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1
DESAFIOS GLOBAIS
PARA A AGRICULTURA
Enrique Ortega,
Fabio Takahashi.
Laboratório de Engenharia Ecológica
Faculdade de Engenharia de Alimentos
Unicamp, Caixa Postal 6121
CEP 13083-862 Campinas, SP.
Exemplo de aplicação da
análise emergética on-line:
a produção de maça
+
2
está nos documentários, nos jornais, nas conversas:
A crise global ...
1. Aquecimento global;
2. Esgotamento da disponibilidade de água e
solo agrícola;
3. Perda da biodiversidade;
4. Fim do petróleo e dos fertilizantes químicos;
5. Erosão e desertificação;
6. Êxodo rural e migrações internacionais;
7. Empobrecimento e concentração da riqueza;
8. Tráfico de drogas, criminalidade e guerras;
9. Explosão populacional;
10. Alienação cultural e política.
3
A solução da crise que ameaça a existência
da espécie humana exige mudar o modelo
atual de gestão dos recursos da Biosfera:
O desafio mundial:
Temos que substituir um sistema político
baseado no crescimento e na competição
excludente por um outro modelo que teria
que considerar os recursos limitados da
Terra e visar uma colaboração que inclua.
Trocar o gerente e mudar o modo de operar.
4
As questões são:
Quais são os problemas globais?
Quais são suas causas?
Quais as soluções?
Como fazer a mudança?
Como as pessoas devem participar?
Quais as metas necessárias?
Quais as novas ferramentas de análise
dos sistemas de produção e consumo?
Análise
emergética
5
Lista dos principais problemas globais e suas causas:
Falta de perspectivas para
as sociedades
Decomposição social nas
cidades
Poluição do ar, água e solo
Déficit de alimentos e água
Previsão de déficit energético
Diminuição dos serviços
ambientais
Aquecimento global
Problema
Esgotamento do modelo de
desenvolvimento
Êxodo rural
Falta de emprego na cidade
Padrão de produção industrial
Crescimento populacional
Fim do petróleo
Expansão da agricultura e
das cidades
Queima de combustíveis
fósseis e florestas
Causa
6
Se analisarmos as causas descobrimos um
fator comum:
Ao colocá-los em circulação a humanidade
mudou a Biosfera e criou uma situação de
calamidade mundial.
o desenvolvimento da capacidade humana
de aproveitar os estoques de energia fóssil
(carvão, petróleo, gás) que são recursos não
renováveis de grande poder de impacto.
7
Em apenas duzentos anos foram usados os
estoques de biomassa energética produzidos
durante centenas de milhões de anos.
A metade da poupança energética da Terra
foi torrada em dois séculos!
A outra metade teria que ser usada para
ajudar na transição a um futuro sem recursos
fósseis, com recursos naturais degradados e
a população concentrada nas cidades.
8
A capacidade humana de modificar os
ecossistemas, que já era grande, com a
ajuda do petróleo foi aumentada ao máximo.
Comemos, bebemos, ouvimos e respiramos
petróleo.
O petróleo subsidia a extração de minerais
e recursos naturais distantes e toda a
indústria de transformação: petroquímica,
química, farmacêutica, elétrica, eletrônica,
informática, comunicação.
9
Os benefícios do uso dos energéticos fósseis
foram distribuídos de maneira desigual, porém o
superávit energético permite ainda cuidar
superficialmente dos problemas sociais.
Já no caso dos problemas ambientais, eles se
acumularam e inquietam, pois mesmo que o
mundo mude os problemas permanecerão:
O aquecimento terrestre de um grau centígrado
é iniludível e vai afetar principalmente aos mais
pobres, a recuperação dos ecossistemas leva
tempo e as perdas de espécies são irreparáveis.
10
A identificação dos problemas sócio-
ambientais leva a pensar nas suas causas.
Causa e efeitos são interdependentes,
pois a qualidade da causa estabelece seu
efeito. Então a ação inversa a causa de
um problema mostra sua solução.
Todavia, na prática, a solução pode ser
difícil, pois depende das condições
externas e internas do sistema, da inércia
e da inovação, da viabilidade de uma
série de passos a serem dados.
11
Mudar o padrão de produção e consumo.
Educação sistêmica para entender a inserção
dos grupos humanos dentro da natureza.
Redistribuição da população de acordo com a
capacidade de suporte renovável.
Promover um padrão de vida sustentável.
Previsão de
déficit de
alimentos e água.
Produção sustentável de energia da biomassa.
Déficit energético.
Ajustar e reestruturar a agricultura e as
cidades.
Preservar os ecossistemas remanescentes.
Recuperar os ecossistemas nativos.
Diminuição dos
serviços
ambientais.
Reduzir a queima de combustíveis fósseis.
Parar a queima das florestas da Amazônia.
Recuperar a mata nativa.
Aquecimento
global.
Solução sugerida pela inversão da causa
Problema
Está na hora de inverter as causas para achar as soluções:
12
Solução sugerida pela inversão da causa
Problema
Discutir em todos os espaços públicos o
esgotamento do modelo de
desenvolvimento e debater novos
modelos de produção e consumo, os
paradigmas culturais e as ideologias.
Falta de
perspectivas para as
sociedades.
Desenvolver sistemas que gerem postos
de trabalho no campo e na cidade.
Decomposição
social nas cidades.
Diminuir a indústria e torná-la ecológica.
Poluição do ar, das
águas e do solo.
13
Podemos agora agrupar as soluções
e visualizar as metas globais prioritárias:
14
1ª meta: aquisição de consciência
(1) Colocar no dia a dia e nos meios de
comunicação a situação real da
humanidade, procurar as causas dos
problemas e mostrar suas drásticas
conseqüências.
(2) Discutir publicamente o esgotamento
do modelo de desenvolvimento global
e os desdobramentos da sua falência
no âmbito nacional, regional e local.
15
1ª meta: aquisição de consciência
(3) Discutir o intercâmbio econômico entre
nações, preço justo, inclusão das
externalidades negativas e das perdas
de serviços ambientais.
(5) Debater modelos culturais e ideologias.
(6) Descobrir as resistências a mudança e
os fatores que a impulsionam.
(4) Imaginar e propor modelos renováveis
para a produção e o consumo
(exemplos: SIPAES, ecounidades).
16
2ª meta: educação sistêmica
Uso intenso da educação à distância,
usando vários recursos de comunicação,
para que todos os grupos sociais possam
entender, de maneira científica, como
ocorreu no passado e como ocorre hoje a
inserção da sociedade humana nos
ecossistemas.
17
3ª meta: ciência, tecnologia e cultura
Promover o uso da Economia Biofísica e da
Modelagem e Simulação de Ecossistemas
para interpretar o funcionamento dos
sistemas de produção e consumo.
Gerar alternativas tecnológicas e
procedimentos de ajuste para conseguir um
modelo da produção e consumo ecológico.
Reduzir ao máximo os excessos. Redistribuir
a população de acordo com a capacidade de
suporte renovável.
18
4ª meta: ações justificadas
Desenvolver sistemas que gerem postos de
trabalho com renovabilidade e baixo custo.
Reduzir a queima de combustíveis fósseis.
Moratória para a queima das florestas.
Recuperar a mata nativa.
Promover sistemas de produção sustentável de
alimentos, energia da biomassa, emprego de boa
qualidade e serviços ambientais.
Ajustar, reestruturar e integrar a agricultura e as
cidades.
19
Pode ser observado que na listagem de
metas prioritárias os sistemas rurais
(agricultura e ecossistemas remanescentes)
têm um papel vital na solução dos
problemas da humanidade.
Análise sistêmica da agricultura
20
A Figura 1 mostra a
agricultura ecológica
21
22
A Figura 2 mostra a
agricultura química baseada
nos derivados do petróleo
23
24
- Perda da auto-suficiência de materiais que
são incorporados pela ação da
biodiversidade;
- Perda do capital natural (mata nativa)
- Perda do capital humano (êxodo rural);
- Aumento da produtividade atrelada a uma
queda de preço das commodities;
- Dependência dos derivados do petróleo e
dos preços dos insumos industriais;
Nos dois séculos anteriores a agricultura
ecológica se tornou química e houve:
25
- Ação dos lobbies das indústrias químicas
para mudar as leis;
- Pressão ideológica, política e militar pelo
pagamento da “dívida externa”;
- Perda da visão da agricultura como um
sistema orgânico;
- Emissão de gases de efeito estufa.
