SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica
Geotecnia e Desenvolvimento Urbano
COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
©ABMS, 2018
Verificação da Eficiência de Métodos Semi-Empíricos na
Estimativa da Capacidade de Carga Usando Prova de Carga
Bidirecional em Estacas Hélice Contínua
Luis Henrique Rambo
Universidade Federal do Amapá, Macapá, Brasil, luis.rambo@unifap.br
Marcos Fábio Porto de Aguiar
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Fortaleza, Brasil,
marcosporto@ifce.edu.br
Giullia Carolina de Melo Mendes
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Fortaleza, Brasil,
giucmendes@gmail.com
Francisco Heber Lacerda de Oliveira
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Brasil, heber@det.ufc.br
RESUMO: O presente trabalho consiste em comparar as previsões de capacidade de carga pelos
métodos semi-empíricos de Aoki-Velloso (1975), Décourt-Quaresma (1978) e Antunes e Cabral
(1996) com o resultado obtido em prova de carga com célula expansiva hidrodinâmica para uma
estaca do tipo hélice contínua executada na cidade de Curitiba-PR, com 1000 mm de diâmetro. As
curvas “carga versus deslocamento” das parcelas de ponta e de fuste, foram adaptadas, segundo o
método de Silva (1986), para uma única curva “carga versus deslocamento”. Ademais, a estimativa
que mais se aproximou do resultado da prova de carga foi o de Décourt-Quaresma (1978), e o que
mais se distanciou foi pelo método Aoki-Velloso (1975). Vale salientar que, mesmo com uma
grande contribuição da ponta, devido ao grande diâmetro, a curva obtida pela prova de carga
bidirecional demonstrou resultados compatíveis com as estimativas de capacidade de carga pelos
métodos semi-empíricos. Observou-se também que o fator de segurança obtido para a prova de
carga em relação a solicitação de carga da estaca foi de 2,0, enquanto que, para todos os métodos,
foram encontrados fatores de segurança menores do que 2,0. Assim, nota-se a importância da
realização de estudos de comparação entre provas de carga estática tradicionais e provas de carga
com a utilização de célula expansiva hidrodinâmica, com o intuito de confirmar os resultados da
prova de carga bidirecional.
PALAVRAS-CHAVE: Prova de Carga Bidirecional, Métodos Semi-empíricos, Estaca Hélice
Contínua, Fundações Profundas.
1 INTRODUÇÃO
Os conhecimentos de engenharia geotécnica
exercem um importante papel no
desenvolvimento da infraestrutura de cidades.
Cada vez mais, através de profissionais e
pesquisadores, vê-se o aprimoramento de
técnicas relacionadas a área. Com o intuito de
avaliar o desempenho de estacas in loco,
ensaios de prova de carga vem sendo
amplamente utilizados. Uma de suas vertentes é
o ensaio com célula expansiva hidrodinâmica,
também denominado teste bidirecional ou
Osterberg Cell (O-Cell). Para tanto, o presente
artigo visa comparar determinações de
capacidade de carga de estacas hélice contínua
XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica
Geotecnia e Desenvolvimento Urbano
COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
©ABMS, 2018
monitoradas por meio de métodos
tradicionalmente utilizados no Brasil com
ensaios de prova de carga utilizando célula
expansiva hidrodinâmica em uma estaca
executada em Curitiba-PR, com 1000 mm de
diâmetro e 15 metros de profundidade.
2 HÉLICE CONTÍNUA MONITORADA
POR COMPUTADOR
A estaca hélice contínua consiste em uma estaca
moldada in loco, que utiliza, como ferramenta
de escavação, um trado contínuo vazado,
circundado por hélices. Conforme afirma
Paschoalin et. al (2008), após atingir a cota de
projeto, a haste é retirada do solo ao mesmo
tempo em que o concreto é lançado pelo interior
do tubo vazado do trado, evitando assim
problemas de desconfinamento do solo e
garantindo a estabilidade da escavação. Dessa
forma, os processos de execução desse tipo de
estaca consistem em perfuração, concretagem e
inserção da armadura.
Durante a perfuração, deverão ser verificadas
as seguintes informações: inclinação do trado
nas duas direções, rotação, torque para a
introdução do trado, velocidade de avanço e
profundidade do trado.
Já no processo de concretagem, os dados que
devem ser analisados são: profundidade e
pressão do concreto na ponta do trado, volume
total e parcial de concreto injetado,
sobreconsumo de concreto pontual e total da
estaca, velocidade de subida do trado e perfil
estimado da estaca.
Enquanto que, no processo de inserção de
armadura, deve-se manter sua parte superior
devidamente limpa com o intuito de evitar o
contato com torrões de argila, outro tipo de solo
ou, até mesmo, pedaços de material escavado
que possam prejudicar a inserção da armadura
ou comprometer a integridade da estaca.
Existem algumas vantagens quanto ao seu
processo executivo, como controle e rapidez na
execução, ausência de vibrações e ruídos
excessivos. Outro fator relevante é o elevado
custo-benefício de sua execução, podendo ser
moldada com diâmetros de até 130 centímetros
e profundidades de até 35 metros, conforme
cada equipamento.
3 MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA
CAPACIDADE DE CARGAS DE ESTACAS
Com o objetivo de relacionar a previsão da
capacidade de carga de estacas com o resultado
do índice de resistência à penetração (NSPT),
muitos pesquisadores brasileiros propuseram
métodos que são aplicáveis a essas condições.
Dentre eles, estão os métodos propostos por
Aoki-Velloso (1975), Décourt-Quaresma
(1978) e Antunes e Cabral (1996).
3.1 Aoki-Velloso (1975)
Esse método foi inicialmente proposto
correlacionado ao ensaio CPT, mas por sua
pouca aplicação no Brasil, foi adaptado
posteriormente ao ensaio SPT. É dado pela
seguinte expressão:
  
n
1 L
2
p
1
p
..k.N.
F
U
.A
F
kN
=R L
(1)
Em que R é a capacidade de carga, k um
coeficiente dependente do tipo de solo, NP o
valor do NSPT na cota de apoio da ponta, F1 e F2
são fatores de correção, AP a área da ponta, U é
o perímetro, α o coeficiente dependente do tipo
de solo, e NL valor do NSPT médio referente ao
ΔL, que é a altura da camada, por tipo de solo.
3.2 Décourt-Quaresma (1978)
O método proposto por Décourt-Quaresma
(1978) inicialmente era aplicável a apenas
estacas escavadas ou de deslocamento. Com a
continuidade dos estudos do método, o mesmo
foi adaptado para outros tipos de estacas, em
função dos parâmetros  e . É dado por:
LU
N
A L
p ..1
3
.10...C.N=R p 





