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Dental Press Endod. 2013 Sept-Dec;3(3):62-8© 2013 Dental Press Endodontics 62
artigo original
Planejamento e previsibilidade diagnóstica antes
da reintervenção endodôntica com o uso da CBCT:
resolução clínica
Resumo
Introdução: o diagnóstico e o planejamento das rein-
tervenções são fundamentais na execução de um trata-
mento. Um método rotineiramente usado para auxiliar no
diagnóstico é a radiografia periapical, porém, com esse
recurso, estruturas anatômicas são comprimidas em ima-
gens bidimensionais. Objetivo: mostrar a importância da
tomografia computadorizada cone beam (TCCB) no diag-
nóstico antes da reintervenção endodôntica de perfuração
vestibular, cuja resolução clínica foi planejada, guiada e
executada após a visualização de imagens de TCCB. Após
a decisão diagnóstica, foi realizada a abordagem clínica
imediata, que consistiu em retratamento por via canal, sela-
mento da perfuração com MTA, reabilitação radicular com
pino de fibra de vidro e blindagem coronária com resina
composta em sessão única.
Palavras-chave: Tomografia computadorizada de feixe
cônico. Diagnóstico por imagem. Terapia combinada.
1
	Especialista em Endodontia, HGeSP. Professor, curso de Endodontia, HMASP.
2
Professor de Endodontia, Universidade Católica de Santa Maria, Peru.
3
Livre Docente em Endodontia, FOUSP. Professor, curso de Especialização em Endodontia,
Academia Brasileira de Medicina Militar e HGeSP.
Endereço para correspondência: José Edgar Valdivia Cardenas
Rua Caio Prado, 340 – Apt 12A – Consolação – São Paulo/SP
CEP: 01.303-000 – j.edgar_30@hotmail.com
Recebido: 25/08/2013. Aceito: 27/08/2013.
Como citar este artigo: Cardenas JEV, Beltran HS, Machado MEL. Planning and
diagnosis predictability by means of cone beam CT before endodontic treatment:
clinical resolution. Dental Press Endod. 2013 Sept-Dec;3(3):62-8.
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie-
dade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e
companhias descritos nesse artigo.
» O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo autorizou(aram) previa-
mente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais, e/ou radiografias.
José Edgar Valdivia Cardenas1
Hair Salas Beltran2
Manoel Eduardo de Lima Machado3
Dental Press Endod. 2013 Sept-Dec;3(3):62-8© 2013 Dental Press Endodontics 63
Cardenas JEV, Beltran HS, Machado MEL
Introdução
A reintervenção está indicada nos casos de insuces-
sos endodônticos, principalmente nos casos onde ocor-
rem acidentes e complicações que impedem a terapêu-
tica endodôntica em toda extensão do canal radicular.
Contudo, é importante frisar que frente a um insucesso
o primeiro procedimento é o retratamento1,2
. No plane-
jamento de uma reintervenção endodôntica, deve-se
avaliar detalhadamente a área afetada e as estruturas
anatômicas adjacentes. Ao se avaliar o exame imagi-
nológico, o diagnóstico por imagem não se deve limitar
a observar estruturas anatômicas tridimensionais com-
primidas em imagens bidimensionais, resultando em
superposição de estruturas de interesse diagnóstico3,4,5
.
Embora as radiografias panorâmicas e periapicais re-
produzam detalhes aceitáveis no sentido mesiodistal, a
observação no sentido vestibulolingual é inadequada1,6
.
Deve-se optar por técnicas de imagem que possam for-
necer maiores informações da região, como a tomogra-
fia computadorizada volumétrica.
A tomografia computadorizada é um método au-
xiliar no diagnóstico, que permite um panorama real
e tridimensional de lesões patológicas, achados não
visíveis radiograficamente, observação dos dentes ad-
jacentes e de estruturas anatômicas envolvidas e cir-
cunvizinhas, permitindo a realização do planejamento
e do procedimento com maior precisão7,8
.
A abordagem clínica guiada por meio de imagens
obtidas por TCCB permite uma decisão diagnóstica
adequada para se atuar frente a uma determinada cir-
cunstancia — nesse caso, uma perfuração radicular.
As perfurações endodônticas de caráter iatrogêni-
co e estão relacionadas com a negligência em relação
ao conhecimento anatomorradiográfico das possíveis
variações anatômicas do elemento dentário, como es-
pessura das paredes dentinárias e curvaturas radicula-
res, assim como na especificidade da seleção do caso
a ser tratado. O prognóstico da perfuração depende,
principalmente, do fator tempo, de sua localização,
eliminação do agente agressor e do material utilizado
para o selamento, o qual deve ser biocompatível e di-
mensionalmente estável6,9
.
O agregado trióxido mineral (MTA) tem se compor-
tado como um material de reparo ideal devido a suas
excelentes propriedades reparadoras e osseoinduto-
ras10,11
, tornando-se a primeira escolha entre os diversos
materiais utilizados no selamento direto12
.
