O documento apresenta um caderno de práticas pedagógicas de língua portuguesa para o 3o ano do ensino fundamental, com atividades e orientações para o professor. Inclui uma introdução sobre o objetivo do caderno, uma seção sobre rotinas pedagógicas sugeridas e eixos do ensino da língua portuguesa, além de atividades e orientações para cada atividade.
2. Governador
Camilo Sobreira de Santana
Vice-Governadora
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretária da Educação
Eliana Nunes Estrela
Secretário Executivo de Cooperação com os Municípios
Márcio Pereira de Brito
Coordenadora de Cooperação com os Municípios para Desenvolvimento da Aprendizagem na
Idade Certa
Ana Gardennya Linard Sírio Oliveira
Articuladora da Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental
Francisca Rosa Paiva Gomes
Equipe do Eixo do Ciclo de Alfabetização e 3º ano - SEDUC
Rakell Leiry Cunha Brito - Gerente
Bruna Alves Leão
Mayara Rodrigues Braga
Autores
Bruna Alves Leão
Mayara Rodrigues Braga
Felipe Kokay Farias
Francisca Rosa Paiva Gomes
Rakell Leiry Cunha Brito
Revisão de Texto
Bruna Laves Leão
Mayara Rodrigues Braga
Felipe Kokay Farias
Rakell Leiry Cunha Brito
Organização Gráfica
Bruna Laves Leão
Felipe Kokay Farias
Mayara Rodrigues Braga
Raimundo Elson Mesquita Viana
Rakell Leiry Cunha Brito
3. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 1
Prezado professor (a),
É com grande satisfação que apresentamos o caderno de atividades do 3º, 4º e 5º
ano do Ensino Fundamental. Este caderno tem como objetivo auxiliá-lo nas suas
atividades diárias com os alunos em sala de aula, facilitando o processo de ensino-
aprendizagem, ao propor tarefas lúdicas e dinâmicas, por meio de jogos e exercícios de
consolidação. Há ainda uma preocupação com uma linguagem adequada ao universo dos
alunos do fundamental I.
Este material propõe práticas significativas que poderão contribuir para a efetivação
da aprendizagem dos educandos, a partir da leitura, reflexão, discussão, prática de
produção de textos, resolução de situações problemas e jogos matemáticos. Cabe
destacar que para a efetiva consolidação do conhecimento, é necessário levar em
consideração as experiências já vivenciadas pelo aluno e o contexto no qual ele está
inserido, sendo assim, o professor está livre para adequar as práticas sugeridas ao
contexto vivenciado em sala de aula.
Para cada atividade, propomos orientações metodológicas que nortearão o
trabalho do professor no momento de execução dos exercícios sugeridos. Ressaltamos
que tais práticas, apenas quando bem apreendidas, é que favorecerão a aprendizagem
dos alunos e alcançarão os objetivos propostos.
Esperamos que o uso deste material seja proveitoso e que ele possa auxiliá-lo no
aperfeiçoamento das suas práticas didáticas e proporcionar experiências exitosas dentro
da sua caminhada no magistério.
Bom trabalho!
A equipe organizadora.
4. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 2
SÚMARIO
Apresentação do Caderno de Práticas ........................................................................... 03
Rotinas Pedagógicas ...................................................................................................... 07
Atividades de Língua Portuguesa ................................................................................... 16
Orientações para as Atividades de Língua Portuguesa .................................................. 28
Avaliação do Caderno de Práticas Pedagógicas ............................................................ 45
Referências ......................................... ........................................................................... 50
Suporte Teórico ............................................................................................................... 52
5. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 3
CADERNO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Caderno disponibiliza atividades para os alunos além de orientações para o
professor sobre cada atividade do caderno. Nas rotinas sugeridas, outras disciplinas terão
um horário para serem trabalhadas pelo professor em sala de aula e receberão
orientações específicas de cada área do conhecimento. Em síntese, o que foi colocado
caracteriza-se como sugestão, ficando o professor responsável para ampliar essas rotinas
e as atividades com
Aprofundamentos por meio de pesquisas e discussões.
Tempos da Rotina – 3º ano:
Alforje de histórias – momento de fruição de textos literários seguido pelo Círculo
de Cultura com a mediação do professor. Preconiza a Pedagogia do exemplo, por
meio de uma leitura modelo e fluente (consultar o livro Eu conto Contigo – Mais
Paic).
Viajando pela leitura – o principal objetivo desse momento é ler com/por prazer. É
a ocasião de a criança se apaixonar pelos livros, aprender a gostar de ouvir
histórias, ampliar o repertório e desenvolver o hábito da leitura. O professor pode
utilizar diferentes estratégias como a do Cantinho da Leitura, Recomendação e
Troca de livros, Biblioteca Ambulante etc.
Analisando o texto– leitura e apreciação do gênero trabalhado. A análise do texto
permite verificar e aprofundar os conhecimentos dos alunos a respeito do gênero,
bem como o trabalho com a leitura e compreensão textual.
Sua Vez de escrever! (Produção textual) - apresenta uma situação discursiva
para cada produção textual verbal ou não-verbal, escrita ou oral, atentando
também para a produção de textos multimodais. O professor deve introduzir,
aprofundar e avaliar conteúdos, habilidades e atitudes relativos ao ano.
Pensando sobre a língua (Consolidando a alfabetização) – o principal objetivo
desse momento é oportunizar ao aluno refletir sobre a língua materna, visando a
consolidação da alfabetização e o domínio das relações regulares contextuais da
ortografia, através de atividades, jogos, desafios, aulas expositivas, dentre outros.
6. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 4
EIXOS DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Oralidade – visa adequar a fala dos alunos a diversas situações e aos gêneros
textuais necessários para a interação. Propõe habilidades relativas à geração de
ideias, ao planejamento e à organização do que dizer, do como dizer, utilizando
recursos expressivos (entonação, pausa, postura corporal etc.) durante a
realização da fala e seu monitoramento em função da situação comunicativa, bem
como atividades de escuta.
Leitura (Compreensão leitora) – abarca saberes sobre o sentido e o significado
do que foi dito, o modo como foi produzido, quem o produziu, em que contexto foi
produzido, em que veículo ou suporte chegou até nós. Também diz respeito a uma
gama variada de conhecimentos de mundo, um acervo mental no qual estão
inscritos informações, conceitos, noções, entre outros. Esse acervo é acionado de
acordo com os propósitos estabelecidos para ler, por meio das estratégias
desenvolvidas para tirar o máximo de proveito da leitura.
Leitura (Fluência leitora) – ligada à compreensão textual, faz a articulação entre
alguns procedimentos ou princípios, tais como: o professor ou leitor fluente atua
como modelo, lendo em voz alta; fornece suporte à leitura da criança, enquanto ela
está lendo; para isso, lê em voz alta o texto, chamando a atenção para os
elementos prosódicos e para os sinais de pontuação; realiza leitura repetida de um
mesmo texto e, depois, uma leitura em voz alta desse mesmo texto para a turma
ou para um grupo de colegas.
Sistema de escrita e ortografia – apresenta como principais objetivos: refletir
sobre como a escrita funciona e ampliar conhecimentos sobre a ortografia. As
crianças, desde os primeiros dias na escola, precisam iniciar o desenvolvimento da
consciência de que o sistema alfabético é um sistema de representação de
unidades sonoras, além de realizar atividades que proporcionem o estudo e a
reflexão sobre as características e o funcionamento da modalidade escrita da
língua.
7. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 5
Produção textual – requer do aluno as seguintes etapas: 1. Preparação: a-
discussão e análise do gênero, para quem ele será produzido e que forma terá a
produção: para rádio, TV, mural, jornal etc.; b- pesquisa de materiais e leituras de
textos variados sobre o tema: o conteúdo a ser desenvolvido; 2. Pré-escrita:
atividades que auxiliem o autor a descobrir formas de desenvolver a tarefa de:
coletar informações, de gerar ideias (sessões de tempestade de ideias), planejar e
organizar sumariamente o texto; 3. Produção textual inicial: 1º rascunho para
apreciação do professor ou de um outro colega com a supervisão do professor; 4.
Revisão e reescrita: podem ser individuais ou coletivas, fazendo os ajustes
necessários e, por fim, 5. Avaliação final do texto. O importante é desenvolver a
autonomia dos estudantes frente à produção e a avaliação de seus textos.
MATRIZES DE REFERÊNCIA
Correspondência Matrizes SPAECE / SAEB – 5° ANO
MATRIZ SPAECE MATRIZ SEAB
I. PROCEDIMENTOS DE LEITURA I. PROCEDIMENTOS DE LEITURA
D13 - Localizar informação explícita em textos. D1 - Localizar informações explícitas em um texto
D14 - Inferir informação em texto verbal D4 - Inferir uma informação implícita em um texto.
D15 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. D3 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D16 - Interpretar textos não verbais e textos que
articulam elementos verbais e não verbais.
