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Priorização de Riscos de Pragas
Quarentenárias
Seminário Ciência e Tecnologia para a Defesa
Agropecuária, Brasília, 07-08 de dezembro de 2016
Apresentação: Marcelo Lopes da Silva
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
Ação institucional
MAPA:
Departamento de Sanidade Vegetal
Embrapa:
Diretoria Executiva de P & D
Portfólio de Sanidade Vegetal
Arranjo Quarentena
Por que priorizar pragas?
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Nem toda a praga quarentenária representa o mesmo risco
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Vigilância fitossanitária
Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento
métodos diagnósticos
mapeamento de áreas de risco
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manejo de pragas
Experiências internacionais de priorização de
pragas
Estados Unidos, União Europeia,
Nova Zelândia, Austrália
Desenvolvimento de métodos de priorização
→Floresceram a partir de 2010
→Listas de prioridades
Quais pragas seriam priorizadas?
Pragas Quarentenárias Ausentes
Indicações → especialistas em diferentes fóruns
• Programa Vigilância de Defesa Agropecuária na Faixa de Fronteira -
MAPA
• Workshop de Ameaças Fitossanitárias (2012)
• Indicações das unidades da Embrapa
• Pragas incluídas em projetos previstos Arranjo Quarentena
• Simpósio de Pragas Quarentenárias da Amazônia
• Sociedade Brasileira de Nematologia
Pragas pré-priorizadas
Etapa 1: 69 pragas → 20 pragas – julgamento de especialistas - Doodle
African Cassava Mosaic Virus (virus)
Anastrepha suspensa (Diptera: Tephritidae) (inseto)
Bactrocera dorsalis (Diptera: Tephritidae) (inseto)
Brevipalpus chilensis (ácaro)
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Cirsium arvense (planta daninha)
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(fungo)
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Etapa 2: 20 pragas → priorização – usando um método
Definição de um método de priorização
• Reunião de apresentação do Portfólio de
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DSV
• Sugestão do Método AHP pelo pesquisador
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• Estratégia de trabalho – grupo de especialistas
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AHP – Analytic Hierarchy Process
Por que foi o método escolhido?
AHP nos permite tomar decisões efetivas a respeito de questões
complexas ao simplificar e acelerar nosso processo natural de
tomada de decisão.
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A concepção da AHP
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“A maioria de nós tem problemas em lidar com
problemas comuns na sociedade que não
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dedutiva, linear, de causa e efeito.” (T. Saaty)
»Efeito da formação pessoal
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»Efeito Halo
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»Outros interesses
AHP – aplicação na priorização de pragas
Método para esmiuçar os componentes de uma situação complexa e não-
estruturada. Tais componentes (fatores, variáveis, etc) são organizados de
forma hierárquica, atribuindo-se valores numéricos aos julgamentos.
Etapas
Formulação dos critérios
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Nível 0
Nível 1
Nível 2 Nível 2
Nível 1
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Reunião de especialistas(MAPA/Embrapa) para
a realização de AHP
05-06 outubro de 2016
Embrapa Sede
 Definição e hierarquização dos critérios
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 Seleção das pragas (20)
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Formação da hierarquia – 0 e 1° níveis
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A praga é regulamentada em
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Muito
baixa
Baixa
Média
Alta
Muito
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CRITÉRIO DEFINIÇÃO ESCALA PRIORIZAÇÃO
Priorização da Entrada Priorização do estabelecimento e
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Lobesia botrana (inseto) - videira
Resultados da priorização
PRIORIDADE ALTA
(500 – 750)
Moniliophthora roreri (fungo) - cacau
Phoma exigua var. foveata (fungo) -batata
Plum Pox Virus (vírus) – pessegueiro, ameixeira
Toxotrypana curvicauda (inseto)- mamão
Xanthomonas oryzae pv. oryzae (bactéria)- arroz
Xylella fastidiosa subsp. fastidiosa (bactéria)-videira
African Cassava Mosaic Virus (Virus) - mandioca
Anastrepha suspensa (Inseto) - goiaba
Brevipalpus chilensis (ácaro) – kiwi, videira
Candidatus Phytoplasma palmae (fitoplasma)-coqueiro
Cydia pomonella (inseto) -maçã
Fusarium oxysporum f.sp. cubense (TR4) (fungo)-banana
MPRIORIDADE MUITO ALTA
(750 -1000)
Resultados da priorização
Bactrocera dorsalis (inseto) - frutíferas
Cirsium arvense (planta) – trigo, milho, aveia, soja
Dytilenchus destructor (nematoide)- milho, batata
Globodera rostochiensis (nematoide)- batata
Pantoea stewarti (bactéria) - milho
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frutíferas e tomate
Perspectivas Futuras
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“É importante ressaltar que a tomada de decisão pressupõe um
entendimento mais amplo e complexo do que o uso isolado de uma
técnica específica.
