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BLOQUEIOS
SUBARACNÓIDEO
E PERIDURAL
GUSTAVO BALARIM – TEA/SBA
• 17.1. Anatomia da coluna vertebral, medula espinhal,
meninges, raízes nervosas e cadeia ganglionar simpática
• 17.2. Líquido cefalorraquidiano: formação, circulação, absorção,
composição densidade, função, volume e pressão
• 17.3. Alterações da fisiologia decorrentes dos bloqueios no
neuroeixo
• 17.4. Anestesia subaracnóidea
• 17.5. Anestesia peridural
• 17.6. Anestesia combinada raquiperidural: Indicações e
complicações
HISTÓRIA
16 de Agosto 1898  Bier (Q18G)
24 de Agosto  Bier foi RAQUIADO (1º CPPD)
1889  1ª RJ
1900  TUFFIER (técnica asséptica)
1903  AL + ADRENALINA
1912  Descoberta bloqueio simpático
ANATOMIA
• 33 VÉRTEBRAS
• 4 CURVATURAS
REFERÊNCIAS ANATÔMICAS
REFERÊNCIAS ANATÔMICAS
IRRIGAÇÃO
ARTÉRIA ESPINAL ANTERIOR (a. vertebral)
ARTÉRIAS ESPINAIS POSTERIORES (a. cerebelar inferior)
ARTÉRIAS ESPINAIS SEGMENTARES (a. intercostais e lombares)
MENINGES
Dura-máter – Mais externa e espessa das meninges
– Fibras de elastina e colágeno dispostas aleatoriamente
– Espaço peridural: forame magno até o cóccix
• Nervos, gordura, plexo venosos e linfáticos
• Maior largura: entre 2ª e 5ª vertebras lombares
• Menor largura: entre 2ª e 8ª vertebras torácicas –
– Espaço subdural: entre a dura-máter e a aracnoide
• Espaço potencial, não reflui líquido e estende-se
até região intracraniana
MENINGES
Aracnoide
– Delicada e colada à dura-máter
– Entre a dura-máter e pia-máter
– Espaço subaracnóideo: encéfalo até S2
– Vilosidades aracnóideas e LCR
– Acompanha raízes dos nervos espinhais
Pia-máter
– Aderida as estruturas nervosas
– Fenestrada
– Em contato com espaço subaracnóideo e LCR
LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO
O que é?
Ultrafiltrado do plasma produzido pelos plexos coroides
através de secreção ativa de Na+ para os ventrículos
laterais, 3º e 4º ventrículos.
Secreção de aprox. 500ml/dia (20-25 ml/h)
Volume de 120-150 ml. (55% canal, 25% ventrículos, 20%
intracranial)
Adulto 2ml/kg
RN 4ml/kg
LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO
Pra que serve?
• Sustentação do cérebro, tronco encefálico e medula espinhal
• Proteção contra choques
• Eliminar resíduos do metabolismo, drogas e outras substâncias que
se difundam no cérebro através do sangue
• Servir de meios de difusão de células de defesa imunológica e de
anticorpos
• Nutrir o epêndima e estruturas periventriculares
LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO
Produz 500 ml/dia, mas só tem 120-150 ml. Evapora?
LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO
É ABSORVIDO
– Vilosidades aracnóideas
Numerosas no junto ao seio sagital superior
– Veias do parênquima cerebroespinhal
– Vasos linfáticos perineurais
A CADA 6 HORAS O LCR É RENOVADO
BLOQUEIO DIFERENCIAL
BLOQUEIO DIFERENCIAL
1
2
3
4
5
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
• Cardiovascular
– Diminuição do retorno venoso
– Diminuição da resistência vascular periférica
– Diminuição da contratilidade cardíaca (T1-T4)
• Respiratório
– Mínimos se não houver bloqueio do nervo frênico
(C3-C5)
• Trato GI
– Aumento da motilidade do tubo digestivo
– Discinesia gástrica = náuseas e vômitos
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
• Atenuação da resposta neuroendócrina ao estresse cirúrgico por
bloqueio da liberação de:
– ACTH
– cortisol
– Adrenalina / noradrenalina
– vasopressina
– renina-angiotensiona-aldosterona
• Sistema urinário
– Diminuição do fluxo sanguíneo renal
• dependente do débito cardíaco
– Disfunção do músculo detrusor da bexiga (atonia)
BLOQUEIO
SUBARACNÓIDEO
BLOQUEIO SUBARACNÓIDEO
Deposição da solução anestésica no espaço subaracnóideo
com interrupção temporária dos impulsos nervosos.
INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES
ABSOLUTAS RELATIVAS
RECUSA DO PACIENTE ANEMIA
HIPOTENSÃO ARTERIAL DEFORMIDADES DA COLUNA
CHOQUE DOR LOMBAR
CONVULSÃO, HIC CEFALEIA HABITUAL
SEPSE/BACTEREMIA
MENINGITE/TU MEDULA
ANTICOAGULAÇÃO
INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES
• RN prematuros e ex-prematuros
– Raquianestesia x Anestesia Geral
• Menor incidência de bradicardia
• Menor queda da SpO2
• Menos períodos de apneia no pós-
operatório
– Epidermólise bolhosa
• Danos a cavidade oral e a traqueia
na IOT
INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES
IDOSO
• Vantagens em relação à anestesia geral
– Diminuição da resposta neuroendócrina
– Excelente analgesia
– Menos disfunção respiratória
– < incidência de TVP e isquemia miocárdica
– < taxa de mortalidade
– Preservação da função cerebral
– < incidência de cefaleia •
• Evitar bloqueios extensos  alterações cardiovasculares
BARICIDADE E DENSIDADE
BARICIDADE?
DENSIDADE?
BARICIDADE E DENSIDADE
BARICIDADE?
DENSIDADE?
ANESTÉSICOS LOCAIS
• Lidocaína 5% hiperbárica
– Foi o AL mais utilizado na anestesia subaracnóidea
– Latência curta e bloqueios sensitivo e motor
profundo
– Sintomas neurológicos transitórios x agulhas de fino
calibre
• Lidocaína 2% sem glicose
– Densidade semelhante à do LCR
– Comportamento hipobárico
ANESTÉSICOS LOCAIS
Bupivacaína (racêmica e levobupivacaína)
– Anestésico local mais utilizado em anestesia
subaracnóidea
– Bupi 0,5% + Glicose 8%  Hiperbárica
– Bupi 0,5% pura  Isobárica a 23ºC
– Ao ser injetada no LCR a 37ºC, a densidade
varia, a baricidade diminui tornando-se
solução hipobárica
ANESTÉSICOS LOCAIS
• Procaína
– Baixa potência, latência prolongada, curto tempo de
ação
• Prilocaína
– Ortotoluidina
– Meta-hemoglobinemia
FATORES QUE INTERFEREM NA ALTURA
FATORES QUE INTERFEREM NA ALTURA
Local da punção
– Importante em soluções isobáricas
• Para cada ponto de aplicação 2 dermátomos
– Pouca importância em soluções hiperbáricas
FATORES QUE INTERFEREM NA ALTURA
Velocidade de injeção e barbotagem
– Limitados pelo pequeno diâmetro interno e orifício pequeno
Altura: apenas pacientes muito altos ou muito baixos
Peso: > dispersão cranial da bupivacaína isobárica em obesos mórbidos
Idade: > tendência a dispersão cefálica em idosos
OPIÓIDES
Uso isolado ou associado aos anestésicos locais
Efeitos
– Potencializam efeitos analgésicos perioperatórios
– Promovem analgesia pós-operatória
– Diminuir doses de anestésicos locais
– Diminuir doses de anestésicos gerais – anestesias combinadas
Mecanismo de ação
– Receptores opioides lâminas II e V do corno dorsal da medula e substância
gelatinosa de Rolando
– Fibras A delta e C
OPIÓIDES
FENTANIL SUFENTANIL MORFINA
DOSE
10-25ug 2,5-5ug 40-100ug
TEMPO DE
ANALGESIA
4-6h 7-9h Até 24h
SOLUBILIDADE
LIPOSSOLÚVEL LIPOSSOLÚVEL HIDROSSOLÚVEL
OPIOIDES
• LIPOSSOLÚVEL  MENOR LATENCIA, MENOR DURAÇÃO,
MAIOR POTÊNCIA.
• HIDROSSOLÚVEL  MAIOR LATENCIA, MAIOR DURAÇÃO,
MENOR POTÊNCIA.
