2. EMENTA DO MÓDULO 1
• INTRODUÇÃO AO PROJETO DE FUNDAÇÕES;
• TENSÕES E RECALQUES;
• EXECUÇÃO DO SPT;
• PASSO A PASSO PARA LEITURA DO LAUDO SPT;
• DEFINIÇÃO E TIPOLOGIAS DE FUNDAÇÕES;
• EXERCÍCIO PRÁTICO
3. ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA O PROJETO
Os elementos necessários para o desenvolvimento de um projeto de
fundações são:
• Topografia da área;
• Dados Geológicos-Geotécnicos;
• Dados da Estrutura a construir;
• Dados sobre construções vizinhas;
4. Ações nas Fundações
• Cargas Vivas;
Operacionais;
Ambientais;
Acidentais;
• Cargas Mortas ou Permanentes;
5. Requisitos de um Projeto de Fundação
• (A) DEFORMAÇÕES ACEITÁVEIS SOB
CONDIÇÕES DE TRABALHO;
• (B) SEGURANÇA ADEQUADA AO COLAPSO DO
SOLO DE FUNDAÇÃO
• (C) SEGURANÇA ADEQUADA AO COLAPSO DOS
ELEMENTOS ESTRUTURAIS.
• RAPIDEZ E ECONOMIA
• DEVEMOS SOMENTE PERMITIR O
RECALQUE QUE A ESTRUTURA
DEVE SUPORTAR
6. COMPONENTES DE UMA ESTRUTURA
SUPERESTRUTURA;
MESO-ESTRUTURA;
INFRAESTRUTURA.
7. TENSÃO ADMISSÍVEL
• É A MÁXIMA TENSÃO APLICADA AO SOLO
QUE ATENDA ÀS LIMITAÇÕES DE RECALQUE
OU DEFORMAÇÕES DA ESTRUTURA, SEUS
VALORES DEVEM OBEDECER AO ESTADO
LIMITE ÚLTIMO (ELU) E O ESTADO LIMITE
DE SERVIÇO (ELS) PARA CADA ELEMENTO
DE FUNDAÇÃO.
8. RUPTURA E RECALQUE
O QUE ACONTECE QUANDO HÁ UMA RUPTURA
NO SOLO DE FUNDAÇÃO?
RECALQUE?
QUAL A DIFERENÇA ENTRE RUPTURA E
RECALQUE?
RECALQUE EM SOLOS SOBRE AREIAS E SOLOS
ARGILOSOS
VALORES USUAIS DE CF – 2,0 A 3,0.
9. OS DIFERENTES TIPOS DE RECALQUES
SABIA QUE HÁ TIPOS DE RECALQUES?
RECALQUES SOBRE A ÓTICA DO SOLO:
RECALQUE IMEDIATO;
RECALQUE PRIMÁRIO ( OU DE
ADENSAMENTO);
RECALQUE SECUNDÁRIO (CREEP);
RECALQUE POR COLAPSO);
10. OS DIFERENTES TIPOS DE RECALQUES
RECALQUES SOBRE A ÓTICA DA
ESTRUTURA:
RECALQUE TOTAL;
RECALQUE TOTAL UNIFORME;
RECALQUE DIFERENCIAL UNIFORME;
RECALQUE DISTORCIONAL;
11. LIMITES PARA RECALQUE
RECALQUE ADMISSÍVEL:
β = 1/500
Limites:
β = 1/1500, sem danos para a estrutura
β = 1/800, Microfissuras, mas inofensivo.
β = 1/600, Sem danos estruturais, mas algumas trincas na alvenaria;
β = 1/500, Deslocamentos toleráveis em vigas e lajes e nas alvenarias sobre elas;
β = 1/300, Comprometimento Estrutural;
β = 1/150, Pode ocorrer o colapso eminente da estrutura.
12. Investigação do Subsolo
A profundidade de Estudo é em função do estudo
realizado:
- Jazidas para rodovias: 0,20 a 1,20 metros;
- Fundações para Edifícios: 08,45 m a 30 metros ou
mais....
- Exploração de petróleo: Pode ser mais de 1000
metros.
13. Investigação do Subsolo
O Procedimento de Investigação:
Qual objetivo da sondagem?
- Necessidade de conhecimento adequado do solo;
- Descrição, Classificação e Origem dos elementos geológicos;
- Estratigrafia e distribuição geológico-geotécnica das camadas;
- Estimativa da espessura das camadas de solo e/ou rochas;
- Saber resistência da camada investigada;
- Posição do nível d,água;
- Identificação e Classificação do solo – coleta de amostras ou processo in Situ;
- Avaliação das propriedades de engenharia para ensaios de laboratório ou de
campo (mais comuns).