  (2)
XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica
Geotecnia e Desenvolvimento Urbano
COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
©ABMS, 2018
Em que R é a capacidade de carga, α e β são
coeficientes dependentes do tipo de solo e de
estaca, conforme dados tabelados, C o
coeficiente característico do solo, NP valor do
NSPT na cota de apoio da ponta e o
imediatamente anterior e posterior, AP é a área
da ponta, NL o valor do NSPT, U o perímetro do
fuste, e L é a altura da camada por tipo de solo.
3.3 Antunes e Cabral (1996)
O método proposto por Antunes e Cabral em
1996, é de uso exclusivo para estacas do tipo
hélice contínua, e é dado pelas seguintes
expressões:
L).(N..D.=ultQl, 1  
(3)






4
.D
.Np.=ultQp,
2
2


(4)
Onde Ql,ult é a resistência lateral, Qp,ult a
resistência de ponta, D é o diâmetro do fuste da
estaca, N índice de resistência à penetração do
ensaio SPT, 1 e 2 coeficientes dependentes do
tipo de solo, L comprimento da estaca e NP o
valor do NSPT na ponta da estaca.
4 PROVA DE CARGA ESTÁTICA COM
CÉLULA EXPANSIVA HIDRODINÂMICA
BIDIRECIONAL
Segundo Milititsky (1991), as provas de carga
são os melhores ensaios para a determinação do
comportamento de fundações profundas sob
carga, sendo os únicos realmente confiáveis.
Gonçalves (2008) afirma que a dificuldade
natural de se conhecer as propriedades do solo
onde as fundações serão executadas, a alteração
das condições iniciais ocasionada pela
perfuração e o comportamento do conjunto
estaca-solo, demonstram a necessidade de
utilização destes ensaios. Estas provas de carga
podem prover dados para projeto, avaliar as
fundações executadas em uma determinada obra
ou, ainda, ajudar no estudo das características
de comportamento do conjunto solo-estaca.
Assim sendo, o ensaio deve reproduzir as
condições de funcionamento real a que a estaca
estará submetida para uma melhor previsão de
desempenho para projetos.
As provas de carga estáticas, cuja
metodologia de ensaio é determinada pela
ABNT (2006), destacam-se como um dos
ensaios de campo mais importantes usados na
engenharia de fundações. A prova de carga
estática convencional é um ensaio que se limita
a fornecer a distribuição de “carga versus
recalque” no topo da estaca. Mas para um
melhor entendimento do comportamento da
mesma frente aos carregamentos impostos,
Gunaratne et al. (2006) afirmam que é
importante diferenciar as parcelas resistivas de
ponta e de atrito suportadas.
Osterberg (1998) desenvolveu um método de
ensaio que utiliza uma célula de sacrifício
denominada célula de Osterberg, capaz de
medir a capacidade de carga da ponta da estaca
e de seu fuste separadamente, conforme
apresentado na Figura 1. A célula é instalada na
armadura da estaca, podendo ser colocada em
níveis diferentes do fuste e em várias
quantidades. Maset et al. (2016) dizem que,
depois da concretagem e o período de cura, a
célula é acionada e trabalha em duas direções,
expandindo-se hidraulicamente para que a parte
superior da estaca reaja com a inferior. Quando
a célula é acoplada a base, a reação é dada pelo
solo sob a ponta da estaca.
XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica
Geotecnia e Desenvolvimento Urbano
COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
©ABMS, 2018
Figura 3. Esquema representativo da célula de Osterberg
(FUGRO, 2017).
Segundo Brochero (2014), algumas
vantagens da utilização da O-cell podem ser
listadas, como a vantagem econômica em
relação à prova de carga estática tradicional e a
verificação real da capacidade de ponta.
Maset et al. (2016), afirmam que, para o
correto posicionamento da célula ao longo do
comprimento da estaca, busca-se o ponto de
equilíbrio entre a resistência ao atrito lateral do
fuste mais o peso próprio da estaca acima da
célula e o atrito lateral do fuste abaixo da célula
mais a resistência de ponta:
PPshaftshaft QAlPPAl  (5)
Em que Alshaft é o atrito lateral do fuste acima
da célula; PPshaft representa o peso próprio do
fuste acima da célula; AlP é o atrito lateral
abaixo da célula e QP representa a resistência de
ponta.
Silva (1986) propôs uma metodologia para
que os resultados obtidos para fuste e ponta
pudessem ser representados por uma única
curva “carga x recalque”, como é apresentado
para a prova de carga estática tradicional.
Então, Silva (1986) sugeriu que fosse realizada
uma interpolação dos valores de recalques para
ambos os casos e então fossem somadas as
cargas aplicadas para um mesmo deslocamento.
Dessa forma, os valores obtidos poderiam ser
representados em apenas uma curva carga x
recalque, denominada curva total.
Contudo, sabe-se que, na maioria dos ensaios
de prova de carga estática utilizando célula
expansiva, os deslocamentos do “fuste” são
medidos por deflectômetros posicionados no
topo da estaca e os deslocamentos da “ponta”
por tell-tales fixados na base da célula de carga.
Esse fato faz com que o encurtamento elástico
da parcela da “ponta” da estaca esteja embutido
na leitura do tell-tale.
Na literatura, alguns autores propuseram
metodologias para introdução desse
encurtamento elástico na curva carga-recalque
equivalente do ensaio estático convencional,
como Alonso e Silva (2000) e Massad (2015).
Falconi e Maset (2016) apresentaram uma
rotina simples e direta para aplicação em
projetos. No presente estudo, optou-se por não
considerar o encurtamento elástico da estaca.
5 RESULTADOS
Com a finalidade de comparar as determinações
de capacidade de carga obtidas através de
métodos tradicionalmente utilizados no Brasil
com o resultado obtido na prova de carga
estática com célula expansiva hidrodinâmica
bidirecional, foram coletados os dados de
sondagens do tipo mista e SPT-T, bem como de
uma estaca hélice contínua de 15 m de
profundidade e 1 m de diâmetro executada na
construção de um edifício residencial em
Curitiba-PR, Brasil.
Com a realização do ensaio SPT, foram
obtidos parâmetros como o NSPT, medição de
