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Como o pensamento se organiza para
produzir o texto
Imagens e explicações retiradas deste
volume da coleção Help - Estadão
 Ele deve ser aberto para novas idéias, mas
também ter informações e valores sólidos
para resistir aos inevitáveis questionamentos.
 O processo dialético de pensamento nos
fornece instrumentos para essa tarefa. Esse
processo analisa de modo objetivo os
diversos ângulos de uma determinada
situação da realidade.
 Faz isso obedecendo a três momentos:
 Tese – é uma colocação inicial, uma idéia
que se apresenta, uma proposição
 Antítese – é a proposição contrária à tese.
Revela um mecanismo de oposição, é uma
ideia que se contrapõe à tese
 Síntese – é o resultado do processo da tese e
antítese e se expressa numa idéia que
mantém o que há de correto ou legítimo
entre as proposições opostas. A síntese é a
união dos opostos.
 Num texto temático, conceitual, também se
pode perceber a relação dos elementos
concretos que o compõem. Sua estrutura tem
correspondência com a estrutura dialética do
pensamento.
 A) introdução, desenvolvimento, conclusão
 B) 1.ª parte, 2.ª parte, 3.ª parte
 C) prólogo, corpo e epílogo
 D) começo, meio, fim
 E) introdução, miolo e final
 Dialética: conceito que tem dois significados. Para
os filósofos gregos, era a arte do diálogo.
Retrabalhado pelos filósofos marxistas, passou a
designar o processo de discussão exata do real
 Evite os chavões:
 Desde os primórdios da civilização que o
homem...
 O homem é um ser social
 Frases que podem ser usadas para abrir
diferentes temas são péssimas.
 Tamanho ideal: 1/5 das linhas do texto.
 A alienação social se exprime numa
“teoria” do conhecimento espontânea,
formando o senso comum da
sociedade. Por seu intermédio, são
imaginadas explicações e justificativas
para a realidade tal como é
diretamente percebida e vivida.
 Um exemplo desse senso comum aparece no caso da
“explicação da pobreza, em que o pobre é pobre por sua
própria culpa (preguiça, ignorância) ou por vontade divina
ou por inferioridade natural. Esse senso comum social, na
verdade, é o resultado de uma elaboração intelectual
sobre a realidade, feita pelos pensadores ou intelectuais
da sociedade - sacerdotes, filósofos. cientistas,
professores, escritores, jornalistas, artistas -, que
descrevem e explicam o mundo a partir do ponto de vista
da classe a que pertencem e que é a classe dominante de
sua sociedade. Essa elaboração intelectual incorporada
pelo senso comum social é a ideologia. Por meio dela, o
ponto de vista, as opiniões e as idéias de uma das classes
sociais - a dominante e dirigente - tornam-se o ponto de
vista e a opinião de todas as classes e de toda a
sociedade.
 A função principal da ideologia é ocultar e dissimular as divisões
sociais e políticas, dar-lhes a aparência de indivisão e de
diferenças naturais entre os seres humanos. Indivisão: apesar da
divisão social das classes, somos levados a crer que somos todos
iguais porque participamos da idéia de “humanidade”, ou da
idéia de “nação’ e “pátria”, ou da idéia de “raça”, etc. Diferenças
naturais: somos levados a crer que as desigualdades sociais,
econômicas e políticas não são produzidas pela divisão social
das classes, mas por diferenças individuais dos talentos e das
capacidades, da inteligência, da força de vontade maior ou
menor, etc.
 A produção ideológica da ilusão social tem como finalidade fazer
com que todas as classes sociais aceitem as condições em que
vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem
pretender transformá-las ou conhecê-las realmente, sem levar
em conta que há uma contradição profunda entre as condições
reais em que vivemos e as idéias.
 Por exemplo, a ideologia afirma que somos todos
cidadãos e, portanto, temos todos os mesmos
direitos sociais, econômicos, políticos e culturais.
No entanto, sabemos que isso não acontece de
fato: as crianças de rua não têm direitos; os
idosos não têm direitos; os direitos culturais das
crianças nas escolas públicas é inferior aos das
crianças que estão em escolas particulares, pois
o ensino não é de mesma qualidade em ambas;
os negros e índios são discriminados como
inferiores; os homossexuais são perseguidos
como pervertidos, etc.
 A maioria, porém, acredita que o fato de ser
eleitor, pagar as dívidas e contribuir com os
impostos já nos faz cidadãos, sem
considerar as condições concretas que
fazem alguns serem mais cidadãos do que
outros.