14. Programação de Sondagens
As informações necessárias e requeridas de um programa de
prospecção:
- Área, profundidade e espessura de cada camada de solo
identificado;
- Compacidade das areias e consistência das argilas;
- Profundidade do NA;
- Coleta de amostras indeformadas para quantificar
compressibilidade, permeabilidade e resistência;
- Profundidade do topo da rocha ou da camada impenetrável à
ferramenta de percussão ou o avanço por lavagem.
15. Programação de Sondagens
Quantidade de Furos:
Até 200 m² - 2 Furos;
De 200 m² a 400 m² - 3 Furos;
De 1200 m² a 2400 m² - 1 Furo
a cada 400 m² excedidos de
1200;
Acima de 2400 m² - Plano
Particular da construção;
Estudo de Viabilidade –
Mínimo de 3 sondagens a
distância mínima de 100 m.
16. Programação de Sondagens
Recomendações para o estudo de Sondagem do Solo:
- Até a profundidade onde o solo não seja mais significamente
solicitado pelas cargas estruturais;
- Ponto de maior concentração de cargas;
- Não executar pontos alinhados (Planos de corte);
- Não executar apenas um furo (Variação de resistência e tipo de
solo em áreas pequenas é comum);
- Locar e nivelar os pontos no terreno em relação a um nível de
referência fico e bem determinado de preferência único para toda a
obra e fora do local desta, como por exemplo, a guia de passeio;
17. Execução do SPT
O equipamento que se usa em uma
sondagem SPT é formado por um
tripé com uma roldana, por onde se
passa um cabo de aço, e em sua
ponta, um peso de 65 kg, esse
peso é lançado a uma altura
padrão de 75 cm, onde bate em um
amostrador que vai entrando no
solo ao longo das batidas, esse
número de batidas no amostrador
para avançar os 30 cm finais é um
índice denominado de NSPT.
18. Execução do SPT
O procedimento de sondagem é da seguinte forma:
- O amostrador deve penetrar 45 cm a partir das batidas
com o peso, a cada 15 cm anota-se o número de
batidas realizadas para realizar o avanço.
- Os 15 cm iniciais são descartados e o que realmente
deve ser considerado são o número de golpes para o
avanço dos 30 cm finais.
- Para os 55 cm restantes de cada cota o solo é
removido com o auxílio de trado helicoidal ou a
percussão.
19. Execução do SPT
O NSPT usado para definir a pressão admissível é o número de
golpes do martelo para que o amsotrador padrão penetre 30 cm no
solo, após uma penetração de 15 cm, esse procedimento é
reaizado a cada metro de sondagem.
E quando a penetração for diferente ou exceder os 15 cm?
EX: 3/18 5/15 1/17
COMO SERIA A LEITURA?
20. Execução do SPT
EX: 3/18 5/15 1/17
COMO SERIA A LEITURA?
TRÊS GOLPES PARA AVANÇAR 18 CM INICIAIS. 5 GOLPES PARA
AVANÇAR 15 CM E 1 GOLPE PARA AVANÇAR 17 CM.
TOTALIZOU 50 CM NO AVANÇO, E AGORA?
DEVEMOS APRESENTAR O NSPT COMO 6/32, POIS NÃO OCORREU UMA
PENETRAÇÃO DE 15 CM NA PRIMEIRA PARCELA E NEM NAS FINAIS DE
15 CM.
21. Execução do SPT
POR QUE ISSO ACONTECEU?!!?!?!?!?!?
SIMPLES!!!! PERFEIÇÃO NÃO EXISTE!!!!
VAI A DICA!!!!!
ENSAIO MUITO PERFEITO E CERTINHO?!?!?!
DUVIDE!!! EXISTEM FRAUDES EM TODO CANTO ATÉ
NO SOLO!!!
22. Execução do SPT
CRITÉRIOS PARA PARALIZAÇÃO DA SONDAGEM:
Se em 3m sucessivos for necessários 30 golpes para avanço dos 15 cm iniciais
do amostrador;
Se em 4m sucessivos for necessários 50 golpes para avanço dos 15 cm iniciais
do amostrador;
Se em 5m sucessivos for necessários 30 golpes para avanço dos 15 cm iniciais
do amostrador;
OU A PEDIDO DO CLIENTE.
OU AINDA SE NO AVANÇO DA PERFURAÇÃO, POR CIRCULAÇÃO DE ÁGUA
FOREM INFERIORES A 50 mm após 10 minutos.