Assim, a reabilitação radicular e o selamento coroná-
rio bem executados mostram-se de grande importância
para o sucesso da terapia endodôntica13
. O uso de pinos
de fibra de vidro e restaurações com resina composta é
uma alternativa de fácil execução, com bons resultados
estéticos e funcionais, podendo ser indicado para a re-
construção de dentes com necessidade de tratamento
endodôntico14,15,16
. Por meio do conhecimento e usos
adequados da técnica restauradora com resina com-
posta e de um pino de fibra de vidro, pode-se restaurar
de maneira biomecanicamente correta um dente com
comprometimentos extremos de cor e de resistência.
O objetivo do presente trabalho é relatar um caso
clínico de uma reintervenção endodôntica por via ca-
nal radicular, onde a hipótese diagnóstica e a deter-
minação do correto plano de tratamento foram con-
firmadas por meio de imagens em cortes de TCCB, o
que possibilitou o tratamento reabilitador multidisci-
plinar integrado em sessão única.
Relato do caso
Paciente do sexo masculino, 35 anos de idade, com-
pareceu à Clínica de Endodontia do Hospital Geral do
Exército de São Paulo (HGESP) com queixa de dor se-
vera na região vestibular do dente 22. O paciente rela-
tou histórico de retratamento endodôntico do elemento
dentário 22, sendo a última intervenção realizada havia
quatro meses. No exame clínico, o paciente relatou dor à
palpação e à percussão vertical sobre os dentes 21 e 22,
e foi possível observar a presença de edema na região
vestibular e mobilidade grau I no dente 22, ausência de
bolsas periodontais à sondagem e resposta negativa aos
testes de vitalidade pulpar dos dentes 21 e 22. A radio-
grafia de diagnóstico mostra uma imagem radiolúcida
apical circunscrita, sugestiva de lesão periapical, assim
mesmo observou-se no canal uma imagem radiopaca
no terço médio e apical, compatível com material obtu-
rador radicular (Fig. 1). O paciente não foi submetido a
uma exploração diagnóstica desnecessária.
Foi solicitado um exame tomográfico para avaliação
detalhada do caso. O laudo da tomografia computori-
zada digital de alta resolução, a partir do software de vi-
sualização de imagens em 3D (i-Dixel 2.0, One Volume
Viewer, Accuitomo 80, J. Morita Mfg. Corp., Kyoto, Ja-
pão), foi bem claro. No plano 3D MIP de reconstrução
volumétrica não se observa perda óssea da cortical ves-
tibular (Fig. 2). Ao se avaliar o plano frontal, é possível
Dental Press Endod. 2013 Sept-Dec;3(3):62-8© 2013 Dental Press Endodontics 64
Planejamento e previsibilidade diagnóstica antes da reintervenção endodôntica com o uso da CBCT: resolução clínica[ artigo original ]
observar uma obturação radicular fora dos padrões
aceitáveis de obturação.
Nos planos sagital e axial, observou-se a locali-
zação exata da perfuração vestibular, com discreto
extravasamento de material radiopaco na face vesti-
bular (Fig. 3, 4).
Após a análise das imagens dos cortes tomográficos,
procedeu-se ao estabelecimento do diagnóstico e o pla-
nejamento da reintervenção endodôntica. Foi estabele-
cido como plano de tratamento a abordagem clínica
imediata, que consistiu em retratamento via canal, se-
lamento da perfuração com MTA, reabilitação radicular
com pino de fibra de vidro e blindagem coronária com
resina composta em sessão única.
Com anestesia e isolamento do campo operatório
prévio, iniciou-se a cirurgia de acesso endodôntico via ca-
nal, com a odontometria obtida por meio dos cortes to-
mográficos coronários e sagitais. O material obturador foi
removido com limas rotatórias de NiTi acionadas a motor
Protaper Retratamento D-1, D-2 e D-3 (Dentsply Maille-
fer, Ballaigues, Suíça). Em seguida, procedeu-se à remoção
da guta-percha para finalização apical do preparo quími-
co-cirúrgico, na qual foram utilizadas as limas Protaper
Universal F3, F4 e F5 (Dentsply Maillefer). Durante todo
o preparo do canal, foram realizadas irrigações ultrassô-
nicas com soro fisiológico. Após o preparo, foi realizada
uma irrigação ultrassônica final, alternando soro fisio-
lógico e EDTA (Odahcam Herpo Prod. Dent. Ltda., São
Paulo/SP), durante 30 segundos, no interior do canal. Em
seguida, realizou-se nova irrigação/aspiração com o soro
fisiológico. Por fim, o canal foi secado com cones de papel
absorvente (Dentsply Ind. Com. Ltda., Petrópolis/RJ) de
calibre compatível com o diâmetro do último instrumento
utilizado no comprimento real de trabalho.
A obturação foi realizada com cones de guta-percha
e cimento endodôntico AH PLUS (Dentsply Maillefer)
Figura 1. Radiografia inicial. Figura 2. Reconstrução em 3D do plano to-
mográfico.
Figura 3. Vista sagital tomográfica. Figura 4. Vista tomográfica axial.