torque e tipos de solo, para a determinação da
capacidade de carga pelos métodos tradicionais
como apresentados da Tabela 1.
Tabela 1. Capacidades de carga conforme cada método.
Método Utilizado Carga Admissível (kN)
SM SPT-T
Aoki-Velloso (1975) 1759,42 3347,07
Décourt-Quaresma (1978) 3826,68 3534,54
Antunes e Cabral (1996) 3279,19 2736,70
Além disso, na estaca hélice contínua, foi
realizado prova de carga estática com célula
expansiva hidrodinâmica, obtendo assim as
XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica
Geotecnia e Desenvolvimento Urbano
COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
©ABMS, 2018
curvas carga x recalque da ponta e do fuste da
estaca, conforme Figura 2.
Figura 2. Curva carga-recalque.
Conforme sugerido por Silva (1986), as
curvas de ponta e fuste foram adaptadas a uma
única curva, denominada curva carga-recalque
total sem considerar o encurtamento elástico da
estaca, cuja configuração é apresentada na
Figura 3.
Figura 3. Curva carga-recalque total.
O valor da capacidade de carga fornecido
pela prova de carga foi de, aproximadamente,
5023 kN, sendo, aproximadamente, 2370 kN
referente ao fuste e 2653 kN referente a ponta.
Esse valor, quando comparado com a carga de
2551 kN do pilar P15, fornece um fator de
segurança de 2,0 para a estaca analisada. A
Tabela 2 apresenta os fatores de segurança
obtidos para cada metodologia empregada
Tabela 2. Valores dos fatores de segurança considerando
a carga do pilar P15.
Método Carga
(kN)
Fator de
Segurança
Prova de Carga Estática (kN) 5023 2,0
Aoki-Velloso (1975) SM 1759 0,7
SPT-T 3347 1,3
Décourt-Quaresma
(1978)
SM 3827 1,5
SPT-T 3534 1,4
Antunes e Cabral
(1996)
SM 3279 1,3
SPT-T 2737 1,1
6 CONCLUSÕES
Nesse estudo de caso, o solo apresentava
pouca resistência lateral e para a verificação da
capacidade das estacas in loco, optou-se pela
realização de provas de carga com célula
expansiva hidrodinâmica, devido a sua rápida
execução. A estaca utilizada para esse estudo
tinha um diâmetro maior do que os diâmetros
utilizados convencionalmente, acarretando,
assim, uma contribuição significativa da ponta
na resistência total, o que, por norma não pode
representar mais do que 20% da capacidade
total.
Dessa maneira, com a obtenção da
capacidade por meio da prova de carga, pôde-se
perceber que, mesmo com uma grande
contribuição da ponta, o resultado demonstrou
uma boa estimativa de capacidade de carga,
quando comparado com os determinados por
cada método.
O método que mais se aproximou do
resultado da prova de carga foi o de Décourt-
Quaresma, e o que mais se distanciou foi o
método Aoki-Velloso, para esse estudo de caso.
Pôde-se observar também que o fator de
segurança obtido para a prova de carga em
relação a solicitação de carga da estaca é de 2,0,
enquanto que, para todos os métodos, foram
encontrados fatores de segurança menores do
que 2,0. Sugere-se a realização de estudos de
comparação entre provas de carga estática
tradicionais e provas de carga com a utilização
de célula expansiva hidrodinâmica, afim de
confirmar os resultados da prova de carga com
célula expansiva hidrodinâmica bidirecional.
XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica
Geotecnia e Desenvolvimento Urbano
COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
©ABMS, 2018
AGRADECIMENTOS
Agradece-se ao Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) pela bolsa do autor3
.
REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
NBR 12131 (2006). Estacas – Prova de Carga
Estática.
Alonso, U., Silva, P.E.C.A.F. (2000). Curva de “recalque
equivalente” do topo de uma estaca hélice contínua
ensaiada com célula expansiva hidrodinâmica
(EXPANCELL), IV SEFE, Vol. 1, p. 416-425.
Antunes, W.R e Cabral, D.A. (1996). Capacidade de
carga em estacas hélice contínua. 3º Seminário de
Engenharia de Fundações e Geotecnia. São Paulo-
SP.
Aoki, N. e Velloso, D. A. (1975). An approximate
method to estimate the bearing capacity of piles.
Proceedings of Panamerican CSMFE. Buenos Aires,
ARG.
Brochero, J.L.R. (2014). Caracterização geotécnica do
campo experimental da UFRGS em areia.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre-RS.
Décourt, L., Quaresma, R. (1978). Capacidade de carga
de estacas a partir de valores de SPT. In: Anais do
CBMSEF. Rio de Janeiro, RJ.
Falconi, F.F., Maset, V.L. (2016). Análise Prática de
Resultados de Ensaios Bidirecionais.
Fugro Loadtest . (2017). O-cell Technology. Disponível
em:
<http://www.loadtest.com/services_int/ocelltechnolog
y.htm>. Acesso: Março, 2018.
Gonçalves, S.F. (2008). Estudo do comportamento à
compressão de estacas metálicas curtas em solo
sedimentar. Santa Maria: Universidade Federal Santa
Maria. 133 p.
Gunaratne M. et al. (2006). The foundation engineering
handbook. Taylor & Francis Group.
Maset, V.L., Falconi, F.F., Hachich, W.C. (2016).
Interpretação dos resultados de ensaios bidirecionais.
In: Anais do COBRAMSEG. Belo Horizonte, MG.
Massad, F. (2015). On the Interpretation of the
Bidirectional Static Load Test, Soils and Rocks, São
Paulo, Vol. 38, n. 3, p. 249-262.
Milititsky, J. (1991). Provas de carga estática. Sefe II – 2º
Seminário de engenharia de fundações especiais.
Osterberg, J.O. (1998). The Osterberg load test method
for bored and driven piles the first ten years.
Paschoalin, J.A.F., Carvalho, D., Albuquerque, P.J. de R.,
Nogueira, R.C.R. (2008). Comportamento à tração de
estacas tipo hélice contínua executadas em solo de
diabásio. Exacta São Paulo, v.6, n.1, p. 75-82.
Silva, P. H. C. A. F. (1986). Célula Expansiva
Hidrodinâmica: Uma Nova Maneira de Executar
Provas de Cargas. Concresso Brasileiro de Mecânica
dos Solos e Engenharia de Fundações.
COBRAMSEG, Porto Alegre, RS, Brasil.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Relatório permeabilidade 2017-1
Relatório   permeabilidade 2017-1Relatório   permeabilidade 2017-1
Relatório permeabilidade 2017-1Tiago Teles
 