MORFINA MAIOR DISPERSÃO ROSTRAL  DEP. RESP.
CLONIDINA
AS DOSES VARIAM DE 15 µG A 150 µG
BLOQUEIO MOTOR E A ANALGESIA SE PROLONGAM,
COM AUMENTO MÉDIO DE 100 MINUTOS
TÉCNICA
A RAQUI FICOU BOA?
COMPLICAÇÕES
• Náuseas/Vômitos, hipotensão, tremor, retenção urinária e
hipoacusia transitória (redução da pressão intracoclear)
• Falha, cefaleia e sintomas neurológicos transitórios
• Trauma mecânico, infecção, isquemia (Sd. Artéria Espinhal Ant).
• Sd. Cauda Equina
• Hematoma subaranóideo e epidural
• Morte e paraplegia
FALHA
• 1. Presença de cistos no trajeto da agulha (sinoviais, dermoides ou ganglionares de
Tarlov). A punção do cisto promoverá o gotejamento de seu conteúdo. A presença de
cistos ocorre em cerca de 4,5% a 9,5% da população.
• 2. Excessiva infiltração de solução de anestésico local no trajeto da punção, podendo
causar refluxo pela agulha de punção.
• 3. Mobilização da agulha por ocasião da conexão da seringa ou durante a injeção.
• 4. O bisel da agulha poderá ficar parte dentro do espaço subaracnóideo e parte no
espaço peridural, proporcionando injeção insuficiente do volume da solução
anestésica no local apropriado. Isso pode ocorrer especialmente com agulhas de
bisel longo.
• 5. O fraco gotejar de liquor com as agulhas de fino calibre 27G e 29G, que
apresentam maior número de falhas do que com as agulhas 25G.
• 6. Injeção subdural de anestésico local.
CEFALEIA PÓS PUNÇÃO DURAL
• Hipotensão liquórica
– Extravasamento para o espaço extradural
–Deslocamento caudal do encéfalo, tração das meninges, dos seios venosos, dos
nervos e vasos encefálicos e durais
• Dor de caráter postural
– Elevação da cabeça
• Cefaleia frontal, occipital e temporal
• Irradiação cervical
• Rigidez muscular: nuca e ombros
– Decúbito supino – dor leve ou ausente
CEFALEIA PÓS PUNÇÃO DURAL
• Distúrbios visuais
– Diplopia, fotofobia, escotomas, visão borrada, estrabismo convergente
– Estiramento ou compressão de pares cranianos
• Distúrbios auditivos
– Perda de acuidade, tinnitus e discinesia
– Hipotensão liquórica
CEFALEIA PÓS PUNÇÃO DURAL
• Fatores relacionados à incidência de CPPD
– Calibre e desenho da agulha de punção
• Agulhas mais finas
• Agulha ponta de lápis
– Idade
• > incidência entre 18 e 50 anos
• Desprezível em idosos
– Menor perda liquórica (LCR já hipotenso)
– Menor elasticidade da dura-máter
– Menor elasticidade dos vasos cerebrais e das meninges
CEFALEIA PÓS PUNÇÃO DURAL
• Fatores relacionados à incidência de CPPD
Gênero: > em mulheres
Gestação: > incidência
• Alterações hormonais
• Esforço durante o parto
• Redução do volume liquórico: perda líquida e diurese
Desidratação: < volume liquórico
História anterior de cefaleia
CEFALEIA PÓS PUNÇÃO DURAL
Geralmente entre 24 e 48 horas após punção
70% dos casos: remissão em 7 dias sem tratamento
Geralmente de intensidade leve: agulhas finas
TRATAMENTO: Orientações, repouso, reidratação, anti-inflamatórios não
esteroides, acetaminofeno, corticosteroides em dose baixa, cafeína e sumatriptano.
BLOQUEIO GÂNGLIO ESFENO PALATINO.
BLOOD-PATCH
BLOQUEIO GÂNGLIO ESFENO PALATINO
ATENUA A VASODILATAÇÃO CEREBRAL INDUZIDA PELA ESTIMULAÇÃO PARASSIMPÁTICA
TRANSMITIDA ATRAVÉS DE NEURÔNIOS QUE TÊM SINAPSES NO GÂNGLIO ESFENOPALATINO.
Os aplicadores com ponta de algodão + anestésico local (um para cada narina) introduzir
paralelamente ao assoalho do nariz e avançar até que a resistência.