- Concentração da propriedade e da riqueza
Nos dois séculos anteriores a agricultura
ecológica se tornou química e houve:
26
Ecossistemas
Atmosfera
Recursos de
reposição rápida
(solo, água)
Minerais da
rocha mãe
NPK + outros
Energia degradada
Radiação
solar
Gravidade
lunar
Calor
interno da
Terra
Decompo-
sitores
Informa-
ção
Consumi-
dores
Recursos de
reposição lenta
(florestas)
Recursos de
reposição muito
lenta (espécies)
Recursos de
reposição
infinitamente lenta
(energéticos
fósseis)
CO2
N2
Agricultura
27
Agro-ecossistemas sustentáveis
Agro-ecossistema
diversificado
Aqüífero
local
Estoque internos
potencialmente
renováveis: solo,
nutrientes, água e
biodiversidade
Aqüíferos
externos
Energia degradada
Energia
solar
direta
Chuva
vento
Resíduos e
perdas
Infra-
estrutura
rural
Sedi-
mentos
Cursos
de água
Nutri-
entes
Rocha
mãe
(subsolo)
Nutrientes
atmosfera
NPC
Biodi-
versidade
externa
População
rural Cultura e
tecnologia
local
$
Nutrientes
externos
renováveis
Materiais
e equipa-
mentos
Serviços
públicos e
privados
Produtos
Retorno
econômico
Reciclagem
Despesas
Perdas mínimas
sem grande
impacto ambiental
Serviços
ambientais
28
Destruição dos agro-ecossistemas
Agro-ecossistema
diversificado
Aqüífero
local
Estoque internos
potencialmente
renováveis: solo,
nutrientes, água e
biodiversidade
Aqüíferos
externos
Energia degradada
Energia
solar
direta
Chuva
vento
Resíduos e
perdas
Infra-
estrutura
rural
Sedi-
mentos
Cursos
de água
Nutri-
entes
Rocha
mãe
(subsolo)
Nutrientes
atmosfera
NPC
Biodi-
versidade
externa
População
rural Cultura e
tecnologia
local
$
Produtos
químicos
derivados do
petróleo ( não
renováveis)
Materiais
e equipa-
mentos
Serviços
públicos e
privados
Produtos
Retorno
econômico
Reciclagem
Despesas
Poluição
e outras
externalidades
negativas
Perdas
29
Agro-ecossistema
diversificado
Aqüífero
local
Aqüíferos
externos
Energia degradada
Energia
solar
direta
Chuva
vento
Resíduos e
perdas
Sedi-
mentos
Cursos
de água
Nutri-
entes
$
Produtos
químicos
derivados do
petróleo ( não
renováveis)
Materiais
e equipa-
mentos
Serviços
públicos e
privados
Produtos
Retorno
econômico
Reciclagem
Despesas
Externalidades
negativas
Carência de
serviços
ambientais
Sistemas simplificados dependentes.
30
Transferência da riqueza
Preços crescentes dos insumos
derivados do petróleo.
Preços menores para
os produtos agrícolas.
31
Concentração da riqueza e exclusão social
Venda ou arrendamento da
propriedade para os maiores.
32
Tendência dos preços
0 modelo MINIWORLD (Odum, 2000) simula o
comportamento dos preços dos produtos em função
da disponibilidade de recursos fósseis.
Estoques
acumulados da
economia
humana
Recursos
renováveis
Reservas de
recursos não
renováveis Produto
interno bruto
(PIB)
$
produção
MINIWORLD
33
Tendência dos preços
Os resultados mostram que os preços dos produtos
diminuem quando o petróleo esta disponível a baixo
preço e depois aumentam.
34
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36
Agro-ecossistema
diversificado
Aqüífero
local
Aqüíferos
externos
Energia degradada
Energia
solar
direta
Chuva
vento
Resíduos e
perdas
Sedi-
mentos
Cursos
de água
Nutri-
entes
$
Produtos
químicos
derivados do
petróleo ( não
renováveis)
Materiais
e equipa-
mentos
Serviços
públicos e
privados
Produtos
Retorno
econômico
Reciclagem
Despesas
Externalidades
negativas
Carência de
serviços
ambientais
Sistemas simplificados dependentes.
37
Recuperação do sistema
Agro-ecossistema
diversificado
Aqüífero
local
Estoque internos
potencialmente
renováveis: solo,
nutrientes, água e
biodiversidade
Aqüíferos
externos
Energia degradada
Energia
solar
direta
Chuva
vento
Resíduos e
perdas
Infra-
estrutura
rural
Sedi-
mentos
Cursos
de água
Nutri-
entes
Rocha
mãe
(subsolo)
Nutrientes
atmosfera
NPC
Biodi-
versidade
externa
População
rural Cultura e
tecnologia
local
$
Nutrientes
externos
renováveis
Materiais
e equipa-
mentos
Serviços
públicos e
privados
Produtos
Retorno
econômico
Reciclagem
Despesas
Perdas mínimas
sem grande
impacto ambiental
Serviços
ambientais
pagos
Comercio justo
Multas
Consciência
Percepção
sistêmica e
política
Organização
E Luta
Inclusão das
externalidades e
dos serviços
ambientais
informação e
políticas para o
desenvolvimento
sustentável
38
Avaliação emergética:
uma ferramenta de grande utilidade.
!
39
A análise “emergética” é uma ferramenta
de contabilidade da Economia Biofísica
proposta por H. T. Odum com o apoio de
vários colaboradores, entre eles:
Scienceman, Brown, Ulgiati, Campbell.
Através de balanços de energia dos
processos que geram os recursos da
biosfera ela consegue medir o trabalho
realizado.
40
Transformidades
Tr = 2000 calorias solares
por caloria de biomassa
Tr = 80000 calorias solares
por caloria de carvão
Tr = 300000 calorias solares
por caloria de eletricidade
Tr = 10 x 106 calorias solares
por caloria de trabalho humano
41
A análise “emergética” expressa todos os
recursos utilizados na mesma unidade
(energia solar equivalente ou “emergia solar”)
e pode então agregá-los conforme sua origem e
propor razões dos valores agregados para
oferecer indicadores de desempenho.
Ela surgiu da Ecologia de Sistemas e da
Termodinâmica de Sistemas Abertos. A
metodologia emergética pode analisar sistemas
complexos, naturais ou antrópicos (dominados
pelo homem).
42
A emergia é definida como a energia utilizada
direta e indiretamente para produzir um
recurso, que pode ser um bem, um serviço ou
informação.
A chave do sucesso na aplicação da
metodologia está na preparação dos
diagramas dos sistemas que devem identificar
todas as forças potenciais e as atuantes, as
interações e os produtos (desejados ou não)
para depois obter em campo os valores
comuns dos fluxos.
43
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44
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Utiliza-se o valor
da energia gasta
na produção de
cada insumo
Economia
Biofísica
49
Os recursos são colocados em ordem de intensidade e renovabilidade
Os fluxos de entrada
convertem-se em fluxos de
emergia solar, multiplicando-
os com a “transformidade”
respectiva.
50
O objetivo do procedimento usado: agrupar fluxos
conforme sua origem, somá-los e obter razões
R1
N
estoque
interno
Q
Produto
interações
R2
$
M
S
Recursos da
Natureza
( I ) = R + N
Recursos
Econômicos
( F ) = M + S
Emergia total
( Y ) = I + F
Ep = energia
do produto
$ vendas
51
A análise emergética mede a sustentabilidade de
um sistema, o saldo de emergia líquida, a pressão
sobre o ambiente, o intercambio entre sistemas.