Artigo de Revista - Ensaio Bidirecional
Artigo de Revista - Ensaio Bidirecional Artigo de Revista - Ensaio Bidirecional
Artigo de Revista - Ensaio Bidirecional Felipe Souza Cruz
 
Análise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico Falconi
Análise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico FalconiAnálise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico Falconi
Análise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico FalconiFelipe Souza Cruz
 
A INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAP
A INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAPA INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAP
A INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAPFelipe Souza Cruz
 
Fenômeno do transporte aula 01
Fenômeno do transporte aula 01Fenômeno do transporte aula 01
Fenômeno do transporte aula 01Diomedes Manoel
 
Concurso 2011 prova-2_dia
Concurso 2011 prova-2_diaConcurso 2011 prova-2_dia
Concurso 2011 prova-2_diaEster Pessoa
 
Gf06 cap cargaprof-por-meio-spt-2009
Gf06 cap cargaprof-por-meio-spt-2009Gf06 cap cargaprof-por-meio-spt-2009
Gf06 cap cargaprof-por-meio-spt-2009Joao Araujo
 
Unidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos Solos
Unidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos SolosUnidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos Solos
Unidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos SolosRodrigo Andrade Brígido
 
Apostila de-mecânica-dos-fluidos
Apostila de-mecânica-dos-fluidosApostila de-mecânica-dos-fluidos
Apostila de-mecânica-dos-fluidosPaulino Macedo
 
Revisao2 extensivo a_fisica_tarefa
Revisao2 extensivo a_fisica_tarefaRevisao2 extensivo a_fisica_tarefa
Revisao2 extensivo a_fisica_tarefaVismael Santos
 

Mais procurados (19)

Relatório permeabilidade 2017-1
Relatório   permeabilidade 2017-1Relatório   permeabilidade 2017-1
Relatório permeabilidade 2017-1
 
Artigo de Revista - Ensaio Bidirecional
Artigo de Revista - Ensaio Bidirecional Artigo de Revista - Ensaio Bidirecional
Artigo de Revista - Ensaio Bidirecional
 
Halliday 2
Halliday 2Halliday 2
Halliday 2
 
Análise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico Falconi
Análise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico FalconiAnálise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico Falconi
Análise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico Falconi
 
Relatório de ensaio de permeabilidade
Relatório de ensaio de permeabilidadeRelatório de ensaio de permeabilidade
Relatório de ensaio de permeabilidade
 
Hidraúlica agrícola
Hidraúlica agrícolaHidraúlica agrícola
Hidraúlica agrícola
 
A INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAP
A INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAPA INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAP
A INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAP
 
Ensaios de permeabilidade
Ensaios de permeabilidadeEnsaios de permeabilidade
Ensaios de permeabilidade
 
Fenômeno do transporte aula 01
Fenômeno do transporte aula 01Fenômeno do transporte aula 01
Fenômeno do transporte aula 01
 
Concurso 2011 prova-2_dia
Concurso 2011 prova-2_diaConcurso 2011 prova-2_dia
Concurso 2011 prova-2_dia
 
Gf06 cap cargaprof-por-meio-spt-2009
Gf06 cap cargaprof-por-meio-spt-2009Gf06 cap cargaprof-por-meio-spt-2009
Gf06 cap cargaprof-por-meio-spt-2009
 
Resumo geral hidraulica
Resumo geral hidraulicaResumo geral hidraulica
Resumo geral hidraulica
 
Mecanica do-navio
Mecanica do-navioMecanica do-navio
Mecanica do-navio
 
Ksb manual de selecao e aplicacao
Ksb   manual de selecao e aplicacaoKsb   manual de selecao e aplicacao
Ksb manual de selecao e aplicacao
 
Apostila hidrostatica1
Apostila   hidrostatica1Apostila   hidrostatica1
Apostila hidrostatica1
 
Unidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos Solos
Unidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos SolosUnidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos Solos
Unidade VIII - Compressibilidade e Adensamento dos Solos
 
Apostila de-mecânica-dos-fluidos
Apostila de-mecânica-dos-fluidosApostila de-mecânica-dos-fluidos
Apostila de-mecânica-dos-fluidos
 
Unidade VII - Permeabilidade dos solos
Unidade VII - Permeabilidade dos solosUnidade VII - Permeabilidade dos solos
Unidade VII - Permeabilidade dos solos
 
Revisao2 extensivo a_fisica_tarefa
Revisao2 extensivo a_fisica_tarefaRevisao2 extensivo a_fisica_tarefa
Revisao2 extensivo a_fisica_tarefa
 

Semelhante a Verificação da Eficiência de Métodos Semi-Empíricos na Estimativa da Capacidade de Carga Usando Prova de Carga Bidirecional em Estacas Hélice Contínua

Análise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico Falconi
Análise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico FalconiAnálise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico Falconi
Análise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico FalconiFelipe Souza Cruz
 
A INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAP
A INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAPA INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAP
A INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAPFelipe Souza Cruz
 
Galerias de drenagem de guas pluviais com tubos
Galerias de drenagem de guas pluviais com tubosGalerias de drenagem de guas pluviais com tubos
Galerias de drenagem de guas pluviais com tubosJupira Silva
 
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concretoGalerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concretoJupira Silva
 
Fundações - Trabalho 01 - 22.09.2020 final.pptx
Fundações - Trabalho 01 - 22.09.2020 final.pptxFundações - Trabalho 01 - 22.09.2020 final.pptx
Fundações - Trabalho 01 - 22.09.2020 final.pptxMitchelSilva
 