D5 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico
diverso (propagandas, quadrinhos, fotos, etc.).
D18 - Reconhecer o tema ou assunto de um texto
lido
D6 - Identificar o tema de um texto.
D19 - Distinguir fato de opinião relativa a este fato
D11 - Distinguir um fato da opinião relativa a esse
fato.
II. IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, GÊNERO E/OU
DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO
TEXTO
II. IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, GÊNERO E/OU
DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO
TEXTO
D22 - Identificar o propósito comunicativo em
diferentes gêneros.
D9 - Identificar a finalidade de textos de diferentes
gêneros.
D23 - Reconhecer os elementos que compõem uma
narrativa e o conflito gerador.
D7 - Identificar o conflito gerador do enredo e os
elementos que constroem a narrativa.
III. RELAÇÃO ENTRE TEXTOS III. RELAÇÃO ENTRE TEXTOS
D24 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma
informação na comparação de textos de um mesmo
tema.
D15 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma
informação na comparação de textos que tratam do
mesmo tema, em função das condições em que ele
foi produzido e daquelas em que será recebido.
8. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 6
IV. COERÊNCIA E COESÃO NO
PROCESSAMENTO DO TEXTO
IV. COERÊNCIA E COESÃO NO
PROCESSAMENTO DO TEXTO
D25 - Reconhecer as relações entre partes de um
texto, identificando os recursos coesivos que
contribuem para a sua continuidade.
D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto,
identificando repetições ou substituições que
contribuem para a continuidade de um texto.
D26 - Reconhecer o sentido das relações lógico-
discursivas marcados por conjunções, advérbios
etc.
D12 - Estabelecer relações lógico-discursivas
presentes no texto, marcadas por conjunções,
advérbios etc.
V. RELAÇÕES ENTRE RECURSOS
EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO
V. RELAÇÕES ENTRE RECURSOS
EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO
D27 - Identificar o efeito de sentido decorrente do
uso da pontuação e de outras notações.
D14 - Identificar o efeito de sentido decorrente do
uso da pontuação e de outras notações.
D28 - Reconhecer efeito de humor e de ironia
D13 - Identificar efeitos de ironia ou humor em
textos variados.
VI. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA VI. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
D29 - Identificar os níveis de linguagem e/ou as
marcas linguísticas que evidenciam locutor e/ou
interlocutor.
D10 - Identificar as marcas linguísticas que
evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
Obs.: Não há descritor correlativo ao D21 -
Reconhecer o gênero discursivo na
Matriz SAEB.
Obs.: Não há descritor correlativo ao D8 -
Estabelecer relação causa/consequência
entre partes e elementos do texto na
Matriz SPAECE.
Proposta de distribuição proporcional de itens no teste de Linguagens, que poderá ser
considerada no processo de montagem do teste tendo por base o desenvolvimento de
ideias, admitindo-se adaptações, sempre que constatada necessidade.
QUADRO – Distribuição proporcional de itens no teste de Linguagens – 5º ano EF –
SAEB 2019
EIXOS COGNITIVOS TOTAIS
EIXO DO CONHECIMENTO RECONHECER ANALISAR AVALIAR PRODUZIR
LÍNGUA
PORTUGUESA
Leitura 10% 18% 2% 0 22%
Análise
Linguística/semiótica
11% 10% 1% 0 2%
Produção de textos 0 0 0 2% 23%
Arte 20% 2% 1% 0 %
Educação Física 12% 7% 4% 0 %
53% 37% 8% 2% 100%
18. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 16
ATIVIDADES
LÍNGUA
PORTUGUESA
19. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 17
ATIVIDADE 1
O texto a seguir é uma música, leia e depois escute com os colegas a música.
Antes de ler o texto responda essa pergunta com os colegas
Você acha importante sonhar?
Circule no texto as rimas.
SONHAR, NUNCA DESISTIR
Sonhar, nunca desistir
Ter fé, pois fácil não é nem vai ser
Tentar até esgotar suas forças
Se hoje eu tenho quero dividir ostentar
Pra esperança levar e o mundo sorrir
Criança quer ser jogador pra dar pra
Família um futuro melhor
Acende essa luz ai no fim do túnel
Que é pra esse menor no futuro enxergar
Cê tá ligado o quanto é difícil quando
Lá em cima querem derrubar
Mas quando embaixo se pede ajuda
Ninguém dá a mão se é pra te levantar
Acredito e tenho os pés no chão vou fazer
Um som me jogar no mundão
Quero ser do bem não importa o
estilo com tanto que tenha tudo que eu preciso
Minha família tá sempre aumentando e meus amigos.
Fonte: https://www.letras.mus.br/mc-gui/ostentar-esperanca/
ANALISANDO O TEXTO
20. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 18
01. Na música, qual o sonho da criança? Você compartilha desse sonho?
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02. Para você, o que é “ser do bem”? Comente ações que sejam “do bem” para
você.
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03. No trecho “Acredito e tenho os pés no chão vou fazer”, o que significa ‘tenho
os pés no chão’?
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04. Das duplas de palavras a seguir, circule as letras que, quando trocadas, formam
outras palavras. Depois, produza uma frase com um dos grupos de palavras.
vaca – faca bata – pata
Vera – fera sala – vala
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05. Preencha os espaços com as palavras do quadro abaixo.
PENSANDO NA LÍNGUA
21. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 19
A) A é uma ave
B) O é um animal
C) O fotógrafo tirou uma da .
D) O é muito importante.
06. Marque a palavra que representa a figura.
07. Agora escreva as palavras que você marcou na questão anterior.
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GAVETA
GAVETA
CAVETA
CAVALO
CAFALO
CAVALO
VELHA
VELA
FELA
GAFANHOTO
GAVANHOTO
CAFANHOTO
22. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 20
08. Faça um desenho da profissão dos seus sonhos.
23. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 21
ATIVIDADE 2
Para você, existe diferença entre sonho adulto e sonho de criança?
Você acha que é possível alcançar todos os sonhos?
Para você, como podemos fazer acontecer nossos sonhos?
SONHAR E FAZER ACONTECER.
Eu tenho um sonho. Na verdade, sempre tive muitos. À medida que a vida passa e a
gente vai amadurecendo, eles mudam, mas, mesmo assim, os sonhos "adultos" não viram
maiores ou mais especiais que os sonhos infantis.
Eu já sonhei em saber andar de bicicleta sem rodinhas. Em ter uma irmã. Em viajar
para Disney. Em passar de ano sem recuperação. Em ver meu time campeão de tudo. Em
arranjar um trabalho que amasse. E que ele me proporcionasse viagens incríveis, mil e uma
novidades e independência financeira.
Ao longo da vida, percebi que meus sonhos eram possíveis e muitos viraram realidade.
Para atingir, basta querer, fazer, arriscar. Quem não tenta não chega a lugar algum.
Cresci e passei a acreditar nos meus sonhos e, consequentemente, sonhar cada vez
mais alto.
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/donna-trends/noticia/2013/05/o-inicio-eu-tenho-um-sonho-qual-o-seu-
cjpyjnncp000x64cny4z74sby.html
01. O texto acima é um relato. Para você, o que é um relato? Discuta com os colegas
sobre o que é o relato e escreva abaixo o que discutiram.
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02. Faça um breve relato de algum sonho que você já realizou.
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ANALISANDO O TEXTO
24. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 22
03. Dê um exemplo de sonho de adulto e sonho de criança para você.
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04. Como você compreende essa expressão “e a gente vai amadurecendo”? Comente.
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05. Segundo o texto, como o autor, ao longo da vida, percebeu que os seus sonhos
eram possíveis?
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06. Complete as profissões com as letras que faltam.
Profe__ __ora Pa__ __e Enge__ __eiro
A__vogado De__tista Pe__ __eiro
A__ __ eta Fe __ __eiro Joa__ __eiró
07. Preencha com P e B.
PENSANDO NA LÍNGUA
25. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 23
08. Agora é sua vez! Descreva abaixo o seu sonho. Apresente características dele,
informe quem são as pessoas que te apoiam e quais ações você está fazendo ou
poderá fazer para alcançar seu objetivo.
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SUA VEZ DE ESCREVER
26. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 24
ATIVIDADE 3
Você acha que os animais sonham?
Com o quê os bichinhos sonham?
Quando, no texto, temos animais que falam e agem como humanos, temos
características de uma fábula. Observe se os personagens do texto abaixo
possuem essas características.
O sonho de Caramelo
Caramelo, o gato, estava deitado na grama. Ele se esticou, esticou de novo e sentiu a
frescura da grama no seu pelo macio. Como todo felino bigodudo, ele adorava coçar as
costas no grande tapete verde.
De repente, PLOC! Uma gota de água fria caiu em seu focinho. Eis a chuva! Duas
outras gotas de água caíram bem ao lado da primeira e, em seguida, PLOC, PLOC,
PLOC! Muitas outras gotas fizeram cócegas nas suas orelhas.
