Este estudo avaliou a atividade in vitro de nove óleos essenciais contra Babesia canis, protozoário causador da babesiose em cães. Achillea millefolium, Eugenia caryophyllus e Citrus grandis mostraram ter a maior atividade, com IC50 baixos, sugerindo que possam ser usados como potenciais agentes terapêuticos contra esta doença transmitida por carrapatos.
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
[Limão Siciliano 007].pdf
1. [Limão Siciliano 007]
Óleo essencial: Citrus grandis, Mentha piperita, Achillea millefolium, Abies sibirica,
Rosmarinus officinalis, Eugenia caryophyllus, Cinnamomum zeylanicum, Pinus
sylvestris e Eucalyptus globulus
Composto: Não demonstrado
Título: Inhibitory activities of essential oils against Babesia canis
“Atividades inibitórias de óleos essenciais contra Babesia canis”
Autor: L. Guz, J. Ziętek, K. Puk, Ł. Adaszek
Journal: Polish Journal of Veterinary Sciences
Vol/Issue: 23 (1)
Ano: 2020
DOI: 10.24425/pjvs.2020.132761
TAGs: Veterinária; babesia; doença do carrapato; óleos essenciais; in vitro; Mentha
piperita; Achillea millefolium; Abies sibirica; Rosmarinus officinalis; Citrus grandis;
Eugenia caryophyllus; Cinnamomum zeylanicum; Pinus sylvestris; Eucalyptus globulus;
limão; baixa toxicidade; infecção; canela; hortelã-pimenta; milefólio; alecrim; cravo;
pinheiro; eucalipto; medicina veterinária; pets; cães; protozoários; babesiose; Babesia
canis; propriedades antiparasitárias.
Sobre o artigo:
A babesiose é uma doença transmitida por carrapatos, causada por protozoários do
gênero Babesia, e foi reconhecida como uma doença infecciosa emergente em cães.
Em contrapartida, as plantas medicinais são uma importante fonte natural de
compostos biologicamente ativos que já demonstraram possuir propriedades
antimicrobianas e antiparasitárias.
2. Com o objetivo de descobrir novos produtos naturais contra Babesia canis, e
desenvolver óleos essenciais (OEs) ativos para sua aplicação, nove plantas foram
selecionadas para investigação anti-babesiana neste estudo:
(1) Mentha piperita, (2) Achillea millefolium, (3) Abies sibirica, (4) Rosmarinus officinalis,
(5) Citrus grandis, (6) Eugenia caryophyllus, (7) Cinnamomum zeylanicum, (8) Pinus
sylvestris e (9) Eucalyptus globulus, foram avaliados.
Para o teste in vitro, o ensaio anti-babesial foi realizado contra B. canis com os óleos
essenciais, preparados e incubadas em solução, sendo as concentrações finais dos
extratos de 80, 8.0, 0.8, 0.08 e 0.008 μg/mL.
A porcentagem de parasitemia de B. canis foi determinada pela contagem do número
de células parasitadas em 1000 eritrócitos e a concentração de óleos essenciais que
inibem 50% dos parasitas (IC50) foi estimada.
Resultados:
A tabela acima mostra os valores de IC50 dos 9 óleos essenciais eficazes contra B.
canis. Dentre os óleos essenciais examinados, o mais ativo foi A. millefolium (IC50 =
51), seguido de E. caryophyllus (IC50 = 60.3) e C. grandis (IC50 = 61.3).
3. Os óleos de A. sibirica, R. officinalis e E. globulus também causaram inibição do
crescimento, mas em concentrações mais elevadas (IC50 = 134.3, 237.3 e 239.3,
respectivamente).
Por outro lado, foi observada inibição muito fraca do crescimento de B. canis como
resultado do tratamento nas concentrações testadas com os óleos essenciais de M.
piperita, C. zeylanicum e P. sylvestris.
Estudos anteriores demonstraram que o nerolidol (um composto sesquiterpeno)
encontrado em óleos essenciais de várias plantas, inclusive de A. millefolium e C.
grandis, já demonstrou atividade anti-babesial.
Portanto, os presentes resultados sugerem que A. millefolium, E. caryophyllus e C.
grandis possuem forte atividade contra B. canis e alguns dos seus constituintes, como
o nerolidol, podem ser potenciais agentes terapêuticos úteis no manejo clínico da
babesiose.
Na prática:
Quem nunca se preocupou com a temida doença do carrapato? Pois é! Este estudo
voltado para questões de saúde veterinária traz informações importantíssimas contra a
Babesia canis, sugerindo que os óleos essenciais de C. grandis, A. millefolium e E.
caryophyllus possuem forte atividade contra esse protozoário, o que os tornam
potenciais agentes terapêuticos no manejo clínico da babesiose.