Estratégias de uma associação feminista para promover os direitos reprodutivos
1. ESPM
ESCOLA DE GOVERNO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
COMUNICAÇÃO PÚBLICA
DISCIPLINA: O CIDADÃO COMO
PARCEIRO DO ESTADO
Goiânia, 09 de março de 2007.
Professor: Douglas F. Barros
Grupo: Fabiane – Geralda –
Lorenna e Klevelan.
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2. ASSOCIAÇÃO MULHERES NA
COMUNICAÇÃO
Objetivo geral: criar mecanismos de
articulação dos movimentos de mulheres,
que provoquem mudanças na lei e que
garantam que as mulheres direitos como a
saúde, educação, trabalho, creches, etc.
3. Estratégia: A Associação de Mulheres
na Comunicação coordena uma rede de
comunicação, que tem o rádio como meio
e as mulheres como comunicadoras. A
Rede de Mulheres no Rádio – RMR é a
grande articuladora de campanhas
educativas. Divulga, repercute,
conscientiza milhares de mulheres em
todo o Brasil. Depois de 10 anos
capacitando as mulheres para a
comunicação, a AMC está abraçando
uma causa polêmica, um tema ainda tabu
em nossa sociedade .
4. Continuação de estratégias
...Pesquisas indicam que no Brasil são realizados
anualmente mais de 750 mil abortos em condições inseguras.
Complicações acarretadas pelo aborto clandestino são a
quarta causa de mortalidade materna no país. Além disso,
cerca de 250 mil mulheres são internadas a cada ano no
Sistema Único de Saúde (SUS) por complicações de
aborto e, dessas mulheres, a maioria é negra, jovem e pobre.
Para mudar essa situação, é necessário que a prática de
aborto deixe de ser considerada crime. É essencial que a
mulher tenha o direito de decidir sobre o próprio corpo e de
ser assistida pelos hospitais públicos, independentemente
das causas do aborto. Além disso, é preciso garantir que a
população brasileira tenha acesso à educação sexual, aos
métodos anticoncepcionais e tenha a possibilidade de
escolher ter filhos ou não..
5. ASPECTOS QUE IMPEDEM A INFLUÊNCIA DE
DE NOSSA ASSOCIAÇÃO NAS INSTÂNCIAS
DE PODER:
1- o aborto é um assunto considerado “pecado”, tabu
pelas igrejas, que ainda hoje exercem grande influência
no meio político brasileiro;
2- não existe vontade política e nem interesse do
governo em discutir o aborto como problema de saúde
pública;
3 –a mulher apesar de ser maioria da população
brasileira ainda sofre discriminação e é minoria nos
cargos de decisão/poder.
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6. A incomunicabilidade entre os sistemas:
Existe uma relação hipócrita de cumplicidade entre os
três poderes e a mídia que deveria levantar
questionamentos e colocar em pauta o problema do
aborto e todos os aspectos que estão inseridos nele:
a falta de planejamento familiar; de campanhas
preventivas em relação às DSTs e o uso de
preservativos; a morte materna e uma de das principais
causas; a questão ética do livre arbítrio colocada pela
igreja e a posição contraditória em relação ao poder
de decisão da mulher sobre o seu próprio corpo; a
atual que lei permite a proliferação de clínicas
clandestinas de aborto etc, fazendo com que o
problema do aborto apesar de ser caso de calamidade
pública, seja ignorado em função do poder das igrejas
sobre governo(Estado) e a mídia.
7. 5 motivos para discutirmos a
descriminalização do aborto:
1-O aborto clandestino é uma das principais causas de
morte materna entre as mulheres brasileiras;
2 –A implementação de leis, políticas públicas e serviços de saúde,
acessíveis a todas as mulheres, especialmente às mulheres pobres, o
efetivo gozo de sua saúde sexual e reprodutiva ;
3 - Desenvolver diálogos públicos, tanto mas sociedades como nas
Igrejas, a respeito dos temas relacionados com a sexualidade, a
reprodução humana e a religião;
4 - Influenciar na sociedade para que reconheça o direito que tem
as mulheres a uma maternidade livre e voluntária, com o objetivo de
diminuir a incidência do aborto e a mortalidade materna;
5 – A implementação de programas de educação sexual, nas
perspectiva dos direitos sexuais e reprodutivos.;
8. De que forma queremos quebrar as
barreiras culturais/religiosas e políticas?
O que fazemos?
1- Prevenção de DST/ Aids
Participamos ativamente das campanhas de combate à Aids.
Defendemos o uso do preservativo como meio contraceptivo e de
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, através dos
programas de rádio de gênero; .