Gf06 cap cargaprof-estáticodinâmico-2009
Gf06 cap cargaprof-estáticodinâmico-2009Gf06 cap cargaprof-estáticodinâmico-2009
Gf06 cap cargaprof-estáticodinâmico-2009renatomoser
 
ARQUITETURA NAVAL II - AULAS.ppsx
ARQUITETURA NAVAL II - AULAS.ppsxARQUITETURA NAVAL II - AULAS.ppsx
ARQUITETURA NAVAL II - AULAS.ppsxrodrigoluizbatistav
 

Semelhante a Verificação da Eficiência de Métodos Semi-Empíricos na Estimativa da Capacidade de Carga Usando Prova de Carga Bidirecional em Estacas Hélice Contínua (8)

Análise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico Falconi
Análise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico FalconiAnálise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico Falconi
Análise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais - Frederico Falconi
 
A INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAP
A INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAPA INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAP
A INFLUÊNCIA DO FATOR DE QUALIDADE (MATCH QUALITY) NA ANÁLISE CAPWAP
 
Galerias de drenagem de guas pluviais com tubos
Galerias de drenagem de guas pluviais com tubosGalerias de drenagem de guas pluviais com tubos
Galerias de drenagem de guas pluviais com tubos
 
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concretoGalerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
Galerias de drenagem de águas pluviais com tubos de concreto
 
CIT04-0128
CIT04-0128CIT04-0128
CIT04-0128
 
Fundações - Trabalho 01 - 22.09.2020 final.pptx
Fundações - Trabalho 01 - 22.09.2020 final.pptxFundações - Trabalho 01 - 22.09.2020 final.pptx
Fundações - Trabalho 01 - 22.09.2020 final.pptx
 
Gf06 cap cargaprof-estáticodinâmico-2009
Gf06 cap cargaprof-estáticodinâmico-2009Gf06 cap cargaprof-estáticodinâmico-2009
Gf06 cap cargaprof-estáticodinâmico-2009
 
ARQUITETURA NAVAL II - AULAS.ppsx
ARQUITETURA NAVAL II - AULAS.ppsxARQUITETURA NAVAL II - AULAS.ppsx
ARQUITETURA NAVAL II - AULAS.ppsx
 

Mais de Felipe Souza Cruz

Especialista em Geotecnia (solos mole)
Especialista em Geotecnia (solos mole)Especialista em Geotecnia (solos mole)
Especialista em Geotecnia (solos mole)Felipe Souza Cruz
 
Estudo de Caso de Projeto de Fundações e Contenções para Implantação de Eleva...
Estudo de Caso de Projeto de Fundações e Contenções para Implantação de Eleva...Estudo de Caso de Projeto de Fundações e Contenções para Implantação de Eleva...
Estudo de Caso de Projeto de Fundações e Contenções para Implantação de Eleva...Felipe Souza Cruz
 
Osterberg method - O ensaio Bidirecional na visão de seu validador!
Osterberg method - O ensaio Bidirecional na visão de seu validador!Osterberg method - O ensaio Bidirecional na visão de seu validador!
Osterberg method - O ensaio Bidirecional na visão de seu validador!Felipe Souza Cruz
 
O primeiro artigo sobre ensaio BIDIRECIONAL escrito no mundo, autor: Pedro El...
O primeiro artigo sobre ensaio BIDIRECIONAL escrito no mundo, autor: Pedro El...O primeiro artigo sobre ensaio BIDIRECIONAL escrito no mundo, autor: Pedro El...
O primeiro artigo sobre ensaio BIDIRECIONAL escrito no mundo, autor: Pedro El...Felipe Souza Cruz
 
P re 001 rev00 - Ensaio de Integridade de Baixa Deformação
P re 001 rev00 - Ensaio de Integridade de Baixa DeformaçãoP re 001 rev00 - Ensaio de Integridade de Baixa Deformação
P re 001 rev00 - Ensaio de Integridade de Baixa DeformaçãoFelipe Souza Cruz
 
A experiência brasileira na utilização do ensaio de integridade através da pe...
A experiência brasileira na utilização do ensaio de integridade através da pe...A experiência brasileira na utilização do ensaio de integridade através da pe...
A experiência brasileira na utilização do ensaio de integridade através da pe...Felipe Souza Cruz
 

Mais de Felipe Souza Cruz (7)

Especialista em Geotecnia (solos mole)
Especialista em Geotecnia (solos mole)Especialista em Geotecnia (solos mole)
Especialista em Geotecnia (solos mole)
 
Estudo de Caso de Projeto de Fundações e Contenções para Implantação de Eleva...
Estudo de Caso de Projeto de Fundações e Contenções para Implantação de Eleva...Estudo de Caso de Projeto de Fundações e Contenções para Implantação de Eleva...
Estudo de Caso de Projeto de Fundações e Contenções para Implantação de Eleva...
 
Ensaio Paralelo Sísmico
Ensaio Paralelo SísmicoEnsaio Paralelo Sísmico
Ensaio Paralelo Sísmico
 
Osterberg method - O ensaio Bidirecional na visão de seu validador!
Osterberg method - O ensaio Bidirecional na visão de seu validador!Osterberg method - O ensaio Bidirecional na visão de seu validador!
Osterberg method - O ensaio Bidirecional na visão de seu validador!
 
O primeiro artigo sobre ensaio BIDIRECIONAL escrito no mundo, autor: Pedro El...
O primeiro artigo sobre ensaio BIDIRECIONAL escrito no mundo, autor: Pedro El...O primeiro artigo sobre ensaio BIDIRECIONAL escrito no mundo, autor: Pedro El...
O primeiro artigo sobre ensaio BIDIRECIONAL escrito no mundo, autor: Pedro El...
 
P re 001 rev00 - Ensaio de Integridade de Baixa Deformação
P re 001 rev00 - Ensaio de Integridade de Baixa DeformaçãoP re 001 rev00 - Ensaio de Integridade de Baixa Deformação
P re 001 rev00 - Ensaio de Integridade de Baixa Deformação
 
A experiência brasileira na utilização do ensaio de integridade através da pe...
A experiência brasileira na utilização do ensaio de integridade através da pe...A experiência brasileira na utilização do ensaio de integridade através da pe...
A experiência brasileira na utilização do ensaio de integridade através da pe...
 

