Relatório 1-secagem-por-convecção-natural
Relatório 1-secagem-por-convecção-naturalRelatório 1-secagem-por-convecção-natural
Relatório 1-secagem-por-convecção-naturalGabriela Carletti
 
Relatório 1-secagem-por-convecção-natural
Relatório 1-secagem-por-convecção-naturalRelatório 1-secagem-por-convecção-natural
Relatório 1-secagem-por-convecção-naturalGabriela Carletti
 
Tcc dagora[1]
Tcc dagora[1]Tcc dagora[1]
Tcc dagora[1]Juan Neto
 
Determinação da densidade por picnometro experiencia 5 20091
Determinação da densidade por picnometro experiencia 5 20091Determinação da densidade por picnometro experiencia 5 20091
Determinação da densidade por picnometro experiencia 5 20091sergioviroli
 
Teste avaliação Química 10_3
 Teste avaliação Química 10_3 Teste avaliação Química 10_3
Teste avaliação Química 10_3ana paula candeias
 
Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.
Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.
Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.UFMT
 
Experimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gás
Experimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gásExperimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gás
Experimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gássergioviroli
 
1 SAS 2023 - DIA 2 PROVA.pdf para vestibular
1 SAS 2023 - DIA 2 PROVA.pdf para vestibular1 SAS 2023 - DIA 2 PROVA.pdf para vestibular
1 SAS 2023 - DIA 2 PROVA.pdf para vestibularLeonardoGarbelini
 
Sistemas não estacionarios
Sistemas não estacionariosSistemas não estacionarios
Sistemas não estacionariosConcurseiro Geo
 
Ensaio do limite de liquidez e plasticidade
Ensaio do limite de liquidez e plasticidadeEnsaio do limite de liquidez e plasticidade
Ensaio do limite de liquidez e plasticidadeErick Silva
 
Relatório filtração 2016.1
Relatório filtração 2016.1Relatório filtração 2016.1
Relatório filtração 2016.1Priscila Lopes
 
Avaliação da capacidade dessecante de adsorventes e sua reutilização pós rege...
Avaliação da capacidade dessecante de adsorventes e sua reutilização pós rege...Avaliação da capacidade dessecante de adsorventes e sua reutilização pós rege...
Avaliação da capacidade dessecante de adsorventes e sua reutilização pós rege...edzeppelin
 

Semelhante a Práticas de laboratório - Ensaios de Caracterização (20)

Artigo_Bioterra_V23_N2_03
Artigo_Bioterra_V23_N2_03Artigo_Bioterra_V23_N2_03
Artigo_Bioterra_V23_N2_03
 
Artigo_Bioterra_V23_N1_06
Artigo_Bioterra_V23_N1_06Artigo_Bioterra_V23_N1_06
Artigo_Bioterra_V23_N1_06
 
Análise da cinética de secagem da batata inglesa (Solanum tuberosum L.) usand...
Análise da cinética de secagem da batata inglesa (Solanum tuberosum L.) usand...Análise da cinética de secagem da batata inglesa (Solanum tuberosum L.) usand...
Análise da cinética de secagem da batata inglesa (Solanum tuberosum L.) usand...
 
RochaEtienneMarcos.PDF
RochaEtienneMarcos.PDFRochaEtienneMarcos.PDF
RochaEtienneMarcos.PDF
 
Relatório 1-secagem-por-convecção-natural
Relatório 1-secagem-por-convecção-naturalRelatório 1-secagem-por-convecção-natural
Relatório 1-secagem-por-convecção-natural
 
Relatório 1-secagem-por-convecção-natural
Relatório 1-secagem-por-convecção-naturalRelatório 1-secagem-por-convecção-natural
Relatório 1-secagem-por-convecção-natural
 
Apostila laboratorista
Apostila laboratoristaApostila laboratorista
Apostila laboratorista
 
Atps fisica 3_-_etapa_2222221_
Atps fisica 3_-_etapa_2222221_Atps fisica 3_-_etapa_2222221_
Atps fisica 3_-_etapa_2222221_
 
Tcc dagora[1]
Tcc dagora[1]Tcc dagora[1]
Tcc dagora[1]
 
Determinação da densidade por picnometro experiencia 5 20091
Determinação da densidade por picnometro experiencia 5 20091Determinação da densidade por picnometro experiencia 5 20091
Determinação da densidade por picnometro experiencia 5 20091
 
Teste avaliação Química 10_3
 Teste avaliação Química 10_3 Teste avaliação Química 10_3
Teste avaliação Química 10_3
 
Apostilha materiais i
Apostilha materiais iApostilha materiais i
Apostilha materiais i
 
Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.
Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.
Relatório de Experimento: Perdas de Carga Localizada.
 
Experimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gás
Experimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gásExperimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gás
Experimento 4 20091 determinação da massa molecular de um gás
 
1 SAS 2023 - DIA 2 PROVA.pdf para vestibular
1 SAS 2023 - DIA 2 PROVA.pdf para vestibular1 SAS 2023 - DIA 2 PROVA.pdf para vestibular
1 SAS 2023 - DIA 2 PROVA.pdf para vestibular
 
1 relatorio nm 3432
1 relatorio   nm 34321 relatorio   nm 3432
1 relatorio nm 3432
 
Sistemas não estacionarios
Sistemas não estacionariosSistemas não estacionarios
Sistemas não estacionarios
 
Ensaio do limite de liquidez e plasticidade
Ensaio do limite de liquidez e plasticidadeEnsaio do limite de liquidez e plasticidade
Ensaio do limite de liquidez e plasticidade
 
Relatório filtração 2016.1
Relatório filtração 2016.1Relatório filtração 2016.1
Relatório filtração 2016.1
 
Avaliação da capacidade dessecante de adsorventes e sua reutilização pós rege...
Avaliação da capacidade dessecante de adsorventes e sua reutilização pós rege...Avaliação da capacidade dessecante de adsorventes e sua reutilização pós rege...
Avaliação da capacidade dessecante de adsorventes e sua reutilização pós rege...
 

Último

PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfdanielemarques481
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3filiperigueira1
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfTipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfMarcos Boaventura
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 

Último (7)

PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfTipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 