Ela pressupõe que a decisão sobre um portfólio é fruto de negociação,
de aspectos humanos e de análise estratégica em métodos como o AHP,
que favorecem e orientam a realização dos trabalhos.”
Ricardo Vargas
Prof. FGV/USP
Consultor PMI
Macrosolutions
Uma última mensagem
Equipe
Divisão de Análise de Risco de Pragas (Coordenação de Quarentena Vegetal) - DSV
Clidenor Mendes Wolney Valente
Fernanda Antinolfi Lovato
Juliana Alexandre Ribeiro (Chefe)
Mariana Teixeira Filipputti
Tiago Rodrigo Lohmann
Coordenação de Quarentena Vegetal - DSV
Fátima Maria Eugênio de Sousa Oliveira (Coordenadora)
Divisão de Prevenção, Vigilância e Controle de Pragas (Coordenação Geral de Proteção de Plantas) - DSV
Ériko Tadaschi Sedoguchi (Chefe)
Maria Júlia Signoretti Godoy
Divisão de Campanhas e Programas Fitossanitários (Coordenação Geral de Proteção de Plantas) - DSV
Ricardo Kobal Raski (Chefe)
Coordenação Geral de Proteção de Plantas - DSV
Paulo Parizzi (Coordenador)
MAPA
Portofólio de Sanidade Vegetal - DSV
Francisco Barbosa Ferraz Laranjeira (Embrapa Mandioca e Fruticultura)
Miguel Michereff Filho (Embrapa Hortaliças)
Ricardo Adaime da Silva (Embrapa Amapá)
Arranjo Quarentena
Elisângela Fidelis de Morais (Embrapa Roraima)
Marcelo Lopes da Silva (Embrapa Recursos Genéticos)
Viviane Talamini (Embrapa Tabuleiros Costeiros)
Maria Conceição Peres Young (Embrapa Meio Ambiente)
Representantes de Unidades
Eudes Carvalho (Embrapa Quarentena Vegetal)
Alexandre Freitas de Mello (Embrapa Hortaliças)
Márcio Martinello Sanches (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia)
Superintendência Federal de Agricultura / Mato Grosso
Dalci de Jesus Bagolin
Superintendência Federal de Agricultura / Lanagro / Pernambuco
Francisco Miguel de Assis Filho
Embrapa
Priorização de Riscos de Pragas
Quarentenárias
Seminário Ciência e Tecnologia para a Defesa
Agropecuária, Brasília, 07-08 de dezembro de 2016
francisco.laranjeira@embrapa.br

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Priorização de pragas quarentenárias

  • 1. Priorização de Riscos de Pragas Quarentenárias Seminário Ciência e Tecnologia para a Defesa Agropecuária, Brasília, 07-08 de dezembro de 2016 Apresentação: Marcelo Lopes da Silva Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
  • 2. Ação institucional MAPA: Departamento de Sanidade Vegetal Embrapa: Diretoria Executiva de P & D Portfólio de Sanidade Vegetal Arranjo Quarentena
  • 3. Por que priorizar pragas? Grande número de ameaças: pragas quarentenárias > 600 espécies e gêneros Nem toda a praga quarentenária representa o mesmo risco →Ações de defesa diferenciadas para cada ameaça Dimensionar esforços para busca de soluções →Pessoal técnico e recursos financeiros limitados Minimizar a subjetividade na tomada de decisão →Ferramentas para processar informações e julgamento
  • 4. Uso da priorização Planos de contingência Vigilância fitossanitária Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento métodos diagnósticos mapeamento de áreas de risco melhoramento preventivo manejo de pragas
  • 5. Experiências internacionais de priorização de pragas Estados Unidos, União Europeia, Nova Zelândia, Austrália Desenvolvimento de métodos de priorização →Floresceram a partir de 2010 →Listas de prioridades
  • 6. Quais pragas seriam priorizadas? Pragas Quarentenárias Ausentes Indicações → especialistas em diferentes fóruns • Programa Vigilância de Defesa Agropecuária na Faixa de Fronteira - MAPA • Workshop de Ameaças Fitossanitárias (2012) • Indicações das unidades da Embrapa • Pragas incluídas em projetos previstos Arranjo Quarentena • Simpósio de Pragas Quarentenárias da Amazônia • Sociedade Brasileira de Nematologia