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Cardenas JEV, Beltran HS, Machado MEL
Figura 5. Observa-se, nessa radiografia, ob-
turação do terço apical e selamento da perfu-
ração com MTA.
Figura 6. Radiografia final. Blindagens radi-
cular e coronária com pino de fibra de vidro e
resina composta.
Figura 7. Radiografia de acompanhamento
aos 6 meses.
pela técnica de onda contínua de condensação. Reali-
zou-se a obturação do terço apical até o nível da perfu-
ração radicular para permitir o selamento da perfuração
com MTA (Angelus, Londrina/PR) (Fig. 5) e, posterior-
mente, a ancoragem intracanal do pino de fibra de vidro.
Nesse caso, foi selecionado pino estético direto de fibra
de vidro (Reforpost, Angelus). Os terços médio e cervi-
cal foram condicionados com ácido fosfórico a 37% em
forma de gel, e aplicou-se o sistema adesivo de frasco
único (Single Bond). O pino foi cimentado com cimen-
to resinoso (Rely X, 3M). Na sequência, o pino de fibra
de vidro foi recoberto e feito preenchimento coronário
com resina fotopolimerizável Z100 (3M). Ao término
do tratamento, foi realizada tomada radiográfica, com a
qual observou-se a correta blindagem coronária (Fig. 6).
O paciente foi orientado quanto a necessidade de
retornos periódicos para acompanhamento. Após 6
meses do tratamento endodôntico (Fig. 7), foi possível
constatar remissão do quadro de dor e ausência de sin-
tomatologia, e o exame periodontal evidenciou que os
tecidos periodontais ao redor do dente se apresenta-
vam sem qualquer sinal de evento inflamatório.
Após 12 meses de acompanhamento, foi solicitado
um exame tomográfico com a finalidade de avaliar nos
planos sagital e axial o selamento da perfuração no sen-
tido vestibulopalatino (Fig. 8).
No último acompanhamento, 22 meses após o tra-
tamento, observou-se o ligamento periodontal íntegro,
ausência de radioluscência periapical e lâmina dura in-
tacta ao redor do dente (Fig. 9).
Discussão
A imaginologia se destaca como uma importante
ferramenta auxiliar na confecção de um diagnóstico
endodôntico. As informações obtidas nos exames
clínicos ou por imagens influenciam diretamente nas
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Planejamento e previsibilidade diagnóstica antes da reintervenção endodôntica com o uso da CBCT: resolução clínica[ artigo original ]
decisões clínicas1,4,5
, sendo que dados precisos permi-
tem decisões mais adequadas e um prognóstico mais
favorável. Dentro desse contexto, a TCCB possibili-
ta aos clínicos informações mais relevantes que não
poderiam ser obtidas por radiografias convencionais.
As radiografias convencionais são as mais utilizadas
em função de sua praticidade em fornecer imagens
que podem auxiliar o profissional na resolução de um
grande número de casos. Porém, a limitação na visua-
lização dessas imagens em determinadas regiões e em
duas dimensões pode dificultar o planejamento em
casos específicos. Para superar essas limitações, tem
sido utilizada a tomografia computadorizada, que pro-
porciona a visualização de regiões anatômicas e a pre-
sença de patologias que, muitas vezes, não são alcan-
çadas pelas radiografias convencionais5,7,8
. Patel et al.2
afirmaram que a grande vantagem da TCCB tem sido
em função de sua precisão geométrica tridimensional,
que proporciona a eliminação da sobreposição sobre
a área de interesse. As imagens obtidas pela TCCB fo-
ram mais detalhadas, facilitando a detecção de defeitos
ósseos quando comparadas às das radiografias. Scar-
fe et al.17
puderam comprovar a exatidão da reprodução
das imagens em 3D, e que essas se assemelham quase
que perfeitamente com as medições reais.
Com relação às imagens obtidas em nosso caso,
as radiografias periapicais e panorâmicas permitiam a
visualização global da qualidade de obturação, limites
da lesão e das estruturas adjacentes, não evidenciando,
contudo, detalhes reais, tipo de patologia e sua relação
com estruturas anatômicas. O planejamento clínico
inicial, baseado nas radiografias, previa o retratamen-
to convencional por via canal, expondo a paciente uma
reintervenção subjetiva e incerta, expondo o paciente
a uma exploração diagnóstica invasiva, o que poderia
levar a uma situação de estresse e de desconforto, devi-
do ao quadro sintomatológico e à limitada informação
adquirida por meio de radiografias periapicais.
A observação de imagens por tomografia com-
putadorizada cone beam em planos de secção trans-
versal permitiu o planejamento da reintervenção
endodôntica por via canal radicular, onde a hipótese
Figura 8. Tomografia de acompanhamento anual com a finalidade de
avaliar, nos planos sagitais e axiais, o selamento da perfuração no sen-
tido vestibulopalatino.
Figura 9. Radiografia de acompanhamento de 24 meses. Observou-
se o ligamento periodontal íntegro, ausência de radioluscência periapi-
cal e lâmina dura intacta ao redor do dente.