Essa resistência representa o contato com a parede posterior da nasofaringe.
Deixar por 5 minutos.
BLOOD PATCH
Tratamento MAIS eficaz, baixo índice de recidiva
– Volume de 10 a 20 mL
– Em cefaleias incapacitantes ou sem resultado no tratamento clínico
– Contraindicado em sepse e nas coagulopatias
SINTOMAS NEUROLÓGICOS TRANSITÓRIOS
• Dor, disestesias nas nádegas e pernas, dor lombar baixa
• Sintomas geralmente não duram mais que sete dias
• Relacionados ao uso de lidocaína 5% e agulhas finas
– Descritos também com lidocaína a 2% ou 1,5%
– Bupivacaína, mepivacaína e tetracaína
• Cirurgias de joelho, quadril, litotomia
ARACNOIDITE ADESIVA
• Resíduos de ácido fosfórico
• Altas doses de AL na raquianestesia total
• Reação inflamatória
– Obliteração do espaço subaracnóideo de forma ascendente
– Proliferação da pia-máter e aracnoide
• Início insidioso e lenta progressão meses ou anos
– Perda gradual da sensibilidade e paresia dos membros inferiores
– Evolução para paresia e paralisia de membros inferiores
– Progressão para níveis medulares altos
• Hipertensão intracraniana, quadriplegia e óbito
SÍNDROME DA CAUDA EQUINA
• Decorrente de lesão neurológica em ramos ou raízes dorsais e ventrais abaixo de L2
– Injeção intraneural, punção traumática e efeito neurotóxico por contaminantes, excessiva
massa de AL na região lombossacral
• Aparece no pós-operatório imediato
– Pode evoluir por dias ou semanas
– Pode haver remissão dos sintomas
• Quadro clínico
– Analgesia perineal, parestesia e dores dos MMII
– Paresia, paraparesia ou paraplegia e disfunção vesical e retal, que evolui para
incontinência
PCR EM RAQUIANESTESIA
• Pacientes com FC < 60 bpm
• ASA I, jovens, com tônus vagal aumentado
• Altura do bloqueio sensitivo acima de T5
• Pacientes abaixo de 50 anos
• Presença de BAV prévio
• Tratamento farmacológico crônico: β-bloqueadores
PERIDURAL
ADJUVANTES
FENTANIL SUFENTANIL MORFINA
DOSE
100ug 20-50ug 1-2mg
TEMPO DE ANALGESIA
2-4h 4-8h Até 24h
SOLUBILIDADE
LIPOSSOLÚVEL LIPOSSOLÚVEL HIDROSSOLÚVEL
CLONIDINA
- ANALGESIA COMPARADA A MORFINA
- INÍCIO DE AÇÃO 20’ E PICO 60’
- DOSE BAIXA  EFEITO CENTRAL E HIPOTENSÃO
- DOSE ALTA  EFEITO PERIFÉRICO  VASOCONSTRIÇÃO E HIPERTENSÃO
CLASSIFICAÇÃO PELO LOCAL DA PUNÇÃO
Peridural cervical
Peridural torácica
– Alta: T3-T4 a T6-T7
– Média: T7-T8 a T8-T9
– Baixa: T9-T10 a T11-T12
Peridural lombar
Peridural caudal
TÉCNICAS
DOGLIOTTI
DOGLIOTTI MODIFICADO
GUTIERREZ
TESTES PARA CONFIRMAÇÃO
• Teste de Figueiredo
– Solução anestésica com uma bolha de ar
– Ao injetar a bolha não se deforma, indica que o bisel da agulha está
corretamente posicionado
• Teste de Moore
– Seringa de 5 mL com 1 mL de solução anestésica e 4 mL de ar
– Caso o conteúdo da aspiração seja inferior à metade da solução injetada,
significa que o bisel está bem localizado
• Teste de Bustos
– Seringa de 5 mL com 1 mL de solução anestésica e 4 mL de ar – Após
injetar, retira-se rapidamente a seringa e o líquido é expulso
PERIDURAL SACRA
MECANISMO DE AÇÃO
COMPLICAÇÕES
• DOR LOMBAR
• PERFURAÇÃO ACIDENTAL
• RAQUIANESTESIA TOTAL
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• HEMATOMA

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  • 3. HISTÓRIA 16 de Agosto 1898  Bier (Q18G) 24 de Agosto  Bier foi RAQUIADO (1º CPPD) 1889  1ª RJ 1900  TUFFIER (técnica asséptica) 1903  AL + ADRENALINA 1912  Descoberta bloqueio simpático
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 10. IRRIGAÇÃO ARTÉRIA ESPINAL ANTERIOR (a. vertebral) ARTÉRIAS ESPINAIS POSTERIORES (a. cerebelar inferior) ARTÉRIAS ESPINAIS SEGMENTARES (a. intercostais e lombares)
  • 11.