Caramelo não aguentou mais e, num pulo, se levantou, reclamando:
– Oh, não! Sonhei que eu estava na grama, sob o sol do verão... . Estou todo molhado!
https://www.acessaber.com.br/atividades/interpretacao-de-texto-o-sonho-de-caramelo-3o-ou-4o-ano/
01.Segundo o texto, “PLOC, PLOC, PLOC” significa o quê?
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02.Quais características do texto indicam que ele é uma fábula?
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ANALISANDO O TEXTO
PENSANDO NA LÍNGUA
27. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 25
03.Você acha que o gato gostou de tomar banho de chuva? Comente.
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04.Pesquise em jornais e revistas palavras que possuam AL, EL e IL, OL, UL,
conforme os exemplos, preenchendo os quadros.
05.Procure as palavras do quadro abaixo no caça palavras.
AL
ALFACE
EL
PAINEL
IL
BRASIL
OL
BOLSA
UL
ÚLCERA
Telefone – Camelo – Pudim – Sandália – Panela – Peneira – Automóvel - Amêndoa –
Planeta – Chinelo – Câmera – Lâmina – Boneca – Chaminé
28. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 26
06.Pense no seu animal de estimação e escreva como seria o possível sonho dele.
Comente o local onde se passaria o sonho, quem participaria. Antes de passar
para o espaço abaixo, faça o rascunho em seu caderno.
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SUA VEZ DE ESCREVER
29. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 27
ATIVIDADE 4
Você conhece alguma lenda?
Qual a lenda que você conhece?
Como você a conheceu?
Alguém contou a você ou você leu em algum livro?
Lenda da Vitória-Régia
Conta a lenda que uma índia chamada Naiá, ao contemplar a lua (Jaci) que
brilhava no céu, apaixona-se por ela.
Segundo contavam os indígenas, Jaci descia à terra para buscar alguma virgem e
transformá-la em estrela do céu. Naiá ao ouvir essa lenda, sempre sonhava em um dia
virar estrela ao lado de Jaci.
Assim todas as noites, Naiá saia de casa para contemplar a lua e aguardar o
momento da lua descer no horizonte e sair correndo para tentar alcançar a lua.
Todas as noites Naiá repetia essa busca, até que uma noite Naiá decide mais uma
vez tentar alcançar a lua, nessa noite Naiá vê o reflexo da lua nas águas do igarapé e
sem hesitar mergulha na tentativa de tocá-lo e acaba afogando-se.
Jaci se sensibiliza com o esforço de Naiá e a transforma na grande flor do
Amazonas, a Vitória Régia, que só abre suas pétalas ao luar.
https://www.sohistoria.com.br/lendasemitos/regia/
01.Naiá era uma índia sonhadora. Com o quê Naiá sonhava?
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ANALISANDO O TEXTO
ANALISANDO O TEXTO
30. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 28
02.Por que Naiá contemplava a lua?
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03.Quem era Jaci na história? Por que você acha que Naiá tentava alcançá-la?
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04.Por que Naiá entrou no lago?
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05.Para você, Jaci ter transformado Naiá em uma flor foi bom? Comente.
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06.Faça um quadrinho representando a história de Naiá.
31. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 29
07.Ligue os desenhos às respectivas palavras e reescreva-as segundo o modelo.
08.Crie palavras com CH, de acordo com os numerais e as sílabas que estão dentro
da uva.
PENSANDO NA LÍNGUA
CHUVA
32. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 30
09.Converse com pessoas mais velhas do lugar em que você mora e pesquise alguma
lenda de sua comunidade. Transcreva as histórias pesquisadas.
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SUA VEZ DE ESCREVER
33. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 31
ATIVIDADE 5
O texto a seguir é uma fábula, analise com os colegas e com o (a) professor (a) as
características deste gênero.
O sonho de Beija-Flor
Beija-flor era um pássaro pequeno e muito sonhador que vivia em uma floresta
repleta de animais de várias espécies diferentes.
Os animais da floresta viviam caçoando de Beija-flor por ele ficar o tempo todo
sonhando acordado. Ali também viviam a Coruja que era muito velha e sábia, e o Urubu
que era muito forte, e pensava saber de tudo.
Certo dia, Beija-flor passava por um arbusto cheio de flores, quando de repente,
saiu a Coruja de dentro do arbusto assustando o pequeno pássaro. Ela sorriu e
perguntou:
- Por que você se assustou Beija-flor? - e o passarinho respondeu:
- Você apareceu do nada, não estava preparado, mas agora estou bem, porque sei
que veio me ajudar.
- Está precisando de ajuda por quê? -Perguntou a Coruja.
- Os outros animais dão risada de mim por sonhar o tempo todo, tento parar de
sonhar, mas não consigo.
- Com o que você sonha Beija-flor?
- Sonho com flores muito ricas em sabor, e tão belas e serenas como ninguém
nunca viu.
- Que lindo! - Exclamou a Coruja – Seria muito bom se todos tivessem grandes
sonhos como o seu. Não deixe de sonhar, e tudo poderá se realizar, basta acreditar.
Beija-flor ficou muito contente com o conselho da Coruja, e sentiu-se muito
confiante para procurar suas flores.
Pouco tempo depois, apareceu-lhe o Urubu imponente dizendo:
- Eu represento todos os animais da floresta para falar contigo, pois eu conheço
mais do que ninguém a vida de todos por aqui. Estamos preocupados com você,
queremos que deixe de sonhar tanto, e viva tudo isso aqui que está acostumado. A vida é
ANALISANDO O TEXTO
34. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 32
dura meu caro, sonhos não levam a nenhum lugar.
Diante deste comentário, a tristeza tomou conta do coração de Beija-flor
novamente, e ele passou a duvidar do conselho da Coruja. Sentiu muita raiva e saiu
voando sem rumo, mas continuava sonhando mesmo sem perceber.
Com o tempo, encontrou lugares que nunca havia visto, e ao aproximar-se de
algumas flores que brilhavam, deparou-se com a flor mais linda de todas. Esta flor tinha
um brilho diferente, e ao prová-la, Beija-flor sentiu a felicidade como nunca havia sentido:
- Nossa!!! Ela existe mesmo! – Exclamou.
E ficou muito feliz por ter alcançado a flor tão linda que sempre sonhara, lembrou-
se de tudo que havia passado até ali, lembrou-se também das histórias e opiniões dos
outros animais, e chegou a uma conclusão: Tudo que somos capazes de sonhar, somos
capazes de fazer, devemos ter esperança. Tudo que foi feito no mundo, antes foi sonhado
por alguém.
https://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/1320377
01. Na fábula, o Beija-flor vivia a sonhar. Qual o maior sonho do Beija-flor?
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02. Em um momento do texto, a coruja aconselha o Beija-flor, qual o conselho dado
pela coruja? Você acha que o beija-flor seguiu o conselho dela?
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03. O Urubu, também aconselha o Beija-flor. Qual foi o conselho do Urubu? E por que
todos os animais da floresta pediram para o Urubu dar este conselho ao Beija-flor?
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ANALISANDO O TEXTO
35. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 33
04. Para você, qual dos conselhos que o Beija-flor recebeu foi o mais importante?
Comente.
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05. Pesquise em revistas ou jornais palavras com H no início e com os dígrafos abaixo.
Em seguida, cole-as no quadro.
BRINCANDO DE DETETIVE
H no início CH LH NH
PENSANDO NA LÍNGUA
36. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 34
06. Complete com o S no meio da palavra, conforme o exemplo.
07. Separe as sílabas das palavras a seguir:
Serrote ____ ___ ___
Massa ___ ____
Queijo ___ ___
Carro ___ ___
Pássaro ___ ___ ___
37. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 35
08. Acrescente um R nos espaços vazios das palavras abaixo, depois observe o
resultado e reescreva as palavras formadas.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
09. Descreva as principais ações das profissões a seguir. Apresente a rotina dos
profissionais, quais suas principais funções, onde atuam normalmente e etc.
SUA VEZ DE ESCREVER
38. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 36
ATIVIDADE 6
Leia o texto e responda às questões a seguir oralmente com seus colegas e professor (a).
Você sonha em ser o quê quando crescer?
Para realizar seu sonho, você precisa se planejar e realizar algumas ações desde
agora. Quais ações você já realiza para alcançar o seu sonho?
O texto a seguir é uma poesia, comente com seus colegas quais as principais
características desse gênero textual.
O QUE É QUE EU VOU SER?
Bete quer ser bailarina
Zé quer ser aviador
Carlos vai plantar batatas
Juca quer ser um ator
Camila gosta de música
Patrícia quer desenhar
Uma vai pegando o lápis
E a outra põe-se a cantar
Mas eu não sei se vou ser
Poeta, doutora ou atriz
Hoje eu só sei de uma coisa:
Quero ser muito FELIZ!
Pedro Bandeira
01.Pergunte aos colegas quais as profissões dos sonhos deles e escreva abaixo a
profissão de alguns de seus colegas.