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Cardenas JEV, Beltran HS, Machado MEL
diagnóstica e a determinação do correto plano de
tratamento foram confirmadas por meio de imagens,
possibilitando o tratamento reabilitador multidiscipli-
nar integrado em sessão única. A perfuração iatro-
gênica não visualizada no exame radiográfico como
meio de diagnóstico foi dificultoso e impreciso, espe-
cialmente quando o defeito está localizado na face
vestibular ou lingual da raiz1,6,18
. O prognóstico de
uma perfuração depende diretamente da localização
da perfuração, do tempo de exposição da contami-
nação, da viabilidade de selamento da perfuração e
da acessibilidade do canal principal. O local da per-
furação, terço médio do canal radicular e o peque-
no diâmetro da perfuração podem ter contribuído
para o bom comportamento do material reparador6,9
.
Tsesis et al.6
verificaram piores prognósticos de per-
furações radiculares em humanos quando essas lo-
calizavam-se no terço cervical da raiz, devido à con-
taminação que pode vir a ocorrer.
O material selador de escolha em nosso caso clíni-
co foi o MTA, por ser mesmo considerado um material
adequado para o selamento de perfurações, pois possui
um bom vedamento, é biocompatível e sua presa ocorre
na presença de umidade, além do fato de ser cemento-
gênico10,11,12
. Diversos autores concordam e consideram
o MTA um material com excelente propriedade física-
química, de boa aceitação pelos tecidos periodontais,
ou seja, apresenta biocompatibilidade10,11
, dado, esse,
confirmado em estudos que avaliaram sua citotoxidade
e a resposta inflamatória tecidual11,12
.
A restauração do dente tratado endodonticamen-
te deve seguir os princípios biológicos do tratamento
endodôntico e evitar uma contaminação do sistema de
condutos radiculares por via coronária em decorrência
do enfraquecimento da estrutura dentária remanescen-
te — que é uma consequência natural, mas que com-
promete a unidade estrutural do dente e sua resistência
mecânica. Hepburn19
nos mostra a importância e ne-
cessidade da reabilitação funcional de dentes tratados
endodonticamente com utilização de pinos intrarradi-
culares. Afirma que a principal função do poste no con-
duto radicular é criar uma conexão da porção radicular
com a coronária, assim como a estabilização mecânica
dessa última. Avanços da Odontologia adesiva permiti-
ram que o emprego de resinas compostas associadas a
pinos intrarradiculares de fibra de vidro fosse conside-
rado uma boa conduta terapêutica na reconstrução de
dentes anteriores tratados endodonticamente14,15,16
Conclusão
Conclui-se que o detalhamento tridimensional das
estruturas dentárias obtidas por meio da TCCB guiou
o planejamento e a decisão terapêutica. A TCCB foi
imprescindível para não se realizar um diagnóstico que
fosse duvidoso, evitando, também, uma exploração clí-
nica desnecessária. A associação da imagenologia à
prática clínica viabiliza um alto grau de previsibilidade
do tratamento, sendo a previsibilidade considerada um
fator fundamental para o sucesso do tratamento reabili-
tador radicular multidisciplinar integrado.
Dental Press Endod. 2013 Sept-Dec;3(3):62-8© 2013 Dental Press Endodontics 68
Planejamento e previsibilidade diagnóstica antes da reintervenção endodôntica com o uso da CBCT: resolução clínica[ artigo original ]
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Diagnóstico endodôntico com CBCT

  • 1. Dental Press Endod. 2013 Sept-Dec;3(3):62-8© 2013 Dental Press Endodontics 62 artigo original Planejamento e previsibilidade diagnóstica antes da reintervenção endodôntica com o uso da CBCT: resolução clínica Resumo Introdução: o diagnóstico e o planejamento das rein- tervenções são fundamentais na execução de um trata- mento. Um método rotineiramente usado para auxiliar no diagnóstico é a radiografia periapical, porém, com esse recurso, estruturas anatômicas são comprimidas em ima- gens bidimensionais. Objetivo: mostrar a importância da tomografia computadorizada cone beam (TCCB) no diag- nóstico antes da reintervenção endodôntica de perfuração vestibular, cuja resolução clínica foi planejada, guiada e executada após a visualização de imagens de TCCB. Após a decisão diagnóstica, foi realizada a abordagem clínica imediata, que consistiu em retratamento por via canal, sela- mento da perfuração com MTA, reabilitação radicular com pino de fibra de vidro e blindagem coronária com resina composta em sessão única. Palavras-chave: Tomografia computadorizada de feixe cônico. Diagnóstico por imagem. Terapia combinada. 1 Especialista em Endodontia, HGeSP. Professor, curso de Endodontia, HMASP. 2 Professor de Endodontia, Universidade Católica de Santa Maria, Peru. 3 Livre Docente em Endodontia, FOUSP. Professor, curso de Especialização em Endodontia, Academia Brasileira de Medicina Militar e HGeSP. Endereço para correspondência: José Edgar Valdivia Cardenas Rua Caio Prado, 340 – Apt 12A – Consolação – São Paulo/SP CEP: 01.303-000 – j.edgar_30@hotmail.com Recebido: 25/08/2013. Aceito: 27/08/2013. Como citar este artigo: Cardenas JEV, Beltran HS, Machado MEL. Planning and diagnosis predictability by means of cone beam CT before endodontic treatment: clinical resolution. Dental Press Endod. 2013 Sept-Dec;3(3):62-8. » Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de proprie- dade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo. » O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo autorizou(aram) previa- mente a publicação de suas fotografias faciais e intrabucais, e/ou radiografias. José Edgar Valdivia Cardenas1 Hair Salas Beltran2 Manoel Eduardo de Lima Machado3