  • 12. MENINGES Dura-máter – Mais externa e espessa das meninges – Fibras de elastina e colágeno dispostas aleatoriamente – Espaço peridural: forame magno até o cóccix • Nervos, gordura, plexo venosos e linfáticos • Maior largura: entre 2ª e 5ª vertebras lombares • Menor largura: entre 2ª e 8ª vertebras torácicas – – Espaço subdural: entre a dura-máter e a aracnoide • Espaço potencial, não reflui líquido e estende-se até região intracraniana
  • 13. MENINGES Aracnoide – Delicada e colada à dura-máter – Entre a dura-máter e pia-máter – Espaço subaracnóideo: encéfalo até S2 – Vilosidades aracnóideas e LCR – Acompanha raízes dos nervos espinhais Pia-máter – Aderida as estruturas nervosas – Fenestrada – Em contato com espaço subaracnóideo e LCR
  • 14.
  • 15. LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO O que é? Ultrafiltrado do plasma produzido pelos plexos coroides através de secreção ativa de Na+ para os ventrículos laterais, 3º e 4º ventrículos. Secreção de aprox. 500ml/dia (20-25 ml/h) Volume de 120-150 ml. (55% canal, 25% ventrículos, 20% intracranial) Adulto 2ml/kg RN 4ml/kg
  • 16. LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO Pra que serve? • Sustentação do cérebro, tronco encefálico e medula espinhal • Proteção contra choques • Eliminar resíduos do metabolismo, drogas e outras substâncias que se difundam no cérebro através do sangue • Servir de meios de difusão de células de defesa imunológica e de anticorpos • Nutrir o epêndima e estruturas periventriculares
  • 17. LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO Produz 500 ml/dia, mas só tem 120-150 ml. Evapora?
  • 18. LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO É ABSORVIDO – Vilosidades aracnóideas Numerosas no junto ao seio sagital superior – Veias do parênquima cerebroespinhal – Vasos linfáticos perineurais A CADA 6 HORAS O LCR É RENOVADO
  • 19.
  • 20.
  • 23. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS • Cardiovascular – Diminuição do retorno venoso – Diminuição da resistência vascular periférica – Diminuição da contratilidade cardíaca (T1-T4) • Respiratório – Mínimos se não houver bloqueio do nervo frênico (C3-C5) • Trato GI – Aumento da motilidade do tubo digestivo – Discinesia gástrica = náuseas e vômitos
  • 24.
  • 25. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS • Atenuação da resposta neuroendócrina ao estresse cirúrgico por bloqueio da liberação de: – ACTH – cortisol – Adrenalina / noradrenalina – vasopressina – renina-angiotensiona-aldosterona • Sistema urinário – Diminuição do fluxo sanguíneo renal • dependente do débito cardíaco – Disfunção do músculo detrusor da bexiga (atonia)
  • 27. BLOQUEIO SUBARACNÓIDEO Deposição da solução anestésica no espaço subaracnóideo com interrupção temporária dos impulsos nervosos.