Energia líquida:
EYR = Y/F
Investimento:
EIR = F/I
Renovabilidade
%R = 100(R/Y)
Carga ambiental:
ELR = (F+N)/R
Intercâmbio:
EER = Y/[produto*preço*(emergia/USD)]
Transformidade:
Tr = Y/Ep
F = M + S
R
I = R + N
Produto
Y = I + F
E
Vendas
N
M S
$
52
Figura 3.
Diagrama sistêmico da
agricultura
53
54
55
56
57
58
59
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60
61
62
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63
Estudo de caso: produção de maça..
O cultivo da macieira teve início na década dos 70
com uma produção de 1.000 toneladas por ano. O
Ministério da Agricultura aponta uma safra de
842.000 toneladas em 2003. A produção se
concentra no Rio Grande do Sul e Santa Catarina,
com pequenos traços no Paraná, São Paulo e Minas
Gerais.
Foram feitos por Francescatto (2007) balanços de
emergia para comparar três sistemas de produção de
maça: familiar convencional, familiar orgânico e
patronal de grande escala. A tabela emergética do
sistema familiar convencional pode ser vista a seguir.
64
Tabela 1.
Avaliação emergética do sistema de
produção familiar de maçãs de tipo
convencional (agro-químico).
Os valores dos fluxos emergéticos da tabela
devem ser multiplicados por 1013 sej/ha/ano)
65
nota Item
%
Ren.
Unid.
Unidades
/ha/ano
seJ/unid.
Fluxo
emergia
renov.
Fluxo
emergia
não-
renovável
Fluxo
emergia
total
Renováveis da natureza (R)
1 Sol 1,00 J 3,10E+10 1,00E+00 0,00 0,00 0,00
2 Vento 1,00 J 3,16E+07 2,45E+03 0,01 0,00 0,01
3 Chuva 1,00 J 6,33E+10 3,10E+04 196,11 0,00 196,11
4 Água córrego 1,00 J 4,72E+07 1,76E+05 0,83 0,00 0,83
5 Nitrogênio atmosférico 1,00 kg 3,40E+00 2,41E+13 8,18 0,00 8,18
6 Fósforo atmosférico 1,00 kg 4,53E+00 2,20E+13 9,96 0,00 9,96
Naturais não renováveis (N)
7 Perda de solo 0,00 J 9,04E+08 1,24E+05 0,00 11,21 11,21
Materiais (M)
8 Combustível 0,01 J 4,45E+08 1,10E+05 0,05 4,85 4,90
9 Eletricidade 0,50 J 8,15E+08 2,69E+05 10,96 10,96 21,93
10 Cálcio queletizado 0,01 kg 7,65E-01 3,80E+11 0,00 0,03 0,03
11 Sulfato de Magnésio 0,01 kg 8,15E+00 3,80E+11 0,00 0,31 0,31
12 Calcário 0,01 kg 2,26E+02 1,00E+12 0,23 22,42 22,64
13 Sementes 0,01 kg 2,11E+00 1,48E+12 0,00 0,31 0,31
14 Concreto 0,01 kg 9,00E+01 1,54E+12 0,14 13,72 13,86
15 Potássio 0,01 kg 4,53E+01 1,74E+12 0,08 7,80 7,88
16 Aço 0,01 kg 1,92E+01 2,20E+12 0,04 4,18 4,22
17 Mudas Frutíferas 0,01 US$ 2,61E+01 3,11E+12 0,08 8,05 8,13
18 Hormônios 0,01 US$ 5,27E+01 3,11E+12 0,16 16,23 16,39
19 Sulfato de Cobre 0,01 kg 8,60E-01 6,38E+12 0,01 0,54 0,55
20 Fósforo 0,01 kg 4,53E+01 2,20E+13 1,00 98,62 99,62
21 Nitrogênio 0,01 kg 3,40E+01 2,41E+13 0,82 81,03 81,84
22 Fungicida 0,01 kg 1,79E+01 2,49E+13 0,45 44,17 44,62
23 Herbicida 0,01 kg 2,52E+00 2,49E+13 0,06 6,20 6,26
24 Inseticida 0,01 kg 1,58E+00 2,49E+13 0,04 3,90 3,94
Serviços (S)
25 Mão de Obra 0,60 J 1,32E+08 2,80E+06 22,10 14,73 36,84
26 Externalidades 0,00 US$ 2,40E+02 3,11E+12 0,00 74,64 74,64
27 Impostos 0,05 US$ 6,69E+01 3,11E+12 1,04 19,75 20,79
66
R
I = R + N
N
nota Item
%
Ren.
Unid.
Unidades
/ha/ano
seJ/unid.
Fluxo
emergia
renov.
Fluxo
emergia
não-
renovável
Fluxo
emergia
total
Renováveis da natureza (R)
1 Sol 1,00 J 3,10E+10 1,00E+00 0,00 0,00 0,00
2 Vento 1,00 J 3,16E+07 2,45E+03 0,01 0,00 0,01
3 Chuva 1,00 J 6,33E+10 3,10E+04 196,11 0,00 196,11
4 Água córrego 1,00 J 4,72E+07 1,76E+05 0,83 0,00 0,83
5 Nitrogênio atmosférico 1,00 kg 3,40E+00 2,41E+13 8,18 0,00 8,18
6 Fósforo atmosférico 1,00 kg 4,53E+00 2,20E+13 9,96 0,00 9,96
Naturais não renováveis (N)
7 Perda de solo 0,00 J 9,04E+08 1,24E+05 0,00 11,21 11,21
67
M
Materiais (M)
8 Combustível 0,01 J 4,45E+08 1,10E+05 0,05 4,85 4,90
9 Eletricidade 0,50 J 8,15E+08 2,69E+05 10,96 10,96 21,93
10 Cálcio queletizado 0,01 kg 7,65E-01 3,80E+11 0,00 0,03 0,03
11 Sulfato de Magnésio 0,01 kg 8,15E+00 3,80E+11 0,00 0,31 0,31
12 Calcário 0,01 kg 2,26E+02 1,00E+12 0,23 22,42 22,64
13 Sementes 0,01 kg 2,11E+00 1,48E+12 0,00 0,31 0,31
14 Concreto 0,01 kg 9,00E+01 1,54E+12 0,14 13,72 13,86
15 Potássio 0,01 kg 4,53E+01 1,74E+12 0,08 7,80 7,88
16 Aço 0,01 kg 1,92E+01 2,20E+12 0,04 4,18 4,22
17 Mudas Frutíferas 0,01 US$ 2,61E+01 3,11E+12 0,08 8,05 8,13
18 Hormônios 0,01 US$ 5,27E+01 3,11E+12 0,16 16,23 16,39
19 Sulfato de Cobre 0,01 kg 8,60E-01 6,38E+12 0,01 0,54 0,55
20 Fósforo 0,01 kg 4,53E+01 2,20E+13 1,00 98,62 99,62
21 Nitrogênio 0,01 kg 3,40E+01 2,41E+13 0,82 81,03 81,84
22 Fungicida 0,01 kg 1,79E+01 2,49E+13 0,45 44,17 44,62
23 Herbicida 0,01 kg 2,52E+00 2,49E+13 0,06 6,20 6,26
24 Inseticida 0,01 kg 1,58E+00 2,49E+13 0,04 3,90 3,94
68
F = M + S
S
Serviços (S)
25 Mão de Obra 0,60 J 1,32E+08 2,80E+06 22,10 14,73 36,84
26 Externalidades 0,00 US$ 2,40E+02 3,11E+12 0,00 74,64 74,64
27 Impostos 0,05 US$ 6,69E+01 3,11E+12 1,04 19,75 20,79
69
Também foram construídas tabelas
para o sistema familiar orgânico e
o sistema patronal.
70
A Tabela 2 mostra os valores dos fluxos
agregados de emergia para os três
sistemas estudados.
71
Tabela 2. Fluxos agregados de emergia.
Valores em 1013 sej/ha/ano
2619
593
696
Y = I + F
Emergia usada
2397
331
470
F = M + S
Feedback da
economia
701
58
132
S
Serviços
1696
273
337
M
Materiais
221
262
226
I = R + N
Inputs naturais
22
11
11
N
Não renováveis
198
250
215
R
Renováveis
Patronal
Familiar
Orgânico
Familiar
convencional
Símbolo
Recursos agregados
A contribuição da natureza é quase a mesma para todos
eles porém o uso dos recursos da economia humana.
