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INTRODUÇÃO
A Bíblia é a revelação de Deus escrita
para a humanidade. Disso decorre o
fato de ela ser nossa exclusiva fonte de
autoridade espiritual. Sua inspiração
divina e sua soberania como única
regra de fé e prática para a nossa vida
constituem a doutrina basilar da fé
cristã.
Essa inspiração é um fato singular que
ocorreu na história da redenção
humana. O enfoque da presente lição
é sobre a importância e o significado
dessa inspiração divina.
I - REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
1. Revelação.
A palavra "revelação", apocalipsis, em
grego, significa o ato e o efeito de tirar
o véu que encobre o desconhecido.
Nas Escrituras, essa palavra é usada
em relação a Deus, pois é Ele quem
revela a si mesmo,
a sua vontade e natureza e os demais
mistérios. Ele "não fará coisa alguma,
sem ter revelado o seu segredo aos
seus servos, os profetas" (Am 3.7).
Deus conhece tudo aquilo que está
fora do alcance dos seres humanos. A
busca da verdade, sem Deus, é vã e
está destinada ao fracasso (1Co 1.21).
2. Inspiração.
É o registro dessa revelação sob a
influência do Espírito Santo, que
penetra até as profundezas de Deus
(1Co 2.10-13). Divinamente inspirados
são os 66 livros da Bíblia. Os escritores
sagrados foram os receptáculos da
revelação:
"homens santos falaram da parte de
Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2
Pe 1.21, ARA). Eles receberam os
oráculos divinos de forma especial,
exclusiva, única e milagrosa. Ninguém
mais, além deles, foi usado por Deus
dessa maneira específica.
3. A forma de comunicação.
O processo de comunicação divina aos
profetas do Antigo Testamento se
desenvolveu por meio da palavra e da
visão, do som e da imagem. A
revelação aos apóstolos no Novo
Testamento veio diretamente do
Senhor Jesus Cristo e do Espírito
Santo.
A frase "veio a palavra do SENHOR a",
"veio a mim a palavra do SENHOR" ou
fraseologia similar, tão frequente no
Antigo Testamento, diz respeito a uma
revelação direta, externa e audível.
Essa forma de comunicação não
aparece no Novo Testamento na
comunicação divina aos apóstolos,
exceto uma única vez no ministério de
João Batista: "veio no deserto a
palavra de Deus a João, filho de
Zacarias", pois ele é o último profeta
da dispensação da lei.
II-A INSPIRAÇÃO DIVINA
1. A inspiração divina.
"Toda a Escritura é inspirada por Deus"
(v.16, ARA). A palavra grega, aqui
traduzida por "inspirada por Deus" ou
"divinamente inspirada",
é theopneustos. Ela só aparece uma
única vez na Bíblia,
vinda de duas palavras gregas: theos,
"Deus", e pneo, "respirar, soprar". Isso
significa que o texto sagrado foi
"soprado por Deus". A palavra
teopneustia significa "inspiração divina
da Bíblia". Segundo o Dicionário
Contemporâneo da Língua Portuguesa,
de Caudas Aulete,
o termo quer dizer "inspiração divina
que presidiu à redação das Sagradas
Escrituras". Josefo, o historiador judeu,
e Fílon de Alexandria, disseram que as
Escrituras são divinamente inspiradas,
mas usaram outros termos.
2. Uma avaliação exegética.
Estamos acostumados com duas
traduções: "toda Escritura
divinamente inspirada é proveitosa" e
"toda Escritura é divina inspirada e
proveitosa". Ambas as versões são
permitidas à luz da gramática grega.
Mas a primeira é mais precisa,
pois a conjunção grega kai, "e",
aparece entre os dois adjetivos
"inspirada" e "proveitosa". Isso
significa que o apóstolo está
afirmando duas verdades sobre a
Escritura, a saber: divinamente
inspirada e proveitosa; e não somente
uma dessas duas coisas.
Dizer que "toda a Escritura
divinamente inspirada é proveitosa"
pode dar margem para alguém
interpretar que nem toda Escritura é
inspirada.
3. Autoridade.
A autoridade da Bíblia deriva de sua
origem divina. O selo dessa autoridade
aparece em expressões como "assim
diz o SENHOR"; "veio a palavra do
SENHOR"; "está escrito".
Isso encerra a suprema autoridade das
Escrituras com plena e total garantia
de infalibilidade, pois a Bíblia é a
Palavra de Deus.
Ill - INSPIRAÇÃO PLENA E VERBAL
1. Inspiração plenária.
Tal expressão significa que todos os
livros das Escrituras são inspirados por
Deus. O apóstolo Paulo deixa isso
muito claro quando afirma que "toda a
Escritura é divinamente inspirada". A
inspiração da Bíblia é especial e única.