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________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
ANALISANDO O TEXTO
39. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 37
02.Quais as profissões dos seus pais? Se não souber, pergunte em casa e responda.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
03.Qual será a profissão de Carlos? Você acha que esta profissão é importante?
Comente.
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________________________________________________________________________
04.Quais as profissões possíveis para quem quer desenhar como a Patrícia?
________________________________________________________________________
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05.Qual o maior desejo do narrador?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
06.Circule no texto os substantivos e, a seguir, preencha a tabela separando-os em
substantivos próprios e comuns.
Substantivos próprios Substantivos comuns
PENSANDO NA LÍNGUA
40. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 38
07.O texto desta atividade é um poema, esse gênero tem como característica principal
a estrutura em versos e o fato de possuir rimas. Responda as perguntas de acordo
com as informações do texto acima.
A) Observe quais rimas se apresentam no texto.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
B) Conte quantos versos existem neste texto e escreva a seguir.
________________________________________________________________________
08.Agora é sua vez, crie um poema sobre o seu maior sonho. Não se esqueça de
fazer o rascunho no caderno antes de passar para este espaço.
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SUA VEZ DE ESCREVER
41. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 39
ATIVIDADE 7
Você gosta de futebol?
Você acha que é fácil ou difícil ser jogador de futebol no Brasil?
Por que você acha que o autor do texto considera o futebol mágico?
Um sonho de boleiro.
Ser um jogador de futebol exige muito mais que habilidade
e talento. Um jogador de futebol tem que ser dedicado, corajoso,
determinado e ter força de vontade, mas acima de tudo, fé, pois,
sem fé, você não chega a lugar nenhum.
Então, a cada dia você tem que se preservar, se guardar mais, e dedicar-se aos
seus treinos, não importa onde, quando ou como, apenas fazemos o que mais gostamos,
que é levar a MAGIA do futebol para qualquer lugar que estivermos, porque só nós
sabemos que o futebol não está só em uma bola de couro com onze de cada lado é
ARTE.
Disponível em: http://umsonhodeboleiro.tumblr.com/ adaptado
01. O que significa no texto a palavra “boleiro”.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
02. O que o jogador precisa fazer no dia a dia para alcançar bons resultados?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
03.Quando damos características a algo ou alguém utilizamos os adjetivos. No texto,
circule os adjetivos que o jogador de futebol deverá ter e reescreva-os aqui.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
ANALISANDO O TEXTO
42. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 40
04.Por que para o narrador o futebol é uma ARTE? Comente.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
05.Qual a rotina de um boleiro, ou seja, quais os passos que um jogador de futebol
deve cumprir, segundo o texto?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
06.Complete as frases com adjetivos e preencha a cruzadinha.
1. O menino que tem coragem é ________________________
2. Boletim da escola, boletim ___________________________
3. Filme que assusta, filme ___________________________
4. Aquele que tem preguiça é _________________________
5. Revista da semana, revista _________________________
6. Festa de junho, festa __________________________
7.Queijo de Minas, queijo ___________________________
8. Plano do mês, plano _______________________
9. Quem tem carinho por uma pessoa é ______________________
PENSANDO NA LÍNGUA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
43. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 41
07.Agora é sua vez! Narre como seria seu dia como jogador famoso. Apresente sua
rotina, pontos positivos e negativos, quais os principais medos e alegrias.
________________________________________________________________________
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________________________________________________________________________
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SUA VEZ DE ESCREVER
44. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 42
ATIVIDADE 8
O texto a seguir faz parte da mitologia grega, converse com os colegas sobre o que
significa mitologia para vocês.
Nosso povo também tem uma mitologia própria, nossas histórias são chamadas de
lendas, compartilhe com os colegas as lendas que vocês conhecem.
O sonho de Ícaro
Contam os que sabem que Dédalo foi um homem muito sábio na Grécia. Ele era o pai
de Ícaro.
Quando eles estavam presos no labirinto do Minotauro, teve a ideia de construir dois
pares de asas para ele e o filho fugirem dali.
Dédalo construiu-as com as penas dos pássaros, depois as colou em cera. Antes de
levantar voo, disse ao filho:
– Não voe muito alto, perto do sol a cera derrete. Nem voe muito baixo, perto do mar a
umidade deixa as penas pesadas e você pode cair.
Mas o sonho de voar foi tão estonteante para Ícaro que ele esqueceu a recomendação
e elevou-se tanto nos ares a ponto de o pior acontecer.
A cera derreteu, Ícaro perdeu as asas, caiu ao redor do mar de Creta e morreu
afogado.
01. Porque você acha que o texto tem o título de “O Sonho de Ícaro”?
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________________________________________________________________________
02. Você acha que o texto transmite uma mensagem ou lição? Qual lição você acha
que Ícaro aprendeu?
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________________________________________________________________________
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ANALISANDO O TEXTO
45. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 43
03. Releia o texto, identificando as seguintes informações:
A) Quais são os personagens do texto?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
B) Onde eles estavam presos?
________________________________________________________________________
C) O que eles construíram? E como?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
D) Qual recomendação o pai deu ao filho?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
E) Por fim, o que aconteceu com Ícaro?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
04. Escreva no quadro abaixo três ações retiradas do texto relacionadas às profissões.
Uma dica para encontrar as ações é pensar nos verbos que o texto traz!
1- ____________________________________________________________
2- ____________________________________________________________
3- ____________________________________________________________
46. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 44
05. Observe os quadrinhos a seguir.
A) O que o guarda faz?
________________________________________________________________________
B) O que faz o pedreiro?
________________________________________________________________________
06. Circule os verbos das frases a seguir:
A) Felipe caiu da goiabeira.
B) A bailarina dança feliz.
C) O motorista ligou o carro.
D) Ana Paula abriu o livro.
07. Pesquise sobre histórias mitológicas, produza uma história em quadrinho com a
história que você mais gostou.
As palavras ‘constrói’ e ‘apita’ indicam as ações de apitar e construir.
Você viu que descobrimos as ações perguntando:
O que faz? O que fez? O que fará?
A palavra que indica ação, isto é, o que alguém faz, o que acontece, chama-se
VERBO.
SUA VEZ DE ESCREVER
47. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 45
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
A I IDAD 1 “Sonho de criança”.
Agrupamento Poesia
Gênero
trabalhado
Canção
Eixo/ Habilidade
1.24. Declamar poemas memorizados com expressividade, ritmo e
melodia.
4.1.16. Ativar conhecimento prévio sobre o tema, conteúdo ou
assunto fazendo previsões, antes de sua leitura.
Descritor D6, D1
ORIENTAÇÕES:
a) Faça a predição do texto com os alunos, observe se eles já escutaram essa
música, se acham importante ter sonhos, se sonhar é importante para realizar
ações. Fale também com eles sobre as características do gênero que eles
conhecem, se eles compreendem o que é rima e ritmo.
b) Apresente a música para os alunos, peça para que eles acompanhem com a
letra.
c) Posteriormente leia a letra com os alunos e identifique os elementos do gênero.
d) Após a leitura e compreensão do gênero, apresente aos alunos como o som é
importante para compreensão de algumas palavras. Alguns sons são podem
causar dúvidas como o p/b; v/f, t/d. Trabalhe com os alunos e observe se eles
desenvolveram bem estes sons. Informe também que, em alguns casos, a
mudança sonora pode causar mudança no sentido da palavra.
ATIVIDADE 2 – Sonhar e fazer acontecer.
Agrupamento Expor
Gênero trabalhado Relato pessoal
Eixo/ Habilidade
3.36 Manter o esquema textual relato: o que, onde, quem, como,
quando e o porquê (controlando o grau de informatividade de
acordo com as exigências do gênero.).
3.46 Relatar acontecimentos, sentimentos e situações vividas.
Descritor D21, D22, D23
ORIENTAÇÕES:
a) Faça a predição do texto com os alunos, é importante salientar como os sonhos
podem se realizar através de um trabalho árduo. Apresente também
características do gênero relato.
b) Peça para que falem, brevemente, sobre os seus sonhos. Saliente neste passo
que, posteriormente, eles criarão um relato com seus sonhos e, por isso, é
importante que já comecem a realizar um planejamento.
c) Continue apresentando os sons, foque nos bilabiais p/b e dê atenção também
para os dígrafos RR, SS, LH, NH.
d) Peça para que os alunos façam um rascunho dos relatos em seus cadernos.
Fique atento aos alunos, perceba se estão desenvolvendo bem a questão
estrutural do texto, como paragrafação e pontuação. Antes de pedir que eles
produzam, apresente estas estruturas textuais.
48. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 46
ATIVIDADE 3 – Fábula sonho de Caramelo.
Agrupamento Narrar
Gênero trabalhado Fábula
Eixo/ Habilidade
4.1.33 Identificar a sequência cronológica de eventos em
narrativas (conto, lendas, fábulas, etc.) e relatos (notícias e
reportagens).
