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Texto 1
A origem da escravidão ou do trabalho compulsório se perde nos tempos, aproximando-se das
origens da própria civilização humana. Segundo o antropólogo Gordon Childe, em um determinado
momento da pré-história, os homens perceberam que os prisioneiros de guerra - normalmente
sacrificados em cultos religiosos - poderiam ser usados para o trabalho ou "domesticados" como os
animais.
Nas civilizações da Antiguidade - Egito, Babilônia, Grécia, Roma... - a escravidão era uma prática
constante.
Somente na Idade Média, com a reestruturação da sociedade europeia de acordo com a ordem
feudal, a escravidão foi substituída pela servidão, uma forma mais branda, por assim dizer, do trabalho
compulsório.
Grandes navegações
Em termos mundiais, a escravidão ressurgiu com o mercantilismo ou capitalismo comercial,
concomitantemente à época das grandes navegações.
O uso da mão-de-obra escrava - em especial do negro africano - desenvolveu-se nas colônias de
além-mar de países como Espanha, Portugal, Holanda, França e Inglaterra.
Colonos endividados
Os imigrantes europeus e orientais que para cá vieram no fim do século 19 substituir a mão de
obra escrava, recebiam um tratamento que se poderia considerar semelhante à escravidão.
Na década de 1890, por exemplo, denunciavam-se em embaixadas estrangeiras as condições de
vida a que eram submetidos os imigrantes europeus. Eram obrigados a comprar dos fazendeiros para
quem trabalhavam as roupas que usavam, as ferramentas para o trabalho, sua própria alimentação, de
modo que, ao fim do mês, em vez de um salário, recebiam uma lista de dívidas que haviam contraído, o
que os obrigava a continuar trabalhando para os mesmos patrões.
Pior: a situação descrita no parágrafo anterior continua a existir no exato momento em que
estas linhas são escritas e que você lê este texto. Desde a década de 1970, existem denúncias de que o
trabalho escravo - apesar de constituir um crime - continua praticado no Brasil. O método empregado é
o mesmo que se usava com os imigrantes, ou seja, forçar o trabalhador a endividar-se, de modo que ele
seja forçado a trabalhar para pagar sua dívida. Para evitar fugas, capangas armados são espalhados nas
fazendas, atuando como "neofeitores" ou capitães do mato.
Salvador e São Paulo
Em 2002, o Ministério do Trabalho libertou 2.306 trabalhadores escravos nas áreas rurais do
país. Em 2004, foram libertados 4.932. Em geral, os Estados onde o uso do trabalho análogo à
escravidão é mais frequente são Tocantins, Pará, Rondônia, Maranhão, Mato Grosso e Bahia.
Neste último Estado, em fevereiro de 2004, a polícia libertou 40 trabalhadores em regime
compulsório na cidade de Catu, a 80 quilômetros da capital, Salvador.
Mas ninguém pense que a escravidão no Brasil de hoje se restringe às regiões rurais. Em 21 de
agosto de 2004 o Ministério do Trabalho pegou em flagrante o uso de trabalho escravo numa
confecção do Bom Retiro, um bairro na região central da capital paulista. Tratava-se de imigrantes
ilegais - paraguaios, bolivianos e peruanos - submetidos a uma jornada de mais de 16 horas de
trabalho, em condições degradantes e monitorados pelos donos da empresa por circuitos fechados de
TV.
RedaCEM
9.28
Ano/Série: 9º Fundamental Entrega: 16/10/2017
Tema: Escravidão Ontem e Hoje – Dissertação-argumentativa
12,3 milhões de escravos no mundo
Também não pense que o trabalho escravo ou semiescravo continua a existir exclusivamente no
Brasil. A prática se mantém em diversos países da África e da Ásia (especialmente na China), mas é de
se supor que o trabalho em condições precárias e de grande exploração esteja presente em todos os
países ricos onde é grande o fluxo de imigrantes, como os Estados Unidos e a União Europeia.
Um estudo publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Organização das
Nações Unidas, em maio de 2005, indica que existem cerca de 12,3 milhões de escravos no mundo
todo, dos quais entre 40% e 50% são crianças.
Evidentemente, a escravidão ou o trabalho em condições semelhantes a ela é hoje um crime
grave e aqueles que os praticam estão submetidos a penas legais, pagando multas, perdendo seus
empreendimentos e, eventualmente, indo parar na prisão. Ainda assim, não deixa de ser assustador o
fato de um fenômeno tenebroso como a escravidão atingir o século 21, acompanhando os quase 12 mil
anos de existência do homo sapiens no planeta Terra.
Proposta de Redação
Tendo o texto como suporte, apresente, em aproximadamente 30 linhas, uma dissertação-
argumentativa cujas ideias discutidas sejam pautadas em torno do tema Escravidão Ontem e Hoje:
Trabalho compulsório ainda existe no Brasil.