Não existe na Bíblia um livro mais
inspirado e outro menos. Todos têm o
mesmo grau de inspiração e
autoridade. A Bíblia que Jesus e seus
apóstolos usavam era formada pela Lei
de Moisés, os Profetas e os Escritos;
essa terceira parte é encabeçada pelos
Salmos.
O termo "Escritura" ou "Escrituras"
que aparece no Novo Testamento
refere-se a esse Cânon tripartido, que
é o mesmo Antigo Testamento de
nossa Bíblia. Cabe ressaltar que o
apóstolo Paulo, ao afirmar que "toda a
Escritura é divinamente inspirada",
se referia também aos escritos
apostólicos. Os escritos dos apóstolos
se revestiam da mesma autoridade
dos livros do Antigo Testamento já
desde a Era Apostólica. Inclusive,
"profetas e apóstolos", às vezes,
aparecem como termos
intercambiáveis.
O apóstolo Pedro considera ainda as
epístolas paulinas como Escrituras. O
apóstolo Paulo ensinava: "Porque diz a
Escritura: Não ligarás a boca ao boi
que debulha. E: Digno é o obreiro do
seu salário". O apóstolo aqui coloca
lado a lado citações da lei de Moisés e
dos Evangelhos,
chamando ambas de "Escritura".
Outras vezes, ele deixa claro que seus
escritos são de origem divina. Isso nos
permite afirmar que a frase "Toda
Escritura é divinamente inspirada" se
refere à Bíblia completa, aos 66 livros
do Antigo e Novo Testamento.
2. Inspiração verbal.
Essa característica bíblica significa que
cada palavra foi inspirada pelo Espírito
Santo; e também que as ideias vieram
de Deus. O tipo de linguagem, o
vocabulário, o estilo e a personalidade
são diversificados nos textos bíblicos
porque Deus usou cada escritor em
sua geração e em sua cultura,
com seus diversos graus de instrução.
Isso mostra que quem produziu esses
livros sagrados eram seres humanos
que viveram em várias regiões e
pertenceram a diversas gerações
desde Moisés até o apóstolo João,
passaram-se cerca de mil anos. Eles
não foram tratados como meras
máquinas,
mas como instrumentos usados pelo
Espírito Santo. Deus "soprou" nos
escritores sagrados. Uns produziram
som de flauta e outros de trombetas,
mas era Deus quem soprava. Assim,
eles produziram esse maravilhoso som
que são as Escrituras Sagradas.
IV - ÚNICA REGRA INFALÍVEL DE FÉ E
PRÁTICA
1. "Proveitosa para ensinar".
O propósito das Escrituras é o ensino
para a salvação em Jesus, pois elas
"podem fazer-te sábio para a salvação,
pela fé que há em Cristo Jesus".
São ensinos espirituais que não se
encontram em nenhum lugar do
mundo. A Bíblia revela os mistérios do
passado como a criação, os do futuro
como a vinda de Jesus, os decretos
eternos de Deus, os segredos do
coração humano e as coisas profundas
de Deus.
2. A conduta humana.
A Bíblia corrige o erro e é útil para
orientar a vida sendo "proveitosa para
ensinar, para redarguir, para corrigir,
para instruir em justiça" (v.16b). Uma
das grandezas das Escrituras é a sua
aplicabilidade na vida diária, na
família, na igreja,
no trabalho e na sociedade. Deus é o
nosso Criador e somente Ele nos
conhece e sabe o que é bom para suas
criaturas. E essas orientações estão na
Bíblia, o "manual do fabricante".
3. As traduções da Bíblia.
A autoridade e as instruções das
Escrituras valem para todas as línguas
em que elas forem traduzidas. É
vontade de Deus que todos os povos,
tribos, línguas e nações conheçam sua
Palavra. Em que idioma essa
mensagem deve ser pregada?
Hebraico? Grego? Aramaico? Não! Na
língua do povo. Os apóstolos citam
diversas traduções gregas da
Septuaginta no Novo Testamento. Isso
mostra que a mesma inspiração do
Antigo Testamento hebraico se
manteve na Septuaginta. A citação de
Salmos 8.4-6 em Hebreus 2.6-8 é um
bom exemplo.
A inspiração divina se conserva em
outras línguas. Desde os tempos do
Antigo Testamento, até hoje, Deus se
manifestou e se manifesta a cada um
de seus servos e suas servas no seu
próprio idioma.
Conclusão
Cremos que a Bíblia é a única
revelação escrita de Deus para toda a
humanidade e que seu texto foi
preservado e sua inspiração divina é
mantida nas 2.935 línguas em que ela
é traduzida (segundo dados da
Sociedade Bíblica do Brasil).
Que cada um possa receber a Bíblia
sem restrição alguma, pois ela é a
Palavra de Deus em qualquer língua
em que vier a ser traduzida.