Descritor D23, D21, D23
ORIENTAÇÕES:
a) Faça a predição do texto com as perguntas propostas, pergunte quais outras
fábulas eles conhecem. Apresente os elementos do gênero fábula, como ele se
evidencia. Caso os alunos não tenham tido contato com o gênero, fazer
explanação acerca dele e trazer outros textos.
b) Leia o texto com os alunos, posteriormente, peça que identifiquem os
personagens, o tema, o tipo de narrador etc.
c) Reitere com eles as regras de uso do P e B, bem como os sons al, el e il.
d) Reapresente o gênero fábula exposto no início da aula, peça para que eles se
concentrem no animal de estimação e pensem nele como um ser característico
das fábulas, que fala, pensa e sente. Peça que produzam um rascunho de uma
fábula e, neste texto, foquem na pontuação e nos elementos ortográficos já
trabalhados em sala.
ATIVIDADE 4 – A origem dos sonhos.
Agrupamento Narrar
Gênero trabalhado Lenda
Eixo/ Habilidade
4.1.33 Identificar a sequência cronológica de eventos em
narrativas (conto, lendas, fábulas, etc.) e relatos (notícias e
reportagens).
Descritor D 20 D23, D21, D23
ORIENTAÇÕES:
a) Faça a predição do texto com as perguntas propostas. Pergunte como eles
acham que os sonhos surgem, se eles conhecem histórias sobre a origem dos
sonhos, caso eles conheçam, é muito importante que eles apresentem as
histórias para os colegas. Traga também a definição científica para os sonhos.
b) Reitere com eles as regras de uso do P e B, bem como os sons como o al, el e il.
c) Reapresente o gênero lenda exposto no início da aula, peça para que eles
apresentem lendas conhecidas em suas comunidades. Saliente a importância
das lendas para dar continuidade aos costumes e a cultura de um povo.
Atividade 5 – O sonho do beija Flor
Agrupamento Narrar
Gênero trabalhado Fábula
Eixo/ Habilidade
4.2.11. Ler oralmente e em hesitações, textos curtos e de
complexidade média (narrativas, notas de imprensa...) atentando
para os sinais de pontuação no final de frases, após leitura
49. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 47
silenciosa e preparação prévia.
Descritor D21, D22, D23
ORIENTAÇÕES:
a) Faça a predição do texto com os alunos, comente com eles exemplos de fábulas
conhecidas como Bambi, Chapeuzinho vermelho etc.
b) Antes da leitura, divida a turma em personagens e narradores. Peça que eles
fiquem atentos quando iniciar a fala dos personagens.
c) Continue apresentando os sons, foque nos bilabiais p/b e dê atenção também
aos dígrafos RR, SS, LH, NH.
d) Peça para que os alunos façam um rascunho dos relatos em seus cadernos.
Fique atento e perceba se os alunos estão desenvolvendo bem a questão
estrutural do texto, como paragrafação e pontuação. Antes de pedir que eles
produzam o texto, saliente as características da sua estrutura.
ATIVIDADE 6 – O que? Que eu vou ser?
Agrupamento Poesia
Gênero trabalhado Poema
Eixo/ Habilidade
1.24. Declamar poemas memorizados com expressividade, ritmo
e melodia.
4.1.32 Identificar sentimentos de personagens e motivações de
suas ações.
Descritor D1,D6
ORIENTAÇÕES:
a) Faça a predição do texto com as perguntas propostas, apresente para os alunos
a necessidade de realizar planos e ações para concretizar os sonhos.
b) Leia o texto com os alunos, posteriormente, identifique junto com eles as rimas
presentes, os versos e as estrofes. Compare o gênero poema com o gênero
música, já apresentado neste caderno.
c) Apresente também o conceito de substantivos próprios e comuns. Relacione o
nome das crianças e suas profissões, como exemplos para os conceitos
apresentados.
ATIVIDADE 7 – Sonho de boleiro
Agrupamento Relatar
Gênero trabalhado Relato de experiência
Eixo/ Habilidade
4.1.1 Extrair informações e dados sobre textos em função dos
propósitos da leitura ou dos objetivos dos gêneros textuais.
4.1.14Identificar evidências (argumentos e justificativas)
utilizadas pelo autor para defender posições.
Descritor D23 D22 D21
ORIENTAÇÕES:
a) Faça a predição do texto com as perguntas propostas, pergunte se eles
acompanham futebol e se sonham em serem jogadores, ou ainda, se conhecem
alguém que tenha este sonho. Observe com eles o título da narrativa e apresente
também o conceito de neologismo. Vocês podem criar juntos neologismos para
as profissões que eles sonham exercer.
50. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 48
b) Leia o texto com os alunos e, posteriormente, peça que eles identifiquem os
personagens, o tema, o tipo de narrador etc.
c) Apresente ou reitere o conceito de adjetivos para os estudantes.
ATIVIDADE 8 – Sonho de Ícaro
Agrupamento Narrar
Gênero trabalhado Conto
Eixo/ Habilidade
4.1.4. Distinguir fala de personagens de enunciados do narrador
4.1.18. Identificar o objetivo do texto.
Descritor D23 D22 D21
ORIENTAÇÕES:
a) Faça a predição do texto com as perguntas propostas. Converse com os alunos,
conscientizando que, apesar do sonho ser muito importante para vida, é
importante também que eles escutem os conselhos.
b) Leia o texto com os alunos, posteriormente, relacione-o com o texto “A origem do
sonho”. Peça que eles identifiquem os personagens, o tema, o tipo de narrador
etc.
c) Reitere os elementos presentes nas narrativas e como são importantes para a
produção e compreensão de texto.
51. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 49
AVALIAÇÃO DO CADERNO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS - 2019
LÍNGUA PORTUGUESA - 3º ANO
De acordo com a escala crescente de 1 a 5, marque um (x) no valor que melhor expressa sua
avaliação, sendo: 1 (Não atende), 2 (Insuficiente), 3 (Suficiente), 4 (Muito bom) e 5 (Excelente).
MARQUE UMA OPÇÃO
1 2 3 4 5
Quanto à Rotina:
A proposta das rotinas é exequível?
A organização dos tempos é adequada à turma?
A rotina garante a qualidade do tempo pedagógico?
A rotina sugerida oportuniza e consolida as habilidades referentes à área
da Língua Portuguesa?
Quanto às Atividades Dirigidas:
As atividades são condizentes com a experiência vivida pelos alunos?
Os enunciados são de fácil interpretação?
As atividades colocam o aluno como protagonista do processo de
aprendizagem?
As atividades e os jogos contemplam tanto o desenvolvimento individual,
quanto o desenvolvimento coletivo?
Há atividades que contemplam as habilidades dos eixos da Proposta
Curricular (Oralidade, Sistema de Escrita, Leitura e Produção Textual)?
As atividades possibilitam um olhar multidisciplinar?
Quanto às Orientações Metodológicas do Professor:
O conteúdo está de acordo com a Proposta Curricular de Língua
Portuguesa?
As orientações metodológicas trazem propostas interessantes de
abordagem do conteúdo?
O referencial teórico sugerido é compatível com a demanda de
professores do 5° ano do fundamental?
A metodologia utilizada para a apresentação do conteúdo desperta o
interesse do aluno?
A metodologia utilizada para a apresentação das atividades é adequada
para a faixa etária?
Este espaço é para você se manifestar com sugestões, críticas, elogios, etc.
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______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Obrigado pela parceria!
52. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 50
REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Base Curricular
Comum. Brasília: MEC, 2017.
______. Proposta Curricular de Língua Portuguesa Estado do Ceará. Fortaleza: Secretaria da
Educação, 2014.
______. Sistema de Avaliação da Educação Básica – Documento de Referência. Ministério da
Educação. INEP, 2018. Disponível em:
http://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2018/documentos/saeb_documentos_de_refer
encia_versao_1.0.pdf
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Trad. Maria Ermantina Galvão G. Pereira. 3.ed.
São Paulo: Martins Fontes, 2000.
________. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1997. BRONCKART, Jean-
Paul. Atividade de linguagem, textos e discurso: por um interacionismo sócio-discursivo. Trad.
Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. São Paulo: Educ, 1997/1999.
GUIMARÃES, Elisa. Dimensões do texto e do discurso. In: AQUINO, Zilda Gaspar Oliveira de;
GONÇALVES-SEGUNDO, Paulo Roberto (Orgs.). Estudos do discurso: caminhos e tendências.
São Paulo: Editora Paulistana, 2016. 185p. ISBN 978-85-99829-77-6. Acessível em:
http://cied.fflch.usp.br/.
KOCH, Ingedore. G.Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola.
2008.
________. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2001.
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Trad. Roxane Rojo e
Glaís Sales Cordeiro. São Paulo: Mercado das Letras, 2004.
TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º
graus. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1997.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1999a.
________.Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1999b.
WACHOWICZ, Teresa Cristina. Análise linguística nos gêneros textuais. Curitiba: Ibpex. 2010.
