Este documento resume as principais mudanças na revisão do GOLD 2017, incluindo: 1) uma nova definição de DPOC enfatizando o processo inflamatório; 2) uma classificação de risco baseada em sintomas e exacerbações ao invés de VEF1 apenas; 3) recomendações atualizadas sobre tratamento medicamentoso e não medicamentoso.
4. Pontos Chaves - 2017
• qualquer paciente, queixas de falta de ar,
tosse crônica ou produção de secreção, e
ou historia de exposição a fatores de risco.
Quando pensar em
DPOC?
• a presença de uma relação VEF1 pós-BD
<0,7 confirma a presença de limitação ao
fluxo aéreo.
Qual exame é
necessário?
Espirometria
• Incluir, impacto no estado de saúde , risco
de eventos futuros (exacerbação ,
admissão hospitalar, ou morte).
Como Avaliar ?
• DCV, depressão, ansiedade, síndrome
metabólica, osteoporose, disfunção
musculo esquelética e câncer de pulmão.
Que Comorbidades
procurar ?
5. GOLD 2017 - Atualizações
Definição
• Importância do processo inflamatório
Classificação de risco
Tratamento intervencionista não
medicamentoso
Algoritmo de tratamento
6. Atualizações de Definição DPOC (GOLD)
• Doença caracterizada por limitação crônica ao fluxo aéreo. Geralmente
progressiva,não totalmente reversível e associada à uma resposta
inflamatória anormal dos pulmões à partículas e gases nocivos
• Classificação baseada em Espirometria
2001
• DPOC é uma doença prevenível e tratável, o paciente apresenta
limitação persistente do fluxo aéreo, usualmente progressiva e
associada a um aumento da inflamação crônica das vias aéreas e do
pulmão secundária a inalação de partículas e gases nocivos
• Introdução do conceito ABCD na classificação
• Espirometria, Sintomas e Exacerbações
2011
• DPOC é uma doença comum, prevenível e tratável, caracterizada por
sintomas respiratórios persistentes e limitação do fluxo aéreo, devido a
anormalidades das vias aéreas e ou alveolares, usualmente causado por
exposição a gases e partículas toxicas.
• Reposicionamento sobre
Espirometria , Sintomas e Exacerbações
2017
7. Definição GOLD 2017
DPOC é uma doença comum, prevenível e tratável, caracterizada
por sintomas respiratórios persistentes e limitação do fluxo aéreo,
devido a anormalidades das vias aéreas e ou alveolares,
usualmente causado por exposição a gases e partículas toxicas.
O principal fator de risco é o tabagismo, mas outros fatores
ambientais como exposição a fumaça de biomassa, e poluição
ambiental podem contribuir.
Fatores individuais como anormalidades genéticas,
desenvolvimento do pulmão e envelhecimento acelerado do pulmão
contribuem para a DPOC.
8. Classificação Risco - 2017
Espirometria permite a classificação do grau de
obstrução. (Valores pós-BD)
Sintomas e exacerbações compõe o grau de intensidade
clinica, e passam a orientar a escolha do tratamento
• A – poucos sintomas, pouca exacerbação
• B – muitos sintomas, pouca exacerbação
• C – Poucos sintomas , muita exacerbação
• D – Muitos sintomas, muita exacerbação
10. Índice do mMRC
0 -Dispnéia somente ao realizar exercício intenso
1 - Dispneia ao subir escadas ou ladeira ou andar apressadamente no
plano
2 - Dispneia no próprio passo no plano ou dificuldade para acompanhar o
passo de outra pessoa da mesma idade
3 - Dispnéia no plano em menos de 100m ou após alguns minutos
4 - Muito dispneico para sair de casa ou dispneia para se vestir ou se despir
12. Classificação GOLD 2017
VEF1/CVF < 0,7
Espirometria GOLD
Sintomas+
Exacerbação
VEF1 ≥ 80% GOLD 1 A,B,C,D
VEF1 ≥50% e <
80%
GOLD 2 A,B,C,D
VEF1 < 50% e ≥
30%
GOLD 3 A,B,C,D
VEF1 < 30% GOLD 4 A,B,C,D
Confirme
Obstrução
Espirometria
Avalie o grau de
obstrução
VEF1/CVF
< 0,7
VEF1 ≥ 80% GOLD 1
VEF1 ≥50% e <
80%
GOLD 2
VEF1 < 50% e
≥30%
GOLD 3
VEF1 < 30% GOLD 4
Historia de
Exacerbações
≥ 2/ano , ou
1 internação
0 ou 1,sem
internação
D
C
A B
mMRC o-1
CAT < 10
mMRC ≥ 2
CAT≥ 10
Sintomas
Pós-BD
13. Importância dos broncodilatadores.
Broncodilatadores são a pedra básica do tratamento, reduzindo e prevenindo
sintomas, quando usado regularmente.(A)
Os BD de curta duração (SAMA e SABA) usadas em resgate melhoram o VEF1 e o
sintomas. (A)
A combinação de SAMA+SABA é superior aos componentes isolados. (A)
LABA + LAMA reduz; sintomas, exacerbações e melhora a função pulmonar e estado de
saúde. (A)
LAMA são melhores que LABA e LABA+CI em reduzir exacerbações (B)
LABA+LAMA reduz sintomas e exacerbações, melhora o VEF1 quando comparados a
monoterapia ou associação LABA+CI. (B)
14. Como escolher o Inalador
A via inalatória é a preferida.
A técnica de uso deve ser ensinada e observado o treino do uso.
