Este documento investiga a participação de discentes negros em um curso de pós-graduação lato sensu oferecido pela Universidade Estadual de Goiás. Ele analisa a distribuição racial dos alunos, identifica o perfil dos discentes negros e quantifica o número de alunos que se autodeclaram negros. O objetivo é entender a relação entre raça e acesso à pós-graduação no curso.

1. PÓS-GRADUAÇÃO EM DOCÊNCIA E GESTÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Presentificando a interdisciplinaridade
RAÇA E PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Uma pesquisa sobre discentes negros no curso de especialização da
Universidade Estadual de Goiás - UEG Câmpus Luziânia
Bárbara Dourado Da Silva
Orientador: Prof. Dr. Jorge Manoel Adão
27 de abril de 2018

2. PROBLEMA
Como ocorre a relação entre raça e o acesso à pós-graduação lato sensu,
no curso de especialização, Docência e Gestão da Educação Superior:
Presentificando a Interdisciplinaridade, ofertado pela UEG Câmpus Luziânia?

3. OBJETIVOS
Objetivo geral - Investigar a participação de discentes negros no curso de pós-
graduação lato sensu, Docência e Gestão da Educação Superior:
Presentificando a Interdisciplinaridade da UEG Câmpus Luziânia.
Objetivos específicos - No curso de pós-graduação lato sensu, Docência e
Gestão da Educação Superior da UEG Câmpus Luziânia:
 Avaliar a distribuição racial do corpo discente;
 Identificar o perfil dos discentes negros;
 Analisar o quantitativo de discentes que se autodeclaram como negros.

4. REFERENCIAL TEÓRICO
CAPÍTULO I – CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E LEGAL
 Contextualização histórica dos negros no Brasil → Mattos (2012) e Mattoso
(2003);
 Breve contextualização legal – Lei nº 10.639 de 2003 → Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para
o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (2004) e Lei nº
10.639 (2003);
 Aspectos históricos e legais da pós-graduação lato sensu → Oliveira (1995).

5. CAPÍTULO II – ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Conceitos e saberes necessários para a discussão racial
I. Raça → Munanga (2004) e Gomes (2005);
II. Negro e negritude → Adão (2002 e 2007);
III. Identidade → Ciampa (1987) e Nascimento (2001);
IV. Ideologia do branqueamento racial → Mattos (2012);
V. Discriminação racial → Gomes (2005) e Silva (2001);
VI. Conjuntura atual: O negro e a pós-graduação → Pinto (2007) e Portaria
normativa nº 12 do MEC (2016).

6. METODOLOGIA DE PESQUISA
Quanto à abordagem:
 qualitativa (SEVERINO, 2007);
Quanto à modalidade:
 estudo de caso (YIN, 2005);
Quanto à técnica de coleta de dados:
 entrevista estruturada (SEVERINO, 2007).

7. REFERÊNCIAS
ADÃO, Jorge Manoel. O negro e a educação: movimento e política no estado do Rio Grande do Sul (1987-2001). 2002.
Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
______. Políticas públicas de ações afirmativas, educação e população negra Brasileira: abá (pensamento) a partir do
negro brasileiro diaspórico. 2007. Tese (Doutorado em Programa de Pós-Graduação em Educação) - Universidade Federal do
Rio Grande do Sul.
______. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes
e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e
Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. 2003. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm>. Acesso em: 12 abr. 2018.
______. Portaria Normativa nº 12, de 11 de maio de 2016. Regulamenta a adesão das instituições públicas e gratuitas de
educação superior ao processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada para ocupação de vagas remanescentes em cursos de
graduação - Sisu VR no segundo semestre de 2016. Ministério da Educação. Brasília. 2016. Disponível em:
<https://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/12052016-PORTARIA-NORMATIVA-13-DE-11-DE-MAIO-DE-2016-
E-PORTARIA-N-396-DE-10-DE-MAIO-DE-2016.pdf>. Acesso em: 20 set. 2017.
CIAMPA, A. C. Identidade. In S. M. Lane & W. Codo (Org.). Psicologia social, o homem em movimento. São Paulo:
Brasiliense, 1987.

8. GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve
discussão. In: Ricardo Henriques. (Org.). Educação antirracista: caminhos abertos pela Lei Federal nº. 10.639/03. Brasília:
SECAD/MEC, 2005.
MATTOS, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: Contexto, 2012.
MATTOSO, Kátia de Queirós. Ser escravo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2003.
MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. Cadernos PENESB
(Programa de Educação sobre o Negro na Sociedade Brasileira). UFF, Rio de janeiro, nº 5, 2004.
NASCIMENTO, Elisa Larkin. Sankofa: Educação e identidade afrodescendente. In: Eliane Cavalleiro. (Org.). Racismo e anti-
racismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Selo Negro, 2001.
OLIVEIRA, Fátima Bayma de. Pós-graduação, educação e mercado de trabalho. São Paulo: Papirus, 1995.
PINTO, Giselle. Gênero, raça e pós-graduação: um estudo sobre a presença de mulheres negras nos cursos de mestrado
da Universidade Federal Fluminense. Dissertação (Mestrado em Política Social) - Universidade Federal Fluminense. 2007.
Severino, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho de científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
SILVA, Maria Aparecida (Cidinha) da. Formação de educadores/as para o combate ao racismo: mais uma tarefa essencial.
In: CAVALLEIRO, Eliane dos Santos (Org.). Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola. 02. ed. São
Paulo: Summus, 2001.
YIN, Robert K. Estudo de caso – planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman. 2005.

9. “Poderia parafrasear Simone de Beauvoir, até
certo ponto e dizer: você nasce negro, a
sociedade te branqueia e você se redescobre.”
(Djamila Ribeiro)