1. A ESCOLA E A TECNOLOGIA
O Docente deve está a frente do seu tempo.
É fato que a nova geração que está aí já começa a vida teclando e vivenciando um mundo
rápido, instantâneo, com troca de informações a cada instante, convivendo com um enorme
volume de informações, e com isso, com uma rapidez impressionante podem acessar todo e
qualquer conteúdo, educativo ou não. Porém, não é difícil encontrar pessoas e até mesmo
docentes que se dirigem a tecnologia como uma coisa a ser combatida, doença de adolescentes,
mas está cada vez mais claro que não é nada disso. A certeza que tenho é de que cada vez mais
vivemos num mundo menor e interligado. E que isso é bom!
Diante dessa realidade incontestável, tornou-se impossível a concretização de um programa
de ensino que ignore a tecnologia, que não adote os diversos equipamentos que, se utilizados a
favor de um plano de ensino podem e muito, favorecer um aprendizado participativo no qual
professor e alunos desenvolvem juntos, com meios de interesse de todos o conteúdo planejado
para o período letivo.
Posso testemunhar o alto índice de participação dos alunos nas aulas em que a tecnologia é
utilizada em sala de aula. Uma coisa é de conhecimento de todos, os sentidos são extremamente
importantes num aprendizado completo. Logo, é evidente que o grau de aprendizado obtido em
aulas expositivas nas quais os alunos são passivos ouvintes é imensamente inferios frente as
aulas nas quais equipamentos são utilizados e o assunto em exposição pode além de ser lido, ser
também visualizado, nessas ocasiões a utilização de televisores, projetores, vídeos, aparelhos de
som, computadores, músicas e etc., são de grande utilidade e aproveitamento.
Fiz essa experiência ao utilizar desses métodos nas aulas de Filosofia, expondo o assunto
filosófico e em paralelo ao assunto dado em sala de aula, exibi filmes que tratavam do mesmo
assunto. Nesse caso utilizei do Sucesso de bilheteria “Matrix 1”, e pude perceber o envolvimento
dos alunos, as discussões e os questionamentos a respeito do assunto. É claro que nesse modelo
de lecionar, o professor sai do centro das atenções e a disciplina ocupa esse espaço, o professor
exerce apenas o papel de mediador, porém, tem uma vantagem, aprende junto, descobre novas
coisas, eleva seu conhecimento e de maneira incrível aproxima os alunos da matéria que
naturamlente já é sua paixão.
Trabalhei a Filosofia em seu papel libertador, questionador, descobridor de novas
realidades, e ao mesmo tempo trouxe o seu oposto, a Matrix, que assim como os sistemas
opressores tentam nos alienar, oprimir, impor. Procuramos em sala de aula, a partir de textos e
vídeos, discutir e detectar quais são as matrix's atuais e como a Filosofia pode ajudar na tomada
de uma postura reativa e capaz de vencê-las.
Confesso que concluí essa etapa com imensa alegria e contentamento, percebo nos jovens
e adolescente um outro olhar para a Filosofia, um interesse novo em debater novos temas, agora a
partir de uma visão filosófica. Tanto que a partir de indicações dos próprios alunos começaremos a
tratar do papel das “Redes Sociais”, seus perigos e importância na sociedade. Faremos esse
estudo mais uma vez utilizando vídeos, textos, canções, internet, debates e atividades em equipes.
O mais interessante é que diferente de outras vezes que talvez tenha se falado desse assunto,
dessa vez falaremos tendo um olhar crítico, filosófico, interessado.
Enfim, penso que não só se faz necessário, mas inevitável que o docente que deseja trazer
a atenção dos alunos para a disciplina que ele trabalha, abrir mão de seus possíveis preconceitos
e utilizar da tecnologia, dos aparelhos eletrônicos que tem ao seu alcance, utilizar o que é moda
para seus alunos e transformar isso em mecanismo para aplicar seu plano de ensino de maneira
eficiente. O importante é sabermos utilizar, a nosso favor, os benefícios que os equipamentos
eletrônicos podem nos proporcionar no exercício da nossa missão de educadores.
A todos os que participaram desta etapa positiva, meus sinceros parabéns!
Prof° Sebastião José dos Santos. FILOSOFIA.
Suzano, 07 de setembro de 2012.