2 –Descriminalização e legalização do aborto
Com o movimento de mulheres, participamos nas atividades da
Campanha pela Descriminalização do Aborto, porque
consideramos que o direito das mulheres decidirem sobre seu corpo,
sua sexualidade e reprodução deve ser garantido pelo Estado. A
tradição teológica cristã permite recorrer à própria consciência para
tomar decisões éticas e exercer o sagrado direito de decidir. Por
isso, apoiamos a luta pela descrimalização e legalização do aborto.
9. O que fazemos?
3-Divulgação de informações pelo rádio e e-mails , por meio de ações que
permitam estabelecer relações com todas as mulheres da RMR de modo a
contribuir para a construção de pautas públicas que ampliem as discussões
sobre aborto legal, direitos sexuais e reprodutivos. Promovemos ações de
educação popular por meio das programações das rádios comunitárias.
Dentre as estratégias e atividades desta área incluem-se a elaboração e
divulgação de Cd’s ( “Sexualidade, anticoncepção e religião”,
“Planejamento Familiar” e “Religião e Violência contra as mulheres”) para
veiculação em Rádios comerciais e comunitárias de diversos Estados
brasileiros;
Mantemos um site atualizado diariamente com clipping de notícias, e em
períodos mais espaçados, os editoriais, as reportagens, artigos e outros.
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4 –Publicações
Divulgação de argumentos éticos/religiosos favoráveis aos direitos e à
autonomia das mulheres, elaborados por especialistas, através da produção
de materiais impressos, audiovisuais e eletrônicos.
Produção de materiais impressos específicos (folders, folhetos, cartões) e
vídeos.
Publicamos um Boletim, um veículo informativo enviado a cada quatro meses
para ONGs feministas, movimentos sociais, parceiros/as da AMC.
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10. O que fazemos?
5 - Aborto Legal
Com este trabalho queremos contribuir para a ampliação e melhoria dos
serviços que atendem as mulheres vítimas de violência sexual. Para isso
desenvolvemos um trabalho de visitas aos/às profissionais integrantes das
equipes dos serviços de aborto legal e/ou serviços que atendem mulheres
vítimas de violência sexual, nos diversos estados brasileiros. Nestes últimos 3
anos desenvolvemos oficinas de sensibilização utilizando, por meio de nossos
materiais – vídeo e cartilha, nossos argumentos éticos e religiosos, para
apoiar o trabalho desses profissionais.
6 -Formação de multiplicadoras
Este projeto visa disponibilizar à organizações e lideranças chaves, os
instrumentos necessários ao uso de argumentos éticos-religiosos favoráveis
aos direitos das mulheres, especialmente, aos direitos sexuais e direitos
reprodutivos.
Tem como estratégia básica a capacitação de lideranças ligadas a
organizações religiosas e também de movimento de base que se comprometem
a capacitar outras mulheres de suas comunidades de origem, com o
acompanhamento de uma integrantes da equipe da AMC.
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11. O que fazemos?
7 -Parlamento
Buscamos contribuir na elaboração de leis favoráveis aos interesses das
mulheres sensibilizando os/as parlamentares nas casas legislativas, nos níveis
nacionais e estaduais. Disponibilizamos materiais com argumentos ético-
religiosos que apoiam os direitos sexuais e reprodutivos, de parceria civil e
outros que garantam o pleno exercício destes direitos.
8 - Violência de gênero
a) "Religião e Violência contra as mulheres"
Este é um projeto que visa colaborar no combate á violência contra as
mulheres. Promovemos seminários de treinamento/sensibilização em
diferentes Estados brasileiros, com profissionais e/ou lideranças que
trabalham com este tema ou atendem mulheres em situação de violência.
Tendo como referência a influência das religiões na construção dos papéis
de homens e mulheres, a influência destes elementos nos processos de
violência e os caminhos para superá-la, promovemos uma reflexão com o
auxílio de vídeo , cartilhas sobre o mesmo tema. Nosso objetivo é contribuir
para a construção de instrumental, por parte dos profissionais e lideranças,
para assim contribuir para a eliminação da violência exercida contra as
mulheres na sociedade, e também nas Igrejas.
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12. O que fazemos?
8 "Violência de Gênero na Igreja Católica"
Projeto de pesquisa que vem sendo desenvolvido por meio de levantamento e
estudo de casos de violência sexual contra mulheres envolvendo religiosos
católicos. Tem por objetivo divulgar os dados para denunciar o tratamento
que a Igreja dá ao problema e sensibilizar especialistas e a sociedade para o
problema.
Fonte Bibliográfica: Site da Ong.: Católicas pelo Direito de
Decidir - www.catolicasonline.org.br/
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