72
A diferença dentre estes sistemas deve-se
ao uso de materiais e serviços
provenientes da economia.
Ocorre um maior uso desses recursos no
sistema industrial, o que acarreta em
piores índices de desempenho emergético.
Os principais índices foram calculados
para os sistemas estudados e podem ser
vistos na tabela 3, mostrada a seguir.
73
Tabela 3. Índices emergéticos dos sistemas estudados
0,12
3,72
0,92
SI = EYR/ELR
Sustentabilidade
9,14
0,69
1,76
ELR= (FN +N)/ (R+FR)
Carga ambiental
8,33
0,64
1,64
EIR = (FN) / (I+FR)
Investimento
1,12
2,57
1,61
EYR = Y / (FN)
Rendimento
10%
59%
36%
%R=100*(R+FR) / Y
Renovabilidade
Industrial
Familiar
Orgânico
Familiar
convencional
74
A renovabilidade do sistema patronal é muito
baixa (10%) pelo maior uso de materiais e
serviços provenientes da economia.
O sistema familiar orgânico utiliza a menor
quantidade de energia proveniente da
economia, o que faz com que sua
renovabilidade seja a maior (59%).
O índice de rendimento emergético (EYR)
mede a emergia líquida obtida, o sistema
familiar orgânico obteve o melhor índice foi
(2,57).
75
O índice de investimento emergético (EIR)
indica a intensidade do uso de recursos
econômicos, o sistema com o pior índice é
o patronal (8,33). Há uma grande diferença
entre o EIR dos sistemas familiares (0,64 e
1,64) e o sistema patronal.
A razão de carga ambiental (ELR) mede a
relação dos recursos não renováveis e
renováveis. No sistema familiar orgânico a
proporção é menor que 1, já o sistema
patronal utiliza 9 vezes mais recursos não
renováveis do que renováveis.
76
O indicador de sustentabilidade (SI) será analisado com ajuda
do diagrama ternário (Figura 4). Nele podemos encontrar os
pontos correspondentes aos três sistemas estudados:
(1) Produção de maçã na agricultura familiar convencional;
(2) Produção de maçã na agricultura familiar orgânica;
(3) Produção de maçã no sistema patronal-industrial.
Figura 3. Diagrama ternário
dos sistemas de produção
de maçã.
77
Os três sistemas pouco diferem quando
comparados na utilização de recursos da natureza
não renováveis (N).
A grande diferença entre eles se deve as
diferentes porcentagens de utilização de recursos
renováveis da natureza (R) e de materiais e
serviços provenientes da economia (F).
O sistema familiar orgânico utiliza 59% de
recursos renováveis e 41% de recursos da
economia. O sistema da agricultura familiar
convencional utiliza 36% de recursos renováveis e
64% de recursos da economia. O patronal 10 e
90% respectivamente.
78
O diagrama ternário permite avaliar a situação dos
sistemas.
O familiar convencional e o patronal possuem SI
menor que 1, isto significa que são insustentáveis
a longo prazo, mas pode-se verificar que o sistema
familiar convencional tem uma sustentabilidade
maior que o patronal.
O familiar orgânico possui SI=5 o que significa que
pode ser sustentável a médio prazo. (Considera-se
que para atingir a sustentabilidade a longo prazo,
o sistema deve ter um SI superior a 5).
79
Recomendações para o sistema familiar
orgânico estudado
O sistema orgânico já utiliza uma boa parcela
de recursos renováveis, mas pode melhorar
ainda mais seu desempenho.
O insumo que possui o maior impacto negativo
no sistema orgânico é o esterco de peru que é
utilizado como fonte de nitrogênio. Uma
alternativa seria a substituição com esterco
bovino que gera menor impacto, juntamente
com a plantação consorciada de leguminosas,
que fixariam o nitrogênio atmosférico.
80
Recomendações para o sistema familiar
convencional
No sistema da agricultura familiar, os insumos
que mais impactam negativamente são o
nitrogênio e fósforo provenientes de
fertilizantes químicos.
Para melhorar o desempenho do sistema,
poderiam ser utilizados adubos como esterco
de bovinos e de aves, como no sistema
orgânico, e também se poderia utilizar uma
plantação consorciada de leguminosas.
81
Recomendações para o sistema patronal estudado
Para o sistema patronal-industrial, os insumos
com maior impacto são os fertilizantes químicos
(que fornecem nitrogênio e fósforo) e as mudas.
Pode-se sugerir a utilização de adubos orgânicos
e a implantação de culturas consorciadas com
leguminosas.
O custo das mudas causa o maior impacto, uma
alternativa seria produzir as mudas no próprio
sistema. Se esses custos forem menores, seria
uma alternativa para se reduzir os custos.
82
Recomendações gerais (1)
A adoção de práticas agroecológicas
simples, como a adubação orgânica e o
consórcio de culturas, pode aumentar a
sustentabilidade no curto prazo.
O uso de leguminosas permite capturar
nitrogênio atmosférico e diminuir o uso de
fertilizantes químicos.
83
Recomendações gerais (2)
Também poderiam adotar práticas ecológicas
mas complexas como os sistemas agro-
silvopastoris (SASP) para se tornar mais
sustentáveis em longo prazo.
Se assim for, poderiam solicitar o pagamento
de serviços ambientais e também obter um
preço mais justo para os produtos.
Outras ações seriam preparar-se para
absorver o aquecimento atmosférico, a crise
do petróleo e gerar mais emprego.
84
Finalmente as questões
• das mudanças climáticas
• da sustentabilidade, e
• da certificação.
85
Sustentabilidade:
No decorrer de um século a renovabilidade do
sistema terrestre caiu de 95% até 28%, de acordo
com Ulgiati e Brown (1998).
Nos sistemas industriais a queda da renovabilidade
foi maior: os países industrializados usam apenas
10% de recursos renováveis.
A Agenda 21 se propunha mudar o modelo global
para recuperar sustentabilidade, porém ela foi
descaracterizada pela ação das empresas
multinacionais e os governos mais poderosos.
86
Mudanças climáticas:
Já no caso do aquecimento global o
Protocolo de Kioto foi inviabilizado pelos
dois últimos governos dos EUA. Porém o
problema é grave e questiona com força
o posicionamento desse país.
A queima da Floresta Amazônica também
é motivo de preocupação e exige uma
postura diferente das autoridades do
Brasil e daqueles que fazem os incêndios.
87
Certificação:
A certificação é uma exigência para os
agricultores orgânicos, porém surge hoje
como uma proposta para garantir a
qualidade dos produtos agrícolas, entre
eles os biocombustíveis para exportação.
O ideal seria aplicar a certificação
emergética nas bacias hidrográficas.
88
Análise emergética on-line
de sistemas agrícolas
Reconhecendo a utilidade da metodologia
emergética o Laboratório de Engenharia
Ecológica da Unicamp desenvolve desde
1994 uma base de conhecimentos e
prepara software para viabilizar seu uso
em grande escala.
89
Em breve teremos uma planilha para uso geral.
Para mostrar o modo de usar estes novos recursos
foram disponibilizadas na internet as planilhas dos
sistemas de produção de maça analisados.
É um sistema de cálculo “on-line” (Takahashi e
Ortega, 2007). O endereço na internet é:
http://www.fea.unicamp.br/fea/ortega/em-folios/sofware
90
Referencias principais:
Odum, H.T., 2007. Environment, Power and Society
for the Twenty-First Century: The Hierarchy of
Energy. Columbia University Press. EUA.
Ortega, E., 2007.Portal do Laboratório de
Engenharia Ecológica da Unicamp:
http://www.unicamp.br/fea/ortega
Takahashi, F., Ortega, E., 2007. Emergia On-Line:
www.unicamp.br/fea/ortega/em-folios/software/
Francescatto, G., 2007. Análise emergética de três
sistemas de produção de maça de Fraiburgo.
Monografia de final de curso. Universidade do
Contestado, Caçador, SC.

