1. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
As invasoras lenhosas e a sua relação com o fogo
Elizabete Marchante & Hélia Marchante
Jornadas Internacionais sobre Fogos Florestais
28 e 29 de novembro de 2019
Viana do Castelo - Alto Minho
2. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
Resumo
O que são plantas invasoras?
Principais impactes das plantas invasoras
Principais plantas invasoras relacionadas com o fogo
- acácias
- háqueas
A gestão (pós-fogo) precisa considerar as plantas invasoras
3. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
O que são?
• Plantas NATIVAS
(≈ espontâneas, indígenas,
autóctones)
• Plantas EXÓTICAS
(≈ introduzidas, alóctones)
Richardson et al., 2000, Div & Dist. 6: 93-107
Pyšek et al., 2004, Taxon, 53(1): 131-143
4. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
Richardson et al., 2000, Div & Dist. 6: 93-107
Pyšek et al., 2004, Taxon, 53(1): 131-143
O que são?
Planta INVASORA
5
NEM TODAS AS EXÓTICAS SÃO INVASORAS
5. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Ecológicos
– ameaça à biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas (competição
com espécies nativas, alteração dos ciclos de nutrientes, água, etc.)
– impactes nos serviços dos ecossistemas (alimentos, fornecimento de água
e recursos diversos, regulação do clima, cheias, doenças, etc.)
– alteração/uniformização dos ecossistemas/paisagens
– alteração dos regimes de fogo
– alteração das cadeias ecológicas/alimentares
• Económicos (Europa: > 12 000 milhões €/ano, EC 2008):
– produtividade - espécies que invadem áreas agrícolas, florestais ou
piscícolas (aquáticas), pragas, epidemias, etc.
– gestão e controlo de invasoras e recuperação de sistemas invadidos
– turismo, etc.
Impactes das plantas invasoras
acácia-de-espigas (Acacia longifolia)
6. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Ecológicos
– ameaça à biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas (competição
com espécies nativas, alteração dos ciclos de nutrientes, água, etc.)
– impactes nos serviços dos ecossistemas (alimentos, fornecimento de água
e recursos diversos, regulação do clima, cheias, doenças, etc.)
– alteração/uniformização dos ecossistemas/paisagens
– alteração dos regimes de fogo
– alteração das cadeias ecológicas/alimentares
• Económicos (Europa: > 12 000 milhões €/ano, EC 2008):
– produtividade - espécies que invadem áreas agrícolas, florestais ou
piscícolas (aquáticas), pragas, epidemias, etc.
– gestão e controlo de invasoras e recuperação de sistemas invadidos
– turismo, etc.
Impactes das plantas invasoras
acácia-de-espigas (Acacia longifolia)
7. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Ecológicos
– ameaça à biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas (competição
com espécies nativas, alteração dos ciclos de nutrientes, água, etc.)
– impactes nos serviços dos ecossistemas (alimentos, fornecimento de água
e recursos diversos, regulação do clima, cheias, doenças, etc.)
– alteração/uniformização dos ecossistemas/paisagens
– alteração dos regimes de fogo
– alteração das cadeias ecológicas/alimentares
• Económicos (Europa: > 12 000 milhões €/ano, EC 2008):
– produtividade - espécies que invadem áreas agrícolas, florestais ou
piscícolas (aquáticas), pragas, epidemias, etc.
– gestão e controlo de invasoras e recuperação de sistemas invadidos
– turismo, etc.
Impactes das plantas invasoras
jacinto-de-água (Eichhornia crassipes)
8. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Ecológicos
– ameaça à biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas (competição
com espécies nativas, alteração dos ciclos de nutrientes, água, etc.)
– impactes nos serviços dos ecossistemas (alimentos, fornecimento de água
e recursos diversos, regulação do clima, cheias, doenças, etc.)
– alteração/uniformização dos ecossistemas/paisagens
– alteração dos regimes de fogo
– alteração das cadeias ecológicas/alimentares
• Económicos (Europa: > 12 000 milhões €/ano, EC 2008):
– produtividade - espécies que invadem áreas agrícolas, florestais ou
piscícolas (aquáticas), pragas, epidemias, etc.
– gestão e controlo de invasoras e recuperação de sistemas invadidos
– turismo, etc.