Práticas de laboratório - Ensaios de Caracterização

  • 1. 2018 Profa. Janaina Aguiar Park IFMG – campus Santa Luzia Bacharelado em Engenharia Civil 1ª edição 23/04/2018 Mecânica dos Solos I Práticas de Laboratório
  • 2. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 2 Índice PRÁTICA 1: UMIDADE PELA ESTUFA ............................................................................... 3 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3 2. DEFINIÇÕES........................................................................................................................... 3 3. APARELHAGEM ..................................................................................................................... 3 4. EXECUÇÃO DO ENSAIO........................................................................................................... 3 5. CÁLCULOS ............................................................................................................................ 4 6. REFERÊNCIAS........................................................................................................................ 5 PRÁTICA 2: UMIDADE PELO SPEEDY................................................................................ 6 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 6 2. DEFINIÇÕES........................................................................................................................... 6 3. APARELHAGEM ..................................................................................................................... 6 4. EXECUÇÃO DO ENSAIO........................................................................................................... 7 5. CÁLCULOS ............................................................................................................................ 7 6. REFERÊNCIAS........................................................................................................................ 7 PRÁTICA 3: GRANULOMETRIA POR PENEIRAMENTO ................................................ 8 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 8 2. DEFINIÇÕES........................................................................................................................... 8 3. APARELHAGEM ..................................................................................................................... 8 4. EXECUÇÃO DO ENSAIO........................................................................................................... 9 5. CÁLCULOS .......................................................................................................................... 10 6. REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 13 PRÁTICA 4: LIMITE DE LIQUIDEZ................................................................................... 15 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 15 2. DEFINIÇÕES......................................................................................................................... 15 3. APARELHAGEM ................................................................................................................... 15 4. EXECUÇÃO DO ENSAIO......................................................................................................... 15 5. CÁLCULOS .......................................................................................................................... 17 6. REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 18 PRÁTICA 5: LIMITE DE PLASTICIDADE......................................................................... 19 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 19 2. DEFINIÇÕES......................................................................................................................... 19 3. APARELHAGEM ................................................................................................................... 19 4. EXECUÇÃO DO ENSAIO......................................................................................................... 20 5. CÁLCULOS .......................................................................................................................... 21 6. REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 21
