Este documento discute a gestão do conhecimento e o Núcleo de Apoio Pedagógico como ferramentas para melhorar a gestão educacional no ensino a distância online. O autor argumenta que esses conceitos podem ajudar a sistematizar o processo de mediação pedagógica e reconstrução do conhecimento para apoiar os professores tutores e atender às necessidades dos alunos. O documento resume feedback de alunos de cursos da FGV Online para ilustrar como esses princípios podem ser aplicados na prática.
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
A Gestão do Ensino e da Educação a Distância On-line.
1. A GESTÃO DO CONHECIMENTO E O NÚCLEO DE APOIO
PEDAGÓGICO COMO INSTRUMENTOS EFETIVOS DE GESTÃO
EDUCACIONAL NA EDUCAÇÃO E ENSINO A DISTÂNCIA ON-LINE
Jacks Williams Peixoto Bezerra
AT3
Resumo
A Educação e o Ensino a Distância assumem, cada vez mais no Brasil, um papel
fundamental quanto à qualificação humana e profissional dos cidadãos e
trabalhadores. As grandes dimensões geográficas, aliadas com as nossas mais
diversas realidades socioeconômicas, criam um cenário propício à aprendizagem
on-line. Ao mesmo tempo, com a economia e mercados globalizados, há a urgente
necessidade de significativos saltos qualitativos no que diz respeito aos nossos
indicadores educacionais. Neste processo, com a democratização do acesso ao
EaD e com a capacidade de se atingir, com excelência, grandes públicos, e a
partir do paradigma da sociedade do conhecimento e da informação, endossamos
que a gestão do conhecimento e as ações de gestão educacional, voltadas ao
processo de aprendizagem e à mediação pedagógica, precisam ser
instrumentalizadas, de forma mais pontual e sistemática, pelas nossas instituições
educacionais. Este artigo, a partir de feedbacks de duas turmas do Curso de
Tutorial de Professores, do Programa de Educação a Distância da Fundação
Getúlio Vargas (FGV Online), tem o objetivo de refletir sobre esta questão e de
apresentar uma proposta de gestão educacional, através da criação do Núcleo de
Apoio Pedagógico (NAP), que permita a maior efetividade de princípios e diretrizes
educacionais dos mais relevantes para o nosso País.
Palavras-Chave: educação a distância; ensino a distancia; gestão do
conhecimento; gestão educacional; pedagogia; FGV Online.
1
2. Abstract
Distance Education have, more and more in Brazil, a distinct role in human and
professional qualification of citizens and workers. Our huge geographic
dimensions, together with our social and economical diversities, set a favorable
picture to on-line learning. At the same time, with globalized markets and
economies, there is an urgent need for qualitative leaps regarding our educational
indicators. In this process, with the democratization of Distance Education, and
with the capacity of reaching, with excellence, larger audiences, and from the
paradigm of knowledge society and information, we endorse that knowledge
management and actions in educational management, related to learning
processes and pedagogic intervention, need to be managed, in a more punctual
and systematic way, by our educational institutions. This article, based on
feedbacks given by two classes of the Teacher’s Tutorial Course, from the
Distance Learning Program of Getúlio Vargas Foundation (FGV Online), reflect
about the subject and present an educational management proposal, through the
creation of the Pedagogic Support Core (PSC), which will allow a greater
effectiveness of relevant educational principles and directives.
1. Introdução
No Brasil, a educação a distância, através do Artigo 1º do Decreto n. 5.622,
de 19 de dezembro de 2005, é caracterizada como a
“modalidade educacional na qual a mediação didático pedagógica nos
processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e
tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores
desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.”
Por sua vez, o Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação a
Distância, ao apresentar, em agosto de 2007, os Referenciais de Qualidade para
Educação Superior a Distância, assinala que a modalidade a distância possui
características, linguagem e formato próprios. Isto exige, então, administração,
3. desenho, lógica, acompanhamento e avaliação, bem como recursos técnicos,
tecnológicos, de infra-estrutura e pedagógicos condizentes.
Ao focalizar a concepção de educação e currículo no processo de ensino e
aprendizagem, o mesmo Documento pontua que o conhecimento é o que cada
sujeito constrói, seja de forma individual, seja de forma coletiva, como produto do
processamento, da interpretação e da compreensão da informação.