Último

PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 

Verificação da Eficiência de Métodos Semi-Empíricos na Estimativa da Capacidade de Carga Usando Prova de Carga Bidirecional em Estacas Hélice Contínua

  • 1. XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica Geotecnia e Desenvolvimento Urbano COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil ©ABMS, 2018 Verificação da Eficiência de Métodos Semi-Empíricos na Estimativa da Capacidade de Carga Usando Prova de Carga Bidirecional em Estacas Hélice Contínua Luis Henrique Rambo Universidade Federal do Amapá, Macapá, Brasil, luis.rambo@unifap.br Marcos Fábio Porto de Aguiar Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Fortaleza, Brasil, marcosporto@ifce.edu.br Giullia Carolina de Melo Mendes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Fortaleza, Brasil, giucmendes@gmail.com Francisco Heber Lacerda de Oliveira Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Brasil, heber@det.ufc.br RESUMO: O presente trabalho consiste em comparar as previsões de capacidade de carga pelos métodos semi-empíricos de Aoki-Velloso (1975), Décourt-Quaresma (1978) e Antunes e Cabral (1996) com o resultado obtido em prova de carga com célula expansiva hidrodinâmica para uma estaca do tipo hélice contínua executada na cidade de Curitiba-PR, com 1000 mm de diâmetro. As curvas “carga versus deslocamento” das parcelas de ponta e de fuste, foram adaptadas, segundo o método de Silva (1986), para uma única curva “carga versus deslocamento”. Ademais, a estimativa que mais se aproximou do resultado da prova de carga foi o de Décourt-Quaresma (1978), e o que mais se distanciou foi pelo método Aoki-Velloso (1975). Vale salientar que, mesmo com uma grande contribuição da ponta, devido ao grande diâmetro, a curva obtida pela prova de carga bidirecional demonstrou resultados compatíveis com as estimativas de capacidade de carga pelos métodos semi-empíricos. Observou-se também que o fator de segurança obtido para a prova de carga em relação a solicitação de carga da estaca foi de 2,0, enquanto que, para todos os métodos, foram encontrados fatores de segurança menores do que 2,0. Assim, nota-se a importância da realização de estudos de comparação entre provas de carga estática tradicionais e provas de carga com a utilização de célula expansiva hidrodinâmica, com o intuito de confirmar os resultados da prova de carga bidirecional. PALAVRAS-CHAVE: Prova de Carga Bidirecional, Métodos Semi-empíricos, Estaca Hélice Contínua, Fundações Profundas. 1 INTRODUÇÃO Os conhecimentos de engenharia geotécnica exercem um importante papel no desenvolvimento da infraestrutura de cidades. Cada vez mais, através de profissionais e pesquisadores, vê-se o aprimoramento de técnicas relacionadas a área. Com o intuito de avaliar o desempenho de estacas in loco, ensaios de prova de carga vem sendo amplamente utilizados. Uma de suas vertentes é o ensaio com célula expansiva hidrodinâmica, também denominado teste bidirecional ou Osterberg Cell (O-Cell). Para tanto, o presente artigo visa comparar determinações de capacidade de carga de estacas hélice contínua
  • 2. XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica Geotecnia e Desenvolvimento Urbano COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil ©ABMS, 2018 monitoradas por meio de métodos tradicionalmente utilizados no Brasil com ensaios de prova de carga utilizando célula expansiva hidrodinâmica em uma estaca executada em Curitiba-PR, com 1000 mm de diâmetro e 15 metros de profundidade. 2 HÉLICE CONTÍNUA MONITORADA POR COMPUTADOR A estaca hélice contínua consiste em uma estaca moldada in loco, que utiliza, como ferramenta de escavação, um trado contínuo vazado, circundado por hélices. Conforme afirma Paschoalin et. al (2008), após atingir a cota de projeto, a haste é retirada do solo ao mesmo tempo em que o concreto é lançado pelo interior do tubo vazado do trado, evitando assim problemas de desconfinamento do solo e garantindo a estabilidade da escavação. Dessa forma, os processos de execução desse tipo de estaca consistem em perfuração, concretagem e inserção da armadura. Durante a perfuração, deverão ser verificadas as seguintes informações: inclinação do trado nas duas direções, rotação, torque para a introdução do trado, velocidade de avanço e profundidade do trado. Já no processo de concretagem, os dados que devem ser analisados são: profundidade e pressão do concreto na ponta do trado, volume total e parcial de concreto injetado, sobreconsumo de concreto pontual e total da estaca, velocidade de subida do trado e perfil estimado da estaca. Enquanto que, no processo de inserção de armadura, deve-se manter sua parte superior devidamente limpa com o intuito de evitar o contato com torrões de argila, outro tipo de solo ou, até mesmo, pedaços de material escavado que possam prejudicar a inserção da armadura ou comprometer a integridade da estaca. Existem algumas vantagens quanto ao seu processo executivo, como controle e rapidez na execução, ausência de vibrações e ruídos excessivos. Outro fator relevante é o elevado custo-benefício de sua execução, podendo ser moldada com diâmetros de até 130 centímetros e profundidades de até 35 metros, conforme cada equipamento. 3 MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGAS DE ESTACAS Com o objetivo de relacionar a previsão da capacidade de carga de estacas com o resultado do índice de resistência à penetração (NSPT), muitos pesquisadores brasileiros propuseram métodos que são aplicáveis a essas condições. Dentre eles, estão os métodos propostos por Aoki-Velloso (1975), Décourt-Quaresma (1978) e Antunes e Cabral (1996). 3.1 Aoki-Velloso (1975) Esse método foi inicialmente proposto correlacionado ao ensaio CPT, mas por sua pouca aplicação no Brasil, foi adaptado posteriormente ao ensaio SPT. É dado pela seguinte expressão:    n 1 L 2 p 1 p ..k.N. F U .A F kN =R L (1) Em que R é a capacidade de carga, k um coeficiente dependente do tipo de solo, NP o valor do NSPT na cota de apoio da ponta, F1 e F2 são fatores de correção, AP a área da ponta, U é o perímetro, α o coeficiente dependente do tipo de solo, e NL valor do NSPT médio referente ao ΔL, que é a altura da camada, por tipo de solo. 3.2 Décourt-Quaresma (1978) O método proposto por Décourt-Quaresma (1978) inicialmente era aplicável a apenas estacas escavadas ou de deslocamento. Com a continuidade dos estudos do método, o mesmo foi adaptado para outros tipos de estacas, em função dos parâmetros  e . É dado por: LU N A L p ..1 3 .10...C.N=R p         (2)