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  • 1. 1 DESAFIOS GLOBAIS PARA A AGRICULTURA Enrique Ortega, Fabio Takahashi. Laboratório de Engenharia Ecológica Faculdade de Engenharia de Alimentos Unicamp, Caixa Postal 6121 CEP 13083-862 Campinas, SP. Exemplo de aplicação da análise emergética on-line: a produção de maça +
  • 2. 2 está nos documentários, nos jornais, nas conversas: A crise global ... 1. Aquecimento global; 2. Esgotamento da disponibilidade de água e solo agrícola; 3. Perda da biodiversidade; 4. Fim do petróleo e dos fertilizantes químicos; 5. Erosão e desertificação; 6. Êxodo rural e migrações internacionais; 7. Empobrecimento e concentração da riqueza; 8. Tráfico de drogas, criminalidade e guerras; 9. Explosão populacional; 10. Alienação cultural e política.
  • 3. 3 A solução da crise que ameaça a existência da espécie humana exige mudar o modelo atual de gestão dos recursos da Biosfera: O desafio mundial: Temos que substituir um sistema político baseado no crescimento e na competição excludente por um outro modelo que teria que considerar os recursos limitados da Terra e visar uma colaboração que inclua. Trocar o gerente e mudar o modo de operar.
  • 4. 4 As questões são: Quais são os problemas globais? Quais são suas causas? Quais as soluções? Como fazer a mudança? Como as pessoas devem participar? Quais as metas necessárias? Quais as novas ferramentas de análise dos sistemas de produção e consumo? Análise emergética
  • 5. 5 Lista dos principais problemas globais e suas causas: Falta de perspectivas para as sociedades Decomposição social nas cidades Poluição do ar, água e solo Déficit de alimentos e água Previsão de déficit energético Diminuição dos serviços ambientais Aquecimento global Problema Esgotamento do modelo de desenvolvimento Êxodo rural Falta de emprego na cidade Padrão de produção industrial Crescimento populacional Fim do petróleo Expansão da agricultura e das cidades Queima de combustíveis fósseis e florestas Causa
  • 6. 6 Se analisarmos as causas descobrimos um fator comum: Ao colocá-los em circulação a humanidade mudou a Biosfera e criou uma situação de calamidade mundial. o desenvolvimento da capacidade humana de aproveitar os estoques de energia fóssil (carvão, petróleo, gás) que são recursos não renováveis de grande poder de impacto.
  • 7. 7 Em apenas duzentos anos foram usados os estoques de biomassa energética produzidos durante centenas de milhões de anos. A metade da poupança energética da Terra foi torrada em dois séculos! A outra metade teria que ser usada para ajudar na transição a um futuro sem recursos fósseis, com recursos naturais degradados e a população concentrada nas cidades.
  • 8. 8 A capacidade humana de modificar os ecossistemas, que já era grande, com a ajuda do petróleo foi aumentada ao máximo. Comemos, bebemos, ouvimos e respiramos petróleo. O petróleo subsidia a extração de minerais e recursos naturais distantes e toda a indústria de transformação: petroquímica, química, farmacêutica, elétrica, eletrônica, informática, comunicação.
  • 9. 9 Os benefícios do uso dos energéticos fósseis foram distribuídos de maneira desigual, porém o superávit energético permite ainda cuidar superficialmente dos problemas sociais. Já no caso dos problemas ambientais, eles se acumularam e inquietam, pois mesmo que o mundo mude os problemas permanecerão: O aquecimento terrestre de um grau centígrado é iniludível e vai afetar principalmente aos mais pobres, a recuperação dos ecossistemas leva tempo e as perdas de espécies são irreparáveis.
  • 10. 10 A identificação dos problemas sócio- ambientais leva a pensar nas suas causas. Causa e efeitos são interdependentes, pois a qualidade da causa estabelece seu efeito. Então a ação inversa a causa de um problema mostra sua solução. Todavia, na prática, a solução pode ser difícil, pois depende das condições externas e internas do sistema, da inércia e da inovação, da viabilidade de uma série de passos a serem dados.
  • 11. 11 Mudar o padrão de produção e consumo. Educação sistêmica para entender a inserção dos grupos humanos dentro da natureza. Redistribuição da população de acordo com a capacidade de suporte renovável. Promover um padrão de vida sustentável. Previsão de déficit de alimentos e água. Produção sustentável de energia da biomassa. Déficit energético. Ajustar e reestruturar a agricultura e as cidades. Preservar os ecossistemas remanescentes. Recuperar os ecossistemas nativos. Diminuição dos serviços ambientais. Reduzir a queima de combustíveis fósseis. Parar a queima das florestas da Amazônia. Recuperar a mata nativa. Aquecimento global. Solução sugerida pela inversão da causa Problema Está na hora de inverter as causas para achar as soluções:
  • 12. 12 Solução sugerida pela inversão da causa Problema Discutir em todos os espaços públicos o esgotamento do modelo de desenvolvimento e debater novos modelos de produção e consumo, os paradigmas culturais e as ideologias. Falta de perspectivas para as sociedades. Desenvolver sistemas que gerem postos de trabalho no campo e na cidade. Decomposição social nas cidades. Diminuir a indústria e torná-la ecológica. Poluição do ar, das águas e do solo.
  • 13. 13 Podemos agora agrupar as soluções e visualizar as metas globais prioritárias:
  • 14. 14 1ª meta: aquisição de consciência (1) Colocar no dia a dia e nos meios de comunicação a situação real da humanidade, procurar as causas dos problemas e mostrar suas drásticas conseqüências. (2) Discutir publicamente o esgotamento do modelo de desenvolvimento global e os desdobramentos da sua falência no âmbito nacional, regional e local.
  • 15. 15 1ª meta: aquisição de consciência (3) Discutir o intercâmbio econômico entre nações, preço justo, inclusão das externalidades negativas e das perdas de serviços ambientais. (5) Debater modelos culturais e ideologias. (6) Descobrir as resistências a mudança e os fatores que a impulsionam. (4) Imaginar e propor modelos renováveis para a produção e o consumo (exemplos: SIPAES, ecounidades).
  • 16. 16 2ª meta: educação sistêmica Uso intenso da educação à distância, usando vários recursos de comunicação, para que todos os grupos sociais possam entender, de maneira científica, como ocorreu no passado e como ocorre hoje a inserção da sociedade humana nos ecossistemas.
  • 17. 17 3ª meta: ciência, tecnologia e cultura Promover o uso da Economia Biofísica e da Modelagem e Simulação de Ecossistemas para interpretar o funcionamento dos sistemas de produção e consumo. Gerar alternativas tecnológicas e procedimentos de ajuste para conseguir um modelo da produção e consumo ecológico. Reduzir ao máximo os excessos. Redistribuir a população de acordo com a capacidade de suporte renovável.
  • 18. 18 4ª meta: ações justificadas Desenvolver sistemas que gerem postos de trabalho com renovabilidade e baixo custo. Reduzir a queima de combustíveis fósseis. Moratória para a queima das florestas. Recuperar a mata nativa. Promover sistemas de produção sustentável de alimentos, energia da biomassa, emprego de boa qualidade e serviços ambientais. Ajustar, reestruturar e integrar a agricultura e as cidades.