  • 28. INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES ABSOLUTAS RELATIVAS RECUSA DO PACIENTE ANEMIA HIPOTENSÃO ARTERIAL DEFORMIDADES DA COLUNA CHOQUE DOR LOMBAR CONVULSÃO, HIC CEFALEIA HABITUAL SEPSE/BACTEREMIA MENINGITE/TU MEDULA ANTICOAGULAÇÃO
  • 29. INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES • RN prematuros e ex-prematuros – Raquianestesia x Anestesia Geral • Menor incidência de bradicardia • Menor queda da SpO2 • Menos períodos de apneia no pós- operatório – Epidermólise bolhosa • Danos a cavidade oral e a traqueia na IOT
  • 30. INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES IDOSO • Vantagens em relação à anestesia geral – Diminuição da resposta neuroendócrina – Excelente analgesia – Menos disfunção respiratória – < incidência de TVP e isquemia miocárdica – < taxa de mortalidade – Preservação da função cerebral – < incidência de cefaleia • • Evitar bloqueios extensos  alterações cardiovasculares
  • 33. ANESTÉSICOS LOCAIS • Lidocaína 5% hiperbárica – Foi o AL mais utilizado na anestesia subaracnóidea – Latência curta e bloqueios sensitivo e motor profundo – Sintomas neurológicos transitórios x agulhas de fino calibre • Lidocaína 2% sem glicose – Densidade semelhante à do LCR – Comportamento hipobárico
  • 34. ANESTÉSICOS LOCAIS Bupivacaína (racêmica e levobupivacaína) – Anestésico local mais utilizado em anestesia subaracnóidea – Bupi 0,5% + Glicose 8%  Hiperbárica – Bupi 0,5% pura  Isobárica a 23ºC – Ao ser injetada no LCR a 37ºC, a densidade varia, a baricidade diminui tornando-se solução hipobárica
  • 35. ANESTÉSICOS LOCAIS • Procaína – Baixa potência, latência prolongada, curto tempo de ação • Prilocaína – Ortotoluidina – Meta-hemoglobinemia
  • 36.
  • 37.
  • 40.
  • 41. Local da punção – Importante em soluções isobáricas • Para cada ponto de aplicação 2 dermátomos – Pouca importância em soluções hiperbáricas
  • 42. FATORES QUE INTERFEREM NA ALTURA Velocidade de injeção e barbotagem – Limitados pelo pequeno diâmetro interno e orifício pequeno Altura: apenas pacientes muito altos ou muito baixos Peso: > dispersão cranial da bupivacaína isobárica em obesos mórbidos Idade: > tendência a dispersão cefálica em idosos
  • 43. OPIÓIDES Uso isolado ou associado aos anestésicos locais Efeitos – Potencializam efeitos analgésicos perioperatórios – Promovem analgesia pós-operatória – Diminuir doses de anestésicos locais – Diminuir doses de anestésicos gerais – anestesias combinadas Mecanismo de ação – Receptores opioides lâminas II e V do corno dorsal da medula e substância gelatinosa de Rolando – Fibras A delta e C
  • 44. OPIÓIDES FENTANIL SUFENTANIL MORFINA DOSE 10-25ug 2,5-5ug 40-100ug TEMPO DE ANALGESIA 4-6h 7-9h Até 24h SOLUBILIDADE LIPOSSOLÚVEL LIPOSSOLÚVEL HIDROSSOLÚVEL
  • 45. OPIOIDES • LIPOSSOLÚVEL  MENOR LATENCIA, MENOR DURAÇÃO, MAIOR POTÊNCIA. • HIDROSSOLÚVEL  MAIOR LATENCIA, MAIOR DURAÇÃO, MENOR POTÊNCIA. MORFINA MAIOR DISPERSÃO ROSTRAL  DEP. RESP.
  • 46. CLONIDINA AS DOSES VARIAM DE 15 µG A 150 µG BLOQUEIO MOTOR E A ANALGESIA SE PROLONGAM, COM AUMENTO MÉDIO DE 100 MINUTOS
  • 49. COMPLICAÇÕES • Náuseas/Vômitos, hipotensão, tremor, retenção urinária e hipoacusia transitória (redução da pressão intracoclear) • Falha, cefaleia e sintomas neurológicos transitórios • Trauma mecânico, infecção, isquemia (Sd. Artéria Espinhal Ant). • Sd. Cauda Equina • Hematoma subaranóideo e epidural • Morte e paraplegia
  • 50. FALHA • 1. Presença de cistos no trajeto da agulha (sinoviais, dermoides ou ganglionares de Tarlov). A punção do cisto promoverá o gotejamento de seu conteúdo. A presença de cistos ocorre em cerca de 4,5% a 9,5% da população. • 2. Excessiva infiltração de solução de anestésico local no trajeto da punção, podendo causar refluxo pela agulha de punção. • 3. Mobilização da agulha por ocasião da conexão da seringa ou durante a injeção. • 4. O bisel da agulha poderá ficar parte dentro do espaço subaracnóideo e parte no espaço peridural, proporcionando injeção insuficiente do volume da solução anestésica no local apropriado. Isso pode ocorrer especialmente com agulhas de bisel longo. • 5. O fraco gotejar de liquor com as agulhas de fino calibre 27G e 29G, que apresentam maior número de falhas do que com as agulhas 25G. • 6. Injeção subdural de anestésico local.