"Porque a profecia
nunca foi produzida
por vontade de
homem algum, mas
os homens santos de
Deus falaram
inspirados pelo
Espírito Santo."
(2 Pe 1.21)
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Lição 1 - Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia

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  • 7. INTRODUÇÃO A Bíblia é a revelação de Deus escrita para a humanidade. Disso decorre o fato de ela ser nossa exclusiva fonte de autoridade espiritual. Sua inspiração divina e sua soberania como única regra de fé e prática para a nossa vida constituem a doutrina basilar da fé cristã.
  • 8. Essa inspiração é um fato singular que ocorreu na história da redenção humana. O enfoque da presente lição é sobre a importância e o significado dessa inspiração divina.
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  • 10. I - REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO 1. Revelação. A palavra "revelação", apocalipsis, em grego, significa o ato e o efeito de tirar o véu que encobre o desconhecido. Nas Escrituras, essa palavra é usada em relação a Deus, pois é Ele quem revela a si mesmo,
  • 11. a sua vontade e natureza e os demais mistérios. Ele "não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas" (Am 3.7). Deus conhece tudo aquilo que está fora do alcance dos seres humanos. A busca da verdade, sem Deus, é vã e está destinada ao fracasso (1Co 1.21).
  • 12.
  • 13. 2. Inspiração. É o registro dessa revelação sob a influência do Espírito Santo, que penetra até as profundezas de Deus (1Co 2.10-13). Divinamente inspirados são os 66 livros da Bíblia. Os escritores sagrados foram os receptáculos da revelação:
  • 14. "homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.21, ARA). Eles receberam os oráculos divinos de forma especial, exclusiva, única e milagrosa. Ninguém mais, além deles, foi usado por Deus dessa maneira específica.
  • 15.
  • 16. 3. A forma de comunicação. O processo de comunicação divina aos profetas do Antigo Testamento se desenvolveu por meio da palavra e da visão, do som e da imagem. A revelação aos apóstolos no Novo Testamento veio diretamente do Senhor Jesus Cristo e do Espírito Santo.
  • 17. A frase "veio a palavra do SENHOR a", "veio a mim a palavra do SENHOR" ou fraseologia similar, tão frequente no Antigo Testamento, diz respeito a uma revelação direta, externa e audível. Essa forma de comunicação não aparece no Novo Testamento na comunicação divina aos apóstolos,
  • 18. exceto uma única vez no ministério de João Batista: "veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias", pois ele é o último profeta da dispensação da lei.
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  • 21. II-A INSPIRAÇÃO DIVINA 1. A inspiração divina. "Toda a Escritura é inspirada por Deus" (v.16, ARA). A palavra grega, aqui traduzida por "inspirada por Deus" ou "divinamente inspirada", é theopneustos. Ela só aparece uma única vez na Bíblia,
  • 22. vinda de duas palavras gregas: theos, "Deus", e pneo, "respirar, soprar". Isso significa que o texto sagrado foi "soprado por Deus". A palavra teopneustia significa "inspiração divina da Bíblia". Segundo o Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, de Caudas Aulete,
  • 23. o termo quer dizer "inspiração divina que presidiu à redação das Sagradas Escrituras". Josefo, o historiador judeu, e Fílon de Alexandria, disseram que as Escrituras são divinamente inspiradas, mas usaram outros termos.
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  • 25. 2. Uma avaliação exegética. Estamos acostumados com duas traduções: "toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa" e "toda Escritura é divina inspirada e proveitosa". Ambas as versões são permitidas à luz da gramática grega. Mas a primeira é mais precisa,
  • 26. pois a conjunção grega kai, "e", aparece entre os dois adjetivos "inspirada" e "proveitosa". Isso significa que o apóstolo está afirmando duas verdades sobre a Escritura, a saber: divinamente inspirada e proveitosa; e não somente uma dessas duas coisas.
  • 27. Dizer que "toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa" pode dar margem para alguém interpretar que nem toda Escritura é inspirada.
  • 28.
  • 29. 3. Autoridade. A autoridade da Bíblia deriva de sua origem divina. O selo dessa autoridade aparece em expressões como "assim diz o SENHOR"; "veio a palavra do SENHOR"; "está escrito".
  • 30. Isso encerra a suprema autoridade das Escrituras com plena e total garantia de infalibilidade, pois a Bíblia é a Palavra de Deus.
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  • 32.
  • 33. Ill - INSPIRAÇÃO PLENA E VERBAL 1. Inspiração plenária. Tal expressão significa que todos os livros das Escrituras são inspirados por Deus. O apóstolo Paulo deixa isso muito claro quando afirma que "toda a Escritura é divinamente inspirada". A inspiração da Bíblia é especial e única.