  • 19. 19 Pode ser observado que na listagem de metas prioritárias os sistemas rurais (agricultura e ecossistemas remanescentes) têm um papel vital na solução dos problemas da humanidade. Análise sistêmica da agricultura
  • 20. 20 A Figura 1 mostra a agricultura ecológica
  • 21. 21
  • 22. 22 A Figura 2 mostra a agricultura química baseada nos derivados do petróleo
  • 23. 23
  • 24. 24 - Perda da auto-suficiência de materiais que são incorporados pela ação da biodiversidade; - Perda do capital natural (mata nativa) - Perda do capital humano (êxodo rural); - Aumento da produtividade atrelada a uma queda de preço das commodities; - Dependência dos derivados do petróleo e dos preços dos insumos industriais; Nos dois séculos anteriores a agricultura ecológica se tornou química e houve:
  • 25. 25 - Ação dos lobbies das indústrias químicas para mudar as leis; - Pressão ideológica, política e militar pelo pagamento da “dívida externa”; - Perda da visão da agricultura como um sistema orgânico; - Emissão de gases de efeito estufa. - Concentração da propriedade e da riqueza Nos dois séculos anteriores a agricultura ecológica se tornou química e houve:
  • 26. 26 Ecossistemas Atmosfera Recursos de reposição rápida (solo, água) Minerais da rocha mãe NPK + outros Energia degradada Radiação solar Gravidade lunar Calor interno da Terra Decompo- sitores Informa- ção Consumi- dores Recursos de reposição lenta (florestas) Recursos de reposição muito lenta (espécies) Recursos de reposição infinitamente lenta (energéticos fósseis) CO2 N2 Agricultura
  • 27. 27 Agro-ecossistemas sustentáveis Agro-ecossistema diversificado Aqüífero local Estoque internos potencialmente renováveis: solo, nutrientes, água e biodiversidade Aqüíferos externos Energia degradada Energia solar direta Chuva vento Resíduos e perdas Infra- estrutura rural Sedi- mentos Cursos de água Nutri- entes Rocha mãe (subsolo) Nutrientes atmosfera NPC Biodi- versidade externa População rural Cultura e tecnologia local $ Nutrientes externos renováveis Materiais e equipa- mentos Serviços públicos e privados Produtos Retorno econômico Reciclagem Despesas Perdas mínimas sem grande impacto ambiental Serviços ambientais
  • 28. 28 Destruição dos agro-ecossistemas Agro-ecossistema diversificado Aqüífero local Estoque internos potencialmente renováveis: solo, nutrientes, água e biodiversidade Aqüíferos externos Energia degradada Energia solar direta Chuva vento Resíduos e perdas Infra- estrutura rural Sedi- mentos Cursos de água Nutri- entes Rocha mãe (subsolo) Nutrientes atmosfera NPC Biodi- versidade externa População rural Cultura e tecnologia local $ Produtos químicos derivados do petróleo ( não renováveis) Materiais e equipa- mentos Serviços públicos e privados Produtos Retorno econômico Reciclagem Despesas Poluição e outras externalidades negativas Perdas
  • 29. 29 Agro-ecossistema diversificado Aqüífero local Aqüíferos externos Energia degradada Energia solar direta Chuva vento Resíduos e perdas Sedi- mentos Cursos de água Nutri- entes $ Produtos químicos derivados do petróleo ( não renováveis) Materiais e equipa- mentos Serviços públicos e privados Produtos Retorno econômico Reciclagem Despesas Externalidades negativas Carência de serviços ambientais Sistemas simplificados dependentes.
  • 30. 30 Transferência da riqueza Preços crescentes dos insumos derivados do petróleo. Preços menores para os produtos agrícolas.
  • 31. 31 Concentração da riqueza e exclusão social Venda ou arrendamento da propriedade para os maiores.
  • 32. 32 Tendência dos preços 0 modelo MINIWORLD (Odum, 2000) simula o comportamento dos preços dos produtos em função da disponibilidade de recursos fósseis. Estoques acumulados da economia humana Recursos renováveis Reservas de recursos não renováveis Produto interno bruto (PIB) $ produção MINIWORLD
  • 33. 33 Tendência dos preços Os resultados mostram que os preços dos produtos diminuem quando o petróleo esta disponível a baixo preço e depois aumentam.
  • 34. 34 ! " # $% & ! ' ' & ( & ) * + , - ./ 0 1 ( 1 * + 2 ./ 0 1( 1 * 3 4 5 6 %
  • 35. 35 ' # 7 8 2 ! " # $% ' & / '$ & ( & ) 9 - ./ 01 ( 1 ! 2 ./ 01 ( 1 * 3 4 5 . ! " # # $ $% & ' ( ( ) $ " ) )$ $ $% & ' ( * + " , $% & ' ( ( ) $ $ $ "# $ $$ $ $% & ' ( - . * * + " / , $% & ' ( ( ) $ $ $ "#0 $ $$ $ $% & ' (
  • 36. 36 Agro-ecossistema diversificado Aqüífero local Aqüíferos externos Energia degradada Energia solar direta Chuva vento Resíduos e perdas Sedi- mentos Cursos de água Nutri- entes $ Produtos químicos derivados do petróleo ( não renováveis) Materiais e equipa- mentos Serviços públicos e privados Produtos Retorno econômico Reciclagem Despesas Externalidades negativas Carência de serviços ambientais Sistemas simplificados dependentes.
  • 37. 37 Recuperação do sistema Agro-ecossistema diversificado Aqüífero local Estoque internos potencialmente renováveis: solo, nutrientes, água e biodiversidade Aqüíferos externos Energia degradada Energia solar direta Chuva vento Resíduos e perdas Infra- estrutura rural Sedi- mentos Cursos de água Nutri- entes Rocha mãe (subsolo) Nutrientes atmosfera NPC Biodi- versidade externa População rural Cultura e tecnologia local $ Nutrientes externos renováveis Materiais e equipa- mentos Serviços públicos e privados Produtos Retorno econômico Reciclagem Despesas Perdas mínimas sem grande impacto ambiental Serviços ambientais pagos Comercio justo Multas Consciência Percepção sistêmica e política Organização E Luta Inclusão das externalidades e dos serviços ambientais informação e políticas para o desenvolvimento sustentável
  • 39. 39 A análise “emergética” é uma ferramenta de contabilidade da Economia Biofísica proposta por H. T. Odum com o apoio de vários colaboradores, entre eles: Scienceman, Brown, Ulgiati, Campbell. Através de balanços de energia dos processos que geram os recursos da biosfera ela consegue medir o trabalho realizado.
  • 40. 40 Transformidades Tr = 2000 calorias solares por caloria de biomassa Tr = 80000 calorias solares por caloria de carvão Tr = 300000 calorias solares por caloria de eletricidade Tr = 10 x 106 calorias solares por caloria de trabalho humano
  • 41. 41 A análise “emergética” expressa todos os recursos utilizados na mesma unidade (energia solar equivalente ou “emergia solar”) e pode então agregá-los conforme sua origem e propor razões dos valores agregados para oferecer indicadores de desempenho. Ela surgiu da Ecologia de Sistemas e da Termodinâmica de Sistemas Abertos. A metodologia emergética pode analisar sistemas complexos, naturais ou antrópicos (dominados pelo homem).
  • 42. 42 A emergia é definida como a energia utilizada direta e indiretamente para produzir um recurso, que pode ser um bem, um serviço ou informação. A chave do sucesso na aplicação da metodologia está na preparação dos diagramas dos sistemas que devem identificar todas as forças potenciais e as atuantes, as interações e os produtos (desejados ou não) para depois obter em campo os valores comuns dos fluxos.
  • 43. 43 ! ! " # $ % ! " % & ' ! % !
  • 44. 44 # % $ " ( " )* $ "
  • 45. 45 # + % , ! - % . ! + ! % "
  • 46. 46 # + % $ $ " ! " # $ % " #& ' " ( ' ( %
  • 48. 48 !" !# Utiliza-se o valor da energia gasta na produção de cada insumo Economia Biofísica
  • 49. 49 Os recursos são colocados em ordem de intensidade e renovabilidade Os fluxos de entrada convertem-se em fluxos de emergia solar, multiplicando- os com a “transformidade” respectiva.
  • 50. 50 O objetivo do procedimento usado: agrupar fluxos conforme sua origem, somá-los e obter razões R1 N estoque interno Q Produto interações R2 $ M S Recursos da Natureza ( I ) = R + N Recursos Econômicos ( F ) = M + S Emergia total ( Y ) = I + F Ep = energia do produto $ vendas
  • 51. 51 A análise emergética mede a sustentabilidade de um sistema, o saldo de emergia líquida, a pressão sobre o ambiente, o intercambio entre sistemas. Energia líquida: EYR = Y/F Investimento: EIR = F/I Renovabilidade %R = 100(R/Y) Carga ambiental: ELR = (F+N)/R Intercâmbio: EER = Y/[produto*preço*(emergia/USD)] Transformidade: Tr = Y/Ep F = M + S R I = R + N Produto Y = I + F E Vendas N M S $
  • 53. 53
  • 54. 54
  • 55. 55
  • 56. 56
  • 57. 57
  • 58. 58
  • 59. 59 $ %&' ' () ' * + ( , , + - * ' ' ' . $ * * ' ' ' . ' ' ( - . / ' ' . 0 1 ' ' 2 - * ' 3 1 . ( ! 0 & 4 . /
  • 60. 60
  • 61. 61
  • 62. 62 !