Ao afirmar que o estudante é o foco do processo pedagógico e que,
frequentemente, a metodologia da educação a distância vem a representar uma
novidade, o Documento em questão ratifica que também é importante, no projeto
pedagógico, mecanismos de recuperação de estudos e a avaliação
correspondente a essa recuperação, bem como a previsão de métodos avaliativos
para os estudantes que têm ritmo de aprendizagem diferenciado.
Por fim, ao se deter na questão dos Sistemas de Comunicação, o
Documento em tela afirma que um curso superior a distância precisa estar
apoiado em um sistema de comunicação que possibilite ao estudante, inclusive,
resolver questões referentes aos aspectos relativos à orientação de aprendizagem
como um todo, articulando, assim, o estudante com docentes, tutores, colegas e
coordenadores.
Neste cenário, ressaltamos que a Gestão do Conhecimento, conforme o
Centro de Referência em Inteligência Empresarial, é a criação de valor a partir de
ativos intangíveis, que incluem experiências e habilidades, das pessoas ou
organizações. É uma disciplina que integra o gerenciamento e compartilhamento
do ativo de informação que há nas empresas ou nos grupos e equipes.
Neste processo, a Gestão do Conhecimento agencia, inclusive, os
conhecimentos tácito, implícito e explícito. O primeiro diz respeito ao
conhecimento pessoal adquirido mediante a prática e a experiência, bem como
através dos sucessos e insucessos. É difícil de ser formulado e de ser transmitido
de maneira formal. O segundo corresponde a um conhecimento que mesmo que
não tenha sido documentado, ainda, é passível de o ser. Assim, é o conhecimento
4. que possuímos e de que somos capazes de transmitir de forma mais ou menos
assistida. Já o terceiro é o conhecimento que conseguimos transmitir em
linguagem formal e sistemática. Pode ser, então, documentado e informado.
Com isto, neste 5º Encontro Nacional de Tutores – FGV Online 2009, este
artigo, apoiado no exposto acima, busca refletir sobre as maiores dificuldades e/ou
desafios vivenciados por alunos de duas turmas do Curso de Tutorial de
Professores - do Programa de Educação a Distância da Fundação Getúlio Vargas.
Neste contexto, assinalamos que a criação do Núcleo de Apoio Pedagógico
(NAP), com a colaboração de pressupostos e de paradigmas da Gestão do
Conhecimento, ao sistematizar e intervir, com maior efetividade, no processo de
mediação pedagógica e de (re)construção do conhecimento, poderá subsidiar as
ações dos professores tutores e responder às necessidades do corpo discente no
que diz respeito à dinâmica de ensino e de aprendizagem a distância on-line. Com
isto, haverá a melhor qualificação e compreensão acerca da aprendizagem – que
não se reduz à resolução de problemas. Assim, estratégias educacionais pontuais
poderão ser construídas de forma que integrem e dinamizem os Referenciais de
Qualidade supracitados, bem como Princípios e Diretrizes da Fundação Getúlio
Vargas.
2. Desenvolvimento
2.1 A Gestão do Conhecimento e a Aprendizagem
ARGYRIS (2000. p. 83-84) afirma que a maioria das pessoas não sabe
aprender e que há uma má compreensão do que seja aprendizado e de como
promovê-lo. Neste sentido, a maioria define o aprendizado como solução de
problemas e se concentra na identificação e correção de erros no ambiente
externo. Esclarece-nos, ainda, que os profissionais muito qualificados nunca
aprenderam a aprender com o fracasso. Assim, quando as “estratégias de
aprendizado de ciclo único dão erradas”, ou seja, estratégias de aprendizagem
advindas de credenciais acadêmicas e do domínio de uma ou de várias disciplinas
intelectuais, eles se tornam “defensivos, rejeitam as críticas e atribuem a “culpa” a
5. alguém”. Com isto, a “capacidade de aprender se esgota exatamente no momento
em que mais precisam dela”. Já o pressuposto de que induzir as pessoas a
aprender é uma questão de motivação também é revista. Neste aspecto, “quando
se desenvolvem as atitudes e o comprometimento adequado”, o aprendizado seria
conseqüência. Mas a motivação não esgota a questão, pois a eficácia do
aprendizado de ciclo duplo “não é simplesmente função do sentimento das
pessoas”, e sim do “reflexo de como pensam: as regras cognitivas ou o raciocínio
que aplicam no planejamento e execução de suas ações”.
