O documento discute como a tecnologia está melhorando a educação ao facilitar o acesso à informação e permitir novas abordagens de ensino diferenciado e personalizado. Também aborda como o ensino a distância está crescendo graças às novas tecnologias de comunicação.
Educação de qualidade e os novos rumos que a tecnologia proporciona
1. “Educação De Qualidade E Os Novos
Rumos Que A Tecnologia Proporciona”
"Quality Education And The New Course
Technology That Delivers"
Autora: Paula Cristina Klahold Rodrigues dos Reis.
Titulação: Pós- Graduada em Administração
Marketing e Negócios pela UNIVILLE, Graduada
em Formação Pedagógica para Formadores de
Educação Especial pela UNISUL e também possui
Bacharelado em Relações Públicas pela Faculdade de
Comunicação Social Casper Líbero (1995).
Atualmente é instrutor III (Nível Técnico e Superior)
- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.Tem
experiência na área de Comunicação, com ênfase em
Relações Públicas e Propaganda. Possui também
cursos EAD em Tutoria e Licenciatura Pedagógica
Instituição: SENAI/SC
2. INTRODUÇÃO
O presente estudo tem como proposta buscar elementos que apresentem os diversos
caminhos que são oferecidos atualmente para facilitar o acesso à educação rica e de
qualidade.Obtendo, desta forma, uma ligação entre os primórdios educacionais e suas bases
tecnológicas mais trabalhadas no presente,destacando ainda as propostas inovadoras que
começam a serem inseridas no contexto educacional.
A importância deste estudo dá-se pela extensa gama de informações presentes e acessíveis
nos dias de hoje, sendo abordadas por meio de um tema chave, que é o do caminho que a
nossa educação vem tomando, podendo vir a ampliar a qualidade educacional a patamares
muito superiores aos atuais.
OBJETIVOS
Apresentar um panorama da estrutura educacional utilizada ainda em muitas instituições,
destacando a forma como as instituições vem se adaptando para acompanhar a demanda
crescente por profissionais cada vez mais competentes e multifacetados.
REVISÃO DE LITERATURA
Para que não haja um “fracasso escolar” dentro das instituições de ensino, buscam-se
constantemente novas fórmulas que se apóiam na aplicação de um ensino diferenciado,
pautado em um ritmo variado de aprendizado que cada aluno apresenta.
Os partidários de uma “escola sob medida” são apenas o prolongamento de um “ensino
individualizado”, de uma “pedagogia diferenciada”. São apenas o prolongamento de um
movimento espontâneo da maioria dos professores de ensino fundamental: ajudar as
crianças em dificuldades, dedicar mais tempo a elas, mostrar-se mais pacientes ou
posteriormente menos exigentes para permitir que elas progridam e confiem neles
(Perrenoud, 2001).
Em sua longa jornada pela educação, que “abraçará” a criança em seus primeiros anos
discentes desde a pré-escola, ensino fundamental, médio, indo até o superior e pós-
graduação, esta estrutura próspera poderá depender de muitos fatores, e um deles, de grande
relevância, é a Base Sólida, desenvolvida pelo estabelecimento escolar nos primeiros anos
escolares, base esta muitas vezes garantida pela qualidade de um ensino diferenciado.
Não podendo, é claro, esquecer-se que o incentivo familiar servirá sempre de “ponte” de
ligação entre o aprendizado recebido em casa e o da sala de aula, na formação do caráter
destes jovens que formarão o amanhã. Sempre cientes que a educação é a “munição” para
seu crescimento profissional.
3. Para Perrenoud (2000), o ato de ensinar está muito mais relacionado a processos interativos
com todos os sujeitos presentes no espaço pedagógico, sendo o professor uma pessoa que
interage não só com os sujeitos de aprendizagem e seus familiares, mas com os colegas de
trabalho e a Instituição em todos os seus níveis.
Outros fatores preponderantes que terão grande participação no êxito escolar destes jovens
devem-se ao uso da tecnologia como forma de estímulo, incentivo e “gancho” com os
assuntos abordados teoricamente na sala.
É o caso do uso de laboratórios que permitam ao professor ter “oportunidade de identificar
os problemas de seu ensino, de formular alternativas que sejam legítimas para resolver estes
problemas e de experimentá-las som seu grupo de alunos” (UFRGS, 1975).