  • 3. XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica Geotecnia e Desenvolvimento Urbano COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil ©ABMS, 2018 Em que R é a capacidade de carga, α e β são coeficientes dependentes do tipo de solo e de estaca, conforme dados tabelados, C o coeficiente característico do solo, NP valor do NSPT na cota de apoio da ponta e o imediatamente anterior e posterior, AP é a área da ponta, NL o valor do NSPT, U o perímetro do fuste, e L é a altura da camada por tipo de solo. 3.3 Antunes e Cabral (1996) O método proposto por Antunes e Cabral em 1996, é de uso exclusivo para estacas do tipo hélice contínua, e é dado pelas seguintes expressões: L).(N..D.=ultQl, 1   (3)       4 .D .Np.=ultQp, 2 2   (4) Onde Ql,ult é a resistência lateral, Qp,ult a resistência de ponta, D é o diâmetro do fuste da estaca, N índice de resistência à penetração do ensaio SPT, 1 e 2 coeficientes dependentes do tipo de solo, L comprimento da estaca e NP o valor do NSPT na ponta da estaca. 4 PROVA DE CARGA ESTÁTICA COM CÉLULA EXPANSIVA HIDRODINÂMICA BIDIRECIONAL Segundo Milititsky (1991), as provas de carga são os melhores ensaios para a determinação do comportamento de fundações profundas sob carga, sendo os únicos realmente confiáveis. Gonçalves (2008) afirma que a dificuldade natural de se conhecer as propriedades do solo onde as fundações serão executadas, a alteração das condições iniciais ocasionada pela perfuração e o comportamento do conjunto estaca-solo, demonstram a necessidade de utilização destes ensaios. Estas provas de carga podem prover dados para projeto, avaliar as fundações executadas em uma determinada obra ou, ainda, ajudar no estudo das características de comportamento do conjunto solo-estaca. Assim sendo, o ensaio deve reproduzir as condições de funcionamento real a que a estaca estará submetida para uma melhor previsão de desempenho para projetos. As provas de carga estáticas, cuja metodologia de ensaio é determinada pela ABNT (2006), destacam-se como um dos ensaios de campo mais importantes usados na engenharia de fundações. A prova de carga estática convencional é um ensaio que se limita a fornecer a distribuição de “carga versus recalque” no topo da estaca. Mas para um melhor entendimento do comportamento da mesma frente aos carregamentos impostos, Gunaratne et al. (2006) afirmam que é importante diferenciar as parcelas resistivas de ponta e de atrito suportadas. Osterberg (1998) desenvolveu um método de ensaio que utiliza uma célula de sacrifício denominada célula de Osterberg, capaz de medir a capacidade de carga da ponta da estaca e de seu fuste separadamente, conforme apresentado na Figura 1. A célula é instalada na armadura da estaca, podendo ser colocada em níveis diferentes do fuste e em várias quantidades. Maset et al. (2016) dizem que, depois da concretagem e o período de cura, a célula é acionada e trabalha em duas direções, expandindo-se hidraulicamente para que a parte superior da estaca reaja com a inferior. Quando a célula é acoplada a base, a reação é dada pelo solo sob a ponta da estaca.
  • 4. XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica Geotecnia e Desenvolvimento Urbano COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil ©ABMS, 2018 Figura 3. Esquema representativo da célula de Osterberg (FUGRO, 2017). Segundo Brochero (2014), algumas vantagens da utilização da O-cell podem ser listadas, como a vantagem econômica em relação à prova de carga estática tradicional e a verificação real da capacidade de ponta. Maset et al. (2016), afirmam que, para o correto posicionamento da célula ao longo do comprimento da estaca, busca-se o ponto de equilíbrio entre a resistência ao atrito lateral do fuste mais o peso próprio da estaca acima da célula e o atrito lateral do fuste abaixo da célula mais a resistência de ponta: PPshaftshaft QAlPPAl  (5) Em que Alshaft é o atrito lateral do fuste acima da célula; PPshaft representa o peso próprio do fuste acima da célula; AlP é o atrito lateral abaixo da célula e QP representa a resistência de ponta. Silva (1986) propôs uma metodologia para que os resultados obtidos para fuste e ponta pudessem ser representados por uma única curva “carga x recalque”, como é apresentado para a prova de carga estática tradicional. Então, Silva (1986) sugeriu que fosse realizada uma interpolação dos valores de recalques para ambos os casos e então fossem somadas as cargas aplicadas para um mesmo deslocamento. Dessa forma, os valores obtidos poderiam ser representados em apenas uma curva carga x recalque, denominada curva total. Contudo, sabe-se que, na maioria dos ensaios de prova de carga estática utilizando célula expansiva, os deslocamentos do “fuste” são medidos por deflectômetros posicionados no topo da estaca e os deslocamentos da “ponta” por tell-tales fixados na base da célula de carga. Esse fato faz com que o encurtamento elástico da parcela da “ponta” da estaca esteja embutido na leitura do tell-tale. Na literatura, alguns autores propuseram metodologias para introdução desse encurtamento elástico na curva carga-recalque equivalente do ensaio estático convencional, como Alonso e Silva (2000) e Massad (2015). Falconi e Maset (2016) apresentaram uma rotina simples e direta para aplicação em projetos. No presente estudo, optou-se por não considerar o encurtamento elástico da estaca. 5 RESULTADOS Com a finalidade de comparar as determinações de capacidade de carga obtidas através de métodos tradicionalmente utilizados no Brasil com o resultado obtido na prova de carga estática com célula expansiva hidrodinâmica bidirecional, foram coletados os dados de sondagens do tipo mista e SPT-T, bem como de uma estaca hélice contínua de 15 m de profundidade e 1 m de diâmetro executada na construção de um edifício residencial em Curitiba-PR, Brasil. Com a realização do ensaio SPT, foram obtidos parâmetros como o NSPT, medição de torque e tipos de solo, para a determinação da capacidade de carga pelos métodos tradicionais como apresentados da Tabela 1. Tabela 1. Capacidades de carga conforme cada método. Método Utilizado Carga Admissível (kN) SM SPT-T Aoki-Velloso (1975) 1759,42 3347,07 Décourt-Quaresma (1978) 3826,68 3534,54 Antunes e Cabral (1996) 3279,19 2736,70 Além disso, na estaca hélice contínua, foi realizado prova de carga estática com célula expansiva hidrodinâmica, obtendo assim as