Impactes das plantas invasoras
mimosa (Acacia dealbata; Foto: V. Carvalho)
9. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Ecológicos
– ameaça à biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas (competição
com espécies nativas, alteração dos ciclos de nutrientes, água, etc.)
– impactes nos serviços dos ecossistemas (alimentos, fornecimento de água
e recursos diversos, regulação do clima, cheias, doenças, etc.)
– alteração/uniformização dos ecossistemas/paisagens
– alteração dos regimes de fogo
– alteração das cadeias ecológicas/alimentares
• Económicos (Europa: > 12 000 milhões €/ano, EC 2008):
– produtividade - espécies que invadem áreas agrícolas, florestais ou
piscícolas (aquáticas), pragas, epidemias, etc.
– gestão e controlo de invasoras e recuperação de sistemas invadidos
– turismo, etc.
Impactes das plantas invasoras
Austrália (Acacia melanoxylon) Foto: F. Caetano
10. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Ecológicos
– ameaça à biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas (competição
com espécies nativas, alteração dos ciclos de nutrientes, água, etc.)
– impactes nos serviços dos ecossistemas (alimentos, fornecimento de água
e recursos diversos, regulação do clima, cheias, doenças, etc.)
– alteração/uniformização dos ecossistemas/paisagens
– alteração dos regimes de fogo
– alteração das cadeias ecológicas/alimentares
• Económicos (Europa: > 12 000 milhões €/ano, EC 2008):
– produtividade - espécies que invadem áreas agrícolas, florestais ou
piscícolas (aquáticas), pragas, epidemias, etc.
– gestão e controlo de invasoras e recuperação de sistemas invadidos
– turismo, etc.
Impactes das plantas invasoras
háquea-picante (Hakea sericea)
11. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Ecológicos
– ameaça à biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas (competição
com espécies nativas, alteração dos ciclos de nutrientes, água, etc.)
– impactes nos serviços dos ecossistemas (alimentos, fornecimento de água
e recursos diversos, regulação do clima, cheias, doenças, etc.)
– alteração/uniformização dos ecossistemas/paisagens
– alteração dos regimes de fogo
– alteração das cadeias ecológicas/alimentares
• Económicos (Europa: > 12 000 milhões €/ano, EC 2008):
Impactes das plantas invasoras
12. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Ecológicos
– ameaça à biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas (competição
com espécies nativas, alteração dos ciclos de nutrientes, água, etc.)
– impactes nos serviços dos ecossistemas (alimentos, fornecimento de água
e recursos diversos, regulação do clima, cheias, doenças, etc.)
– alteração/uniformização dos ecossistemas/paisagens
– alteração dos regimes de fogo
– alteração das cadeias ecológicas/alimentares
• Económicos (Europa: > 12 000 milhões €/ano, EC 2008):
– produtividade - espécies que invadem áreas agrícolas, florestais ou
piscícolas (aquáticas), pragas, epidemias, etc.
Impactes das plantas invasoras (1)
13. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Ecológicos
– ameaça à biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas (competição
com espécies nativas, alteração dos ciclos de nutrientes, água, etc.)
– impactes nos serviços dos ecossistemas (alimentos, fornecimento de água
e recursos diversos, regulação do clima, cheias, doenças, etc.)
– alteração/uniformização dos ecossistemas/paisagens
– alteração dos regimes de fogo
– alteração das cadeias ecológicas/alimentares
• Económicos (Europa: > 12 000 milhões €/ano, EC 2008):
– produtividade - espécies que invadem áreas agrícolas, florestais ou
piscícolas (aquáticas), pragas, epidemias, etc.
– gestão e controlo de invasoras e recuperação de sistemas invadidos
Impactes das plantas invasoras (1)
14. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Ecológicos
– ameaça à biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas (competição
com espécies nativas, alteração dos ciclos de nutrientes, água, etc.)
– impactes nos serviços dos ecossistemas (alimentos, fornecimento de água
e recursos diversos, regulação do clima, cheias, doenças, etc.)
– alteração/uniformização dos ecossistemas/paisagens
– alteração dos regimes de fogo
– alteração das cadeias ecológicas/alimentares
• Económicos (Europa: > 12 000 milhões €/ano, EC 2008):
– produtividade - espécies que invadem áreas agrícolas, florestais ou
piscícolas (aquáticas), pragas, epidemias, etc.