  • 63. 63 Estudo de caso: produção de maça.. O cultivo da macieira teve início na década dos 70 com uma produção de 1.000 toneladas por ano. O Ministério da Agricultura aponta uma safra de 842.000 toneladas em 2003. A produção se concentra no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com pequenos traços no Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Foram feitos por Francescatto (2007) balanços de emergia para comparar três sistemas de produção de maça: familiar convencional, familiar orgânico e patronal de grande escala. A tabela emergética do sistema familiar convencional pode ser vista a seguir.
  • 64. 64 Tabela 1. Avaliação emergética do sistema de produção familiar de maçãs de tipo convencional (agro-químico). Os valores dos fluxos emergéticos da tabela devem ser multiplicados por 1013 sej/ha/ano)
  • 65. 65 nota Item % Ren. Unid. Unidades /ha/ano seJ/unid. Fluxo emergia renov. Fluxo emergia não- renovável Fluxo emergia total Renováveis da natureza (R) 1 Sol 1,00 J 3,10E+10 1,00E+00 0,00 0,00 0,00 2 Vento 1,00 J 3,16E+07 2,45E+03 0,01 0,00 0,01 3 Chuva 1,00 J 6,33E+10 3,10E+04 196,11 0,00 196,11 4 Água córrego 1,00 J 4,72E+07 1,76E+05 0,83 0,00 0,83 5 Nitrogênio atmosférico 1,00 kg 3,40E+00 2,41E+13 8,18 0,00 8,18 6 Fósforo atmosférico 1,00 kg 4,53E+00 2,20E+13 9,96 0,00 9,96 Naturais não renováveis (N) 7 Perda de solo 0,00 J 9,04E+08 1,24E+05 0,00 11,21 11,21 Materiais (M) 8 Combustível 0,01 J 4,45E+08 1,10E+05 0,05 4,85 4,90 9 Eletricidade 0,50 J 8,15E+08 2,69E+05 10,96 10,96 21,93 10 Cálcio queletizado 0,01 kg 7,65E-01 3,80E+11 0,00 0,03 0,03 11 Sulfato de Magnésio 0,01 kg 8,15E+00 3,80E+11 0,00 0,31 0,31 12 Calcário 0,01 kg 2,26E+02 1,00E+12 0,23 22,42 22,64 13 Sementes 0,01 kg 2,11E+00 1,48E+12 0,00 0,31 0,31 14 Concreto 0,01 kg 9,00E+01 1,54E+12 0,14 13,72 13,86 15 Potássio 0,01 kg 4,53E+01 1,74E+12 0,08 7,80 7,88 16 Aço 0,01 kg 1,92E+01 2,20E+12 0,04 4,18 4,22 17 Mudas Frutíferas 0,01 US$ 2,61E+01 3,11E+12 0,08 8,05 8,13 18 Hormônios 0,01 US$ 5,27E+01 3,11E+12 0,16 16,23 16,39 19 Sulfato de Cobre 0,01 kg 8,60E-01 6,38E+12 0,01 0,54 0,55 20 Fósforo 0,01 kg 4,53E+01 2,20E+13 1,00 98,62 99,62 21 Nitrogênio 0,01 kg 3,40E+01 2,41E+13 0,82 81,03 81,84 22 Fungicida 0,01 kg 1,79E+01 2,49E+13 0,45 44,17 44,62 23 Herbicida 0,01 kg 2,52E+00 2,49E+13 0,06 6,20 6,26 24 Inseticida 0,01 kg 1,58E+00 2,49E+13 0,04 3,90 3,94 Serviços (S) 25 Mão de Obra 0,60 J 1,32E+08 2,80E+06 22,10 14,73 36,84 26 Externalidades 0,00 US$ 2,40E+02 3,11E+12 0,00 74,64 74,64 27 Impostos 0,05 US$ 6,69E+01 3,11E+12 1,04 19,75 20,79
  • 66. 66 R I = R + N N nota Item % Ren. Unid. Unidades /ha/ano seJ/unid. Fluxo emergia renov. Fluxo emergia não- renovável Fluxo emergia total Renováveis da natureza (R) 1 Sol 1,00 J 3,10E+10 1,00E+00 0,00 0,00 0,00 2 Vento 1,00 J 3,16E+07 2,45E+03 0,01 0,00 0,01 3 Chuva 1,00 J 6,33E+10 3,10E+04 196,11 0,00 196,11 4 Água córrego 1,00 J 4,72E+07 1,76E+05 0,83 0,00 0,83 5 Nitrogênio atmosférico 1,00 kg 3,40E+00 2,41E+13 8,18 0,00 8,18 6 Fósforo atmosférico 1,00 kg 4,53E+00 2,20E+13 9,96 0,00 9,96 Naturais não renováveis (N) 7 Perda de solo 0,00 J 9,04E+08 1,24E+05 0,00 11,21 11,21
  • 67. 67 M Materiais (M) 8 Combustível 0,01 J 4,45E+08 1,10E+05 0,05 4,85 4,90 9 Eletricidade 0,50 J 8,15E+08 2,69E+05 10,96 10,96 21,93 10 Cálcio queletizado 0,01 kg 7,65E-01 3,80E+11 0,00 0,03 0,03 11 Sulfato de Magnésio 0,01 kg 8,15E+00 3,80E+11 0,00 0,31 0,31 12 Calcário 0,01 kg 2,26E+02 1,00E+12 0,23 22,42 22,64 13 Sementes 0,01 kg 2,11E+00 1,48E+12 0,00 0,31 0,31 14 Concreto 0,01 kg 9,00E+01 1,54E+12 0,14 13,72 13,86 15 Potássio 0,01 kg 4,53E+01 1,74E+12 0,08 7,80 7,88 16 Aço 0,01 kg 1,92E+01 2,20E+12 0,04 4,18 4,22 17 Mudas Frutíferas 0,01 US$ 2,61E+01 3,11E+12 0,08 8,05 8,13 18 Hormônios 0,01 US$ 5,27E+01 3,11E+12 0,16 16,23 16,39 19 Sulfato de Cobre 0,01 kg 8,60E-01 6,38E+12 0,01 0,54 0,55 20 Fósforo 0,01 kg 4,53E+01 2,20E+13 1,00 98,62 99,62 21 Nitrogênio 0,01 kg 3,40E+01 2,41E+13 0,82 81,03 81,84 22 Fungicida 0,01 kg 1,79E+01 2,49E+13 0,45 44,17 44,62 23 Herbicida 0,01 kg 2,52E+00 2,49E+13 0,06 6,20 6,26 24 Inseticida 0,01 kg 1,58E+00 2,49E+13 0,04 3,90 3,94
  • 68. 68 F = M + S S Serviços (S) 25 Mão de Obra 0,60 J 1,32E+08 2,80E+06 22,10 14,73 36,84 26 Externalidades 0,00 US$ 2,40E+02 3,11E+12 0,00 74,64 74,64 27 Impostos 0,05 US$ 6,69E+01 3,11E+12 1,04 19,75 20,79
  • 69. 69 Também foram construídas tabelas para o sistema familiar orgânico e o sistema patronal.
  • 70. 70 A Tabela 2 mostra os valores dos fluxos agregados de emergia para os três sistemas estudados.