Deste modo, Argyris (2000; p. 91-93), afirma que a aprendizagem do ciclo
duplo acolhe a solução de problemas e integra a necessidade de se refletir
criticamente sobre o nosso comportamento e perceber o modo como contribuímos
para os problemas da organização ou da equipe. Somos informados de que “um
dos paradoxos do comportamento humano é que o programa mestre da cada um
raramente é aquilo que imagina o próprio usuário”. Com isto, quando alguém
expresse as regras que pautam as suas ações, a resposta será o que denomina
de “teoria de ação emposada” (espoused theory of action). Ao observarmos o real
comportamento da pessoa, “logo constataremos que a teoria esposada tem muito
pouco a ver com o seu comportamento - teoria em uso” (theory-in-use). Assim, a
maioria das teorias em uso se baseia no conjunto de valores diretivos. Deste
modo, “parece haver uma tendência humana universal no sentido de planejar
regularmente as próprias ações de acordo com quatro valores básicos”: preservar
o controle unilateral; maximizar as “vitórias” e minimizar as “derrotas”; reprimir os
sentimentos negativos; ser tão “racional” quanto possível.
2. 2 Tutorial de Professores do FGV Online – Princípios e Diretrizes
O FGV Online (2009), na Abertura do Curso de Tutorial de Professores,
afirma que a aprendizagem on-line tem contribuído “para a consolidação de um
novo paradigma de ensino pautado na interatividade, no uso crescente de
recursos multimídia, na interação e na cooperação a distância com vias à
(re)construção do conhecimento.” O aprendiz tem flexibilidade para realizar as
6. atividades, mas embora o tempo a estas possa ser definido pelo próprio, as
atividades são planejadas para serem concluídas em um prazo específico.
O Módulo 1, Aprendizagem, assinala que devemos possibilitar que os alunos
manipulem o conhecimento, questionem a realidade e aceitem o erro como
condição normal. Assim, as estratégias do nosso trabalho precisam tratar “o
conhecimento como um processo, retomando-o, superando-o e transformando-o”.
Nossa função é a de “criar condições para o desenvolvimento de competências,
política e tecnicamente instrumentalizadas; estimular o saber pensar e o aprender
a aprender e o substituir o olhar único pelo olhar plural.” (p. 22-24).
Já o Módulo 2, Metodologia e Avaliação, diz que “as mudanças nos meios de
produção apontam a necessidade de elevar a formação média do brasileiro”. Isto
implica numa demanda maior pela graduação e pós-graduação. (p. 52). O Módulo
esclarece que no EaD a evasão costuma ser maior devido às “dificuldades
geradas pela mediação tecnológica; à falta de vínculos afetivos mais intensos com
a turma; à pressão do grupo e a outros mecanismos de interação social que um
contato face a face geralmente proporciona.” A baixa participação se refere “aos
alunos que, independente do motivo, interagem muito pouco – quantitativa e
qualitativamente – conosco e com os outros alunos”. (p. 56).
O Módulo 3, Novos Paradigmas, nos diz que “passamos da sociedade da
informação à sociedade do conhecimento”, ou seja, “avalanche de informações,
efemeridade do saber, eficientes meios de busca de informação e novos métodos
de construção e reconstrução do conhecimento.” (p. 85). O Módulo apresenta as
funções do professor-tutor. Há a função social que abrange a construção de um
ambiente amigável e a promoção da interação e colaboração entre os alunos. A
função pedagógica inclui o estabelecimento entre teoria e prática, o compartilhar
experiências, o aprofundamento dos conteúdos e a indicação de esquemas e de
estratégias que facilitem a aprendizagem. A função técnica vincula-se à
distribuição de papéis e responsabilidades, à orientação dos grupos, a esclarecer
os procedimentos e as regras de trabalho e a tirar dúvidas sobre o conteúdo da
disciplina. (p. 92-93).