COUTINHO, Marília de Lucena. Psicogênese da língua escrita: O que é? Como intervir em cada
uma das hipóteses? Uma conversa entre professores. In: GALVÃO, Andrea et al. Alfabetização
apropriação do sistema de escrita alfabética. Ministério da educação. CEEL. Brasília, 2005.
Disponível em: <http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/20.pdf>. Acesso:
15.mar 2019.
53. Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental - 51
LINKS
Introdução: https://www.youtube.com/watch?v=gjsIbe-FD-I
Dialogismo: https://www.youtube.com/watch?v=D3Cu0e_cTz0
Concepções de linguagem e ensino: https://www.youtube.com/watch?v=JUrY60mK2g8
Série Personalidades Parábola Editorial: Luiz Antônio Marcuschi -
https://www.youtube.com/watch?v=wfDu4IGVjlE
Fala e Escrita - Parte 01: Luiz Antônio Marcuschi -
https://www.youtube.com/watch?v=XOzoVHyiDew
Fala e Escrita - Parte 02: Luiz Antônio Marcuschi - https://www.youtube.com/watch?v=6y9xK-
9bbcw
Fala e Escrita - Parte 03: Luiz Antônio Marcuschi -
https://www.youtube.com/watch?v=UqSfGyR1ERA
Entrevista com Joaquim Dolz, um estudioso dos gêneros textuais - Jornal Futura - Canal Futura -
https://www.youtube.com/watch?v=c2bD4bDnZJY
Gêneros textuais: animação - https://www.youtube.com/watch?v=OQPw-xUK_tk
Produção de textos na escola - parte 1 - https://www.youtube.com/watch?v=rs0bot3bkeo
Produção de textos na escola - parte 2 - https://www.youtube.com/watch?v=-d6qr5flqua
Produção de textos na escola - parte 3 - https://www.youtube.com/watch?v=-d6qr5flqua
55. 47
Oque geralmente acontecia quando as crianças entravam para
a escola? Nas séries iniciais, elas eram submetidas a inúmeras ativida-
des de preparação para a escrita, principalmente cópia ou ditado de
palavras que já foram memorizadas. Primeiro elas copiavam sílabas,
depois palavras e frases e só mais tarde eram solicitadas a produzir
escritas de forma autônoma. Atividades como essas só aconteciam (e
ainda acontecem!) na escola, porque no dia-a-dia as pessoas aprendem
de outro modo: fazendo, errando, tentando novamente até acertar.
A concepção tradicional de alfabetização priorizava o domínio
da técnica de escrever, não importando propriamente o conteúdo. Era
comum as crianças terem de copiar escritos que não faziam para elas
o menor sentido: “O boi bebe”, “Ivo viu a uva” e tantas outras sem
sentido, mas sempre presente em cartilhas e nos textos artificializa-
dos criados com o único objetivo de “ensinar a ler e escrever”, pois
se acreditava que se aprendia a ler e a escrever memorizando sons,
sílabas e letras. Tudo que era produzido pelos alunos precisava ser
controlado: os aprendizes não eram autorizados a produzir livremente
Psicogênese da língua escrita:
O que é? Como intervir em cada
uma das hipóteses?
Uma conversa entre professores
Marília de Lucena Coutinho
56. 48
e, para escrever qualquer palavra, era preciso que primeiro as crianças
conhecessem as letras e famílias silábicas necessárias para escrevê-las.
Era muito comum as crianças afirmarem coisas como: “Não pos-
so ler (ou escrever) esta palavra porque minha professora ainda não
ensinou esta letra”. Além disso, escritas espontâneas não eram per-
mitidas, uma vez que as crianças deveriam escrever exclusivamente
para acertar, sem nenhuma intenção de refletir sobre a escrita. Toda a
produção deveria ser constantemente corrigida.
Os aprendizes não se lançarão ao desafio de escrever se houver
a expectativa de que produzam textos escritos de forma totalmente
convencional, exatamente porque no início da alfabetização isso ain-
da não é possível.
Ferreiro e Teberosky (1979) apontam que, tradicionalmente, o
problema da alfabetização tem sido exposto como uma questão de
método, e a preocupação seria a de buscar o “melhor e mais eficaz
método para ensinar a ler e escrever”. Como discutido no capítulo
anterior, convivemos durante várias décadas (e talvez ainda hoje no
espaço de muitas escolas) com três tipos fundamentais de métodos:
os sintéticos (que centravam a intervenção didática no ensino das
partes menores para depois partir para as unidades maiores), os ana-
líticos (que centravam o ensino na memorização de unidades maiores
para depois chegar às unidades menores) e os analítico-sintéticos
(que conduziam atividades de análise e síntese das unidades maiores
e menores no mesmo período letivo). Embora houvesse divergência
entre os três, ambos percebiam a aprendizagem do sistema de escrita
alfabética como uma questão mecânica, a aquisição de uma técnica
para a realização do deciframento.Aescrita era concebida como uma
transcrição gráfica da linguagem oral (codificação), e a leitura, como
uma associação de respostas sonoras a estímulos gráficos, uma trans-
formação do escrito em som (decodificação). Essas práticas de ensi-
no da língua escrita pressupunham uma relação quase que direta com
o oral; as progressões clássicas, começando pelas vogais, depois
combinações com consoantes, até chegar à formação das primeiras
palavras por duplicação dessas sílabas, “era” o que podemos chamar
de processo ideal para se alfabetizar.
57. 49
As autoras supracitadas também apontam que, nas décadas de
1960/1970, surgiram mudanças significativas no que concernia à ma-
neira de compreender os processos de aquisição/construção do co-
nhecimento e da linguagem na criança. Foi nessa época que se pas-
sou a considerar que a escrita era uma maneira particular de “notar”
a linguagem e que o sujeito em processo de alfabetização já possuía
considerável conhecimento de sua língua materna. Até então, a al-
fabetização muito pouco tinha a ver com as experiências de vida e
de linguagem das crianças, estando essencialmente baseada na re-
petição, memorização e era tida apenas como objeto de conheci-
mento na escola.
Para aprender a escrever, é fundamental que o aluno tenha mui-
tas oportunidades de fazê-lo, mesmo antes de saber grafar correta-
mente as palavras: quanto mais fizer isso, mais aprenderá sobre o
funcionamento da escrita.
A oportunidade de escrever quando ainda não se sabe permite
que a criança confronte hipóteses sobre a escrita e pense em como
ela se organiza, o que representa, para que serve. Mesmo quando as
crianças ainda não sabem escrever convencionalmente, elas já apre-
sentam hipóteses sobre como fazê-lo.
Aqui no Brasil, a teoria do conhecimento empirista dominou (e
em muitas situações ainda continua dominando, já que pesquisas
têm evidenciado que muitos professores alfabetizadores ainda traba-
lham com as mesmas cartilhas que usavam antes das versões mais
“modernizadas” surgidas com o advento do PNLD1
) tudo o que se fez
em alfabetização até a publicação do livro Psicogênese da língua
escrita(FERREIROeTEBEROSKY,1979).Ateoriaempiristaconside-
ra que os alunos chegam à escola todos iguais e completamente igno-
rantes, no que se refere à escrita, e que bastaria ensinar quais letras
1
O Programa Nacional do Livro Didático é uma iniciativa do MEC, e seus
objetivos básicos são a aquisição e distribuição, universal e gratuita de livros
didáticos para os alunos das escolas públicas do ensino fundamental. Desde 1995,
esse objetivo foi ampliado, e o PNLD passou, também, a avaliar os livros
didáticos inscritos no programa. Em 1996, foi publicado o 1º Guia do Livro
Didático, que contém pareceres e recomendações sobre os livros inscritos.
58. 50
correspondem a quais segmentos sonoros para que eles compreen-
dessem o modo de funcionamento do sistema alfabético.
Contrariando os fundamentos empiristas dos “métodos de alfa-
betização”, que viam o aprendizado da leitura e da escrita como um
processo de associação entre grafemas e fonemas, no qual a criança
evoluiria por receber e “fixar” informações transmitidas pelos adultos,
Ferreiro e Teberosky (op.cit.) demonstraram que as crianças formu-
lam uma série de idéias próprias sobre a escrita alfabética, enquanto
aprendem a ler e a escrever. Considerando que a escrita não é um
código, mas um sistema notacional, as autoras observaram que o
aprendiz, no processo de apropriação do sistema de escrita alfabéti-
ca, formula respostas para duas questões básicas: I) o que a escrita
nota (significado das palavras? O significante?); II) como a escrita
alfabética cria notações? (Utilizando símbolos quaisquer ou conven-
cionados? Empregando símbolos para representar sons das palavras?