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Escravidão Ontem e Hoje: Trabalho compulsório ainda existe no Brasil

  • 1. Texto 1 A origem da escravidão ou do trabalho compulsório se perde nos tempos, aproximando-se das origens da própria civilização humana. Segundo o antropólogo Gordon Childe, em um determinado momento da pré-história, os homens perceberam que os prisioneiros de guerra - normalmente sacrificados em cultos religiosos - poderiam ser usados para o trabalho ou "domesticados" como os animais. Nas civilizações da Antiguidade - Egito, Babilônia, Grécia, Roma... - a escravidão era uma prática constante. Somente na Idade Média, com a reestruturação da sociedade europeia de acordo com a ordem feudal, a escravidão foi substituída pela servidão, uma forma mais branda, por assim dizer, do trabalho compulsório. Grandes navegações Em termos mundiais, a escravidão ressurgiu com o mercantilismo ou capitalismo comercial, concomitantemente à época das grandes navegações. O uso da mão-de-obra escrava - em especial do negro africano - desenvolveu-se nas colônias de além-mar de países como Espanha, Portugal, Holanda, França e Inglaterra. Colonos endividados Os imigrantes europeus e orientais que para cá vieram no fim do século 19 substituir a mão de obra escrava, recebiam um tratamento que se poderia considerar semelhante à escravidão. Na década de 1890, por exemplo, denunciavam-se em embaixadas estrangeiras as condições de vida a que eram submetidos os imigrantes europeus. Eram obrigados a comprar dos fazendeiros para quem trabalhavam as roupas que usavam, as ferramentas para o trabalho, sua própria alimentação, de modo que, ao fim do mês, em vez de um salário, recebiam uma lista de dívidas que haviam contraído, o que os obrigava a continuar trabalhando para os mesmos patrões. Pior: a situação descrita no parágrafo anterior continua a existir no exato momento em que estas linhas são escritas e que você lê este texto. Desde a década de 1970, existem denúncias de que o trabalho escravo - apesar de constituir um crime - continua praticado no Brasil. O método empregado é o mesmo que se usava com os imigrantes, ou seja, forçar o trabalhador a endividar-se, de modo que ele seja forçado a trabalhar para pagar sua dívida. Para evitar fugas, capangas armados são espalhados nas fazendas, atuando como "neofeitores" ou capitães do mato. Salvador e São Paulo Em 2002, o Ministério do Trabalho libertou 2.306 trabalhadores escravos nas áreas rurais do país. Em 2004, foram libertados 4.932. Em geral, os Estados onde o uso do trabalho análogo à escravidão é mais frequente são Tocantins, Pará, Rondônia, Maranhão, Mato Grosso e Bahia. Neste último Estado, em fevereiro de 2004, a polícia libertou 40 trabalhadores em regime compulsório na cidade de Catu, a 80 quilômetros da capital, Salvador. Mas ninguém pense que a escravidão no Brasil de hoje se restringe às regiões rurais. Em 21 de agosto de 2004 o Ministério do Trabalho pegou em flagrante o uso de trabalho escravo numa confecção do Bom Retiro, um bairro na região central da capital paulista. Tratava-se de imigrantes ilegais - paraguaios, bolivianos e peruanos - submetidos a uma jornada de mais de 16 horas de trabalho, em condições degradantes e monitorados pelos donos da empresa por circuitos fechados de TV. RedaCEM 9.28 Ano/Série: 9º Fundamental Entrega: 16/10/2017 Tema: Escravidão Ontem e Hoje – Dissertação-argumentativa
  • 2. 12,3 milhões de escravos no mundo Também não pense que o trabalho escravo ou semiescravo continua a existir exclusivamente no Brasil. A prática se mantém em diversos países da África e da Ásia (especialmente na China), mas é de se supor que o trabalho em condições precárias e de grande exploração esteja presente em todos os países ricos onde é grande o fluxo de imigrantes, como os Estados Unidos e a União Europeia. Um estudo publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Organização das Nações Unidas, em maio de 2005, indica que existem cerca de 12,3 milhões de escravos no mundo todo, dos quais entre 40% e 50% são crianças. Evidentemente, a escravidão ou o trabalho em condições semelhantes a ela é hoje um crime grave e aqueles que os praticam estão submetidos a penas legais, pagando multas, perdendo seus empreendimentos e, eventualmente, indo parar na prisão. Ainda assim, não deixa de ser assustador o fato de um fenômeno tenebroso como a escravidão atingir o século 21, acompanhando os quase 12 mil anos de existência do homo sapiens no planeta Terra. Proposta de Redação Tendo o texto como suporte, apresente, em aproximadamente 30 linhas, uma dissertação- argumentativa cujas ideias discutidas sejam pautadas em torno do tema Escravidão Ontem e Hoje: Trabalho compulsório ainda existe no Brasil.