1) Grupos indígenas habitavam a Região Norte quando os portugueses chegaram, buscando produtos como especiarias e escravizando indígenas.
2) No final do século XIX, o extrativismo na região atraiu migrantes nordestinos, aumentando a ocupação.
3) A partir da década de 1950, o governo tomou medidas para integrar a Amazônia ao país, como a criação da Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia.
1. Região Norte/Nordeste: Diversos grupos indígenas habitavam as terras que hoje
correspondem à Região Norte do Brasil quando os colonizadores portugueses iniciaram a
ocupação e a exploração econômica desse território.
Até o ano de 1800, a expansão exploratória teve como principais motivações:
Buscar as chamadas drogas do sertão (cravo, canela, pimenta, cacau, entre outras);
Capturar indígenas para evangelizar e escravizar.
Do final do século XIX até o início do século XX, o extrativismo na Região Norte atraiu muitos
migrantes, principalmente nordestinos, o que aumentou o índice de ocupações.
Na década de 1920 a economia da Região Norte começou a entrar em declínio. Mesmo sem
ter grande destaque na economia nacional, a extração dos produtos da floresta continuou
sendo a principal atividade econômica da região. A partir da década de 1950, o governo
brasileiro começou a tomar algumas medidas para viabilizar uma maior integração da
Amazônia com o restante do país. Em 1953, um órgão do governo federal foi especialmente
criado para buscar o desenvolvimento por meio da ocupação e da exploração econômica da
região: a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA).
A Superintendência da Zona Franca de Manaus foi criada em 1967 com a finalidade de
promover o desenvolvimento econômico da Região Norte, atuando nos setores industrial,
comercial e agropecuário. O principal polo industrial é o de Manaus, onde se instalaram muitas
empresas nacionais e estrangeiras, principalmente montadoras de eletroeletrônicos. A
atividade industrial atraiu para Manaus um fluxo de migrantes de toda a Região Norte e até de
outras regiões do país.O resultado desse processo de ocupações e desenvolvimento levou à
devastação da floresta e aos conflitos pela ocupação de terras entre indígenas, posseiros e
pessoas vindas de outros lugares. Os lucros ficaram com poucos, já os prejuízos ambientais e
2. econômicos foram herdados por todos nós, brasileiros da Amazônia, da Região Norte e de
todas as demais regiões.
Região Centro Oeste:O processo de ocupação demográfico e econômico do Centro Oeste
pode ser melhor observado a partir da investigação das tendências sobre a ocupação
agropecuária que se verificou na região, basicamente depois de 1950. O corte histórico que
está sendo dado, ou seja, começar a entender o movimento econômico e suas consequências
na região a partir dos anos 19502, se sustenta em face das mudanças que ocorreram no país
como um todo, principalmente depois da implementação do Plano de Metas(Governo
Juscelino Kubitschek 1956/60) que passou a dar uma nova dinâmica para o país e, em especial
ao Centro-Oeste brasileiro.A história da região começa com os índios, em seguida, por causa
por causa da captura a esses e a exploração do ouro, chegaram os bandeirantes, que por volta
dos séculos XVII e XVIII construíram as primeiras vilas, entre elas a Vila Real de Bom Jesus de
Cuiabá, atual capital do estado do Mato Grosso, e Vila Boa, onde hoje encontramos a cidade
de Goiás. Juntamente com essas duas vilas, também surgiram outras, denominadas
corruptelas, que mais tarde se tornariam cidades importantes. Esse desenvolvimento se deu
em virtude da exploração não só de ouro, mas também diamante. Pouco tempo depois,
fazendeiros de São Paulo e Minas Gerais, começariam a ocupação da região com grandes
latifúndios para a criação bovina. O aumento significativo do Centro-Oeste, realmente
deu um importante salto a partir da construção de estradas de ferro, a criação da capital
federal e também a chegada de sulistas (gaúchos, catarinenses e paranaenses), sobretudo no
norte do Mato Grosso, que contribuíram muito para a construção de rodovias e para a
organização da agricultura. Esses três fatores contribuíram para não só o aumento
populacional, mas também para o desenvolvimento econômico de toda região.
A região Centro-Oeste destaca-se economicamente pela pecuária e nos últimos anos também
pela agricultura comercial, que vem inclusive desbancando outra atividade de destaque na
região que é o extrativismo mineral, onde ouro, diamante, ferro, manganês, níquel e cristal de
rocha são extraídos. Principalmente o ferro e o manganês estão presentes em abundância na
região da Planície do Pantanal e no Mato Grosso do Sul, e servem para o abastecimento da
usina siderúrgica Sobrás em Corumbá, já o excedente é exportado para países como Estados
Unidos, Argentina e Uruguai. Em termos industriais, a região ainda carece de investimento de
grande porte, sendo ainda pouco expressiva nesse setor produtivo.
A pecuária e a agricultura é o que realmente tem trazido desenvolvimento à região, a primeira
destaca-se pela criação de gado, já a segunda pelo cultivo de arroz, algodão, café, milho e soja.
Isso tudo graças a solos férteis e condições de tempo ideais. Todas essas culturas contribuem
para o abastecimento de todos os cantos do Brasil. E apesar de ter que conviver com algumas
dificuldades em termos de estradas para o escoamento da produção, a região vem crescendo a
cada ano. Contando inclusive, não somente com sua produção agropecuária, mas também
com o desenvolvimento do turismo ecológico, em berços como, por exemplo, o Pantanal, rico
em sua flora e fauna.