Ao nível da sílaba ou do fonema? etc.)2
Segundo Teberosky e Colomer (2003), os diversos trabalhos
resultantes daquela linha teórica evidenciaram que:
• As crianças, antes de poderem ler e escrever sozinhas e con-
vencionalmente, formulam uma série de idéias próprias ou hi-
póteses, atribuindo aos símbolos da escrita alfabética signifi-
cados bastante distintos dos que lhes transmitem os adultos
que as alfabetizam;
• As hipóteses elaboradas pela criança seguem uma ordem de
evolução em que, a princípio, não se estabelece uma relação
entre as formas gráficas da escrita e os significantes das pala-
vras (hipótese pré-silábica). Em seguida a criança constrói hi-
póteses de fonetização da escrita, inicialmente, relacionando
os símbolos gráficos às sílabas orais das palavras (hipótese
2
Na realidade, o emprego do termo “notação” por Ferreiro e demais adeptos da
psicogênese da escrita é mais recente. Antes se referiam a “representações”,
no lugar de “notações”. Fazemos noutro trabalho (MORAIS, 1995) uma dis-
cussão conceitual sobre a adequação de usar-se os termos “notação”, “notaci-
onal” e “notar” para nos referirmos ao aprendizado da escrita alfabética.
59. 51
silábica) e finalmente compreende que as letras representam
unidades menores que as sílabas: os fonemas da língua (hipó-
tese alfabética). Entre esses dois momentos, haveria um perío-
do de transição (hipótese silábico-alfabética)3
.
Esse processo de evolução conceitual se dá entre crianças de
diferentes classes sociais, e a possibilidade de vivenciá-lo ou o ritmo
em que ocorre estariam provavelmente relacionados ao maior/menor
contato que os aprendizes têm com a língua escrita na escola e em seu
meio e à possibilidade de vivenciarem situações em que essa é empre-
gada socialmente.
Para saber o que pensa o aprendiz sobre o sistema de escrita, é
preciso solicitar que ele escreva palavras, frases ou textos que não
lhe foram ensinados previamente e pedir que ele os leia logo depois
de grafá-los. Pesquisas transversais e longitudinais (FERREIRO, 1988;
GÓMEZ PALÁCIO, 1982) mostram que essas produções escritas têm
evolução perfeitamente previsível e que, para a maioria dos autores e
pesquisadores, se organizam em quatro hipóteses ou níveis. Descre-
veremos cada um desses níveis, buscando partir da etapa mais inicial
das hipóteses de escrita (nível pré-silábico) até a mais avançada (ní-
vel alfabético), quando os alunos já conseguem compreender os prin-
cípios que baseiam a escrita alfabética. Buscaremos, em cada nível,
abordar: (1) as hipóteses que os alunos já construíram; (2) os conhe-
cimentos que ainda precisam ser construídos; (3) como o professor,
de posse dos dados apontados por seus alunos, pode intervir, orga-
nizando seu planejamento e lançando desafios para que o aluno pas-
se para outro nível; (4) sugestões de atividades adequadas às hipóte-
ses de escrita apontadas pelos alunos.
Para tal análise, baseamo-nos em um conjunto de diagnósticos
de escrita colhidos entre crianças com idades que variam entre 5 e 6
anos. Solicitamos que as crianças escrevessem determinadas palavras
3
Estudos realizados no Brasil (CARRAHER; REGO, 1984; GROSSI, 1986,1987;
MORAIS; LIMA, 1989) encontraram resultados semelhantes, quanto aos es-
tágios conceituais que a criança vive enquanto aprende a ler e a escrever.
60. 52
(boi, formiga, gato, cavalo, elefante, sapo, perereca e rã, e alguns
alunos escreveram essas nove palavras e mais a palavra banana) e
que as lessem, apontando com seus dedinhos cada um dos pedaços
lido. Tais palavras foram escolhidas em função de alguns critérios: a)
todas faziam parte do mesmo campo semântico (animais); b) as duas
primeiras (boi e formiga) possibilitariam que pudéssemos perceber
como os alunos haviam avançado no que se refere ao realismo nomi-
nal; c) algumas palavras (como gato e sapo) poderiam estar estabili-
zadas, mas também possuíam o mesmo conjunto de vogais e isso
serviria para observarmos como as crianças, nos níveis silábico e
silábico-alfabético, estavam grafando-as; d) selecionamos palavras
monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas para analisarmos
como os alunos grafavam palavras com sílabas diferentes e, por fim,
e) solicitamos que apenas o silábico-qualitativo grafasse banana para
analisarmos como ele estava representando as sílabas que possuem
letras repetidas.
Para facilitar a compreensão, optamos por primeiro apresentar
a hipótese que o aprendiz possui em cada um dos níveis e só, pos-
teriormente, discutiremos os protocolos de escrita, já que assim acre-
ditamos que o leitor terá mais subsídios para analisar e compreen-
der as escritas infantis.
Nível pré-silábico e suas hipóteses
Neste nível, as crianças possuem hipóteses bastante elemen-
tares sobre a escrita. Em uma etapa inicial, os alunos consideram que
escrever é a mesma coisa que desenhar. Sendo assim, em muitas situ-
ações, se solicitarmos que um aluno escreva determinada palavra
(como bola, por exemplo), será muito provável que ele desenhe uma
bola, acreditando que ali está escrita a palavra.
Nesta fase, as crianças têm dificuldades em diferenciar letras e
números e muitas vezes “escrevem” usando desenhos, rabiscos, gara-
tujas, pseudoletras, números ou alguns desses elementos misturados.
Os alunos também acreditam que só é possível escrever nomes
de objetos porque para eles a escrita serve para nomear as coisas.
61. 53
Ações (como pular, correr, etc.) e sentimentos (amor, carinho, tristeza,
entre outros) não podem ser escritos.
Para os alunos, a escrita é uma representação direta do objeto;
eles ainda não conseguiram perceber que o que a escrita representa
(nota) no papel são os sons da fala. As crianças têm tendência a
acreditar que se escreve guardando as características do objeto a ser
escrito. Logo, se a criança é solicitada a escrever a palavra BOI, pro-
vavelmente ela o fará utilizando muitas letras, porque o boi é um
animal grande e, na concepção do aprendiz, essa característica preci-
sa ser grafada. Esse fenômeno é denominado de realismo nominal.
Vejamos como Thales escreveu as palavras que nós ditamos:
Como podemos observar, a
escrita de Thales (6 anos)
refere-se à hipótese pré-si-
lábica. O aluno não faz cor-
respondência entre escrita e
pauta sonora nem no eixo
da quantidade, pois o núme-
ro de letras não equivale ao
número de sílabas nem de
fonemas, nem no eixo da
qualidade, uma vez que as
letras escolhidas não corres-
pondemaosfonemasqueele
precisaria representar.
62. 54
Nós já pudemos discutir quais os conhecimentos construídos
pelos alunos na hipótese pré-silábica. No entanto, para que o profes-
sor possa organizar sua prática de alfabetização de forma a ajudar os
alunos a avançar, precisamos também destacar quais conhecimentos
necessitam ser construídos. Assim, em seu trabalho pedagógico, ele
pode organizar atividades que levem em conta esses conhecimentos.
O principal desafio para este nível é auxiliar os alunos a perceber
que a escrita representa os sons das fala, e não os objetos em si com
suas características. Para tal, atividades de análise fonológica, em
que os alunos serão desafiados a perceber que palavras que come-
çam (aliteração) ou terminam com o mesmo som (rima) têm a tendência
a ser escritas com o mesmo grupo de sílabas ou letras. A exploração
oral, mas, sobretudo, escrita de poemas, trava-línguas, parlendas e
outros textos que possibilitem a exploração de sons iniciais e finais
são bastante interessantes nesta fase.
O trabalho com palavras estáveis, como os nomes dos alunos da
turma, também pode auxiliar na percepção de que partes iguais se escre-
vem de forma semelhante, e partes (sílabas ou letras) presentes no nome
de um aluno também podem ser encontradas nos nomes de outros cole-
gas. Além das palavras estáveis, a exploração de textos conhecidos de
memóriaajudaránaconstruçãodabasealfabética,uma vez que, aolerem
textos de cor, as crianças podem ajustar a pauta sonora à pauta escrita e,
assim, podem perceber que eles lêem o que está grafado no papel.
Consideramos fundamental destacar que não estamos aqui de-
sejando criar “uma metodologia” para ser implementada em cada nível
de escrita. Nosso desejo é o de refletir, juntamente com o professor,
sobre os conhecimentos de cada um dos níveis e de criar um trabalho
sistemático de reflexão sobre a escrita.
Nível silábico e suas hipóteses
Neste nível, o primeiro dos desafios (entender o que a escrita
nota) já foi vencido, porque os alunos começam a perceber que a
escrita está relacionada com a pauta sonora da palavra. No entanto,
eles desenvolveram a hipótese de que a quantidade de letras a ser
63. 55
grafada corresponde à quantidade de segmentos silábicos pronuncia-
dos. Sendo assim, quando desejam escrever, os alunos o fazem utili-
zando uma letra para cada sílaba presente na palavra. Logo, se o
aluno deseja escrever uma palavra que possui três sílabas (como, por
exemplo, martelo), muito provavelmente ele o fará colocando uma
letra para cada uma das sílaba: PFV ou, em um nível mais avançado,
AEO, grafando as vogais e ou consoantes presentes na palavra.