  • 3. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 3 Prática 1: Umidade pela estufa 1. Introdução A umidade é um índice físico importante para a caracterização de solos. Em laboratório, esse índice é determinado pelo método da estufa, conforme procedimentos estabelecidos pela NBR 6457/2016. 2. Definições Define-se umidade (w) de um solo como sendo a razão entre massa de água (Mw) contida num certo volume de solo e a massa de grãos sólidos (Ms) existente nesse mesmo volume, expressa em porcentagem. 𝑤 = 𝑀 𝑤 𝑀𝑠 × 100 (%) 3. Aparelhagem A) balanças que permitam pesar nominalmente 200 g, 1,5 kg e 5 kg, com resoluções de 0,01 g,0,1 g e 0,5 g, respectivamente, e sensibilidade compatíveis; B) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 °C e 110 °C; C) dessecador contendo sílica-gel; D) cápsulas metálicas com tampa; E) pinças metálicas com aproximadamente 30 cm de comprimento e 15 cm de abertura. 4. Execução do ensaio A norma prevê um procedimento geral e outro específico para os ensaios de determinação dos limites de liquidez e plasticidade. Nessa aula prática será utilizado o procedimento geral que determina uma quantidade de amostra conforme a Tabela 1 e o mínimo de 3 determinações do teor de umidade por amostra, com posterior determinação do teor de umidade pela média aritmética das determinações efetuadas. A) Pesar três cápsulas metálicas e anotar como M1, na Tabela 2.
  • 4. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 4 B) Tomar uma quantidade de material, como indicado na Tabela 1, destorroar, colocar no estado fofo nas cápsulas metálicas e fechar com a tampa. Pesar os três conjuntos com a resolução indicada e anotar como M2, na Tabela 2. C) Remover as tampas e colocar as cápsulas em estufa, à temperatura de 105 °C a 110 °C, onde deve permanecer até apresentar constância de massa. Normalmente, um intervalo de 16 h a 24 h é suficiente para a secagem do material, podendo intervalos maiores serem necessários, dependendo do tipo e da quantidade de solo ou se o este estiver muito úmido1 . As tampas não podem ser recolocadas enquanto o material permanecer em estufa. D) Retirar as cápsulas da estufa e transferi-las para o dessecador, onde deve permanecer até atingir a temperatura ambiente. Recolocar as tampas e pesar os conjuntos, com a resolução correspondente, e anotar como M3, na Tabela 2. Tabela 1 - Quantidade de material em função da dimensão dos grãos maiores. Fonte: ABNT NBR 6457:2016. Dimensão dos grãos maiores contidos na amostra, determinada visualmente (mm) Quantidade de material (em massa seca) a tomar (g) Balança a ser utilizada Capacidade nominal (g) Resolução (g) < 2 30 200 0,01 2 a 20 30 a 300 1500 0,1 20 a 76 300 a 3000 5000 0,5 5. Cálculos 𝑤 = 𝑀 𝑤 𝑀𝑠 × 100 = 𝑀2 − 𝑀3 𝑀3 − 𝑀1 × 100 (%) Onde:  M1 = massa da cápsula, em gramas;  M2 = massa da cápsula com solo úmido, em gramas;  M3 = massa da cápsula com solo seco, em gramas; 1 Solos orgânicos, turfosos ou contendo gipsita são secados em estufa, à temperatura de 60 °C a 65 °C, requerendo intervalos maiores de secagem.
  • 5. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 5 Tabela 2 - Cálculos para definição do teor de umidade pela estufa. Cápsula nº = Massa da cápsula (g) → M1 = Massa da cápsula + amostra úmida (g) → M2= Massa da cápsula + amostra seca (g) ) → M3 = Massa de água (g) →(M2– M3) = Massa da amostra seca (g) → (M3– M1)= Umidade (%) = Umidade média (%) = OBS.: Exprimir o resultado com aproximação de 0,1 %. 6. Referências ABNT NBR 6457:2016 – Amostras de solo — Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização.
  • 6. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 6 Prática 2: Umidade pelo Speedy 1. Introdução O controle de compactação de solos exige a utilização de métodos expeditos para determinação do teor de umidade em campo. A determinação do teor de umidade com o Speedy tem base na reação química da água existente em uma amostra com o carbureto de cálcio, realizada em ambiente confinado. CaC2 + 2 H2O → C2H2 + Ca(OH)2 (carbureto de cálcio + água → acetileno + hidróxido de cálcio) O gás acetileno ao expandir-se gera pressão proporcional à quantidade de água existente na amostra. A leitura dessa pressão em um manômetro permite a avaliação da quantidade de água em uma amostra, e em consequência, de seu teor de umidade. 2. Definições Umidade (w): de um solo como sendo a razão entre massa de água (Mw) contida num certo volume de solo e a massa de grãos sólidos (Ms) existente nesse mesmo volume, expressa em porcentagem. 𝑤 = 𝑀 𝑤 𝑀𝑠 × 100 (%) Speedy: é um aparelho patenteado a nível mundial e que se destina à determinação rápida do teor de umidade e já incorporada à tecnologia brasileira. O método é aplicável somente para solos que não contenham pedregulho ou agregado graúdo. 3. Aparelhagem A) conjunto Speedy; B) esferas de aço; C) ampolas com cerca de 6,5 g de carbureto de cálcio; D) balança.