  • 2. Dental Press Endod. 2013 Sept-Dec;3(3):62-8© 2013 Dental Press Endodontics 63 Cardenas JEV, Beltran HS, Machado MEL Introdução A reintervenção está indicada nos casos de insuces- sos endodônticos, principalmente nos casos onde ocor- rem acidentes e complicações que impedem a terapêu- tica endodôntica em toda extensão do canal radicular. Contudo, é importante frisar que frente a um insucesso o primeiro procedimento é o retratamento1,2 . No plane- jamento de uma reintervenção endodôntica, deve-se avaliar detalhadamente a área afetada e as estruturas anatômicas adjacentes. Ao se avaliar o exame imagi- nológico, o diagnóstico por imagem não se deve limitar a observar estruturas anatômicas tridimensionais com- primidas em imagens bidimensionais, resultando em superposição de estruturas de interesse diagnóstico3,4,5 . Embora as radiografias panorâmicas e periapicais re- produzam detalhes aceitáveis no sentido mesiodistal, a observação no sentido vestibulolingual é inadequada1,6 . Deve-se optar por técnicas de imagem que possam for- necer maiores informações da região, como a tomogra- fia computadorizada volumétrica. A tomografia computadorizada é um método au- xiliar no diagnóstico, que permite um panorama real e tridimensional de lesões patológicas, achados não visíveis radiograficamente, observação dos dentes ad- jacentes e de estruturas anatômicas envolvidas e cir- cunvizinhas, permitindo a realização do planejamento e do procedimento com maior precisão7,8 . A abordagem clínica guiada por meio de imagens obtidas por TCCB permite uma decisão diagnóstica adequada para se atuar frente a uma determinada cir- cunstancia — nesse caso, uma perfuração radicular. As perfurações endodônticas de caráter iatrogêni- co e estão relacionadas com a negligência em relação ao conhecimento anatomorradiográfico das possíveis variações anatômicas do elemento dentário, como es- pessura das paredes dentinárias e curvaturas radicula- res, assim como na especificidade da seleção do caso a ser tratado. O prognóstico da perfuração depende, principalmente, do fator tempo, de sua localização, eliminação do agente agressor e do material utilizado para o selamento, o qual deve ser biocompatível e di- mensionalmente estável6,9 . O agregado trióxido mineral (MTA) tem se compor- tado como um material de reparo ideal devido a suas excelentes propriedades reparadoras e osseoinduto- ras10,11 , tornando-se a primeira escolha entre os diversos materiais utilizados no selamento direto12 . Assim, a reabilitação radicular e o selamento coroná- rio bem executados mostram-se de grande importância para o sucesso da terapia endodôntica13 . O uso de pinos de fibra de vidro e restaurações com resina composta é uma alternativa de fácil execução, com bons resultados estéticos e funcionais, podendo ser indicado para a re- construção de dentes com necessidade de tratamento endodôntico14,15,16 . Por meio do conhecimento e usos adequados da técnica restauradora com resina com- posta e de um pino de fibra de vidro, pode-se restaurar de maneira biomecanicamente correta um dente com comprometimentos extremos de cor e de resistência. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso clínico de uma reintervenção endodôntica por via ca- nal radicular, onde a hipótese diagnóstica e a deter- minação do correto plano de tratamento foram con- firmadas por meio de imagens em cortes de TCCB, o que possibilitou o tratamento reabilitador multidisci- plinar integrado em sessão única. Relato do caso Paciente do sexo masculino, 35 anos de idade, com- pareceu à Clínica de Endodontia do Hospital Geral do Exército de São Paulo (HGESP) com queixa de dor se- vera na região vestibular do dente 22. O paciente rela- tou histórico de retratamento endodôntico do elemento dentário 22, sendo a última intervenção realizada havia quatro meses. No exame clínico, o paciente relatou dor à palpação e à percussão vertical sobre os dentes 21 e 22, e foi possível observar a presença de edema na região vestibular e mobilidade grau I no dente 22, ausência de bolsas periodontais à sondagem e resposta negativa aos testes de vitalidade pulpar dos dentes 21 e 22. A radio- grafia de diagnóstico mostra uma imagem radiolúcida apical circunscrita, sugestiva de lesão periapical, assim mesmo observou-se no canal uma imagem radiopaca no terço médio e apical, compatível com material obtu- rador radicular (Fig. 1). O paciente não foi submetido a uma exploração diagnóstica desnecessária. Foi solicitado um exame tomográfico para avaliação detalhada do caso. O laudo da tomografia computori- zada digital de alta resolução, a partir do software de vi- sualização de imagens em 3D (i-Dixel 2.0, One Volume Viewer, Accuitomo 80, J. Morita Mfg. Corp., Kyoto, Ja- pão), foi bem claro. No plano 3D MIP de reconstrução volumétrica não se observa perda óssea da cortical ves- tibular (Fig. 2). Ao se avaliar o plano frontal, é possível