  • 71. 71 Tabela 2. Fluxos agregados de emergia. Valores em 1013 sej/ha/ano 2619 593 696 Y = I + F Emergia usada 2397 331 470 F = M + S Feedback da economia 701 58 132 S Serviços 1696 273 337 M Materiais 221 262 226 I = R + N Inputs naturais 22 11 11 N Não renováveis 198 250 215 R Renováveis Patronal Familiar Orgânico Familiar convencional Símbolo Recursos agregados A contribuição da natureza é quase a mesma para todos eles porém o uso dos recursos da economia humana.
  • 72. 72 A diferença dentre estes sistemas deve-se ao uso de materiais e serviços provenientes da economia. Ocorre um maior uso desses recursos no sistema industrial, o que acarreta em piores índices de desempenho emergético. Os principais índices foram calculados para os sistemas estudados e podem ser vistos na tabela 3, mostrada a seguir.
  • 73. 73 Tabela 3. Índices emergéticos dos sistemas estudados 0,12 3,72 0,92 SI = EYR/ELR Sustentabilidade 9,14 0,69 1,76 ELR= (FN +N)/ (R+FR) Carga ambiental 8,33 0,64 1,64 EIR = (FN) / (I+FR) Investimento 1,12 2,57 1,61 EYR = Y / (FN) Rendimento 10% 59% 36% %R=100*(R+FR) / Y Renovabilidade Industrial Familiar Orgânico Familiar convencional
  • 74. 74 A renovabilidade do sistema patronal é muito baixa (10%) pelo maior uso de materiais e serviços provenientes da economia. O sistema familiar orgânico utiliza a menor quantidade de energia proveniente da economia, o que faz com que sua renovabilidade seja a maior (59%). O índice de rendimento emergético (EYR) mede a emergia líquida obtida, o sistema familiar orgânico obteve o melhor índice foi (2,57).
  • 75. 75 O índice de investimento emergético (EIR) indica a intensidade do uso de recursos econômicos, o sistema com o pior índice é o patronal (8,33). Há uma grande diferença entre o EIR dos sistemas familiares (0,64 e 1,64) e o sistema patronal. A razão de carga ambiental (ELR) mede a relação dos recursos não renováveis e renováveis. No sistema familiar orgânico a proporção é menor que 1, já o sistema patronal utiliza 9 vezes mais recursos não renováveis do que renováveis.
  • 76. 76 O indicador de sustentabilidade (SI) será analisado com ajuda do diagrama ternário (Figura 4). Nele podemos encontrar os pontos correspondentes aos três sistemas estudados: (1) Produção de maçã na agricultura familiar convencional; (2) Produção de maçã na agricultura familiar orgânica; (3) Produção de maçã no sistema patronal-industrial. Figura 3. Diagrama ternário dos sistemas de produção de maçã.
  • 77. 77 Os três sistemas pouco diferem quando comparados na utilização de recursos da natureza não renováveis (N). A grande diferença entre eles se deve as diferentes porcentagens de utilização de recursos renováveis da natureza (R) e de materiais e serviços provenientes da economia (F). O sistema familiar orgânico utiliza 59% de recursos renováveis e 41% de recursos da economia. O sistema da agricultura familiar convencional utiliza 36% de recursos renováveis e 64% de recursos da economia. O patronal 10 e 90% respectivamente.
  • 78. 78 O diagrama ternário permite avaliar a situação dos sistemas. O familiar convencional e o patronal possuem SI menor que 1, isto significa que são insustentáveis a longo prazo, mas pode-se verificar que o sistema familiar convencional tem uma sustentabilidade maior que o patronal. O familiar orgânico possui SI=5 o que significa que pode ser sustentável a médio prazo. (Considera-se que para atingir a sustentabilidade a longo prazo, o sistema deve ter um SI superior a 5).
  • 79. 79 Recomendações para o sistema familiar orgânico estudado O sistema orgânico já utiliza uma boa parcela de recursos renováveis, mas pode melhorar ainda mais seu desempenho. O insumo que possui o maior impacto negativo no sistema orgânico é o esterco de peru que é utilizado como fonte de nitrogênio. Uma alternativa seria a substituição com esterco bovino que gera menor impacto, juntamente com a plantação consorciada de leguminosas, que fixariam o nitrogênio atmosférico.
  • 80. 80 Recomendações para o sistema familiar convencional No sistema da agricultura familiar, os insumos que mais impactam negativamente são o nitrogênio e fósforo provenientes de fertilizantes químicos. Para melhorar o desempenho do sistema, poderiam ser utilizados adubos como esterco de bovinos e de aves, como no sistema orgânico, e também se poderia utilizar uma plantação consorciada de leguminosas.
  • 81. 81 Recomendações para o sistema patronal estudado Para o sistema patronal-industrial, os insumos com maior impacto são os fertilizantes químicos (que fornecem nitrogênio e fósforo) e as mudas. Pode-se sugerir a utilização de adubos orgânicos e a implantação de culturas consorciadas com leguminosas. O custo das mudas causa o maior impacto, uma alternativa seria produzir as mudas no próprio sistema. Se esses custos forem menores, seria uma alternativa para se reduzir os custos.
  • 82. 82 Recomendações gerais (1) A adoção de práticas agroecológicas simples, como a adubação orgânica e o consórcio de culturas, pode aumentar a sustentabilidade no curto prazo. O uso de leguminosas permite capturar nitrogênio atmosférico e diminuir o uso de fertilizantes químicos.
  • 83. 83 Recomendações gerais (2) Também poderiam adotar práticas ecológicas mas complexas como os sistemas agro- silvopastoris (SASP) para se tornar mais sustentáveis em longo prazo. Se assim for, poderiam solicitar o pagamento de serviços ambientais e também obter um preço mais justo para os produtos. Outras ações seriam preparar-se para absorver o aquecimento atmosférico, a crise do petróleo e gerar mais emprego.
  • 84. 84 Finalmente as questões • das mudanças climáticas • da sustentabilidade, e • da certificação.
  • 85. 85 Sustentabilidade: No decorrer de um século a renovabilidade do sistema terrestre caiu de 95% até 28%, de acordo com Ulgiati e Brown (1998). Nos sistemas industriais a queda da renovabilidade foi maior: os países industrializados usam apenas 10% de recursos renováveis. A Agenda 21 se propunha mudar o modelo global para recuperar sustentabilidade, porém ela foi descaracterizada pela ação das empresas multinacionais e os governos mais poderosos.
  • 86. 86 Mudanças climáticas: Já no caso do aquecimento global o Protocolo de Kioto foi inviabilizado pelos dois últimos governos dos EUA. Porém o problema é grave e questiona com força o posicionamento desse país. A queima da Floresta Amazônica também é motivo de preocupação e exige uma postura diferente das autoridades do Brasil e daqueles que fazem os incêndios.
  • 87. 87 Certificação: A certificação é uma exigência para os agricultores orgânicos, porém surge hoje como uma proposta para garantir a qualidade dos produtos agrícolas, entre eles os biocombustíveis para exportação. O ideal seria aplicar a certificação emergética nas bacias hidrográficas.
  • 88. 88 Análise emergética on-line de sistemas agrícolas Reconhecendo a utilidade da metodologia emergética o Laboratório de Engenharia Ecológica da Unicamp desenvolve desde 1994 uma base de conhecimentos e prepara software para viabilizar seu uso em grande escala.
  • 89. 89 Em breve teremos uma planilha para uso geral. Para mostrar o modo de usar estes novos recursos foram disponibilizadas na internet as planilhas dos sistemas de produção de maça analisados. É um sistema de cálculo “on-line” (Takahashi e Ortega, 2007). O endereço na internet é: http://www.fea.unicamp.br/fea/ortega/em-folios/sofware
  • 90. 90 Referencias principais: Odum, H.T., 2007. Environment, Power and Society for the Twenty-First Century: The Hierarchy of Energy. Columbia University Press. EUA. Ortega, E., 2007.Portal do Laboratório de Engenharia Ecológica da Unicamp: http://www.unicamp.br/fea/ortega Takahashi, F., Ortega, E., 2007. Emergia On-Line: www.unicamp.br/fea/ortega/em-folios/software/ Francescatto, G., 2007. Análise emergética de três sistemas de produção de maça de Fraiburgo. Monografia de final de curso. Universidade do Contestado, Caçador, SC.