  • 7. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 7 4. Execução do ensaio A) Tomar a quantidade de amostra úmida em quantidade de acordo com a umidade estimada; B) Colocar a amostra na garrafa do aparelho e, em seguida, duas esferas de aço e a ampola de carbureto de cálcio. Colocar a ampola de carbureto de cálcio com cuidado, deslizando pelas paredes da garrafa, a fim de evitar que se quebre; C) Fechar a garrafa e agitar vigorosamente cerca de dez vezes, com movimentos verticais, para quebrar a ampola. D) Efetuar a leitura do manômetro, após o estacionamento da agulha, o que indica que toda a água existente na amostra reagiu com o carbureto2 ; E) Destampar o aparelho com cuidado, mantendo-o afastado de seu rosto, pois os gases que escapam são tóxicos e explosivos. F) Despejar o seu conteúdo numa superfície limpa, para inspeção. G) Entrar na tabela de aferição própria do aparelho com a leitura manométrica e o peso da amostra utilizada no ensaio para obter a percentagem de umidade em relação à amostra total úmida. 5. Cálculos 𝑤 = 𝑤1 100 − 𝑤1 × 100 (%) Onde:  w = teor de umidade (em relação à massa de solo seco), em percentagem;  w1 = teor de umidade dada pelo aparelho Speedy (em relação à massa de solo úmida), em percentagem. 6. Referências DNER-ME-052/94 – Solos e agregados miúdos – Determinação da umidade com emprego do “Speedy”. 2 Se a leitura manométrica for menor que 20 kPa (0,2 kg/cm2), o ensaio deve ser repetido com peso de amostra imediatamente superior ao empregado. Se a leitura for maior do que 150 kPa (1,5 kg/cm2), repete-se o ensaio com peso imediatamente inferior.
  • 8. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 8 Prática 3: Granulometria por peneiramento 1. Introdução A análise granulométrica dos solos estuda a distribuição das dimensões dos grãos de um solo. A curva de distribuição granulométrica é apresentada em gráfico contendo o diâmetro dos grãos no eixo das abscissas (escala logarítmica) e porcentagens, em peso, dos grãos de diâmetros inferiores no eixo das ordenadas. Essa curva permite verificar se o solo possui granulação contínua (bem graduado), uniforme ou descontínua (aberta). A determinação da curva granulométrica é realizada através dos procedimentos da norma ABNT NBR 7181:2016. O ensaio é realizado em duas etapas: granulometria por peneiramento, para grãos de até 0,075 mm de diâmetro; granulometria por sedimentação, para grãos inferiores a 0,075 mm de diâmetro. 2. Definições Granulometria: especificação dos diâmetros do material que compõe o solo. Umidade higroscópica: é a umidade residual que o solo exibe quando seco ao ar. O teor de umidade higroscópica tende a ser maior em solos argilosos, sendo praticamente desprezível em areias e pedregulhos. 3. Aparelhagem A) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 °C e 110 °C; B) balanças que permitam pesar nominalmente 200 g, 1,5 kg, 5 kg e 10 kg, com resoluções de(0,01 g, 0,1 g, 0,5 g e 1 g), respectivamente, e sensibilidades compatíveis;
  • 9. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 9 C) recipientes adequados, como dessecadores, que permitam guardar amostras sem variação de umidade; D) peneiras de 50 mm, 38 mm, 25 mm, 19 mm, 9,5 mm, 4,8 mm, 2,0 mm, 1,2 mm, 0,6 mm,0,42 mm, 0,25 mm, 0,15 mm e 0,075 mm, de acordo com as normas ABNT NBR NM ISO 3310-1 e ABNT NBR NM ISO 3310-2; E) escova com cerdas metálicas; F) agitador mecânico de peneiras, com dispositivos para fixação de até seis peneiras, inclusive tampa e fundo; G) cápsulas metálicas para determinação do teor de umidade. 4. Execução do ensaio 4.1 - Preparação das amostras A) Tomar a quantidade de amostra preparada de acordo com a Tabela 3. Tabela 3 - Quantidade de amostra para análise granulométrica. Fonte: ABNT NBR 6457:2016. Dimensões dos grãos maiores contidos na amostra, determinadas por observação visual (mm) Quantidade mínima a tomar (kg) < 5 1 5 a 25 4 > 25 8 NOTA 1 O material assim obtido constitui a amostra a ser ensaiada. NOTA 2 O valor da massa específica dos grãos, a ser utilizado no cálculo de análise granulométrica por sedimentação, é determinado a partir de cerca de 500 g de material passado na peneira de 2,0 mm. B) Determinar com as resoluções da Tabela 4 seguinte a massa da amostra seca em temperatura ambiente e anotar como MT = __________ g. Tabela 4 - Determinação da massa da amostra seca em temperatura ambiente. Fonte: ABNT NBR 7181:2016. Dimensões dos grãos maiores contidos na amostra, determinadas por observação visual (mm) Balança a ser utilizada Capacidade nominal (kg) Resolução (g) < 5 1,5 0,1 5 a 25 5 0,5 > 25 10 1