 Marilena Chauí, Convite à Filosofia
 Isoladamente, a introdução e a conclusão
podem fazer algum sentido. O
desenvolvimento não tem essa autonomia,
porque ele tem a função de relacionar as
partes do texto
 É sempre arriscado começar a redigir um ensaio –
ou a chamada dissertação – sem ter a noção da
conclusão a que se quer chegar. O risco é ainda
maior para quem está aprendendo a redigir. Por
isso é tão importante planejar o texto.
 Todo texto pode (e deve) ser surpreendente para
o leitor, com suas conclusões muito bem
fundamentadas. Para o autor, não. Não pode
haver surpresas. Tudo deve estar previsto antes
da redação. Para isso, é preciso planejá-lo,
principalmente prevendo a conclusão.
 O plano é um roteiro em que organizamos,
ou indicamos para nós mesmos, as idéias e a
sequência que iremos utilizar no texto. Ele
deve ser o mais enxuto possível. Nos ensaios
curtos, o plano precisa prever pelo menos as
partes do texto e os parágrafos. Nos ensaios
longos, é bom incluir os subtítulos.
 Ter clareza do público leitor e do tamanho ou
do número de linhas, que deve ter o seu
texto.
 Precisa definir a maneira como montará a
introdução – que além de direta e objetiva,
precisa apresentar o tema ao leitor e, mais do
que isso, estimulá-lo a refletir sobre o
assunto em questão. É necessário pensar
também no tamanho da introdução.
 Na sequência, o roteiro define os argumentos
ou as idéias que serão debatidas no
desenvolvimento do texto. Pode ser uma
ideia ou várias; o imprescindível é que ele
faça a relação entre a introdução e a
conclusão.
 O passo seguinte é pensar na amarração das
ideias desenvolvidas e que, de forma
sintética, levem a uma conclusão de seus
pontos de vista.
 A conclusão mais importante do texto, é o
seu ponto de chegada. Os dados utilizados,
as idéias e os argumentos convergem para
leste ponto em que a discussão ou a
exposição se fecha. A conclusão tem o valor
da síntese no pensamento dialético. E, na sua
estrutura normal, não deve deixar abertura
para continuidade da discussão. Numa
comparação, a conclusão é equivalente à
resposta em um problema de Matemática.
 Um texto bem concluído é aquele que evita
repetir argumentos já utilizados.
 A repetição de argumentos e o uso de
fórmulas feitas empobrecem qualquer
redação. Fuja de expressões como: “Portanto,
como já disssemos antes (...)” ou “Então,
como já vimos(...)”
 É deselegante escrever “Concluindo (...)” ou
“Em conclusão (...)”
 Aprende-se a escrever escrevendo. Nada
substitui sua prática. Da mesma forma que
nenhum livro ou professor moverá os seus
braços para que você aprenda a nada ou
segurar os seus pincéis se deseja pintar. A
prática é essencial, sem ela, você não
consegue nada.
 Os exercícios de reescrita exigem paciência e
dedicação. Mas a insatisfação e a insegurança
com as primeiras versões de nossos extos
podem ser o gérmen da autocrítica, essencial
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 Cada um de nós tem seu modo de pensar e,
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Organização do pensamento para produção de texto

  • 1. Como o pensamento se organiza para produzir o texto
  • 2. Imagens e explicações retiradas deste volume da coleção Help - Estadão
  • 3.  Ele deve ser aberto para novas idéias, mas também ter informações e valores sólidos para resistir aos inevitáveis questionamentos.  O processo dialético de pensamento nos fornece instrumentos para essa tarefa. Esse processo analisa de modo objetivo os diversos ângulos de uma determinada situação da realidade.
  • 4.  Faz isso obedecendo a três momentos:
  • 5.  Tese – é uma colocação inicial, uma idéia que se apresenta, uma proposição  Antítese – é a proposição contrária à tese. Revela um mecanismo de oposição, é uma ideia que se contrapõe à tese  Síntese – é o resultado do processo da tese e antítese e se expressa numa idéia que mantém o que há de correto ou legítimo entre as proposições opostas. A síntese é a união dos opostos.
  • 6.  Num texto temático, conceitual, também se pode perceber a relação dos elementos concretos que o compõem. Sua estrutura tem correspondência com a estrutura dialética do pensamento.