– gestão e controlo de invasoras e recuperação de sistemas invadidos
– turismo de natureza, etc.
Impactes das plantas invasoras (1)
15. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Diminuição disponibilidade água nos lençóis freáticos
– espécies muito exigentes no seu consumo, quer pelas suas
características, quer pelas densidades elevadas que atingem
• Impactes na saúde pública
– espécies tóxicas, “cortantes”, que provocam doenças,
alergias, ou funcionam como vectores de pragas
Impactes das plantas invasoras
16. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Diminuição disponibilidade água nos lençóis freáticos
– espécies muito exigentes no seu consumo, quer pelas suas
características, quer pelas densidades elevadas que atingem
• Impactes na saúde pública
– espécies tóxicas, “cortantes”, que provocam doenças,
alergias, ou funcionam como vectores de pragas
Impactes das plantas invasoras
17. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Diminuição disponibilidade água nos lençóis freáticos
– espécies muito exigentes no seu consumo, quer pelas suas
características, quer pelas densidades elevadas que atingem
• Impactes na saúde pública
– espécies tóxicas, “cortantes”, que provocam doenças,
alergias, ou funcionam como vectores de pragas
Impactes das plantas invasoras
18. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Estética da paisagem…
• Impactes socioculturais
• “Festa da mimosa” (década 70 a 1988)…
• Safaris fotográficos
• Aproveitamento para lenha, cestaria, etc.
• …
Impactes das plantas invasoras
19. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Estética da paisagem…
• Impactes socioculturais
• “Festa da mimosa” (década 70 a 1988)…
• Safaris fotográficos
Impactes das plantas invasoras (3)
20. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Estética da paisagem…
• Impactes socioculturais
• “Festa da mimosa” (década 70 a 1988)…
• Safaris fotográficos
• Aproveitamento para lenha, cestaria, etc.
Impactes das plantas invasoras
21. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Estética da paisagem…
• Impactes socioculturais
• “Festa da mimosa” (década 70 a 1988)…
• Safaris fotográficos
• Aproveitamento para lenha, cestaria, etc.
• …
Impactes das plantas invasoras
As espécies invasoras são uma das maiores ameaças ao
bem-estar ambiental e económico do planeta
GISP (Global Invasive Species Programme)
22. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
• Estética da paisagem…
• Impactes socioculturais
• “Festa da mimosa” (década 70 a 1988)…
• Safaris fotográficos
• Aproveitamento para lenha, cestaria, etc.
• …
Impactes das plantas invasoras
As Espécies Exóticas Invasoras são a 5ª principal causa
de perda de biodiversidade a nível Global(1ª Alterações do uso
do solo/mar; 2ª Exploração directa de espécies/recursos; 3ª Alterações climáticas; 4ª Poluição)
IPBES (Nações Unidas, Maio 2019)
23. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
Principais plantas invasoras
relacionadas com o fogo
Invasoras.pt
24. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
mimosa (Acacia dealbata) – Austrália
Invade principalmente vales e zonas montanhosas,
margens de cursos de água e vias de comunicação
25. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
26. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
27. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
austrália (Acacia melanoxylon) – Austrália
Invade principalmente vales e zonas montanhosas,
margens de cursos de água e vias de comunicação
28. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
29. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
30. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
acácia-de-espigas (Acacia longifolia) – Austrália
Invade principalmente dunas costeiras, cabos e margens
de linhas de água
31. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
32. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
33. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
Outras espécies de Acacia
Acacia retinodesAcacia saligna
Acacia mearnsii
Acacia pycnantha
34. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
háquea-picante (Hakea sericea) – Austrália
Invade principalmente áreas perturbadas ou semi-
naturais, junto a áreas onde foi plantada (e.g., sebes)
35. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
36. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
37. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
háquea-folhas-de-salgueiro (Hakea salicifolia) – Austrália
Invade principalmente áreas perturbadas e sítios ventosos
e secos, sobretudo perto do mar e adjacentes a sebes
onde foi plantada.
38. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
39. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
40. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
O que têm estas espécies em comum?
São espécies pirófitas!
Com estratégias diferentes…
O que acontece quando ardem?
41. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
As acácias (Acacia spp.) têm…
• banco de sementes NUMEROSO enterrado no SOLO
42. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
As acácias (Acacia spp.) têm…
• banco de sementes NUMEROSO enterrado no SOLO
• sementes podem permanecer viáveis no solo durante
muitos anos
• germinação estimulada pelo fogo
43. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
44. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
45. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
46. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
47. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
48. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
As acácias (Acacia spp.) têm…
• banco de sementes NUMEROSO enterrado no SOLO
• sementes podem permanecer viáveis no solo durante
muitos anos
• germinação estimulada pelo fogo
• algumas árvores não morrem e rebentam de touça ou
nos troncos
49. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
50. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
51. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
As acácias (Acacia spp.) têm…
• banco de sementes NUMEROSO enterrado no SOLO
• sementes podem permanecer viáveis no solo durante
muitos anos
• germinação estimulada pelo fogo
• algumas árvores não morrem e rebentam de touça ou
nos troncos
• área de dispersão geralmente mantém-se perto das
áreas previamente invadidas após incêndios
52. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
As háqueas (Hakea spp.) têm…
• banco de sementes NUMEROSO na própria ÁRVORE
53. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
As háqueas (Hakea spp.) têm…
• banco de sementes NUMEROSO na própria ÁRVORE
• abertura dos frutos, e consequentemente a dispersão
das sementes, estimulada pelo fogo.
54. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
55. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
56. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
57. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
58. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
59. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
60. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
61. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
62. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
As háqueas (Hakea spp.) têm…
• banco de sementes NUMEROSO na própria ÁRVORE
• abertura dos frutos, e consequentemente a dispersão
das sementes, estimulada pelo fogo.
• área de dispersão pode aumentar muito após
incêndios
63. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
Outras espécies invasoras lenhosas & fogo
Robinia pseudoacacia Eucalyptus globulus
Albizia lophantha Ailanthus altissima
64. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
A gestão(pós-fogo)precisa considerar as plantas invasoras
Elevadas taxas de crescimento e/ou dispersão
• Nascem e crescem + rápido do que outras espécies (regeneração
natural, plantações, sementeiras) ajustar acções de recupera-
ção (esperar…) ao desenvolvimento das invasoras que surgirem
Evitar que ameacem outras acções!
65. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
Elevadas taxas de crescimento e/ou dispersão
• Nascem e crescem + rápido do que outras espécies (regeneração
natural, plantações, sementeiras) ajustar acções de recupera-
ção (esperar…) ao desenvolvimento das invasoras que surgirem
Respostas rápidas (q.b.) mas adaptadas ao que surgir:
Acácias: Eliminar plântulas (germinação!) mas ESPERAR (muitas
morrem): motorroçadora (< palmo), arranque (e.g., voluntariado),
pastoreio, outra perturbação do solo, etc…; também rebentos.
- Possivelmente, várias fases de germinação…
Háqueas: pode esperar-se até ca. 12 – 18 meses – arranque,
corte, fogo controlado (?), gradagem, etc… (áreas extensas)
NÃO deixar invasoras formar semente EVITAR o reinício do ciclo!
A gestão(pós-fogo)precisa considerar as plantas invasoras
66. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
Acácia-de-espigas:
• à medida que o agente de controlo natural Trichilogaster
acaciaelongifoliae se for estabelecendo conter plantas mais
jovens; diminuir a produção de sementes nas adultas; diminuir
dispersão a longo-prazo.
1mm
A gestão(pós-fogo)precisa considerar as plantas invasoras
67. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
Mas as nativas também recuperam
68. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
Mas as nativas também recuperam
69. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
Mas as nativas também recuperam
70. Viana do Castelo | 29 Novembro 2019 | Jornadas Internacionais Fogos Florestais
Obrigada!
Mais informação: invasoras.pt & emarchante@uc.pt
https://www.facebook.com/InvasorasPt | https://www.instagram.com/invasoraspt/
Notas do Editor
Para 30min total, com perguntas, no painel “As mudanças na Paisagem e no Clima e os Grandes Incêndios Florestais”
EC 2008: European Commission (EC), Towards an EU Strategy on Invasive Species [COM(2008) 789, EC, Brussels 2008].
EC 2008: European Commission (EC), Towards an EU Strategy on Invasive Species [COM(2008) 789, EC, Brussels 2008].