  • 10. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 10 C) Passar este material na peneira de 2,0 mm, tomando-se a precaução de desmanchar no almofariz todos os torrões eventualmente ainda existentes, de modo a assegurar a retenção na peneira somente dos grãos maiores que a abertura da malha. NOTA: Recomenda-se utilizar a escova com cerdas metálicas para auxiliar a retirada dos grãos retidos nas malhas da peneira, procedendo-se da mesma forma em todos os passos que envolvam o peneiramento. D) Lavar a parte retida na peneira de 2,0 mm a fim de eliminar o material fino aderente e secar em estufa a 105 °C ou 110 °C, até constância de massa. O material assim obtido é usado no peneiramento grosso. E) Do material passado na peneira de 2,0 mm, tomar cerca de 120 g. Pesar esse material com resolução de 0,01 g e anotar como Mu = _________ g. F) Tomar ainda cerca de 100 g para três determinações da umidade higroscópica (w), de acordo com a ABNT NBR 6457, e anotar na Tabela 5. G) Lavar na peneira de 0,075 mm o material assim obtido, vertendo-se água potável à baixa pressão. O material assim obtido é usado no peneiramento fino. 4.2 - Peneiramento fino A) Secar o material retido na peneira de 0,075 mm em estufa, à temperatura de 105 °C a 110 °C, até constância de massa. B) Utilizando-se o agitador mecânico, passar nas peneiras de 1,2 mm, 0,6 mm,0,42 mm, 0,25 mm, 0,15 mm, 0,075 mm. Anotar com resolução de 0,01 g as massas retidas em cada peneira, na C) Tabela 7. 4.3 - Peneiramento grosso A) Pesar o material retido na peneira de 2,0 mm, obtido conforme 4.1.D, com a resolução indicada na Tabela 4, e anotar como Mg = _________ g. B) Utilizando-se o agitador mecânico, passar esse material nas peneiras de 50 mm, 38 mm, 25 mm,19 mm, 9,5 mm e 4,8 mm. Anotar com a resolução indicada as massas retidas em cada peneira, na Tabela 6. 5. Cálculos 5.1 - Umidade higroscópica
  • 11. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 11 O cálculo da umidade higroscópica é similar ao cálculo da umidade natural, conforme a Prática 1:Umidade pela estufa. Tabela 5 - Cálculo da umidade higroscópica para ensaio de granulometria por peneiramento. UMIDADE HIGROSCÓPICA Capsula nº Capsula + Solo + Água (g) Capsula + Solo (g) Água (g) Capsula (g) Solo (g) Umidade (w) = Água/Solo (%) Umidade média (%) 5.2 - Massa total da amostra seca 𝑀𝑠 = (𝑀 𝑇 − 𝑀𝑔) (100 + 𝑤) × 100 + 𝑀𝑔 Onde:  Ms= massa total da amostra seca, em gramas;  MT = massa da amostra seca em temperatura ambiente, em gramas;  Mg= massa do material seco grosso (retido na peneira de 2,0 mm), em gramas;  w = umidade higroscópica do material fino (passado na peneira de 2,0 mm), em percentagem. 𝑀𝑠 = _____________ 𝑔 5.3 - Porcentagens de materiais do peneiramento grosso 𝑄 𝑔 = (𝑀𝑠 − 𝑀𝑟) 𝑀𝑠 × 100 Onde:  Qg= material passado em cada peneira do peneiramento grosso, em percentagem;
  • 12. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 12  Ms= massa total da amostra seca, em gramas;  Mr = massa do material retido acumulado em cada peneira, em gramas. Tabela 6 - Cálculos do peneiramento grosso. PENEIRA Massa retida (g) 𝑴 𝒓 - Massa retida acumulada (g) 𝑸 𝒈 - % que passa Nº (mm) 2 " 50 1 1/2 " 38 1 " 25 3/4 " 19 3/8 " 9,5 4 4,8 10 2,0 5.4 - Porcentagens de materiais do peneiramento fino 𝑄 𝑓 = (𝑀 𝑢 × 100) − 𝑀𝑟(100 + 𝑤) (𝑀 𝑢 × 100) × 𝑁 Onde:  Qf= material passado em cada peneira do peneiramento fino, em percentagem;  Mu= massa do material úmido submetido ao peneiramento fino, em gramas;  Mr = massa do material retido acumulado em cada peneira, em gramas;  w = umidade higroscópica do material fino (passado na peneira de 2,0 mm), em percentagem;  N = material que passa na peneira de 2,0 mm, em percentagem. Tabela 7 - Cálculos do peneiramento fino. PENEIRA Massa retida (g) 𝑴 𝒓 - Massa retida acumulada (g) 𝑸 𝒇 - % que passa Nº (mm) 16 1,2 30 0,6 40 0,42 50 0,25 100 0,15 200 0,075
  • 13. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 13 O resultado final deve ser apresentado graficamente, na Figura 1, dispondo-se na abscissa os diâmetros das partículas,em escala logarítmica, e na ordenada, as porcentagens das partículas passantes ou retida referentes aos diâmetros considerados, em escala aritmética. 6. Referências ABNT NBR 6457:2016 – Amostras de solo — Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. ABNT NBR 7181:2016 – Solo — Análise granulométrica.
  • 14. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 14 Figura 1 - Gráfico para traçado da curva granulométrica.
