- A lenda narra a história de um menino negro escravo que foi brutalmente castigado por um fazendeiro após um cavalo ter fugido sob sua responsabilidade. Após ser deixado amarrado em um formigueiro, o menino foi salvo pela Virgem Maria, mas decidiu vingar-se roubando todos os cavalos da fazenda.
4. LENDAS
• Boitatá
Representada por uma cobra de fogo que
protege as matas e os animais e tem a
capacidade de perseguir e matar aqueles que
desrespeitam a natureza. Acredita-se que este
mito é de origem indígena e que seja um dos
primeiros do folclore brasileiro. Foram
encontrados relatos do boitatá em cartas do
padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na
região nordeste, o boitatá é conhecido como
"fogo que corre".
5. LENDAS
• Boto
Acredita-se que a lenda do boto tenha
surgido na região amazônica. Ele é
representado por um homem jovem,
bonito e charmoso que encanta mulheres
em bailes e festas. Após a conquista, leva
as jovens para a beira de um rio e as
engravida. Antes da madrugada chegar,
ele mergulha nas águas do rio para
transformar-se em um boto.
6. LENDAS
• Curupira
O curupira é um protetor das matas e
dos animais silvestres. Representado
por um anão de cabelos compridos e
com os pés virados para trás.
Persegue e mata todos que desrespeitam a
natureza. Quando alguém desaparece nas
matas, muitos habitantes do interior
acreditam que é obra do curupira.
7. LENDAS
• LOBISOMEM
Este mito aparece em várias regiões do
mundo. Diz o mito que um homem foi atacado
por um lobo numa noite de lua cheia e não
morreu, porém desenvolveu a capacidade de
transforma-se em lobo nas noites de lua cheia.
Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles
que encontra pela frente. Somente um tiro de
bala de prata em seu coração seria capaz de
matá-lo.
8. LENDAS
• Mãe-D'água
Encontramos na mitologia universal um
personagem muito parecido com a mãe-
d'água : a sereia. Este personagem tem o
corpo metade de mulher e metade de
peixe. Com seu canto atraente, consegue
encantar os homens e levá-los para o
fundo das água.
9. LENDAS
• Corpo-seco
É uma espécie de assombração que fica
assustando as pessoas nas estradas. Em
vida, era um homem que foi muito
malvado e só pensava em fazer coisas
ruins, chegando a prejudicar e maltratar a
própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado
pela terra e teve que viver como uma alma
penada.
10. LENDAS
• Pisadeira
É uma velha de chinelos que aparece nas
madrugadas para pisar na barriga das
pessoas, provocando a falta de ar. Dizem
que costuma aparecer quando as pessoas
vão dormir de estômago muito cheio.
11. LENDAS
• Mula-sem-cabeça
Surgido na região interior, conta que uma
mulher teve um romance com um padre.
Como castigo, em todas as noites de
quinta para sexta-feira é transformada
num animal quadrúpede que galopa e
salta sem parar, enquanto solta fogo pelas
narinas.
12. LENDAS
• Mãe-de-ouro
Representada por uma bola de fogo que
indica os locais onde se encontra jazidas
de ouro. Também aparece em alguns
mitos como sendo uma mulher luminosa
que voa pelos ares. Em alguns locais do
Brasil, toma a forma de uma mulher bonita
que habita cavernas e após atrair homens
casados, os faz largar suas famílias.
13. LENDAS
Saci-Pererê
O saci-pererê é representado por um
menino negro que tem apenas uma perna.
Sempre com seu cachimbo e com um
gorro vermelho que lhe dá poderes
mágicos. Vive aprontando travessuras e
se diverte muito com isso. Adora espantar
cavalos, queimar comida e acordar
pessoas com gargalhadas.
14. O UIRAPURU
Certa vez um jovem guerreiro
apaixonou-se pela esposa do
grande cacique, mas não podia
aproximar-se dela. Então pediu
a Tupã que o transformasse
num pássaro.
15.
16. O UIRAPURU
Tupã fez dele um pássaro de cor
vermelho-telha. Toda noite ia
cantar para sua amada. Mas foi o
cacique que notou seu canto. Tão
lindo e fascinante era o seu canto,
que o cacique perseguiu a ave
para prendê-la, só para ele.
17.
18. O UIRAPURU
• O Uirapuru voou para bem distante da
floresta e o cacique que o perseguia,
perdeu-se dentro das matas e igarapés e
nunca mais voltou. O lindo pássaro volta
sempre canta para a sua amada e vai
embora, esperando que um dia ela
descubra o seu canto e seu encanto.
19. VITÓRIA-RÉGIA
Contam que certa vez uma linda índia,
apaixonada, quis transformar-se em
estrela. Na esperança de ver seu sonho
realizado, a linda jovem lançou-se às
águas misteriosas do rio, desaparecendo
em seguida.
