Este documento resume uma pesquisa sobre como estudantes pertencentes a uma comunidade quilombola constroem suas identidades raciais discursivamente, especialmente no contexto escolar. A pesquisa usa questionários, entrevistas e grupos focais com os estudantes para analisar como práticas discursivas produzem sentidos sobre identidades cambiantes atravessadas por relações de poder. Os resultados preliminares mostram que os estudantes quilombolos constroem seus projetos identitários influenciados por tais práticas discursivas.
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
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1. A CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DE IDENTIDADES DE DISCENTES
PERTENCENTES A UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA
Autora: Maria Aparecida Joana da Silva Campos
aparecidajoana31@yahoo.com.br
Universidade Federal da Paraíba-UFPB
Coautora: Marluce Pereira da Silva
marlucepereira@uol.com.br
Universidade Federal da Paraíba-UFPB
Resumo: O trabalho a ser apresentado se deriva de uma pesquisa em curso que traz como temática
a constituição de identidades negras de discentes moradores de uma comunidade remanescente de
quilombola numa cidade da Paraíba. O interesse pelo assunto originou-se ao se observar que alunos(a),
habitantes dessa comunidade, em situações do cotidiano escolar, revelavam que pouco sabiam sobre seus
antepassados e que alguns não se auto declaravam negros. Inquietações em torno desse posicionamento,
levou-nos a indagar: Como se constituem discursivamente as identidades de alunos(as) pertencentes a essa
comunidade face ao seu pertencimento racial? Com o objetivo de analisar como se constituem
discursivamente identidades desses(as) discentes ante o seu pertencimento racial, sobretudo no contexto
escolar. A investigação de natureza qualitativa e interpretativista se situa no campo da Linguística Aplicada e
adota a concepção de língua como prática social (LOPES 2006, 2003, 2002). Utilizam-se concepções da
Análise de Discurso Francesa (AD), tais como memória discursiva e interdiscurso, teorizações foucaultianas
acerca das relações de poder (FOUCAUL 1987, 1988, 1989) e teorias sociais (BAUMAN 2005), (HALL
1997), (MUNANGA & GOMES 2016). Como procedimentos metodológicos, adotam-se questionários,
entrevistas, grupos focais com os(as) discentes. Os resultados preliminares apontam que os(as) discentes
quilombolas constituem seus projetos identitários atravessados por práticas discursivas que produzem
sentidos acerca de identidades cambiantes em que se instauram relações de poder (FOUCAULT 1989).
Palavras-chave: identidade negra, relações de poder, comunidade quilombola.
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