EC 2008: European Commission (EC), Towards an EU Strategy on Invasive Species [COM(2008) 789, EC, Brussels 2008].
EC 2008: European Commission (EC), Towards an EU Strategy on Invasive Species [COM(2008) 789, EC, Brussels 2008].
EC 2008: European Commission (EC), Towards an EU Strategy on Invasive Species [COM(2008) 789, EC, Brussels 2008].
Plantas que provocam alergias além das acácias: cortaderia (alergia a gramíneas e cortante!), ailantos (pólen), avoadinhas (pólen), figueira do inferno (Datura, quase toda tóxica, em especial sementes)
Estética da paisagem – começar pela paisagem amarela, falar de safaris fotográficos e festa da mimosa, mas depois passar para as outras fotos… associam beleza a estas paisagens?
Reducing recreational and landscape aesthetics is a social impact of invasive plants. Infestations make trails impassable, and the burrs, spines, and prickles of many species can puncture bike tires and reduce enjoyment of natural areas. Seeds and plant parts hitch a ride on hiking boots, clothing, pets, birds, and vehicles, resulting in new infestations over great distances. For example, carpet burweed (Soliva sessilis) is a nuisance to recreation enthusiasts on Vancouver Island and the Gulf Islands. Spiny seeds cause physical discomfort and sometimes infection when stepped on, resulting in reduced enjoyment of parks, beaches, sports fields, and golf courses. It also forms unsightly brown patches in summer, reducing the aesthetic value of parks and golf courses, according to the Canadian Food Inspection Agency. While impeding recreation and reducing aesthetics of enjoyable landscapes, invasive plants also lower property values. - See more at: http://bcinvasives.ca/news-events/media/articles/the-impacts-of-invasive-plants-in-bc-why-are-they-a-problem/#sthash.tt0fls63.dpuf
Plantas que provocam alergias além das acácias: cortaderia (alergia a gramíneas e cortante!), ailantos (pólen), avoadinhas (pólen), figueira do inferno (Datura, quase toda tóxica, em especial sementes)
Estética da paisagem – começar pela paisagem amarela, falar de safaris fotográficos e festa da mimosa, mas depois passar para as outras fotos… associam beleza a estas paisagens?
Reducing recreational and landscape aesthetics is a social impact of invasive plants. Infestations make trails impassable, and the burrs, spines, and prickles of many species can puncture bike tires and reduce enjoyment of natural areas. Seeds and plant parts hitch a ride on hiking boots, clothing, pets, birds, and vehicles, resulting in new infestations over great distances. For example, carpet burweed (Soliva sessilis) is a nuisance to recreation enthusiasts on Vancouver Island and the Gulf Islands. Spiny seeds cause physical discomfort and sometimes infection when stepped on, resulting in reduced enjoyment of parks, beaches, sports fields, and golf courses. It also forms unsightly brown patches in summer, reducing the aesthetic value of parks and golf courses, according to the Canadian Food Inspection Agency. While impeding recreation and reducing aesthetics of enjoyable landscapes, invasive plants also lower property values. - See more at: http://bcinvasives.ca/news-events/media/articles/the-impacts-of-invasive-plants-in-bc-why-are-they-a-problem/#sthash.tt0fls63.dpuf
Plantas que provocam alergias além das acácias: cortaderia (alergia a gramíneas e cortante!), ailantos (pólen), avoadinhas (pólen), figueira do inferno (Datura, quase toda tóxica, em especial sementes)
Estética da paisagem – começar pela paisagem amarela, falar de safaris fotográficos e festa da mimosa, mas depois passar para as outras fotos… associam beleza a estas paisagens?