  • 7. Pragas pré-priorizadas Etapa 1: 69 pragas → 20 pragas – julgamento de especialistas - Doodle African Cassava Mosaic Virus (virus) Anastrepha suspensa (Diptera: Tephritidae) (inseto) Bactrocera dorsalis (Diptera: Tephritidae) (inseto) Brevipalpus chilensis (ácaro) Candidatus Phytoplasma palmae (fitoplasma) Cirsium arvense (planta daninha) Cydia pomonella (inseto) Ditylenchus destructor (nematoide) Fusarium oxysporum f.sp. cubense Raça Tropical 4 (TR4) (fungo) Globodera rostochiensis (nematoide) Lobesia botrana (inseto) Moniliophthora roreri (fungo) Pantoea stewartii (bactéria) Phoma exigua var. foveata (fungo) Plum Pox Virus (vírus) Striga spp. (planta daninha) Tomato ringspot virus (vírus) Toxotrypana curvicauda (inseto) Xanthomonas oryzae pv. oryzae (bactéria) Xylella fastidiosa subsp. fastidiosa (bactéria) Etapa 2: 20 pragas → priorização – usando um método
  • 8. Definição de um método de priorização • Reunião de apresentação do Portfólio de Sanidade Vegetal e Arranjo Quarentena para o DSV • Sugestão do Método AHP pelo pesquisador Francisco Laranjeira • Estratégia de trabalho – grupo de especialistas indicaram critérios de priorização
  • 9. AHP – Analytic Hierarchy Process Por que foi o método escolhido? AHP nos permite tomar decisões efetivas a respeito de questões complexas ao simplificar e acelerar nosso processo natural de tomada de decisão. Subjetividade Inconsistência Viés no julgamento
  • 10. A concepção da AHP Thomas Saaty “A maioria de nós tem problemas em lidar com problemas comuns na sociedade que não podem ser compreendidos por uma explicação dedutiva, linear, de causa e efeito.” (T. Saaty) »Efeito da formação pessoal »Foco da atuação no momento »Efeito Halo »Barganhas »Pressão de Grupo »Outros interesses
  • 11. AHP – aplicação na priorização de pragas Método para esmiuçar os componentes de uma situação complexa e não- estruturada. Tais componentes (fatores, variáveis, etc) são organizados de forma hierárquica, atribuindo-se valores numéricos aos julgamentos. Etapas Formulação dos critérios Formação da hierarquia Comparações entre os critérios Nível 0 Nível 1 Nível 2 Nível 2 Nível 1 Nível2
  • 12. Reunião de especialistas(MAPA/Embrapa) para a realização de AHP 05-06 outubro de 2016 Embrapa Sede  Definição e hierarquização dos critérios  Dimensionamento das escalas  Comparações  Seleção das pragas (20)  Definição de pontos focais por critério
  • 13. Formação da hierarquia – 0 e 1° níveis Priorização de pragas quarentenárias ausentes Entrada Estabelecimento e dispersão Impacto estimado
  • 14. Formação da hierarquia – 2° nível Entrada Entrada Número de países fronteiriços em que ocorre Distância entre localização mais próxima e a fronteira brasileira Volume de importação de material hospedeiro/artigo regulamentado Número de países em que ocorre Número de importações de material hospedeiro/artigo regulamentado Número de continentes onde a praga ocorre
  • 15. Formação da hierarquia – 2° nível Estabelecimento/Dispersão Estabelecimento e dispersão Número de hospedeiros Adaptação climática no Brasil Percentual de microrregiões com cultivos de hospedeiros Área total das culturas hospedeiras Probabilidade de dispersão antrópica Eficência de métodos de controle (erradicação) Estimativa de distância de dispersão natural anual
  • 16. Formação da hierarquia – 2° nível Impactos estimados Impactos estimados Valor da produção anual da cultura hospedeira Expectativa de percentual de dano Número de estabelecimentos com a cultura hospedeira Número de países que regulamentam a praga Número de empregos na cadeia produtiva dos cultivos hospedeiros Potencial de contaminação por agrotóxicos
  • 17. Comparações Utilização dos recursos disponíveis no “Business Performance Management” BPMSG Análise feita online