  • 5. XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica Geotecnia e Desenvolvimento Urbano COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil ©ABMS, 2018 curvas carga x recalque da ponta e do fuste da estaca, conforme Figura 2. Figura 2. Curva carga-recalque. Conforme sugerido por Silva (1986), as curvas de ponta e fuste foram adaptadas a uma única curva, denominada curva carga-recalque total sem considerar o encurtamento elástico da estaca, cuja configuração é apresentada na Figura 3. Figura 3. Curva carga-recalque total. O valor da capacidade de carga fornecido pela prova de carga foi de, aproximadamente, 5023 kN, sendo, aproximadamente, 2370 kN referente ao fuste e 2653 kN referente a ponta. Esse valor, quando comparado com a carga de 2551 kN do pilar P15, fornece um fator de segurança de 2,0 para a estaca analisada. A Tabela 2 apresenta os fatores de segurança obtidos para cada metodologia empregada Tabela 2. Valores dos fatores de segurança considerando a carga do pilar P15. Método Carga (kN) Fator de Segurança Prova de Carga Estática (kN) 5023 2,0 Aoki-Velloso (1975) SM 1759 0,7 SPT-T 3347 1,3 Décourt-Quaresma (1978) SM 3827 1,5 SPT-T 3534 1,4 Antunes e Cabral (1996) SM 3279 1,3 SPT-T 2737 1,1 6 CONCLUSÕES Nesse estudo de caso, o solo apresentava pouca resistência lateral e para a verificação da capacidade das estacas in loco, optou-se pela realização de provas de carga com célula expansiva hidrodinâmica, devido a sua rápida execução. A estaca utilizada para esse estudo tinha um diâmetro maior do que os diâmetros utilizados convencionalmente, acarretando, assim, uma contribuição significativa da ponta na resistência total, o que, por norma não pode representar mais do que 20% da capacidade total. Dessa maneira, com a obtenção da capacidade por meio da prova de carga, pôde-se perceber que, mesmo com uma grande contribuição da ponta, o resultado demonstrou uma boa estimativa de capacidade de carga, quando comparado com os determinados por cada método. O método que mais se aproximou do resultado da prova de carga foi o de Décourt- Quaresma, e o que mais se distanciou foi o método Aoki-Velloso, para esse estudo de caso. Pôde-se observar também que o fator de segurança obtido para a prova de carga em relação a solicitação de carga da estaca é de 2,0, enquanto que, para todos os métodos, foram encontrados fatores de segurança menores do que 2,0. Sugere-se a realização de estudos de comparação entre provas de carga estática tradicionais e provas de carga com a utilização de célula expansiva hidrodinâmica, afim de confirmar os resultados da prova de carga com célula expansiva hidrodinâmica bidirecional.
  • 6. XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica Geotecnia e Desenvolvimento Urbano COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil ©ABMS, 2018 AGRADECIMENTOS Agradece-se ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela bolsa do autor3 . REFERÊNCIAS Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR 12131 (2006). Estacas – Prova de Carga Estática. Alonso, U., Silva, P.E.C.A.F. (2000). Curva de “recalque equivalente” do topo de uma estaca hélice contínua ensaiada com célula expansiva hidrodinâmica (EXPANCELL), IV SEFE, Vol. 1, p. 416-425. Antunes, W.R e Cabral, D.A. (1996). Capacidade de carga em estacas hélice contínua. 3º Seminário de Engenharia de Fundações e Geotecnia. São Paulo- SP. Aoki, N. e Velloso, D. A. (1975). An approximate method to estimate the bearing capacity of piles. Proceedings of Panamerican CSMFE. Buenos Aires, ARG. Brochero, J.L.R. (2014). Caracterização geotécnica do campo experimental da UFRGS em areia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre-RS. Décourt, L., Quaresma, R. (1978). Capacidade de carga de estacas a partir de valores de SPT. In: Anais do CBMSEF. Rio de Janeiro, RJ. Falconi, F.F., Maset, V.L. (2016). Análise Prática de Resultados de Ensaios Bidirecionais. Fugro Loadtest . (2017). O-cell Technology. Disponível em: <http://www.loadtest.com/services_int/ocelltechnolog y.htm>. Acesso: Março, 2018. Gonçalves, S.F. (2008). Estudo do comportamento à compressão de estacas metálicas curtas em solo sedimentar. Santa Maria: Universidade Federal Santa Maria. 133 p. Gunaratne M. et al. (2006). The foundation engineering handbook. Taylor & Francis Group. Maset, V.L., Falconi, F.F., Hachich, W.C. (2016). Interpretação dos resultados de ensaios bidirecionais. In: Anais do COBRAMSEG. Belo Horizonte, MG. Massad, F. (2015). On the Interpretation of the Bidirectional Static Load Test, Soils and Rocks, São Paulo, Vol. 38, n. 3, p. 249-262. Milititsky, J. (1991). Provas de carga estática. Sefe II – 2º Seminário de engenharia de fundações especiais. Osterberg, J.O. (1998). The Osterberg load test method for bored and driven piles the first ten years. Paschoalin, J.A.F., Carvalho, D., Albuquerque, P.J. de R., Nogueira, R.C.R. (2008). Comportamento à tração de estacas tipo hélice contínua executadas em solo de diabásio. Exacta São Paulo, v.6, n.1, p. 75-82. Silva, P. H. C. A. F. (1986). Célula Expansiva Hidrodinâmica: Uma Nova Maneira de Executar Provas de Cargas. Concresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações. COBRAMSEG, Porto Alegre, RS, Brasil.