  • 15. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 15 Prática 4: Limite de Liquidez 1. Introdução Os limites de Atterberg são métodos de avaliação da consistência de solos finos criado por Albert Atterberg. Através duma série de testes e ensaios é possível definir o Limite de Liquidez (LL), o Limite de Plasticidade (LP) e o Limite de Contração (LC) de um solo. O Índice de Plasticidade (IP) é dado pela diferença entre o LP e o LL. 2. Definições Limite de Liquidez: é a umidade de transição entre os estados líquido e plástico do solo. Experimentalmente corresponde ao teor de umidade com que o solo fecha certa ranhura sob o impacto de 25 golpes do aparelho de Casagrande. 3. Aparelhagem A) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 °C e 110 °C; B) cápsula de porcelana; C) espátula de lâmina flexível; D) aparelho Casagrande; E) cinzel; F) recipientes adequados que evitem a perda de umidade da amostra; G) balança com resolução de 0,01 g; H) gabarito para verificação da altura de queda de concha. 4. Execução do ensaio Antes de iniciar o ensaio deve-se ajustar o aparelho de Casagrande, com auxílio do gabarito, de modo que o ponto de contato da concha com a base esteja 10 mm acima da base, quando aquela estiver no ponto mais alto do seu curso. Após o ajuste e o aperto dos parafusos, testar o Figura 2 - Limites de Atterberg.
  • 16. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 16 ajuste girando rapidamente a manivela várias vezes e verificar novamente a altura de queda da concha. A) Tomar cerca de 100 g de amostra seca ao ar e passada na peneira de 0,42 mm. B) Colocar a amostra na cápsula de porcelana, adicionar água destilada em pequenos incrementos, amassando e revolvendo, vigorosa e continuamente com auxílio da espátula, de forma a obter uma pasta homogênea, com consistência tal que sejam necessários da ordem de 35 golpes para fechara ranhura. NOTA: O tempo de homogeneização deve estar compreendido entre 15 min e 30 min, sendo o maior intervalo de tempo para solos mais argilosos. C) Transferir parte da mistura para a concha, moldando-a de forma que na parte central a espessura seja da ordem de 10 mm. Realizar esta operação de maneira que não fiquem bolhas de ar no interior da mistura. D) Retornar o excesso de solo para a cápsula. E) Dividir a massa de solo em duas partes, passando o cinzel por meio desta, de maneira a abrir uma ranhura em sua parte central, normalmente à articulação da concha, conforme indicado na Figura 3. O cinzel deve ser deslocado perpendicularmente à superfície da concha. Essa operação deve ser realizada com a concha na mão do operador e quando houver dificuldade na abertura da ranhura, deve-se tentar obtê-la por passagens sucessivas e cuidadosas do cinzel. Figura 3 - Aspecto da ranhura. Fonte: ABNT NBR 6459/2015. F) Recolocar, cuidadosamente, a concha no aparelho e golpeá-la contra a base, deixando-a caírem queda livre, girando a manivela à razão de duas voltas por segundo. G) Anotar na Tabela 8 o número de golpes necessário para que as bordas inferiores da ranhura se unam ao longe de 13 mm de comprimento, aproximadamente. H) Transferir, imediatamente, uma pequena quantidade do material para junto das bordas que se uniram para um recipiente adequado para determinação de umidade.
  • 17. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 17 I) Transferir o restante da massa para a cápsula de porcelana. Lavar e enxugar a concha e o cinzel. J) Adicionar água destilada à amostra e homogeneizar durante pelo menos 3 min, amassando e revolvendo vigorosa e continuamente com o auxílio da espátula. K) Repetir as operações, obtendo mais 4 pontos de ensaio, cobrindo o intervalo de 35 a 15 golpes. NOTA: O ensaio deve ser executado em condições ambientais que minimizem a perda de umidade do material por evaporação, preferencialmente em recintos climatizados. 5. Cálculos O cálculo da umidade de cada ensaio é realizado conforme a Prática 1:Umidade pela estufa. Tabela 8 – Cálculo da umidade dos pontos de ensaio de limite de liquidez. Ponto nº = 01 02 03 04 05 Cápsula nº = Cápsula (g) = Cápsula + amostra úmida (g) = Cápsula + amostra seca (g) = Água (g) = Solo (g) = Umidade (%) = Número de golpes = Com os resultados obtidos, utilizar a Figura 4 para construir um gráfico no qual as ordenadas (em escala logarítmica) são os números de golpes e as abscissas (em escala aritmética) são os teores de umidade correspondentes. Traçar uma linha de tendência linear entre os pontos. O teor de umidade correspondente a 25 golpes é o limite de liquidez do solo. O resultado deve ser expresso em porcentagem, aproximando para o número inteiro mais próximo.