7. O Módulo 4, Tutoria no FGV Online, esclarece-nos que a principal causa da
evasão é a falta de tempo.
FGV ONLINE – Curso Tutorial de Professores 2009 (p. 105)
O Módulo 4 ainda aborda o tema do plágio. Há a orientação de tratarmos
esta questão de maneira aberta e franca, com o educando, através de mensagem
particular. (p. 131). Tal tópico foi tratado por Bezerra (2007) em Artigo anterior.
2.3 Tutorial de Professores do FGV Online – Laboratório Virtual e Feedbacks
O FGV Online concebeu um novo formato para o Curso de Tutorial de
Professores. Integra o Curso de Metodologia do Ensino Superior (MES) ao Tutorial
de Professores. Apresentaremos reflexões de alunos participantes do Módulo 5 –
Laboratório Virtual. O conteúdo programático do MES é contemplado até o Módulo
4. O Módulo 6 é o do Encerramento, culminando com a Reunião On-line. O
professor-tutor é o mesmo para todo o Curso, o qual é realizado ao longo de 3
meses. Neste caso, de 3 de junho a 15 de setembro de 2009 – sem interrupção.
Com isto, ao lançarmos para os alunos do TUTEAD_T0012_0609, no
ambiente da Sala de Aula, especificamente na “Discussão” Módulo 6 – ROL de
Encerramento, a indagação de quais tinham sido os maiores desafios e/ou
dificuldades vivenciados ao longo do Curso, constatamos, mediante 14
8. depoimentos, dentro de 22 possíveis, o seguinte: a questão do prazo de
realização e entrega das Atividades foi mencionado 8 vezes (57%). Por 2 vezes
(14%) questões relativas ao Sistema Moodle foi apontada. As atividades do
Módulo 5 em si foram citadas 2 vezes (14%), futuro exercício na função de
professor-tutor 1 vez (7%), lidar com conceitos da Pedagogia 1 vez (7%).
8 Conceitos da Área de
7 Pedagogia
6
Futuro exercício de professor-
5 tutor
4
Atividades do Módulo 5 em si
3
2
1 Sistema Moodle
0
14 Desafios ou Prazo das Atividades
Dificuldades
Ressaltamos que ao longo do Módulo 5, o do Laboratório Virtual, do
TUTEAD_T0012_0609, dos 22 alunos, 1 (5%) teve problemas em dar
continuidade ao Curso por questões pessoais. A Turma TUTEAD_T0012_0609
iniciou com 34 alunos inscritos, sendo que 2 alunos (6%) nunca participaram do
ambiente on-line do Curso. Os outros 10 alunos (30%) se desligaram do Curso ao
longo dos Módulos de 1 a 4, sendo que 9 (27%) se desligaram até o início da 3ª
semana e 1 (3%) aluno se desligou mais adiante.
Ao realizarmos o mesmo procedimento com a Turma do
TUTEAD_T0013_0609, constatamos, mediante 16 depoimentos, dentro de 25
possíveis, o seguinte: a questão do prazo de realização e entrega das Atividades
foi mencionado 6 vezes (38%). Por 3 vezes (19%) questões relativas ao Sistema
Moodle foram apontadas. Compromissos de trabalho 2 vezes (13%), problemas
pessoais 1 vez (6%), trabalho como editor 1 vez (6%), novo paradigma
educacional 1 vez (6%), trabalho em equipe 1 vez (6%), sem maiores dificuldades
1 vez (6%).
9. 6
Sem dificuldades
5
Trabalho em Equipe
4 Trabalho de Editor
3 Novo Paradigma
2 Problemas Pessoais
Compromissos de Trabalho
1
Sistema Moodle
0 Prazo das Atividades
16 Desafios ou Dificuldades
Ressaltamos que ao longo do Módulo 5, o do Laboratório Virtual, do
TUTEAD_T0013_0609, dos 25 alunos, 2 (8%) tiveram problemas em dar
continuidade ao Curso: 1 por questão pessoal e 1 por compromissos de trabalho.