  • 22. Critérios x escala de avaliação Número de países que regulamentam a praga Ø A priorização da praga será tanto maior quanto maior for o número de países que a regulamentam. É uma medida da possibilidade de ocorrência de barreiras ao comércio exterior. A praga não é regulamentada por nenhum país A praga é regulamentada em até dois países A praga é regulamentada em até 10 países A praga é regulamentada em até 20 países A praga é regulamentada por mais de 20 países Muito baixa Baixa Média Alta Muito alta CRITÉRIO DEFINIÇÃO ESCALA PRIORIZAÇÃO
  • 23. Priorização da Entrada Priorização do estabelecimento e dispersão Priorização Global dos riscos de pragas Priorização de impactos Hierarquia final da priorização de pragas
  • 24. PRIORIDADE MÉDIA (250-500) Resultados da priorização Lobesia botrana (inseto) - videira
  • 25. Resultados da priorização PRIORIDADE ALTA (500 – 750) Moniliophthora roreri (fungo) - cacau Phoma exigua var. foveata (fungo) -batata Plum Pox Virus (vírus) – pessegueiro, ameixeira Toxotrypana curvicauda (inseto)- mamão Xanthomonas oryzae pv. oryzae (bactéria)- arroz Xylella fastidiosa subsp. fastidiosa (bactéria)-videira African Cassava Mosaic Virus (Virus) - mandioca Anastrepha suspensa (Inseto) - goiaba Brevipalpus chilensis (ácaro) – kiwi, videira Candidatus Phytoplasma palmae (fitoplasma)-coqueiro Cydia pomonella (inseto) -maçã Fusarium oxysporum f.sp. cubense (TR4) (fungo)-banana
  • 26. MPRIORIDADE MUITO ALTA (750 -1000) Resultados da priorização Bactrocera dorsalis (inseto) - frutíferas Cirsium arvense (planta) – trigo, milho, aveia, soja Dytilenchus destructor (nematoide)- milho, batata Globodera rostochiensis (nematoide)- batata Pantoea stewarti (bactéria) - milho Striga spp. (planta) – milho, caupi Tomato ringspot vírus (vírus) frutíferas e tomate
  • 27. Perspectivas Futuras Uso do processo e dos resultados Publicação do processo Revisão periódica
  • 28. “É importante ressaltar que a tomada de decisão pressupõe um entendimento mais amplo e complexo do que o uso isolado de uma técnica específica. Ela pressupõe que a decisão sobre um portfólio é fruto de negociação, de aspectos humanos e de análise estratégica em métodos como o AHP, que favorecem e orientam a realização dos trabalhos.” Ricardo Vargas Prof. FGV/USP Consultor PMI Macrosolutions Uma última mensagem
  • 29. Equipe Divisão de Análise de Risco de Pragas (Coordenação de Quarentena Vegetal) - DSV Clidenor Mendes Wolney Valente Fernanda Antinolfi Lovato Juliana Alexandre Ribeiro (Chefe) Mariana Teixeira Filipputti Tiago Rodrigo Lohmann Coordenação de Quarentena Vegetal - DSV Fátima Maria Eugênio de Sousa Oliveira (Coordenadora) Divisão de Prevenção, Vigilância e Controle de Pragas (Coordenação Geral de Proteção de Plantas) - DSV Ériko Tadaschi Sedoguchi (Chefe) Maria Júlia Signoretti Godoy Divisão de Campanhas e Programas Fitossanitários (Coordenação Geral de Proteção de Plantas) - DSV Ricardo Kobal Raski (Chefe) Coordenação Geral de Proteção de Plantas - DSV Paulo Parizzi (Coordenador) MAPA
  • 30. Portofólio de Sanidade Vegetal - DSV Francisco Barbosa Ferraz Laranjeira (Embrapa Mandioca e Fruticultura) Miguel Michereff Filho (Embrapa Hortaliças) Ricardo Adaime da Silva (Embrapa Amapá) Arranjo Quarentena Elisângela Fidelis de Morais (Embrapa Roraima) Marcelo Lopes da Silva (Embrapa Recursos Genéticos) Viviane Talamini (Embrapa Tabuleiros Costeiros) Maria Conceição Peres Young (Embrapa Meio Ambiente) Representantes de Unidades Eudes Carvalho (Embrapa Quarentena Vegetal) Alexandre Freitas de Mello (Embrapa Hortaliças) Márcio Martinello Sanches (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia) Superintendência Federal de Agricultura / Mato Grosso Dalci de Jesus Bagolin Superintendência Federal de Agricultura / Lanagro / Pernambuco Francisco Miguel de Assis Filho Embrapa
  • 31. Priorização de Riscos de Pragas Quarentenárias Seminário Ciência e Tecnologia para a Defesa Agropecuária, Brasília, 07-08 de dezembro de 2016 francisco.laranjeira@embrapa.br