  • 51.
  • 52. CEFALEIA PÓS PUNÇÃO DURAL • Hipotensão liquórica – Extravasamento para o espaço extradural –Deslocamento caudal do encéfalo, tração das meninges, dos seios venosos, dos nervos e vasos encefálicos e durais • Dor de caráter postural – Elevação da cabeça • Cefaleia frontal, occipital e temporal • Irradiação cervical • Rigidez muscular: nuca e ombros – Decúbito supino – dor leve ou ausente
  • 53. CEFALEIA PÓS PUNÇÃO DURAL • Distúrbios visuais – Diplopia, fotofobia, escotomas, visão borrada, estrabismo convergente – Estiramento ou compressão de pares cranianos • Distúrbios auditivos – Perda de acuidade, tinnitus e discinesia – Hipotensão liquórica
  • 54. CEFALEIA PÓS PUNÇÃO DURAL • Fatores relacionados à incidência de CPPD – Calibre e desenho da agulha de punção • Agulhas mais finas • Agulha ponta de lápis – Idade • > incidência entre 18 e 50 anos • Desprezível em idosos – Menor perda liquórica (LCR já hipotenso) – Menor elasticidade da dura-máter – Menor elasticidade dos vasos cerebrais e das meninges
  • 55. CEFALEIA PÓS PUNÇÃO DURAL • Fatores relacionados à incidência de CPPD Gênero: > em mulheres Gestação: > incidência • Alterações hormonais • Esforço durante o parto • Redução do volume liquórico: perda líquida e diurese Desidratação: < volume liquórico História anterior de cefaleia
  • 56. CEFALEIA PÓS PUNÇÃO DURAL Geralmente entre 24 e 48 horas após punção 70% dos casos: remissão em 7 dias sem tratamento Geralmente de intensidade leve: agulhas finas TRATAMENTO: Orientações, repouso, reidratação, anti-inflamatórios não esteroides, acetaminofeno, corticosteroides em dose baixa, cafeína e sumatriptano. BLOQUEIO GÂNGLIO ESFENO PALATINO. BLOOD-PATCH
  • 57. BLOQUEIO GÂNGLIO ESFENO PALATINO ATENUA A VASODILATAÇÃO CEREBRAL INDUZIDA PELA ESTIMULAÇÃO PARASSIMPÁTICA TRANSMITIDA ATRAVÉS DE NEURÔNIOS QUE TÊM SINAPSES NO GÂNGLIO ESFENOPALATINO. Os aplicadores com ponta de algodão + anestésico local (um para cada narina) introduzir paralelamente ao assoalho do nariz e avançar até que a resistência. Essa resistência representa o contato com a parede posterior da nasofaringe. Deixar por 5 minutos.
  • 58. BLOOD PATCH Tratamento MAIS eficaz, baixo índice de recidiva – Volume de 10 a 20 mL – Em cefaleias incapacitantes ou sem resultado no tratamento clínico – Contraindicado em sepse e nas coagulopatias
  • 59. SINTOMAS NEUROLÓGICOS TRANSITÓRIOS • Dor, disestesias nas nádegas e pernas, dor lombar baixa • Sintomas geralmente não duram mais que sete dias • Relacionados ao uso de lidocaína 5% e agulhas finas – Descritos também com lidocaína a 2% ou 1,5% – Bupivacaína, mepivacaína e tetracaína • Cirurgias de joelho, quadril, litotomia
  • 60. ARACNOIDITE ADESIVA • Resíduos de ácido fosfórico • Altas doses de AL na raquianestesia total • Reação inflamatória – Obliteração do espaço subaracnóideo de forma ascendente – Proliferação da pia-máter e aracnoide • Início insidioso e lenta progressão meses ou anos – Perda gradual da sensibilidade e paresia dos membros inferiores – Evolução para paresia e paralisia de membros inferiores – Progressão para níveis medulares altos • Hipertensão intracraniana, quadriplegia e óbito
  • 61. SÍNDROME DA CAUDA EQUINA • Decorrente de lesão neurológica em ramos ou raízes dorsais e ventrais abaixo de L2 – Injeção intraneural, punção traumática e efeito neurotóxico por contaminantes, excessiva massa de AL na região lombossacral • Aparece no pós-operatório imediato – Pode evoluir por dias ou semanas – Pode haver remissão dos sintomas • Quadro clínico – Analgesia perineal, parestesia e dores dos MMII – Paresia, paraparesia ou paraplegia e disfunção vesical e retal, que evolui para incontinência
  • 62. PCR EM RAQUIANESTESIA • Pacientes com FC < 60 bpm • ASA I, jovens, com tônus vagal aumentado • Altura do bloqueio sensitivo acima de T5 • Pacientes abaixo de 50 anos • Presença de BAV prévio • Tratamento farmacológico crônico: β-bloqueadores
  • 64.