  • 3. Dental Press Endod. 2013 Sept-Dec;3(3):62-8© 2013 Dental Press Endodontics 64 Planejamento e previsibilidade diagnóstica antes da reintervenção endodôntica com o uso da CBCT: resolução clínica[ artigo original ] observar uma obturação radicular fora dos padrões aceitáveis de obturação. Nos planos sagital e axial, observou-se a locali- zação exata da perfuração vestibular, com discreto extravasamento de material radiopaco na face vesti- bular (Fig. 3, 4). Após a análise das imagens dos cortes tomográficos, procedeu-se ao estabelecimento do diagnóstico e o pla- nejamento da reintervenção endodôntica. Foi estabele- cido como plano de tratamento a abordagem clínica imediata, que consistiu em retratamento via canal, se- lamento da perfuração com MTA, reabilitação radicular com pino de fibra de vidro e blindagem coronária com resina composta em sessão única. Com anestesia e isolamento do campo operatório prévio, iniciou-se a cirurgia de acesso endodôntico via ca- nal, com a odontometria obtida por meio dos cortes to- mográficos coronários e sagitais. O material obturador foi removido com limas rotatórias de NiTi acionadas a motor Protaper Retratamento D-1, D-2 e D-3 (Dentsply Maille- fer, Ballaigues, Suíça). Em seguida, procedeu-se à remoção da guta-percha para finalização apical do preparo quími- co-cirúrgico, na qual foram utilizadas as limas Protaper Universal F3, F4 e F5 (Dentsply Maillefer). Durante todo o preparo do canal, foram realizadas irrigações ultrassô- nicas com soro fisiológico. Após o preparo, foi realizada uma irrigação ultrassônica final, alternando soro fisio- lógico e EDTA (Odahcam Herpo Prod. Dent. Ltda., São Paulo/SP), durante 30 segundos, no interior do canal. Em seguida, realizou-se nova irrigação/aspiração com o soro fisiológico. Por fim, o canal foi secado com cones de papel absorvente (Dentsply Ind. Com. Ltda., Petrópolis/RJ) de calibre compatível com o diâmetro do último instrumento utilizado no comprimento real de trabalho. A obturação foi realizada com cones de guta-percha e cimento endodôntico AH PLUS (Dentsply Maillefer) Figura 1. Radiografia inicial. Figura 2. Reconstrução em 3D do plano to- mográfico. Figura 3. Vista sagital tomográfica. Figura 4. Vista tomográfica axial.
  • 4. Dental Press Endod. 2013 Sept-Dec;3(3):62-8© 2013 Dental Press Endodontics 65 Cardenas JEV, Beltran HS, Machado MEL Figura 5. Observa-se, nessa radiografia, ob- turação do terço apical e selamento da perfu- ração com MTA. Figura 6. Radiografia final. Blindagens radi- cular e coronária com pino de fibra de vidro e resina composta. Figura 7. Radiografia de acompanhamento aos 6 meses. pela técnica de onda contínua de condensação. Reali- zou-se a obturação do terço apical até o nível da perfu- ração radicular para permitir o selamento da perfuração com MTA (Angelus, Londrina/PR) (Fig. 5) e, posterior- mente, a ancoragem intracanal do pino de fibra de vidro. Nesse caso, foi selecionado pino estético direto de fibra de vidro (Reforpost, Angelus). Os terços médio e cervi- cal foram condicionados com ácido fosfórico a 37% em forma de gel, e aplicou-se o sistema adesivo de frasco único (Single Bond). O pino foi cimentado com cimen- to resinoso (Rely X, 3M). Na sequência, o pino de fibra de vidro foi recoberto e feito preenchimento coronário com resina fotopolimerizável Z100 (3M). Ao término do tratamento, foi realizada tomada radiográfica, com a qual observou-se a correta blindagem coronária (Fig. 6). O paciente foi orientado quanto a necessidade de retornos periódicos para acompanhamento. Após 6 meses do tratamento endodôntico (Fig. 7), foi possível constatar remissão do quadro de dor e ausência de sin- tomatologia, e o exame periodontal evidenciou que os tecidos periodontais ao redor do dente se apresenta- vam sem qualquer sinal de evento inflamatório. Após 12 meses de acompanhamento, foi solicitado um exame tomográfico com a finalidade de avaliar nos planos sagital e axial o selamento da perfuração no sen- tido vestibulopalatino (Fig. 8). No último acompanhamento, 22 meses após o tra- tamento, observou-se o ligamento periodontal íntegro, ausência de radioluscência periapical e lâmina dura in- tacta ao redor do dente (Fig. 9). Discussão A imaginologia se destaca como uma importante ferramenta auxiliar na confecção de um diagnóstico endodôntico. As informações obtidas nos exames clínicos ou por imagens influenciam diretamente nas