A escolha do inalador deve ser personalizada, observar custos,
técnica de uso e aceitação do paciente.
O uso correto e aderência ao tratamento deve ser observado
nas visitas de controle
15. Quais são os antiinflamatórios na DPOC ?
• Combinado ao LABA; exacerbação, função e E.saúde. (A)
• LABA+CI+LAMA: exacerbação, sintomas, função e E.Saúde. (B)
• Aumenta risco de Pneumonia (graves). (A)
CI
• Reduz exacerbações e melhora função pulmonar
• Pacientes com bronquite crônica e de grau grave e
exacerbações
• Associado a LABA+CI (B)
IPDE4
• Reduz exacerbação (A)
• Aumenta risco de surdez (B) , Aumenta resistência a
macrolídeo. (A)
Azitromicina
Eritromicina
• Reduz exacerbações. (B)
NAC –
Carbocisteina
16. Vacina anti-influenza - anual
Vacina antipneumococica é recomendada
• R23 reduz PAC < 65 anos ,
• Presença de comorbidades e VEF1 <40%
• Conjugada reduz: > 65 anos
• PAC, Bacteremia e Doença pneumocócica invasiva
GOLD 2017
Vacinações
17. Outras medicações ajudam?
Antitussígenos: não existe evidencia. (C)
Vasodilatadores (HAP): podem agravar a
hipoxemia.(B)
Reposição de alfa1- antitripsina reduz
progressão do enfisema. (B)
18. Tratamento intervencionista
Cirurgia e Endoscópico
• Melhora sobrevida em casos com enfisema
em lobos superiores e baixa resposta a
reabilitação. (A)
Cirurgia redutora
• Casos selecionados, melhora função,
sintomas e exercício. (B)
Bulectomia
• Pacientes grau muito grave, melhora
sobrevida e capacidade funcional. (C)
Transplante de
pulmão
• Casos selecionados com enfisema, melhora
sintomas, estado de saúde e função
pulmonar. Valvulas e “Espirais”. (B)
Broncoscópico
19. Tratamento DPOC estável
Reduzir sintomas
• Aliviar sintomas
• Aumentar tolerância exercício
• Melhora estado de saúde
Reduzir riscos
• Prevenir progressão da doença
• Prevenir e tratar exacerbações
• Reduzir mortalidade
20. Como Classificar?
Avalie sintomas e presença de
exacerbações ultimo ano
Confirme
Obstrução
Espirometria
Avalie o grau de
obstrução
VEF1/CVF
< 0,7
VEF1 ≥ 80% GOLD 1
VEF1 ≥50% e <
80%
GOLD 2
VEF1 < 50% e
≥30%
GOLD 3
VEF1 < 30% GOLD 4
Historia de
Exacerbações
≥ 2/ano , ou
1 internação
0 ou 1,sem
internação
D
C
A B
mMRC o-1
CAT < 10
mMRC ≥ 2
CAT≥ 10
Sintomas
21. Tratamento Grupo A
Independe do grau de obstrução
• Poucos sintomas, exacerbação rara
Broncodilatador
Melhorou Continue
Não melhorou
Tentar outra
classe de BD
Maior facilidade de
obtenção
Maior facilidade de
uso
22. Grupo B
Independe do grau de obstrução
Sintomas importantes, sem exacerbação
Não existe evidencia para escolha da classe de BD, a escolha
depende da percepção do paciente de melhora dos sintomas.
Se o uso de um BD não obteve resposta, associar LABA+LAMA.
Observar e tratar as comorbidades
23. Grupo B
Independe do grau de obstrução
LAMA ou LABA
LABA + LAMA
Sintomas persistentes
24. Grupo C
Independe do grau de obstrução
• LAMA ou LABA
– LAMA > LABA reduzir exacerbações
• LAMA+LABA se sintomas persistem
– LABA +CI – risco de Pneumonia (segunda opção)
LAMA LAMA + LABA
LABA + CI
Exacerbação posterior
Poucos sintomas
Exacerbações
CI – risco de pneumonia
25. Grupo D
Iniciar terapia com LAMA+LABA
• Superior a monoterapia
• Se apenas monoterapia- escolha LAMA
Casos selecionados pode ser iniciado LABA+CI
• Asma. Eosinofilia parece ser um indicador do uso
• Pacientes graves tem maior possibilidade de pneumonia
Caso exacerbações continuem, iniciar tríplice terapia
• Estudos iniciais indicam melhor resposta
Sem resposta a tríplice terapia acrescentar
• Roflumilast
• Macrolídeos
• NAC e Carbocisteina
• Parar o CI devido ao risco de pneumonia.
Muitos sintomas
Exacerbações
26. Grupo D
LAMA+LABA+CI
LAMA LAMA+LABA LABA+CI
Exacerbação
Persiste sintomas
Exacerbação
Persiste sintomas
Considere : Roflumilast
VEF1 < 40% e Bronquite crônica
Considere : Macrolídeo
Se ex-tabagista
Exacerbação
persiste
Asma
Eosinofilia
PARE CI
Risco de Pneumonia
27. Conclusão
O projeto “GOLD” tem proporcionado um aumento do
conhecimento sobre a DPOC.
A DPOC permanece, apesar disto, desconhecida e sub-
diagnosticada.
A morbidade e mortalidade associado ao “envelhecimento”
da população, continua elevada.
Maior divulgação sobre esta doença é necessária.
Novos documentos poderão via a modificar as orientações
atuais.