  • 18. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 18 Figura 4 - Gráfico para determinação do Limite de Liquidez. LL = ________ 6. Referências ABNT NBR 6457:2016 – Amostras de solo — Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. ABNT NBR 6459:2016 – Solo — Determinação do limite de liquidez.
  • 19. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 19 Prática 5: Limite de Plasticidade 1. Introdução Os limites de Atterberg são métodos de avaliação da consistência de solos finos criado por Albert Atterberg. Através duma série de testes e ensaios é possível definir o Limite de Liquidez (LL), o Limite de Plasticidade (LP) e o Limite de Contração (LC) de um solo. O Índice de Plasticidade (IP) é dado pela diferença entre o LP e o LL. 2. Definições Limite de plasticidade: é a umidade de transição entre os estados plástico e semi-sólido dosolo, ou seja, quando o solo perde a capacidade de ser moldado e passa a ficar quebradiço.Experimentalmente corresponde ao teor de umidade com que o solo começa a se fragmentar quando moldado como um cilindro de 3mm de diâmetro e 100mm de comprimento. 3. Aparelhagem A) estufa capaz de manter a temperatura entre 105 °C e 110 °C; B) cápsula de porcelana; C) espátula de lâmina flexível; D) recipientes adequados que evitem a perda de umidade da amostra; E) balança com resolução de 0,01 g; F) gabarito cilíndrico para comparação com 3 mm de diâmetro e cerca de 100 mm de comprimento; G) placa de vidro de superfície esmerilhada com cerca de 30 cm de lado. Figura 5 - Limites de Atterberg.
  • 20. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 20 4. Execução do ensaio Antes de iniciar o ensaio deve-se ajustar o aparelho de Casagrande, com auxílio do gabarito, de modo que o ponto de contato da concha com a base esteja 10 mm acima da base, quando aquela estiver no ponto mais alto do seu curso. Após o ajuste e o aperto dos parafusos, testar o ajuste girando rapidamente a manivela várias vezes e verificar novamente a altura de queda da concha. A) Tomar cerca de 100 g de amostra seca ao ar e passada na peneira de 0,42 mm. B) Colocar a amostra na cápsula de porcelana, adicionar água destilada em pequenos incrementos, amassando e revolvendo, vigorosa e continuamente com auxílio da espátula, de forma a obter uma pasta homogênea, de consistência plástica. NOTA: O tempo de homogeneização deve estar compreendido entre 15 min e 30 min, sendo o maior intervalo de tempo para solos mais argilosos. C) Tomar cerca de 10 g da amostra preparada e formar uma pequena bola, que deve ser rolada sobre a placa de vidro com pressão suficiente da palma da mão para lhe dar a forma de cilindro. D) Se a amostra se fragmentar antes de atingir o diâmetro de 3 mm, retorná-la à cápsula de porcelana, adicionar água destilada, homogeneizar durante pelo menos 3 min, amassando e revolvendo vigorosa e continuamente com auxílio da espátula, e repetir o procedimento descrito em “C”. E) Se a amostra atingir o diâmetro de 3 mm sem se fragmentar, amassar o material e repetir o procedimento descrito em “a”. F) Quando o cilindro se fragmentar, com diâmetro de 3 mm e comprimento da ordem de 100 mm (o que se verifica com o gabarito de comparação), transferir imediatamente as partes deste para um recipiente adequado, para determinação da umidade utilizando a Tabela 9. G) Repetir o processo de modo a obter mais quatro valores de umidade. NOTA: O ensaio deve ser executado em condições ambientais que minimizem a perda de umidade do material por evaporação, preferencialmente em recintos climatizados.
  • 21. Mecânica dos Solos 1 Profa. Janaina Aguiar Park 21 5. Cálculos O cálculo da umidade de cada amostra é realizado conforme a Prática 1:Umidade pela estufa. Tabela 9 – Cálculo da umidade das amostras de ensaio de limite de plasticidade. Amostra nº = 01 02 03 04 05 Cápsula nº = Cápsula (g) = Cápsula + amostra úmida (g) = Cápsula + amostra seca (g) = Água (g) = Solo (g) = Umidade (%) = Calcular a umidade média e considerar satisfatórios os valores de umidade que não diferem 5% dessa média. Calcular nova média com no mínimo 3 valores dentro do intervalo considerado satisfatório. O limite de plasticidade é dado pela nova média, expresso em porcentagem, aproximado para o inteiro mais próximo.  Umidade média = ___________  5% da umidade média = _________  Intervalo satisfatório = __________ a __________  Nova média = ________  LP = _______ 6. Referências ABNT NBR 6457:2016 – Amostras de solo — Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. ABNT NBR 7180:2016 – Solo — Determinação do limite de plasticidade.