2. O QUE É O OCIDENTE?
Mundo ocidental, civilização ocidental ou simplesmente Ocidente (em
latim: occidens - "pôr do sol, oeste", como distinto de Oriente), é um
termo que se refere a diferentes nações, dependendo do contexto.
Não há consenso sobre a definição das semelhanças desses países,
além de terem uma população significativa de ascendência europeia e
de terem culturas e sociedades fortemente influenciadas e/ou ligadas
pela Europa.
O conceito da parte ocidental do mundo tem sua origem na
civilização greco-romana na Europa, com o advento do cristianismo.
Na Idade Moderna, a cultura ocidental tem sido fortemente
influenciada pelas tradições de movimentos como o Renascimento, a
Reforma Protestante, o iluminismo, e tem sido moldada pelo
expansivo colonialismo europeu do século XV ao XX. Seu uso político
foi temporariamente alterado por um antagonismo interno durante a
Guerra Fria, no fim do século XX (1947-1991).
3.
4.
5. O QUE É O ÍNDICE DE
DESENVOLVIMENTO HUMANO?
IDH é a sigla para Índice de Desenvolvimento
Humano. Trata-se de uma metodologia usada
para comparar o desenvolvimento de 188 países
membros da Organização das Nações Unidas
(ONU). O índice foi criado nos anos 1990 por
dois economistas: o paquistanês Mahbub ul Haq
(falecido em 1998 e um dos fundadores da
teoria do desenvolvimento humano) e o indiano
Amartya Sen (prêmio Nobel em 1998 e professor
do departamento de economia de Harvard). O
IDH tem sido usado desde 1993 pelo Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud).
6. QUAL É O OBJETIVO DO IDH?
Como você deve saber, existem diversos
indicadores econômicos que podem
adequadamente revelar o cenário de
desenvolvimento de um país. O Produto Interno
Bruto (PIB), por exemplo, é um indicador
exaustivamente usado para medir a renda de um
país. Então por que o IDH foi criado?
A maior preocupação dos criadores do índice era
a ênfase excessiva que se dá para a dimensão
econômica quando se fala em desenvolvimento.
O crescimento econômico, apesar de considerado
indispensável, é apenas um meio para o que
realmente importa: a melhoria geral da qualidade
de vida das pessoas no mundo todo. Foi
pensando nisso que se criou um índice que leva
em conta as condições de renda, saúde e
7.
8. OS INDICADORES
Educação
Duas taxas são usadas para medir a qualidade da
educação de um país. O primeiro é a média de anos de
educação de adultos (pessoas com mais de 25 anos de
idade). O segundo é a expectativa de anos de estudo
para crianças.
Longevidade
A expectativa de vida ao nascer é utilizada para medir
a longevidade da população de um país. Esse número
leva em conta todas as mortes precoces que ocorrem
no país para chegar a uma expectativa de quantos
anos viverá um recém-nascido. Ou seja, tem relação
com fatores como as condições de saúde, a taxa de
mortalidade infantil e a violência nacionais.
Renda
O terceiro componente do IDH é determinado pela
renda per capita nacional. Para chegar à renda per
capita, você deve dividir todo a renda nacional pelo
número de habitantes de um país. Para evitar
distorções na análise, a renda per capita é medida em
dólar, considerando ainda a paridade do poder de
compra (um método que revela quanto a moeda local é
capaz de comprar no âmbito internacional,
desconsiderando o custo de vida local).
O IDH de um país é a média dos resultados dos três
índices acima, obtida após vários cálculos que não
mostraremos aqui. O índice varia de zero a um – e
quanto mais próximo de um, mais desenvolvido é o
país. O Pnud divide as nações de acordo com o
resultado do IDH, em quatro grandes grupos:
1. Desenvolvimento humano baixo;
2. Desenvolvimento humano médio;
3. Desenvolvimento humano alto;
4. Desenvolvimento humano muito alto.
9. E A DESIGUALDADE?
Uma das maiores críticas ao IDH é que ele não consegue abarcar toda a
complexidade que envolve determinar a qualidade de vida de um país. Por
exemplo: pelos critérios que mostramos acima, é possível que ditaduras
tenham um desenvolvimento humano muito maior do que algumas
democracias. A falta de liberdade não seria um fator que prejudica a
população?
Da mesma forma, a desigualdade também não é levada em conta no cálculo
tradicional do IDH. Um país pode ter uma renda extremamente concentrada
nas camadas mais ricas da população, apresentar altas taxas de pobreza e
mesmo assim ter um IDH elevado.
Foi pensando nisso que se criou o IDH ajustado pela desigualdade (IDHAD).
Desde 2010, o Pnud tem recalculado o IDH de acordo com um cálculo da
desigualdade proposto pelo economista britânico Anthony Barnes Atkinson.
O cálculo considera as desigualdades em todos os três índices usados para
compor o IDH.
10.
11. BRASIL NO IDH
O Brasil caiu cinco posições no ranking de Índice de Desenvolvimento
Humano em 2019, quando comparado ao ano anterior, ainda que seu
desempenho tenha tido uma leve melhora.
Considerando os 189 países analisados, os brasileiros aparecem
agora na posição 84, em vez da 79 - que ocupavam em 2018 após
perder uma posição no ranking. Isso apesar de o índice ter subido de
0,762 para 0,765. O resultado, porém, ainda mantém o Brasil no
grupo de países com alto desenvolvimento humano.
Mas não há motivos para grande otimismo quando é feita uma
comparação com países da América do Sul. A média brasileira é
menor do que a de Chile, Argentina, Uruguai, Peru e Colômbia. Já em
comparação com outros Brics, grupo de países emergentes do qual
faz parte, o Brasil perde para a Rússia, mas aparece à frente de China,
África do Sul e Índia.
12.
13. OS PAÍSES QUE LIDERAM O
RANKING
Os três países que lideram o ranking de Desenvolvimento Humano são europeus: em primeiro
lugar a Noruega, com Irlanda e Suíça empatadas em segundo. Veja abaixo a lista dos dez países
com os melhores índices em 2019
1. Noruega – 0,954
2. Suíça – 0,946
3. Irlanda – 0,942
4. Alemanha – 0,939
5. Hong Kong (território semiautônomo da China) – 0,939
6. Austrália – 0,938
7. Islândia – 0,938
8. Suécia – 0,937
9. Singapura – 0,935
10. Holanda – 0,933
Já os três índices mais baixos foram obtidos por países africanos: Chade, República Centro-
Africana e Níger.