  • 5. Dental Press Endod. 2013 Sept-Dec;3(3):62-8© 2013 Dental Press Endodontics 66 Planejamento e previsibilidade diagnóstica antes da reintervenção endodôntica com o uso da CBCT: resolução clínica[ artigo original ] decisões clínicas1,4,5 , sendo que dados precisos permi- tem decisões mais adequadas e um prognóstico mais favorável. Dentro desse contexto, a TCCB possibili- ta aos clínicos informações mais relevantes que não poderiam ser obtidas por radiografias convencionais. As radiografias convencionais são as mais utilizadas em função de sua praticidade em fornecer imagens que podem auxiliar o profissional na resolução de um grande número de casos. Porém, a limitação na visua- lização dessas imagens em determinadas regiões e em duas dimensões pode dificultar o planejamento em casos específicos. Para superar essas limitações, tem sido utilizada a tomografia computadorizada, que pro- porciona a visualização de regiões anatômicas e a pre- sença de patologias que, muitas vezes, não são alcan- çadas pelas radiografias convencionais5,7,8 . Patel et al.2 afirmaram que a grande vantagem da TCCB tem sido em função de sua precisão geométrica tridimensional, que proporciona a eliminação da sobreposição sobre a área de interesse. As imagens obtidas pela TCCB fo- ram mais detalhadas, facilitando a detecção de defeitos ósseos quando comparadas às das radiografias. Scar- fe et al.17 puderam comprovar a exatidão da reprodução das imagens em 3D, e que essas se assemelham quase que perfeitamente com as medições reais. Com relação às imagens obtidas em nosso caso, as radiografias periapicais e panorâmicas permitiam a visualização global da qualidade de obturação, limites da lesão e das estruturas adjacentes, não evidenciando, contudo, detalhes reais, tipo de patologia e sua relação com estruturas anatômicas. O planejamento clínico inicial, baseado nas radiografias, previa o retratamen- to convencional por via canal, expondo a paciente uma reintervenção subjetiva e incerta, expondo o paciente a uma exploração diagnóstica invasiva, o que poderia levar a uma situação de estresse e de desconforto, devi- do ao quadro sintomatológico e à limitada informação adquirida por meio de radiografias periapicais. A observação de imagens por tomografia com- putadorizada cone beam em planos de secção trans- versal permitiu o planejamento da reintervenção endodôntica por via canal radicular, onde a hipótese Figura 8. Tomografia de acompanhamento anual com a finalidade de avaliar, nos planos sagitais e axiais, o selamento da perfuração no sen- tido vestibulopalatino. Figura 9. Radiografia de acompanhamento de 24 meses. Observou- se o ligamento periodontal íntegro, ausência de radioluscência periapi- cal e lâmina dura intacta ao redor do dente.
  • 6. Dental Press Endod. 2013 Sept-Dec;3(3):62-8© 2013 Dental Press Endodontics 67 Cardenas JEV, Beltran HS, Machado MEL diagnóstica e a determinação do correto plano de tratamento foram confirmadas por meio de imagens, possibilitando o tratamento reabilitador multidiscipli- nar integrado em sessão única. A perfuração iatro- gênica não visualizada no exame radiográfico como meio de diagnóstico foi dificultoso e impreciso, espe- cialmente quando o defeito está localizado na face vestibular ou lingual da raiz1,6,18 . O prognóstico de uma perfuração depende diretamente da localização da perfuração, do tempo de exposição da contami- nação, da viabilidade de selamento da perfuração e da acessibilidade do canal principal. O local da per- furação, terço médio do canal radicular e o peque- no diâmetro da perfuração podem ter contribuído para o bom comportamento do material reparador6,9 . Tsesis et al.6 verificaram piores prognósticos de per- furações radiculares em humanos quando essas lo- calizavam-se no terço cervical da raiz, devido à con- taminação que pode vir a ocorrer. O material selador de escolha em nosso caso clíni- co foi o MTA, por ser mesmo considerado um material adequado para o selamento de perfurações, pois possui um bom vedamento, é biocompatível e sua presa ocorre na presença de umidade, além do fato de ser cemento- gênico10,11,12 . Diversos autores concordam e consideram o MTA um material com excelente propriedade física- química, de boa aceitação pelos tecidos periodontais, ou seja, apresenta biocompatibilidade10,11 , dado, esse, confirmado em estudos que avaliaram sua citotoxidade e a resposta inflamatória tecidual11,12 . A restauração do dente tratado endodonticamen- te deve seguir os princípios biológicos do tratamento endodôntico e evitar uma contaminação do sistema de condutos radiculares por via coronária em decorrência do enfraquecimento da estrutura dentária remanescen- te — que é uma consequência natural, mas que com- promete a unidade estrutural do dente e sua resistência mecânica. Hepburn19 nos mostra a importância e ne- cessidade da reabilitação funcional de dentes tratados endodonticamente com utilização de pinos intrarradi- culares. Afirma que a principal função do poste no con- duto radicular é criar uma conexão da porção radicular com a coronária, assim como a estabilização mecânica dessa última. Avanços da Odontologia adesiva permiti- ram que o emprego de resinas compostas associadas a pinos intrarradiculares de fibra de vidro fosse conside- rado uma boa conduta terapêutica na reconstrução de dentes anteriores tratados endodonticamente14,15,16 Conclusão Conclui-se que o detalhamento tridimensional das estruturas dentárias obtidas por meio da TCCB guiou o planejamento e a decisão terapêutica. A TCCB foi imprescindível para não se realizar um diagnóstico que fosse duvidoso, evitando, também, uma exploração clí- nica desnecessária. A associação da imagenologia à prática clínica viabiliza um alto grau de previsibilidade do tratamento, sendo a previsibilidade considerada um fator fundamental para o sucesso do tratamento reabili- tador radicular multidisciplinar integrado.