A Turma TUTEAD_T0013_0609 iniciou com 32 alunos inscritos, sendo que 7
alunos (22%) se desligaram do Curso ao longo dos Módulos de 1 a 4, sendo que 2
(6%) se desligaram até o início da 2ª Semana. Outros 3 (9%) se desligaram entre
a 6ª e 8ª semanas. Outros 2 (6%) se desligaram posteriormente.
A partir dos feedbacks acima, assinalamos que a questão do prazo de
realização e apresentação de recebe o maior número de citação. Logo a seguir,
em ambas, temos a questão do Sistema Moodle, seja por se apresentar como um
ambiente educacional novo, seja por sinalizar pontual lentidão ou dificuldade de
navegação. Compromisso de trabalho também se mostra como aspecto que
dificulta o acompanhamento do Curso. Este aspecto está relacionado à própria
questão do tempo ou do prazo já visto. Conceitos da área de Pedagogia dizem
respeito ao próprio conteúdo programático do Curso. Há uma conexão, com este
item, quando as próprias atividades do Módulo 5 são apontadas como o maior
desafio vivenciado. Algo próximo a estes é a questão dos desafios exigidos pelo
novo paradigma apresentado pelo ensino a distância. Também são importantes os
aspectos relacionados a problemas pessoais, como os de saúde ou familiares,
bem como os que dizem respeito à função de editor dos trabalhos em equipe.
Especial atenção devemos dedicar a estes trabalhos, pois às vezes a realização
dos mesmos propicia dificuldades de relacionamento interpessoal - que impactam
negativamente o ambiente de aprendizagem.
10. Acreditamos que a baixa participação e a evasão estão muito relacionadas
com a própria dificuldade de aprendizagem dos alunos. Neste sentido, a ausência
de maturidade para agenciar os possíveis insucessos, quando das primeiras
atividades, só acentua o índice de ausência e desistência.
Assinalamos que a questão da falta de tempo, demarcada no desenho da
pirâmide e reforçada pelos depoimentos dos alunos, e que tanto impacta de forma
negativa o processo educacional e de relacionamento humano, não pode ser visto,
pelas instituições de educação e ensino on-line, como algo consumado e
definitivo. Ao contrário, percebemos isto como um desafio a mais que precisa ser
pesquisado e melhor instrumentalizado.
3. Conclusão
Ao sabermos que a aprendizagem on-line consolida um paradigma que
privilegia a interatividade, a interação e a aprendizagem colaborativa, com o
objetivo de se (re)construir o conhecimento, bem como quando temos a
experiência de que a flexibilidade de tempo e espaço para a realização de
atividades acadêmicas exige o domínio de competências e habilidades
específicas, precisamos oferecer instrumentos e intervenções pedagógicas,
sociais e técnicas que permitam a efetividade deste processo – em tempo hábil.
Nesta dinâmica, as ações do Núcleo de Apoio Pedagógico – NAP,
reforçadas pela Gestão do Conhecimento, de forma estratégica, agregarão grande
valor aos processos educacionais. O foco é a mediação pedagógica, a
aprendizagem colaborativa e de ciclo duplo, o desenvolvimento de competências e
de habilidades, o aprender a aprender, a interação, a comunicação humana no
ambiente educativo e de ensino on-line, a realização de atividades, o
desenvolvimento do conhecimento explícito e a pontual questão da falta de tempo.
O NAP atuará, também, a partir de feedbacks dos coordenadores
pedagógicos e dos professores-tutores - inclusive quando do plágio, de “erros” e
de baixa participação, evitando-se a evasão imediata. Logo no início de cada
curso, os recursos pedagógicos do Núcleo de Apoio serão disponibilizados ao
11. corpo docente e discente, com especial atenção aos alunos da Graduação
Tecnológica.
Neste sentido, princípios e diretrizes do FGV Online serão ainda mais
efetivos. Como há alta demanda social pela busca de melhor qualificação humana
e profissional, através de cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação, as
propostas deste Artigo propiciarão à Instituição, ainda mais, captar, reter e
desenvolver talentos, o que, por fim, muito contribuirá para o fortalecimento de sua
marca e imagem perante os parceiros e o próprio País, bem como para a melhor
qualificação dos indicadores educacionais do Brasil.
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