Reducing recreational and landscape aesthetics is a social impact of invasive plants. Infestations make trails impassable, and the burrs, spines, and prickles of many species can puncture bike tires and reduce enjoyment of natural areas. Seeds and plant parts hitch a ride on hiking boots, clothing, pets, birds, and vehicles, resulting in new infestations over great distances. For example, carpet burweed (Soliva sessilis) is a nuisance to recreation enthusiasts on Vancouver Island and the Gulf Islands. Spiny seeds cause physical discomfort and sometimes infection when stepped on, resulting in reduced enjoyment of parks, beaches, sports fields, and golf courses. It also forms unsightly brown patches in summer, reducing the aesthetic value of parks and golf courses, according to the Canadian Food Inspection Agency. While impeding recreation and reducing aesthetics of enjoyable landscapes, invasive plants also lower property values. - See more at: http://bcinvasives.ca/news-events/media/articles/the-impacts-of-invasive-plants-in-bc-why-are-they-a-problem/#sthash.tt0fls63.dpuf
Plantas que provocam alergias além das acácias: cortaderia (alergia a gramíneas e cortante!), ailantos (pólen), avoadinhas (pólen), figueira do inferno (Datura, quase toda tóxica, em especial sementes)
Estética da paisagem – começar pela paisagem amarela, falar de safaris fotográficos e festa da mimosa, mas depois passar para as outras fotos… associam beleza a estas paisagens?
Reducing recreational and landscape aesthetics is a social impact of invasive plants. Infestations make trails impassable, and the burrs, spines, and prickles of many species can puncture bike tires and reduce enjoyment of natural areas. Seeds and plant parts hitch a ride on hiking boots, clothing, pets, birds, and vehicles, resulting in new infestations over great distances. For example, carpet burweed (Soliva sessilis) is a nuisance to recreation enthusiasts on Vancouver Island and the Gulf Islands. Spiny seeds cause physical discomfort and sometimes infection when stepped on, resulting in reduced enjoyment of parks, beaches, sports fields, and golf courses. It also forms unsightly brown patches in summer, reducing the aesthetic value of parks and golf courses, according to the Canadian Food Inspection Agency. While impeding recreation and reducing aesthetics of enjoyable landscapes, invasive plants also lower property values. - See more at: http://bcinvasives.ca/news-events/media/articles/the-impacts-of-invasive-plants-in-bc-why-are-they-a-problem/#sthash.tt0fls63.dpuf
Plantas que provocam alergias além das acácias: cortaderia (alergia a gramíneas e cortante!), ailantos (pólen), avoadinhas (pólen), figueira do inferno (Datura, quase toda tóxica, em especial sementes)
Estética da paisagem – começar pela paisagem amarela, falar de safaris fotográficos e festa da mimosa, mas depois passar para as outras fotos… associam beleza a estas paisagens?
Reducing recreational and landscape aesthetics is a social impact of invasive plants. Infestations make trails impassable, and the burrs, spines, and prickles of many species can puncture bike tires and reduce enjoyment of natural areas. Seeds and plant parts hitch a ride on hiking boots, clothing, pets, birds, and vehicles, resulting in new infestations over great distances. For example, carpet burweed (Soliva sessilis) is a nuisance to recreation enthusiasts on Vancouver Island and the Gulf Islands. Spiny seeds cause physical discomfort and sometimes infection when stepped on, resulting in reduced enjoyment of parks, beaches, sports fields, and golf courses. It also forms unsightly brown patches in summer, reducing the aesthetic value of parks and golf courses, according to the Canadian Food Inspection Agency. While impeding recreation and reducing aesthetics of enjoyable landscapes, invasive plants also lower property values. - See more at: http://bcinvasives.ca/news-events/media/articles/the-impacts-of-invasive-plants-in-bc-why-are-they-a-problem/#sthash.tt0fls63.dpuf
Richardson et al 1987
H. Salicifolia - periodo juvenil de 4 anos, enquanto na H. sericea são 2 anos; esta ultima tem mais sementes, protegidas em frutos mais resistentes ao fogo e + sementes “velhas” estão viáveis no banco de sementes mantido na canópia
Our results suggest that the success of H. sericea relative to other alien Hakea species is due largely to the production of relatively large numbers of viable seeds. Fecundity is an important factor influencing not only the maintenance of established populations, but also the range of dispersal.
Richardson et al 1987
H. Salicifolia - periodo juvenil de 4 anos, enquanto na H. sericea são 2 anos; esta ultima tem mais sementes, protegidas em frutos mais resistentes ao fogo e + sementes “velhas” estão viáveis no banco de sementes mantido na canópia
Our results suggest that the success of H. sericea relative to other alien Hakea species is due largely to the production of relatively large numbers of viable seeds. Fecundity is an important factor influencing not only the maintenance of established populations, but also the range of dispersal.