  • 7. Dental Press Endod. 2013 Sept-Dec;3(3):62-8© 2013 Dental Press Endodontics 68 Planejamento e previsibilidade diagnóstica antes da reintervenção endodôntica com o uso da CBCT: resolução clínica[ artigo original ] 1. Valdivia JE, Leonardo MFP, Machado MEL. Importancia diagnóstica de la TVD en la detección de una perforación vestibular. Rev Canal Abierto. 2012;2(1):28-31. 2. Patel S, Dawood A, Pitt Ford T, Whaites E. The potential applications of cone beam computed tomography in the management of endodontic problems. Int Endod J. 2007;40(10):818-3. 3. Estrela C, Bueno MR, Leles CR, Azevedo B, Azevedo JR. Accuracy of cone beam computed tomography and panoramic and periapical radiography for detection of apical periodontitis. J Endod. 2008;34(3):273-9. 4. Huumonen S, Kvist T, Gröndahl K, Molander A. Diagnostic value of computed tomography in retreatment of root fillings in maxillary molars. Int Endod J. 2006;39(10):827-33. 5. Cotton TP, Geisler TM, Holden D T, Schwartz SA, Schindler WG. Endodontic applications of cone-beam volumetric tomography. J Endod. 2007;33(9):1121-32. 6. Tsesis I, Fuss Z. Diagnosis and treatment of accidental root perforations. Endod Top. 2006;13(1):95-107. 7. Pohlenz P, Blessmann M, Blake F, Heinrich S, Schmelzle R, Heiland M. Clinical indications and perspectives for intraoperative cone beam computed tomography in oral and maxillofacial surgery. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2007;103(3):412-7. 8. Nakagawa Y, Kobayashi K, Ishii H, Mishima A, Ishii H, Asada K, et al. Preoperative application of limited cone beam computerized tomography as an assessment tool before minor oral surgery. Int J Oral Maxillofac Surg. 2002;31(3):322-6. 9. Young GR. Contemporary management of lateral root perforation diagnosed with the aid of dental computed tomography. Aust Endod J. 2007;33(3):112-8. 10. Torabinejad M, Chivian N. Clinical applications of mineral trioxide aggregate. J Endod. 1999;25(3):197-205. 11. Torabinejad M, Rastegar AF, Kettering JD, Ford TR. Bacterial leakage of mineral trioxide aggregate as a root-end filling material. J Endod. 1995;21(3):109-12. 12. Osorio RM, Hefti A, Vertucci FJ, Shawley AL. Cytotoxicity of endodontic materials. J Endod. 1998;24(2):91-6. 13. Gutmann JL. The dentin-root complex: anatomic and biologic considerations in restoring endodontically treated teeth. J Prosthet Dent. 1982;67(4):458-67. 14. Souza FHC, et al. Reconstrução coronária com resina composta e pino estético intracanal. J Clin Dent. 2002;(15):52-7. 15. Melo MP, Valle AL, Pereira JR, Bonachela WC, Pegoraro LF, Bonfante G. Evaluation of fracture resistance of endodontically treated teeth restored with prefabricated posts and composites with varying quantities of remaining coronal tooth structure. J Appl Oral Sci. 2005;13(2):141-6. 16. Mondelli RFL, Moura RC, Iwata DF, Pereira LCG. Reconstrução coronária através de reforço interno da raiz e pino estético em um dente tratado endodonticamente. J Bras Dent Estét. 2002;(2):97-104. 17. Scarfe WC, Farman AG, Sucovick P. Clinical applications of cone-beam computed tomography in dental practice. J Can Dent Assoc. 2006;72(1):75-80. 18. Tsurumachi T, Honda K. A new cone beam computerized tomography system for use in endodontic surgery. Int Endod J. 2007;40(3):224-32. 19. Hepburn B. Rehabilitación postendodóntica: postura filosófica para la rehabilitación posendodóntica. 1ª ed. Buenos Aires: Panamericana; 2012. 20. Scotti R, Ferrari M. Pernos de fibra. Bases teóricas y aplicaciones clínicas. Barcelona: Masson; 2004. Referências