20. VITÓRIA RÉGIA
Iaci, a lua que presenciou tudo, num instante de
reflexão, apiedou-se dela por ser tão linda e
encantadora. Deu-lhe como prêmio a
imortalização aqui na terra. Por não ser possível
levá-la para o reino astral, transformou-a em
vitória-régia (estrela das águas), doou-lhe um
adorável perfume e espalmou-lhe as folhas para
melhor refletir sua luz, nas noites de lua cheia.
25. BUMBA MEU BOI
• O Bumba Meu Boi é tido como uma das mais
ricas representações do folclore brasileiro.
Segundo os historiadores, essa manifestação
popular surgiu através da união de elementos
das culturas européia, africana e indígena, com
maior ou menor influência de cada uma dessas
culturas, nas diversas variações regionais do
Bumba Meu Boi. Existem festas similares em
Portugal (Boi de Canastra) e no Daomé
(Burrinha).
26.
27. A festa do Bumba Meu Boi constitui
uma espécie de ópera popular.
Basicamente, a história se desenvolve
em torno de um rico fazendeiro que
tem um boi muito bonito. Esse boi, que
inclusive sabe dançar, é roubado por
Pai Chico, trabalhador da fazenda,
para satisfazer a sua mulher Catarina,
que está grávida e sente desejo de
comer a língua do boi.
28.
29. O fazendeiro manda os vaqueiros e os
índios procurarem o boi. Quando o
encontram, ele está doente, e os pajés
são chamados para curá-lo. Depois de
muitas tentativas, o boi finalmente é
curado, e o fazendeiro, ao saber do
motivo do roubo, perdoa Pai Chico e
Catarina, encerrando a representação
com uma grande festa.
30. O boi é a principal figura da representação.
Ele é feito de uma estrutura de madeira em
forma de touro, coberta por um tecido
bordado ou pintado. Nessa estrutura,
prende-se uma saia colorida, para esconder
a pessoa que fica dentro, que é chamada de
"miolo do boi". Às vezes, há também as
burrinhas, feitas de maneira semelhante ao
boi, porém menores, e que ficam
penduradas por tiras, como suspensórios,
nos ombros dos brincantes.
34. Todos os personagens são
representados de maneira
alegórica, com roupas muito
coloridas e coreografias.
35. As brincadeiras de Bumba Meu
Boi acontecem defronte à casa
de quem convidou o grupo, e
que patrocinará a festa. Embora
surjam variações de uma região
para outra, normalmente as
apresentações seguem uma
ordem.
36.
37. Primeiro, canta-se uma toada inicial,
que serve para juntar e organizar o
grupo, antes de ir para a casa. Em
seguida, entoa-se o Lá Vai, uma
canção para avisar ao dono da casa e
a todos que o boi deu a partida. Depois
disso, vem a Licença, em que o boi e o
grupo se apresentam, entoando
louvores a santos, a personalidades e
a vários outros temas (natureza,
personagens folclóricos, etc).
38.
39. Começa, então, a história
propriamente dita, e ao final da
apresentação, o grupo e a
platéia cantam juntos O Urro do
Boi e a Toada de Despedida.
40.
41. Em algumas regiões do Norte, o
boi é morto simbolicamente . O
vinho representa o seu sangue, e
sua "carne" (o manto que envolve
a armação de madeira) é repartida
entre os espectadores e
participantes da festa. Para a
próxima festa, outro manto será
feito.
42.
43. A música é um elemento
fundamental no Bumba Meu Boi. O
canto normalmente é coletivo,
acompanhado de matracas,
pandeiros, tambores e zabumbas,
embora se encontrem, em raros
casos, instrumentos mais
sofisticados, como trombones,
clarinetas, etc.
44. No Norte e no Nordeste do Brasil
ainda se encontram grupos
organizados de Bumba Meu Boi,
muitos deles formados por famílias
que se esmeram em manter a
tradição. As representações não
têm época fixa para acontecer, e
podem ser feitas para comemorar
qualquer acontecimento marcante
do lugar.
45.
46.
47.
48. Conta a lenda que um fazendeiro ou
estancieiro mandou um menino negro
pastorear uma tropa de cavalos recém-
comprados. Durante a noite, o menino
adormeceu e um dos cavalos fugiu. O
estancieiro castigou o menino com
uma violenta surra de chicote e
mandou-o à procura do cavalo perdido.
49.
50. O menino chegou a encontrá-lo, mas a
corda com que o laçou partiu-se e ele
não conseguiu capturá-lo. Dessa vez, o
estancieiro além de surrar o menino,
amarrou-o num troco, ao pé de um
formigueiro, onde as formigas vieram
se alimentar nas feridas do negrinho,
devorando-o vivo.
51.
52. No dia seguinte, porém, em vez de
encontrar o cadáver do escravo, o
fazendeiro encontrou o Negrinho
solto, ao lado da Virgem Maria.
Assustado, o estancieiro ajoelhou-
se e pediu perdão ao escravo.
Este, porém, montou num cavalo a
pelo e fugiu dali, levando consigo
todos os cavalos da fazenda.