23. Boletim da Sondagem
Alguns dados:
- Cota da boca do furo que nem sempre é a cota de
implantação da obra, podendo vir a ser cota negativa por
exemplo – 0.25 m;
- Coordenadas do furo;
- Nível d,água se houver;
- Dados do equipamento;
- Data e hora do início do furo;
- Data e hora do fim do furo;
24. PASSO A PASSO PARA A LEITURA DE UM LAUDO SPT
1 – Localizar informações
no Laudo:
• Profundidade;
• Resistência SPT;
• Nível de água (N.A);
• Tipo de Solo;
• Gráfico de Resistências
2- Ler e interpretar essas
informações
corretamente;
25. Interpretação do Laudo SPT
1 – Identificar o Solo ou
profundidade
impenetrável;
2- Identificar a prof. Do
N.A;
3 – Solo Coesivo ou
não?
4 – Verificar o numero
de Golpes de Cada
camada a cada metro;
5 – Fundação
Superficial ou
profunda?
26. SOLO COESIVO OU NÃO?
COESIVO – ARGILOSOS E SILTOSOS: GRÃOS
MUITO FINOS E DIFICIL VISIBILIDADE DE
SEUS VAZIOS, RESISTENCIA A PENETRAÇÃO
DE ÁGUA, ABSORÇÃO MUITO LENTA;
a) Argila acinzentada; b) argila avermelhada
NÃO – COESIVOS – GRANULARES
ARENOSOS: compreendem os solos
compostos de pedras, pedregulhos,
cascalhos e areias, ou seja, de
partículas grandes e grossas. Essas
misturas, compostas por muitas
partículas individualmente soltas
que, no estado seco, não se aderem
umas às outras (somente se apoiam
entre si), são altamente permeáveis.
27. CLASSIFICAÇÃO DO SOLO DE ACORDO DO PONTO DE
VISTA DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS.
Quanto ao Número de Golpes?
Fundação Superficial
NSPT = Número de Golpes SPT Quantificação da camada
< 10 GOLPES BAIXA RESISTÊNCIA – Solo Ruim
DE 10 A 20 GOLPES MÉDIA RESISTÊNCIA – Solo Razoável
DE 20 a 25 GOLPES BOA RESISTÊNCIA – Solo Bom
DE 25 GOLPES A 30 GOLPES OU ACIMA DE 30
GOLPES
ÓTIMA RESISTÊNCIA – Solo Ideal
28. COMO SABER SE FUNDAÇÃO SUPERFICIAL É IDEAL?
CRITÉRIOS PARA ANÁLISE:
• Para fundações as superficiais (diretas) só teremos um solo razoável para assentamento destas
quando tivemos um índice de resistência a penetração SPT acima de 10 golpes.
• Recomendamos de uma maneira primaria a descartar as fundações diretas como as sapatas
para solos com Nspt inferior a 10 ao longo dos 3 primeiros metros de profundidade.
• Quando o tipo de solo permitir o uso desse tipo de fundações ficar atento a somatória total
das áreas dos elementos de fundação (sapatas). Esse tipo de fundação só será vantajoso se a
área ocupada for inferior a 50% da área disponível.
• Nível de lençol freático: para ser fundação superficial devemos ter a cota de assentamento
acima do lençol, podendo se realizar abaixo da cota, somente si for possível fazer o
rebaixamento do lençol freático o que encarece a obra.
• Máxima profundidade: preferencial que seja 2 m, pode chegar a 3 m, devendo-se ter cuidado
com a escavação, quanto maior a profundidade, maior o custo.
29. PRINCIPAIS TIPOS DE FUNDAÇÕES
Fundação superficial: também
chamadas de rasas ou diretas.
Zf ≤ 1,5B (MENOR DIMENSÃO OU
DIÂMETRO DA BASE);
TRANSFERENCIA DE CARGA
APENAS PELA BASE;
NÃO TRANSFERE CARGA POR
ATRITO LATERAL
Fundações Profundas:
Chamadas também de
indiretas
• Zf ≤ 4B;
• Capazes de transferir suas
cargas por atrito lateral ou
pela ponta
30. PRINCIPAIS TIPOS DE FUNDAÇÕES
Fundação superficial:
- Sapatas em Concreto armado;
- Blocos de concreto;
- Tubulões curtos, sem armação
somente de concreto simples;
- Radiers;
32. EXERCÍCIO PRÁTICO – LEITURA DE LAUDO SPT
1 – PROFUNDIDADE DO SOLO
IMPENETRÁVEL – 4m;
2 – Cota do Nível de água – Sem Cota ou
Nível de água Inexistente;
3 – Solo Coesivo ou Não?
- Solo Coesivo que com a profundidade
passa a não-coesivo pela alteração de
rocha;
4 – Número de Golpes a cada Metro;
5 –Fundação Superficial ou Não?
- SIM!!!!!!
- 1,5 m – Solo Bom!!!