Nesta fase, os alunos podem, inicialmente, preocupar-se apenas
comoaspectoquantitativo,marcandoumaletraqualquerpararepresen-
tar cada sílaba da palavra, o que corresponde a um estágio silábico de
quantidade. À medida que começam a utilizar, na escrita das sílabas das
palavras, letras que possuem uma correspondência com os sons repre-
sentados,elesentramnafasesilábicadequalidade.SegundoLeal (2004),
é possível que alguns alunos, ao ingressar na hipótese silábica, já o
façam através de uma análise qualitativa (silábico de qualidade).
À medida que passam a escrever um grafema para cada sílaba,
os alunos começam a vivenciar alguns conflitos e vão criando novas
hipóteses, como a de que existe uma quantidade mínima de letras para
escrever. Nesse caso, palavras monossílabas e dissílabas precisariam
ser escritas com, no mínimo, três letras.
É importante analisarmos o que pode se passar na cabeça de
uma criança que está nesta hipótese de escrita, mas que está sendo
alfabetizada através de um método tradicional, no qual primeiro ela
precisa aprender as vogais e suas junções para apenas posteriormen-
te escrever palavras. O aluno terá dificuldades em compreender a
escrita de palavras comumente usadas como “oi”, “eu”, “ui” simples-
mente porque para ele não existem palavras com essa quantidade de
letras. Explorar essas junções no intuito de fazer os alunos avança-
rem será de pouca valia, exatamente porque nesta hipótese os alunos
não percebem essas escritas como sendo palavras.
Além de acreditarem na necessidade de uso mínimo de duas, três
ou até mesmo quatro letras4
, os alunos passam a desenvolver uma
4
Temos observado que algumas crianças acreditam que, para escrever uma pala-
vra, precisamos, no mínimo, de duas letras, enquanto outras chegam a acredi-
tar que o mínimo é três ou até mesmo quatro letras. Nesses casos, a identifica-
ção da hipótese silábica fica clara apenas na escrita de palavras maiores.
64. 56
hipótese relacionada com a variedade de letras, acreditando que uma
mesma palavra não pode ser escrita com letras repetidas escritas de
formaseqüenciada,ecomeçamaconsiderarumanovaexigênciaqualita-
tiva em relação à grafia dos sons das palavras. Eles vivenciam, assim,
doisconflitos:aimpossibilidadedesefazerregistrosiguaisparapalavras
diferentes e de se escrever, com apenas duas letras, as palavras dissíla-
bas, e, com uma letra, as palavras monossílabas. A seguir, apresentare-
mos exemplos de escritas no nível silábico quantitativo e qualitativo:
Hipótese quantitativa5
:
Vejamos ainda dois outros exemplos de escrita no nível silábico.
No entanto, desta vez, os alunos descritos apresentam uma hipótese
um pouco mais avançada encontrando-se numa hipótese qualitativa.
Como podemos perceber, no
momento de escrita das pala-
vras, a aluna Lucilene utilizou
uma letra para representar cada
sílaba da palavra.
No caso das palavras que tem
apenas uma sílaba (as palavras
ditadas foram sol e mar) ela op-
tou por usar duas letras, pro-
vavelmente por considerar que
não é possível escrever pala-
vras com uma única letra. No
momento da leitura, no entan-
to, ela divide as palavras em
sílabas (SO – U / MA - RÉ).
5
O protocolo de escrita usado para exemplificar a hipótese silábica quantitativa
não faz parte da mesma coletânea usada para os outros exemplos, pois não
havia, na época, criança neste nível. Assim, analisamos a escrita de Lucilene, que
era aluna de escola pública.
65. 57
Hipótese qualitativa:
Em um segundo exemplo, iremos analisar a hipótese de escrita
de Raphael, que, embora estivesse silábico-qualitativo na escrita, apre-
sentou desempenho bastante diferente na leitura.
Pedro Lukas (6 anos) possui uma
hipótese de escrita silábico-qualita-
tiva. Observemos que, para grafar as
palavras sugeridas, ele usou, no ge-
ral, uma letra para cada sílaba, como
também se preocupou em utilizar
uma letra que se adequasse ao som
por ele escutado.
Consideramos importante destacar
que, no momento da escrita e pos-
teriormentenaleituradaspalavras,o
aluno apresentou dificuldades para
compreender o que ele havia escrito.
No exemplo da palavra BOI, grafada
como OIAI, Pedro Lukas escreveu
inicialmente apenas OI, usando uma
letraparacadaumadassílabasebus-
candografarcomumaletraquerepre-
sentava um dos sons da sílaba (no
caso, as vogais). No entanto, após
marcar OI, o aluno olhou para a pala-
vra e disse: “Tá faltando!” Imediata-
menteelecompletoucomasletrasAI,
afirmandoqueagoraestavacorreto.
É interessante percebermos que, no
momento da leitura, ele se deparou
comoconflitodaquantidademínima
deletras,tendodificuldadesparacum-
prir a tarefa proposta. A solução que
Pedro Lukas encontrou foi acrescen-
tar letras, embora essas mesmas não
possuíssem correspondência sonora.
66. 58
A análise do protocolo de escrita de Raphael nos faz perceber
que ele está vivendo um momento de grande conflito, já que ele já
percebeu que sua hipótese de escrita não mais responde às exigências
que lhe são colocadas, embora ele também não saiba o que fazer para
resolver esse problema. Ele possui uma hipótese de escrita silábica,
Raphael foi orientado a escrever as
mesmas palavras e mais uma (BA-
NANA).
No momento da escrita, o aluno não
apresentou dificuldades para repre-
sentarcadaumadassílabascomuma
letra. Observamos que ele faz isso
com propriedade e que, em muitas
situações, ele repetiu uma letra na
mesma palavra.
Chamou-nos atenção o momento de
leitura desta criança, pois, quando
solicitada a ler o que havia escrito,
ela soletrou as letras (vogais) e afir-
mou que ali não havia nenhuma das
palavras que ele havia sido solicita-
do a escrever.
O exemplo mais interessante refe-
re-se à escrita da palavra SAPO:
após uma primeira tentativa de es-
crita, Raphael leu e disse: “Aqui tem
A-O, não tem sapo”. Perguntei se
ele desejava escrever mais uma vez
já que ele afirmava que não havia
escrito a palavra ali, e ele repetiu a
escrita por mais duas vezes até que,
em um momento final, ele disse:
“Eu ainda não sei ler direito, tô
aprendendo”.
67. 59
mas, provavelmente por conhecer um repertório grande de letras e
saber identificar as vogais, ao ser solicitado a ler o que escreveu, ele
não reconhece a palavra escrita. Ele está, assim, muito perto de com-
preender que as sílabas são compostas, no geral, por unidades sono-
ras menores (os fonemas) e que todas elas possuem uma vogal.
Mais uma vez, na tentativa de auxiliar os alunos na re-constru-
ção de suas hipóteses, é importante que o professor possa organizar
em sua rotina de trabalho atividades que levem em conta a exploração
dos conhecimentos que os alunos precisam desenvolver para conse-
guir escrever de forma convencional.
As atividades devem ajudar os alunos a refletir que a sílaba não
é a menor unidade de uma palavra e que ela é constituída de partes
menores (os fonemas). Como os alunos já são capazes de estabelecer
vinculação sonora, uma boa atividade para auxiliá-los pode ser o
trabalho com escrita espontânea ou também por meio de ditados e
autoditados, propondo que os alunos interpretem seus escritos.
Atividades de ditado e autoditado podem e devem ser feitas,
desde que o professor tenha clareza de quais objetivos possui com
cada uma delas. O ditado pode ser uma grande fonte de exploração
da escrita, se após a realização dele o professor problematiza as
respostas dos alunos pedindo a eles que pensem sobre a forma
convencional da escrita ou remetendo-lhes (em caso de dúvida) a
palavras cuja forma lhes é conhecida, como, por exemplo, a lista dos
nomes dos colegas.
O trabalho com o nome próprio, nome dos colegas e outras
palavras estáveis ainda deve ser feito, mas os desafios deverão ser
maiores e diferentes dos propostos para os alunos do nível pré-silá-
bico. Agora, pela lista de nomes presentes na sala de aula, o profes-
sor pode propor que os alunos escrevam outras palavras que possu-
am os mesmos “pedacinhos” que aparecem nos nomes de colegas da
sala, ou mesmo, usar os nomes das crianças para ajudar os alunos a
perceber que as palavras possuem números diferentes de sílabas, e
que as sílabas, por sua vez, possuem números de letras diferentes.
Por exemplo, o nome Henrique possui 3 sílabas e 8 letras. O nome
Aída também possui 3 sílabas, mas apenas 4 letras, embora ambos