Para substituir e usar como sebe: cumpressus sempervires, murta (myrtus communis), Nerium oleander; cedro-do-Bussaco (Cupressus lusitanica) – fica “descalço”, Viburnum tinus (folhado)
nao se devem podar bem: medronheiro (Arbutus unedo); oliveira ou zambujeiro – nao dá para podar? Juniperus turbinata (Sabina-da-praia) - cresce pouco; Juniperus navicularis; Myrica faia (samouco);
Williams 1992:
Invasora na nova zelandia, enquanto na áfrica do sul não – na NZ algumas sementes caem dos foliculos, mas a maioria permanece nos foliculos – pode contar-se a idade aproximada pelo ñº de foliculos, porque não formam aneis de crescimento
Sementes que caem dos foliculos germinam facilmente em condições de humidade e nao formam banco de sementes; são aladas e dispersas pelo vento
Na SA dizem que nao é invasora pq os foliculos não protegem as sementes quando há fogo, mas na NZ dizem que invadiu depois de incêndios
Sebes podem ser feitas com Cupressus lusitanica ou murta
Richardson et al 1987 – na SA (pode não ser = em Portugal):
Na SA não invade (pelo menos em 1987); depende de semente para dispersar, mas tb rebenta de touça (dp de corte ou fogo); algumas sementes vão sendo libertadas dos foliculos, mas a maioria permanece na planta até arder ou morrer; não há banco de sementes no solo
H. Salicifolia - periodo juvenil de 4 anos, enquanto na H. sericea são 2 anos; a 1ª produz menos semente que H. sericea; sementes têm menos viabilidade na canópia do que as de H. sericea; os frutos de H. salicifolia são pouco resistentes ao fogo enquanto os de H. sericea são muito - isso quer dizer que quando ardem muitas sementes são destruidas e não invade a seguir.... Pelo menos SA... Mas quando morrem libertam sementes, que apesar de as sementes mais velhas serem menos viáveis do que as de H. sericea, são em quantidade suficiente! E podem invadir
Para substituir e usar como sebe: cumpressus sempervires, murta (myrtus communis), Nerium oleander; cedro-do-Bussaco (Cupressus lusitanica) – fica “descalço”, Viburnum tinus (folhado)
nao se devem podar bem: medronheiro (Arbutus unedo); oliveira ou zambujeiro – nao dá para podar? Juniperus turbinata (Sabina-da-praia) - cresce pouco; Juniperus navicularis; Myrica faia (samouco);
Williams 1992:
Invasora na nova zelandia, enquanto na áfrica do sul não – na NZ algumas sementes caem dos foliculos, mas a maioria permanece nos foliculos – pode contar-se a idade aproximada pelo ñº de foliculos, porque não formam aneis de crescimento
Sementes que caem dos foliculos germinam facilmente em condições de humidade e nao formam banco de sementes; são aladas e dispersas pelo vento
Na SA dizem que nao é invasora pq os foliculos não protegem as sementes quando há fogo, mas na NZ dizem que invadiu depois de incêndios
Sebes podem ser feitas com Cupressus lusitanica ou murta
Richardson et al 1987 – na SA (pode não ser = em Portugal):
Na SA não invade (pelo menos em 1987); depende de semente para dispersar, mas tb rebenta de touça (dp de corte ou fogo); algumas sementes vão sendo libertadas dos foliculos, mas a maioria permanece na planta até arder ou morrer; não há banco de sementes no solo
H. Salicifolia - periodo juvenil de 4 anos, enquanto na H. sericea são 2 anos; a 1ª produz menos semente que H. sericea; sementes têm menos viabilidade na canópia do que as de H. sericea; os frutos de H. salicifolia são pouco resistentes ao fogo enquanto os de H. sericea são muito - isso quer dizer que quando ardem muitas sementes são destruidas e não invade a seguir.... Pelo menos SA... Mas quando morrem libertam sementes, que apesar de as sementes mais velhas serem menos viáveis do que as de H. sericea, são em quantidade suficiente! E podem invadir
Média de Nº plantas/m2 1 ano após fogo: Acacia dealbata 77,8 +- 149,6; Acacia longifolia 64,1 +- 116,9; Acacia melanoxylon 93,2 +- 187,5; Hakea salicifolia 70; Hakea sericea 36 +- 27,8; máx altura A. dealbata 2m, mas média por volta de 80cm; outras spp 30 – 60cm