2. Recursos Naturais na
América Latina
2
América Latina
América Latina (e o Caribe) possui 65% das
reservas mundiais de lítio, 42% de prata, 38%
de cobre, 33% de estanho, 21% de ferro, 18%
de bauxita e 14% de níquel. Também são
importantes suas reservas petrolíferas: 1/3 da
produção mundial de bioetanol, cerca de 25%
de biocombustíveis e 13% de petróleo.
Na região encontra-se aproximadamente 30%
do total dos recursos hídricos renováveis do
mundo, o que corresponde a mais de 70% da
água do continente americano, e 21% da
superfície de florestas do planeta e abundante
biodiversidade.
6. Recursos Naturais na
América Latina
6
América Latina
Engloba 20 países
Antigas colônias de Portugal e Espanha
Área de cerca de 21 069 501 km²
638 573 milhões de pessoas (CEPAL, 2018)
7. Recursos Naturais na
América Latina
7
América Latina– projeçãode crescimentoda populaçãototal, por decênios(1950-2050)
8. Recursos Naturais na
América Latina
8
América Latina - população ocupada por setor de atividade econômica (2010 – 2017)
10. Recursos Naturais na
América Latina
10
América Latina – participação dos 10 principais produtos no total anual das exportações
(2017)
11. Recursos Naturais na
América Latina
Alteração
Climática
Escassez
de Água
Crescimento
populacional
Conflitos
ambientais
Impacto
industrial
11
América Latina – questões ambientais
A região engloba 20 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. As exceções são os países sul-americanos da Guiana e do Suriname e a nação centro-americana de Belize e da Jamaica, que são países de línguas germânicas.
A abundância de recursos naturais, ou melhor, a concentração da estrutura produtiva em atividades baseadas em recursos naturais, não leva necessariamente a um desenvolvimento econômico e político inferior. Os problemas associados às commodities podem ser bem manejados para contornar armadilhas que, no passado, afetaram países com economias baseadas em recursos naturais, como as flutuações de preços no mercado internacional e a substituição de produtos naturais por bens sintéticos. As soluções devem estar centradas em planejamento de longo prazo e investimentos em educação e tecnologia. Assim, um ponto chave da questão do desenvolvimento baseado em recursos naturais diz respeito ao desafio colocado para as instituições e principalmente para o Estado. A temática do desenvolvimento reemerge na América Latina, e entre seus novos contornos está o desafio de repensar as implicações das estruturas produtivas centradas em recursos naturais no desenvolvimento econômico dos países da região.
As principais descobertas regionais do estudo REEO
1. O processo de crescimento econômico na América Latina não pode superar os limites de exploração dos recursos naturais, embora haja indícios de uma tendência para mudar essa situação, uma vez que aumentou a eficiência da produção em alguns setores da economia.
2. Há uma tendência regional para a maior eficiência no uso dos recursos naturais, mas ainda existe um grande potencial de melhoria. Com diferentes níveis de escala, há casos que podem ser usados como exemplo, como o status da produção de salmão e programas de eficiência energética no Chile, além de iniciativas para o manejo sustentável de bacias hidrográficas no Brasil e no México.
3. A produção e consumo de energia tem crescido na região, bem como as emissões de CO2. No estudo, observou-se a dificuldade dos países, com exceção dos casos do Paraguai e do Brasil, em incorporar as fontes de energia renováveis, apesar dos esforços das empresas para modificar a estrutura da matriz energética e a dependência que domina a região no que diz respeito à energia convencional.
4. O uso de instrumentos econômicos para moderar o consumo de energia, juntamente com o desenvolvimento de programas de eficiência térmica e de energia, tem permitido um melhor aproveitamento desse recurso. Os casos do Chile e do México mostram a eficácia desse mecanismo, embora exija, em longo prazo, um modelo de tecnologia de geração de energia que permita o acesso em massa de fontes renováveis, e menores custos de produção.
5. Em termos de mudanças no uso da terra e da pressão do setor agrícola, é possível detectar uma redução de áreas de floresta natural e sua substituição por culturas não-originais.
6. A coordenação de políticas ambientais, econômicas, comerciais e de desenvolvimento possibilita o desenvolvimento de práticas de colheita que melhorem a eficiência no uso dos recursos naturais em curto prazo. É o caso dos saldos de água virtual (a quantidade de água necessária para obter um bem ou serviço), que são essenciais para os países com uma relativa escassez de água. Na agricultura, a experiência do Uruguai na produção de arroz, e do Paraguai, tem demonstrado a viabilidade de uma produção agrícola aumentar o desempenho, com base em critérios ecológicos.
7. Os modelos desenvolvidos demonstram os benefícios que podem ser obtidos por mudanças nos padrões de utilização dos recursos, assim como as opções disponíveis para facilitar essa transição. A experiência de projetos agrícolas no Paraguai mostra que a aplicação de critérios ecológicos pode melhorar a produtividade do cultivo.