Este documento analisa três modelos de periodização do treinamento de atletas: o modelo tradicional, de blocos e não-linear. Discute as características e aplicabilidades de cada modelo, concluindo que a escolha deve levar em conta os princípios do treinamento, as exigências biológicas dos atletas e as particularidades da modalidade esportiva.
1. FACULDADE METODISTA GRANBERY - FMG
APLICABILIDADE DOS MODELOS
DE PERIODIZAÇÃO:
TRADICIONAL, DE BLOCOS E NÃOLINEAR
GABRIEL GUARABYRA
Orientador: Prof.Ms.Roberto Carlos Lacordia
2. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS
A necessidade de entendimento das
aplicabilidades dos modelos de periodização é
que determina o planejamento e a estrutura da
temporada, com exigências cada vez maiores
de performance e resultados.
Esse trabalho é uma revisão bibliográfica cujo
objetivo é analisar aspectos de modelos de
periodização e suas aplicabilidades no
treinamento de atletas de alto desempenho.
3. INTRODUÇÃO
A busca pela maior capacidade de
desempenho físico sempre esteve presente na
história da humanidade. A força e a velocidade
por muitos séculos foram decisivas na
sobrevivência de nossa espécie e desde a
antiguidade vem sendo desenvolvidas, através
das artes da guerra ou em disputas por poder,
fama e status social.
Na Grécia Antiga já existia a noção de
periodização do treinamento e embora fosse
utilizada para fins militares, serviu também
como forma de preparação de atletas para
competições esportivas.
Bompa 2002
4. História dos modelos:
Até 1950 – Início da sistematização.
1950-1970 – Questionamento do Modelo
Clássico.
1970 em diante – Conhecimento científico
(Gomes 2002)
10. MESOCICLO
• Melhora dos níveis de treinamento através
da
aplicação
de
cargas
que
proporcionarão as adaptações esperadas.
• Característica preponderante – RML ou
FORÇA.
• 21 a 35 dias – Tempo de adaptação.
11. MICROCICLO
• De 3 a 14 dias, normalmente uma
semana.
• Combina
fases
recuperação.
de
estímulo
e
• Processo de supercompensação, com
melhora do condicionamento.
12. MODELO CLÁSSICO DE PERIODIZAÇÃO
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•
Condições climáticas
Calendário
Leis biológicas
Respeito à formação geral e especial
Carga e recuperação
Aumento progressivo dos esforços
Variação ondulante das cargas
(Matveev)
13. Principais críticas:
• Preparação Geral excessiva.
• Pouca importância ao trabalho específico.
• Cargas
repetitivas
por
períodos
prolongados.
• Desenvolvimento simultâneo de diversas
capacidades.
14. MODELO DE BLOCOS
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Verkhoshanski 1979
Novas exigências
Vários PEAKS por temporada
Concentração de cargas
Bloco – 3 a 5 meses
Maior importância da Preparação Especial
15. Bloco A – Grande volume, cria condições
para
posteriores
adaptações.
Dura aproximadamente 12 semanas.
Bloco B - Aumento da intensidade e
diminuição do volume. Aperfeiçoamento das
capacidades competitivas. De dois e meio a
três
meses
aproximadamente.
Bloco
C
–
Competições.
16. PERIODIZAÇÃO NÃO-LINEAR:
• Final da década de 80, com períodos de
duas semanas de treinamentos em
diferentes intensidades.
• Trabalho misto: RML, Hipertrofia e Força.
• Volume e
microciclo.
intensidade
variam
no
17. A periodização não-linear possivelmente é
mais flexível em relação à obtenção de
peaks e permite exposição mais freqüente a
diversos
estímulos
de
carga,
não
progredindo da forma tradicional aumento
da intensidade com diminuição gradativa do
volume como na periodização clássica, mas
sim com a variação programada de volume
e intensidade,resultando em ganhos de
condicionamento decorrente de períodos de
treinamento.
18. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para Dantas (2003) o MACROCICLO
TRADICIONAL deve ser usado em ano de
olimpíadas, campeonatos mundiais e
tentativas de quebra de recordes, por
permitir a obtenção de um peak mais
acentuado, porém por menos tempo.
Esse modelo segue um padrão geral de
decréscimo do volume e aumento da
intensidade na medida em que o ciclo se
desenvolve.
19. Por suas características fundamentais, o
MODELO DE BLOCOS possivelmente será
mais eficiente se utilizado em esportes em
que o desempenho esteja vinculado à
maiores exigências físicas do atleta, em
modalidades individuais de força explosiva
ou máxima e também de resistência, já que
a proposta desse modelo é justamente
propiciar o incremento da forma desportiva
em atletas de alto nível, já muito bem
condicionados.
20. A PERIODIZAÇÃO NÃO-LINEAR
tende a se mostrar mais útil nas
modalidades com longos períodos
competitivos,
onde
um
alto
desempenho deve ser sustentado pelo
maior tempo possível, devido à
flexibilidade no que diz respeito a como
e quando o peak será desenvolvido.
21. Seja qual for a forma de
periodização escolhida deve-se
sempre levar em consideração os
princípios
do
treinamento
desportivo,
as
exigências
biológicas dos atletas e as
particularidades do esporte, bem
como os constantes avanços nas
áreas
técnica
e
científica.