  • 34. Não existe na Bíblia um livro mais inspirado e outro menos. Todos têm o mesmo grau de inspiração e autoridade. A Bíblia que Jesus e seus apóstolos usavam era formada pela Lei de Moisés, os Profetas e os Escritos; essa terceira parte é encabeçada pelos Salmos.
  • 35. O termo "Escritura" ou "Escrituras" que aparece no Novo Testamento refere-se a esse Cânon tripartido, que é o mesmo Antigo Testamento de nossa Bíblia. Cabe ressaltar que o apóstolo Paulo, ao afirmar que "toda a Escritura é divinamente inspirada",
  • 36. se referia também aos escritos apostólicos. Os escritos dos apóstolos se revestiam da mesma autoridade dos livros do Antigo Testamento já desde a Era Apostólica. Inclusive, "profetas e apóstolos", às vezes, aparecem como termos intercambiáveis.
  • 37. O apóstolo Pedro considera ainda as epístolas paulinas como Escrituras. O apóstolo Paulo ensinava: "Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário". O apóstolo aqui coloca lado a lado citações da lei de Moisés e dos Evangelhos,
  • 38. chamando ambas de "Escritura". Outras vezes, ele deixa claro que seus escritos são de origem divina. Isso nos permite afirmar que a frase "Toda Escritura é divinamente inspirada" se refere à Bíblia completa, aos 66 livros do Antigo e Novo Testamento.
  • 39.
  • 40. 2. Inspiração verbal. Essa característica bíblica significa que cada palavra foi inspirada pelo Espírito Santo; e também que as ideias vieram de Deus. O tipo de linguagem, o vocabulário, o estilo e a personalidade são diversificados nos textos bíblicos porque Deus usou cada escritor em sua geração e em sua cultura,
  • 41. com seus diversos graus de instrução. Isso mostra que quem produziu esses livros sagrados eram seres humanos que viveram em várias regiões e pertenceram a diversas gerações desde Moisés até o apóstolo João, passaram-se cerca de mil anos. Eles não foram tratados como meras máquinas,
  • 42. mas como instrumentos usados pelo Espírito Santo. Deus "soprou" nos escritores sagrados. Uns produziram som de flauta e outros de trombetas, mas era Deus quem soprava. Assim, eles produziram esse maravilhoso som que são as Escrituras Sagradas.
  • 43.
  • 44.
  • 45. IV - ÚNICA REGRA INFALÍVEL DE FÉ E PRÁTICA 1. "Proveitosa para ensinar". O propósito das Escrituras é o ensino para a salvação em Jesus, pois elas "podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus".
  • 46. São ensinos espirituais que não se encontram em nenhum lugar do mundo. A Bíblia revela os mistérios do passado como a criação, os do futuro como a vinda de Jesus, os decretos eternos de Deus, os segredos do coração humano e as coisas profundas de Deus.
  • 47.
  • 48. 2. A conduta humana. A Bíblia corrige o erro e é útil para orientar a vida sendo "proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça" (v.16b). Uma das grandezas das Escrituras é a sua aplicabilidade na vida diária, na família, na igreja,
  • 49. no trabalho e na sociedade. Deus é o nosso Criador e somente Ele nos conhece e sabe o que é bom para suas criaturas. E essas orientações estão na Bíblia, o "manual do fabricante".
  • 50.
  • 51. 3. As traduções da Bíblia. A autoridade e as instruções das Escrituras valem para todas as línguas em que elas forem traduzidas. É vontade de Deus que todos os povos, tribos, línguas e nações conheçam sua Palavra. Em que idioma essa mensagem deve ser pregada?
  • 52. Hebraico? Grego? Aramaico? Não! Na língua do povo. Os apóstolos citam diversas traduções gregas da Septuaginta no Novo Testamento. Isso mostra que a mesma inspiração do Antigo Testamento hebraico se manteve na Septuaginta. A citação de Salmos 8.4-6 em Hebreus 2.6-8 é um bom exemplo.
  • 53. A inspiração divina se conserva em outras línguas. Desde os tempos do Antigo Testamento, até hoje, Deus se manifestou e se manifesta a cada um de seus servos e suas servas no seu próprio idioma.
  • 54.
  • 55.
  • 56. Conclusão Cremos que a Bíblia é a única revelação escrita de Deus para toda a humanidade e que seu texto foi preservado e sua inspiração divina é mantida nas 2.935 línguas em que ela é traduzida (segundo dados da Sociedade Bíblica do Brasil).
  • 57. Que cada um possa receber a Bíblia sem restrição alguma, pois ela é a Palavra de Deus em qualquer língua em que vier a ser traduzida.
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  • 59.
  • 60.
  • 61. "Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." (2 Pe 1.21)