1) Vários fatores levaram à independência da América Espanhola, incluindo influências iluministas, desejo de autonomia política e comercial, e enfraquecimento do domínio espanhol devido à ocupação napoleônica.
2) Líderes como Simón Bolívar e José de San Martín organizaram exércitos que libertaram países da América do Sul no início da década de 1820.
3) A independência política não trouxe mudanças socioeconômicas radicais, e os novos países perman
2. Contexto social
• Desde a Colonização da América Espanhola, a maior parte dos colonos
implantaram um regime duro e violento contra os nativos e os trabalhadores
trazidos de outros locais, eles viviam sob a escravidão. Os índios, os africanos
e os mestiços estavam fartos das péssimas condições de trabalho, da miséria e
da falta de dignidade humana.
• Desde o início da Colonização, cerca de 300 anos antes da independência,
sempre houveram revoltas contra essas questões internas. Neste contexto não
foi diferente e as revoltas acabaram mobilizando mais setores populares das
colônias hispânicas.
3.
4. Contexto político e econômico – Mundial e
Nacional
• Ao ass um ir o po der na Fra nça em 179 9, N apo leã o Bo nap a rte c om eçou a s e m ostra r au tor itá r io : in ic iou a
dom inação de toda a Europa e o único país que tinha poder para enf rentá-lo era a Inglaterra .
• A Ing lat er ra e ra p od eros a po r sua ec on om ia e as t ro pas f r ances as não t inh am po de r bé lico pa ra der ro tá - la ,
entã o, Nap o le ão ap e lou pa ra a q ues tão e conôm ica : dec re tou em 180 6 o B loq ue io Co nt inen ta l . Iss o s ig n if ic a va
que os dem ais país es europeus estavam proibidos de com ercializa r com a Inglaterra .
• A Esp anh a não ac e itou e po r i s s o f o i in va d id a em 180 8. O entã o re i Fe rna ndo VI I f o i de post o e o irm ão de
Napoleão, José I, f oi colocado para governar a Espanha e suas Colônias .
• As co lôn ia s res ist ira m à oc upa ção f ra nce sa, m as a co nse quê nc ia f o i o enf ra que c im ento das r e la ções de pod er
entre os espanhóis e a colônia.
• A lém d isso , os Es ta dos U n id os e Ing lat er ra t in ham g ra ndes in te ress es econ ôm icos nas co lôn ias, o qu e s ó
ser ia poss í ve l c om o f im do m ono pó lio espan ho l n a re g iã o. Ago ra , m a is do qu e nunca , a In g la te rr a prec isa va
expandir e tentar retom ar o m ercado perdido com o Bloqueio.
5.
6. Influências do Iluminismo
• Desde a Revolução Francesa novos valores surgiram em prol da igualdade e da liberdade a todo
custo. Esta revolução foi inspirada nos ideais do Iluminismo, uma corrente desenvolvida pouco antes
que questionava diretamente o pacto colonial, o poder das monarquias e o mercantilismo.
• O Iluminismo tinha como uma das principais pautas a liberdade dos povos e a queda dos regimes
políticos que promovessem o privilégio de determinadas classes sociais.
• Os Criollos eram os filhos de espanhóis nascidos na colônia e o simples fato de terem nascido em
outro território fazia com que tivessem direitos a menos que os Chapetones, aqueles que vinham
diretamente da Espanha.
• Ainda assim, os Criollos tinham mais oportunidades que as demais classes populares da colônia e
também são considerados como elite, abaixo apenas dos Chapetones. Dessa forma, tiveram acesso à
escrita, à leitura e aos ideais vindos da Europa. Foram diretamente influenciados pelo Iluminismo e
viam nele sua justificativa para ascensão.
7.
8. Antecedentes da Independência – Revoltas
• Neste contexto cheio de interesses internos e externos, logo após um enfraquecimento do
domínio da metrópole, foi inevitável que revoltas surgissem mais ainda do que antes.
• Como foi dito, as primeiras revoltas eram contra as más condições e sempre existiram. Contudo,
os ideias iluministas foram propagados pelas classes populares e somou-se a vontade de
emancipação e separação da colônia.
• Esse movimentos e revoltas populares podem ser divididos em três fases:
Movimentos precursores – 1780 a 1810
Rebeliões fracassadas – 1810 a 1816
Rebeliões vitoriosas – 1817 a 1824
9. • Embora tenham ocorrido de maneira desorganizada e intempestiva, as
primeiras ações receberam duras repressões da metrópole, pois ajudaram os
moradores das colônias a questionarem o sistema de exploração e criaram as
condições para as futuras guerras.
• Entre as principais revoltas está a liderada por Tupac Amaru II, que lutava desde
1780 pela independência do atual Peru. 60 mil índios foram mortos e Tupac foi
preso e executado.
• Com isso, novas revoltas parecidas ocorreram (1783) e foram igualmente
reprimidas na Venezuela e no Chile. O principal líder da atual Venezuela foi
Francisco de Miranda (1750-1816) que em 1806 deu os primeiros passos para a
independência.
10.
11. Causas e conquista da Independência da
América Espanhola
• É nesse momento que a mobilização ganha organização e apoio unificado. A Espanha ainda tentou
restaurar sua autoridade impondo novas medidas, mas isso só causou mais desgosto e foi o estopim
do levante final, liderado pela elite Criolla, apoiada pelas classes populares e financiada pela
Inglaterra.
• Analisando todo o cenário, podemos dizer que as causas da Independência da América Espanhola
foram: influência do Iluminismo e dos EUA, desejo de substituir o pacto colonial pelo livre comércio,
expansão do Império napoleônico que ocupou a Espanha, apoio militar do Haiti, financiamento pela
Inglaterra e repressão da metrópole.
• Os dois dos maiores líderes criollos da independência foram Simón Bolívar e José de San Martin. Um
organizou os exércitos na porção norte da América e o outro ao sul.
• Simón Bolívar (1783-1830) atuou diretamente na independência de Colômbia, Equador e Venezuela e
em troca do apoio militar fornecido pelos haitianos, se comprometeu a abolir a escravidão em todos
os territórios que conquistasse. Já a Argentina, o Chile e o Peru foram libertados por José de San
Martín (1778-1850).
• Ambos os líderes se encontraram em Guayaquil, em 27 de julho de 1822, a fim de combinar
estratégias políticas para os novos países.
12.
13. Desfecho e consequências da
Independência da América Espanhola
• Mesmo com a independência das colônias, não houve radical transformação das estruturas
socioeconômicas vivida pelas populações latino-americanas. Alguns problemas que permaneceram
foram a dependência econômica em relação às potências capitalistas e a manutenção dos privilégios
das elites locais.
• Os novos países reuniram-se no Congresso do Panamá e Simon Bolívar defendeu um projeto de
integração política-econômica entre as nações latino-americanas. Porém, os Estados Unidos e a
Inglaterra se opuseram porque ameaçava seus interesses econômicos no continente.
• Com a maioria das colônias espanholas independentes, os Estados Unidos proclamaram a Doutrina
Monroe, que tinha o lema “América para os Americanos“. Isso significava o combate às intervenções
militares dos países europeus nas nações do continente americano.
• Contudo, algumas décadas mais tarde, os próprios americanos expulsaram os espanhóis de Porto
Rico e Cuba, fazendo uma espécie de Doutrina Monroe para si próprio já que tinha interesse
econômico na área.