O professor moderno não pode formar o jovem de hoje e o jovem de amanhã, usando
métodos de ontem. (UFRSC, 1975). Esta afirmação foi escrita há mais de três décadas e
continua atual. Portanto, seguindo-se o fluxo constante da evolução mundial, a educação
certamente não poderia parar e acomodar-se com técnicas obsoletas pois certamente viria a
estagnar-se.Desta forma, o uso bem planejado dos diferentes recursos tecnológicos em sala
de aula permite um maior interesse e evolução por parte dos alunos. Pois “quando o
professor- administrador “planeja”, ele cuida de prever exigências futuras, de definir os
objetivos que deverão ser realizados, de escrever roteiros de ensino, de estabelecer a ordem
em que os tópicos serão estudados, de determinar o tempo disponível e calcular os recursos
a serem utilizados” (Mager & Kenneth, 1976).
Assim o docente pode, por exemplo, preparar sua aula de geografia primeiramente
ministrando informações teóricas em sala de aula baseando-se no livro didático para
posteriormente, em segunda instância, levar seus discentes ao laboratório de informática e
trabalhar um desafio que os instigue a buscar respostas e complementos ao aprendido em
sala de aula. Como, por exemplo, buscar informações referentes à formação geológica e
constituição geográfica do tópico abordado na sala, podendo estes fazer usos de diversos
mecanismos virtuais presentes na internet, como o uso do Google Earth (software de
mapeamento fotográfico) que possibilita uma visão com perfeição, via satélite, de qualquer
região da Terra.
E como “fechamento” do assunto, o professor instigaria seus alunos a criarem materiais
visuais que viriam a enriquecer suas apresentações. Dependendo da estrutura do laboratório
ou sala de aula, este poderia ser em PowerPoint (software de apresentação que permite a
inserção de textos, imagens, sons, movimento etc.) e apresentado no projetor multimídia ao
professor e às demais equipes. Podendo este também ser desenvolvido de forma tradicional,
porém, dinâmica e criativa, com o uso de impressão, recortes, colagem de objetos, desenhos
etc. em cartazes que, afixados em murais, serviriam de rica fonte visual complementando a
apresentação oral do aluno ao professor e a classe.
Portanto, como foi citado anteriormente, cabe ao professor saber administrar corretamente
suas aulas, fazendo correto uso das tecnologias oferecidas e, desta forma permitir a
formação desta “base sólida” nos jovens de hoje que serão amanhã sem medo de absorver
4. as constantes inovações que também lhes permitirão fazer uso para aprimoramento pessoal
e profissional.
Por outro lado, se o professor simplesmente disponibilizar a tecnologia de ponta aos seus
alunos, sem criar uma sinergia com propósitos e objetivos bem definidos para uso desta,
que lhes instigue a busca do aprendizado, esta apenas irá resumir-se à simples navegação,
fazendo uso de chat´s, sites de relacionamentos (Orkut), Blog´s, e sites de humor em um
“rol” de conhecimentos inúteis que de nada somarão no que foi previamente ensinado ao
aluno.
Professores bem orientados saberão fazer um bom uso de sofisticados recursos
tecnológicos, se trabalharem dentro de uma concepção didático-pedagógica para a
construção do conhecimento, permitindo aos alunos absorverem rapidamente conteúdos
ricos e diversificados. Isto não ocorreria se fossem apresentados apenas em sala de aula ou
muitas vezes, apenas no espaço físico da instituição, pois com o advento destas tecnologias
online, propiciou-se o rompimento destas “barreiras do saber”, permitindo até a absorção de
dados atualizados em tempo real.
Outra expansão muito importante que vem sendo introduzida na educação, é a modalidade
de Ensino a Distância, também conhecida por EAD, que no Brasil vem crescendo
rapidamente e vencendo obstáculos iniciais de desconfiança e desprestígio, pois hoje, o
desenvolvimento das tecnologias avançadas de informação e de comunicação impulsionou
seu crescimento.
Portanto para que a EAD supere suas atuais fragilidades e limitações em termos da
mediação pedagógica, numa relação em que o professor e aluno estão fisicamente
separados, há necessidade de um abordagem pedagógica que privilegie a comunicação
bidirecional, midiatizada por tecnologias adequadas, mas permitindo uma visibilidade do
ser humano tanto aluno como professor no processo de busca de informação, comunicação
e construção do conhecimento (Oliveira, 2006).
REFERÊNCIAS
MAGER, R. F. & JR BEACH, K. M. O planejamento do Ensino Profissional, v.1. Porto
Alegre: Editora Globo, 1976.
OLIVEIRA, E. G. Educação a distância na transição pearadigmática, v.2. São Paulo:
Editora Papirus, 2006.
PERRENOUD, P. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação: perspectivas
sociológicas. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1997.
PERRENOUD, P. A pedagogia na Escola das Diferenças: Fragmentos de uma sociologia
do fracasso, v.2. Porto Alegre: Artmed Editora,2001.
UFRGS. Planejamento e Organização do Ensino. Porto Alegre: Editora Globo, 1975.