O Sistema Cantareira, principal reservatório de abastecimento de água da região metropolitana de São Paulo, está novamente em estado de alerta, operando com apenas 39,6% de sua capacidade. Isso ocorre devido à falta de chuvas e reduz a quantidade de água que pode ser retirada do manancial pela Sabesp. Além disso, há grandes perdas de água no sistema, com vazamentos representando 30% do volume produzido, o que agrava ainda mais a crise hídrica. Soluções como a captação de á
1. “ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM SÃO PAULO. JÁ VIVEMOS ESTA HISTÓRIA!”
Informativo Mensal - Volume 55
A SITUAÇÃO DOS MANANCIAIS!
Sistema Cantareira novamente em estado de alerta. Maior reservatório
de água da região metropolitana e abastece cerca de 7,5 milhões de
pessoas por dia, em agosto/18, opera em média com 39,6% de sua
capacidade.
O estado de alerta começou no domingo (29/07), após o reservatório
chegar a 39,9% de sua capacidade. Dia 02 e 03/08, com a falta de
chuvas, o nível chegou a 39,5%.
Na prática, o estado de alerta (igual ou abaixo de 40%,) reduz a
quantidade de água que a Sabesp pode retirar do manancial de 31 mil
litros por segundo para 27 mil litros por segundo. A determinação da
agência de volume máximo de água a ser retirada deve ser cumprida
sempre a partir do primeiro dia do mês seguinte.
As novas regras da operação anticrese hídrica publicada pela Agência
Nacional de Água (ANA) em 2017, determina que o sistema entra
automaticamente na faixa 3, de estado de alerta, quando fica abaixo de
40%. Acima de 40% até 59,9%, o estado é de atenção. Para ser
considerado normal, precisa chegar a 60%.
Cantareira, principal reservatório de SP, está mais uma vez em estado de
alerta
A VOZ DO TIETÊ
Desde 2005 o Instituto Navega
São Paulo tem o objetivo de
atrair a atenção da população
para o rio Tietê a partir do seu
trecho mais degradado que é a
região metropolitana de São
Paulo. Conseguimos atingir
nosso proposito por meio das
navegações monitoradas na
embarcação Almirante do Lago,
entre as pontes dos Remédios e
das Bandeiras. Agora nossa
proposta com este informativo
mensal é atrair sua atenção,
levando até você informações
sobre o nosso Tietê para que
juntos identifiquemos o que
fazer para revitalizar tão
precioso patrimônio ambiental.
DIA DO TIETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEIRAS
2. As estiagens são comuns em qualquer lugar do mundo e nem por isso a
população fica sem água potável nas torneiras. “O que está acontecendo
em São Paulo, acontece em qualquer grande metrópole do planeta. Faz
parte do ciclo hidrológico. A chuva não é a culpada. O problema é que o
sistema de abastecimento de água tem de ter a capacidade de suprir
essa variação na precipitação, e isso não ocorreu aqui”.
Em julho, a Sabesp retirou 22,19 mil litros por segundo do manancial.
Nos últimos 13 meses, a Companhia poupou 25% do que estava
autorizada a retirar do sistema. Foram economizados 245,8 bilhões de
litros do volume útil, de acordo com a empresa.
Em nota, a Sabesp também disse que é importante a população continuar a economizar água-os paulistas reduziram
em 15% o consumo de água desde 2013, segundo a empresa.
"É essencial que a população mantenha sempre os
hábitos de consumo consciente de água, evitando o
desperdício, especialmente neste período de
estiagem. A entrada de água nas represas,
principalmente a partir de abril, no Sistema
Cantareira, tem ficado muito próxima das mínimas
já registradas. Por isso é importante que os
moradores economizem água sempre."
PERDA DE ÁGUA
Cantareira perde 1 bilhão de litros de água
por dia
O Sistema Cantareira, principal manancial
que abastece a Grande São Paulo, perdeu,
em média, 1,1 bilhão de litros de água por
dia desde abril, início do período de seca.
O cálculo feito pela reportagem teve como
base dados da Sabesp, e representa a
diferença entre volume armazenado pelo
manancial entre 1º de abril e 2 de agosto.
Neste período de 124 dias, foi registrada
perda de 144 bilhões de litros. Neste número
estão incluídos consumo, transferências para outros reservatórios e também perda com vazamentos, furtos ou
fraudes.
Um dos problemas levantado por técnicos que contribui para o agravamento da crise é o desperdício de água pela
própria Sabesp, que hoje ultrapassa os 30% do volume produzido, segundo dados da Agência Reguladora de
Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp). Esse percentual de desperdício é suficiente para abastecer uma cidade
como Campinas.
O Cantareira abastece 8,24 milhões de pessoas que moram em cidades da região metropolitana de São Paulo. Trata-
se do principal manancial operado pela Sabesp, com 982 bilhões de litros de água de volume útil.
3. SOLUÇÕES EXISTEM
“A boa notícia é que temos água em condição
de ser trazida para as cidades, o problema é
que essas obras demoram muito para serem
concluídas.”
“Como por exemplo a bacia hidrográfica
localizada no Vale do Ribeira. “Lá há pouca
gente e uma quantidade enorme de água.
Não vai afetar em nada a vida dos
moradores.”
Devemos preservar e recuperar nossos
recursos hídricos!
Carta da Terra – Princípios
“Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos
naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de
proteger os direitos das pessoas.”