O documento apresenta diferentes formas de servidão e escravidão ao longo da história, desde a Antiguidade até os dias atuais. Discute a servidão coletiva e escravidão nas civilizações antigas do Egito, Grécia e Roma. Também aborda a servidão na Idade Média e diferentes tipos de trabalhos forçados e campos de trabalho na história moderna. Por fim, analisa casos de trabalho análogo à escravidão que ainda ocorrem no Brasil contemporâneo.

2. Escravidão no mundo antigo
e no mundo contemporâneo
História – 1ª Série do Ensino Médio
Professora Luize Coutinho de Oliveira
Professora Janaína Jardim
Equipe COPED/SEDUC-SP
Junho de 2020

3. Objetivo da aula
Apresentar os modos de produção dos povos da Antiguidade,
e situações análogas à servidão e à escravidão na Era
Contemporânea;
Identificar os significados históricos das relações
de poder entre as nações e as civilizações ao
longo da história.

4. A escravidão ainda existe no mundo?

5. Servidão coletiva
• Na Antiguidade, também conhecida como modo de produção
asiático;
• Presente em civilizações teocráticas e politeístas, como o Egito e
a Mesopotâmia;
• Aplicado à produção agrícola, a servidão coletiva
é caracterizada pelo trabalho compulsório do
camponês;
• Produção agrícola como pagamento de tributos
(oferendas aos deuses e pagamento pelo uso da
terra).

6. Escravidão na Antiguidade
Nas civilizações antigas, eram comuns as situações de escravidão por dívidas, isto
é, quando não se podia pagar tributos em espécie, pagava-se com trabalho, ou
por conquistas de guerras, quando os povos dominados passavam a prestar
serviços aos conquistadores.
• Egito: construção de grandes obras públicas (pirâmides) e
trabalho no campo (hebreus);
• Grécia Antiga: áreas diversas, desde o trabalho braçal e
doméstico até o trabalho intelectual; o serviço militar
obrigatório condenou muitos trabalhadores livres e
pequenos comerciantes à escravidão em Atenas;
• Roma Antiga: emprego nas ager publicus (terras públicas) e
no exército; manutenção da política expansionista e
colonizadora de Roma.

7. Servidão na Idade Média
Na transição do fim do Império Romano do
Ocidente para o Feudalismo na Idade Média
(séculos V ao XII), a servidão caracterizou-se
pelas relações de colonato e comitatus, em
Condé Museum/Wikimedia Commons
que o camponês (servo da
gleba) devia tributos e
fidelidade ao dono da terra, em
troca de trabalho e segurança.

8. Hora da interação pelo chat
“Alguns pretendem que o poder do senhor é contra a natureza, que se é um
escravo, e o outro livre, é porque a lei o quer, que pela natureza não há
diferença entre eles e que a servidão é obra não da justiça, mas da violência
Leitura compartilhada
Caderno do Aluno – São Paulo faz Escola, Volume 2, p. 74:
ARISTÓTELES. A Política. (Tradução livre). Disponível em:
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bk000426.pdf> Acesso em: 3 jun. 2020
(...) [o escravo] é uma propriedade, parte integrante da
família, pois sem os objetos da necessidade é impossível
viver e viver bem. Não se saberia, pois, conceber lar sem
certos instrumentos”.

9. Hora da interação pelo chat
Segundo o fragmento da obra de Aristóteles, qual
era a concepção que se tinha sobre a pessoa
escravizada e seu papel social?
1 min.

10. Hora da interação pelo chat
Os retratados na imagem abaixo são camponeses,
prisioneiros ou escravizados?
Library of Congress/Wikimedia Commons
1 min.

11. Escravidão moderna
É uma expressão genérica aplicada às relações de trabalho,
particularmente na história moderna ou contemporânea, segundo
as quais pessoas são forçadas a exercer uma atividade contra sua
vontade, sob a ameaça de indigência, detenção, violência ou
mesmo morte.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_escravo_contempor%C3%A2neo Acesso em 03 jun. 2020
Muitas dessas formas de trabalho podem ser
acobertadas pela expressão "trabalhos forçados",
embora quase sempre impliquem o uso de
violência.

12. Trabalhos forçados e campos de trabalho
Austrália
EUA
Séc. XVIII ao XX
Trabalho prisional
URSS (Gulags)
II GM (campos de
concentração)
Séc. XX
Campos de trabalho
Serviço militar
obrigatório
(histórico)
Conscrição
Brasil
(sistema de barracão)
Séc. XX e XXI
Escravidão contratual
Internacional
Tráfico negreiro
Prostituição
(histórico)
Tráfico de pessoas

13. No Brasil
Embora a escravidão no Brasil tenha sido oficialmente extinta em 13 de maio
de 1888, em 1995 o governo brasileiro reconheceu a existência de condições
de trabalho análogas à escravidão no território nacional, sobretudo em áreas
rurais.
Lei 10.803, de 11 de dezembro de 2003, deu nova redação
ao art. 149 do Código Penal e atribuiu pena de reclusão de
dois a oito anos e multa ao agente que reduzir alguém a
condição análoga à de escravo: submetê-lo(a) a trabalhos
forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o(a) a
condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por
qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída
com o empregador ou preposto.
Adaptado: https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_escravo_contempor%C3%A2neo#Situa%C3%A7%C3%A3o_mundial Acesso em: 3 jun 2020

14. Hora da interação pelo chat
Ao observar a imagem, o que podemos inferir sobre
o modelo social e escravista no Brasil do século XIX,
retratado por Rugendas?
Itaú Cultural/Wikimedia Commons
1 min.

15. Atividades complementares
1. Realize a atividade 5, pg. 74 e 75 do seu Caderno do Aluno, Volume 2 –
São Paulo Faz Escola.
2. Pesquise sobre casos recentes de situações análogas
a escravidão denunciadas ou mesmo flagradas,
exercidas por grandes grupos empresariais dos
ramos de tecnologia, têxtil, alimentício e outros.
3. Reflita sobre nossa questão inicial: a escravidão ainda
existe no mundo? O que os cidadãos podem fazer
para evitá-la ou combatê-la? Registre em seu caderno
e compartilhe com seus professores e colegas de
turma!

16. Atitude historiadora
Planejamento e organização: Para realizar a pesquisa, planeje e organize cada
passo de seu projeto para facilitar a investigação e elaboração.
Escolha um objeto tema de pesquisa: Selecione o tema do seu interesse e dentro
do objeto que você pretende pesquisar.
Identificação, seleção e comparação: A partir do tema,
identifique as fontes e selecione as mais adequadas, de acordo
com a pergunta que pretende responder.
Interpretação e análise: Investigar as fontes selecionadas,
interpretando cada detalhe para construção de suas hipóteses,
levando em consideração o contexto da época estudada.
Conclusão: Anote os resultados obtidos e apresente-os
conforme solicitado.

17. Atitude historiadora
Acesse o código QR ou o link para conhecer e organizar seus
estudos e pesquisas.
https://drive.google.com/open?id=1ANtf_7ZMpkvDX_S3vGntjV1hI6YWVSXz