  • 65. ADJUVANTES FENTANIL SUFENTANIL MORFINA DOSE 100ug 20-50ug 1-2mg TEMPO DE ANALGESIA 2-4h 4-8h Até 24h SOLUBILIDADE LIPOSSOLÚVEL LIPOSSOLÚVEL HIDROSSOLÚVEL CLONIDINA - ANALGESIA COMPARADA A MORFINA - INÍCIO DE AÇÃO 20’ E PICO 60’ - DOSE BAIXA  EFEITO CENTRAL E HIPOTENSÃO - DOSE ALTA  EFEITO PERIFÉRICO  VASOCONSTRIÇÃO E HIPERTENSÃO
  • 66. CLASSIFICAÇÃO PELO LOCAL DA PUNÇÃO Peridural cervical Peridural torácica – Alta: T3-T4 a T6-T7 – Média: T7-T8 a T8-T9 – Baixa: T9-T10 a T11-T12 Peridural lombar Peridural caudal
  • 68. TESTES PARA CONFIRMAÇÃO • Teste de Figueiredo – Solução anestésica com uma bolha de ar – Ao injetar a bolha não se deforma, indica que o bisel da agulha está corretamente posicionado • Teste de Moore – Seringa de 5 mL com 1 mL de solução anestésica e 4 mL de ar – Caso o conteúdo da aspiração seja inferior à metade da solução injetada, significa que o bisel está bem localizado • Teste de Bustos – Seringa de 5 mL com 1 mL de solução anestésica e 4 mL de ar – Após injetar, retira-se rapidamente a seringa e o líquido é expulso
  • 71. COMPLICAÇÕES • DOR LOMBAR • PERFURAÇÃO ACIDENTAL • RAQUIANESTESIA TOTAL • INJEÇÃO INTRAVASCULAR • SD. ARTÉRIA ESPINHAL ANTERIOR • HEMATOMA

Notas do Editor

  1. As artérias intercostais e lombares que alimentam a medula espinhal originam-se da aorta, assim como os ramos subclávios e hipogástricos. As artérias lombares e intercostais dividem-se três vezes antes de alcançar a medula espinhal. Seu primeiro ramo é o espinhal que se divide nas artérias radiculares anterior e posterior, e mais adiante bifurca-se em ramo dorsal e vertebral. A última bifurcação do ramo espinhal é constante para o suprimento anterior e posterior do canal vertebral, das raízes nervosas e da dura-máter, somente em alguns níveis, as artérias radiculares anterior e posterior atravessam a dura-máter e alcançam a medula. Somente alguns (2-14, média de 6) desses ramos segmentares persistem até a idade adulta. A artéria espinhal anterior (ASA), crucial para a vascularização medular e funículos anterior e lateral, é basicamente um canal anastomótico entre os ramos ascendentes e descendentes das artérias radiculares anteriores adjacentes (Figura 1). Geralmente uma das artérias radiculares anteriores é dominante perante as outras em calibre e é chamada de artéria radicular anterior magna ou artéria de Adamkiewicz (Figura 2) tem um padrão semelhante, mas dá origem a dois canais anastomóticos longitudinais: as artérias espinhais posterolaterais. Artérias que suprem a medula espinhal são divididas em um sistema central, alimentado pelas artérias sulcais, e em um outro sistema periférico, o plexo pial, que origina ramos perfurantes