  • 7.  A) introdução, desenvolvimento, conclusão  B) 1.ª parte, 2.ª parte, 3.ª parte  C) prólogo, corpo e epílogo  D) começo, meio, fim  E) introdução, miolo e final  Dialética: conceito que tem dois significados. Para os filósofos gregos, era a arte do diálogo. Retrabalhado pelos filósofos marxistas, passou a designar o processo de discussão exata do real
  • 8.  Evite os chavões:  Desde os primórdios da civilização que o homem...  O homem é um ser social  Frases que podem ser usadas para abrir diferentes temas são péssimas.  Tamanho ideal: 1/5 das linhas do texto.
  • 9.  A alienação social se exprime numa “teoria” do conhecimento espontânea, formando o senso comum da sociedade. Por seu intermédio, são imaginadas explicações e justificativas para a realidade tal como é diretamente percebida e vivida.
  • 10.  Um exemplo desse senso comum aparece no caso da “explicação da pobreza, em que o pobre é pobre por sua própria culpa (preguiça, ignorância) ou por vontade divina ou por inferioridade natural. Esse senso comum social, na verdade, é o resultado de uma elaboração intelectual sobre a realidade, feita pelos pensadores ou intelectuais da sociedade - sacerdotes, filósofos. cientistas, professores, escritores, jornalistas, artistas -, que descrevem e explicam o mundo a partir do ponto de vista da classe a que pertencem e que é a classe dominante de sua sociedade. Essa elaboração intelectual incorporada pelo senso comum social é a ideologia. Por meio dela, o ponto de vista, as opiniões e as idéias de uma das classes sociais - a dominante e dirigente - tornam-se o ponto de vista e a opinião de todas as classes e de toda a sociedade.
  • 11.  A função principal da ideologia é ocultar e dissimular as divisões sociais e políticas, dar-lhes a aparência de indivisão e de diferenças naturais entre os seres humanos. Indivisão: apesar da divisão social das classes, somos levados a crer que somos todos iguais porque participamos da idéia de “humanidade”, ou da idéia de “nação’ e “pátria”, ou da idéia de “raça”, etc. Diferenças naturais: somos levados a crer que as desigualdades sociais, econômicas e políticas não são produzidas pela divisão social das classes, mas por diferenças individuais dos talentos e das capacidades, da inteligência, da força de vontade maior ou menor, etc.  A produção ideológica da ilusão social tem como finalidade fazer com que todas as classes sociais aceitem as condições em que vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem pretender transformá-las ou conhecê-las realmente, sem levar em conta que há uma contradição profunda entre as condições reais em que vivemos e as idéias.
  • 12.  Por exemplo, a ideologia afirma que somos todos cidadãos e, portanto, temos todos os mesmos direitos sociais, econômicos, políticos e culturais. No entanto, sabemos que isso não acontece de fato: as crianças de rua não têm direitos; os idosos não têm direitos; os direitos culturais das crianças nas escolas públicas é inferior aos das crianças que estão em escolas particulares, pois o ensino não é de mesma qualidade em ambas; os negros e índios são discriminados como inferiores; os homossexuais são perseguidos como pervertidos, etc.
  • 13.  A maioria, porém, acredita que o fato de ser eleitor, pagar as dívidas e contribuir com os impostos já nos faz cidadãos, sem considerar as condições concretas que fazem alguns serem mais cidadãos do que outros.  Marilena Chauí, Convite à Filosofia
  • 14.  Isoladamente, a introdução e a conclusão podem fazer algum sentido. O desenvolvimento não tem essa autonomia, porque ele tem a função de relacionar as partes do texto
  • 15.  É sempre arriscado começar a redigir um ensaio – ou a chamada dissertação – sem ter a noção da conclusão a que se quer chegar. O risco é ainda maior para quem está aprendendo a redigir. Por isso é tão importante planejar o texto.  Todo texto pode (e deve) ser surpreendente para o leitor, com suas conclusões muito bem fundamentadas. Para o autor, não. Não pode haver surpresas. Tudo deve estar previsto antes da redação. Para isso, é preciso planejá-lo, principalmente prevendo a conclusão.
  • 16.  O plano é um roteiro em que organizamos, ou indicamos para nós mesmos, as idéias e a sequência que iremos utilizar no texto. Ele deve ser o mais enxuto possível. Nos ensaios curtos, o plano precisa prever pelo menos as partes do texto e os parágrafos. Nos ensaios longos, é bom incluir os subtítulos.
  • 17.  Ter clareza do público leitor e do tamanho ou do número de linhas, que deve ter o seu texto.  Precisa definir a maneira como montará a introdução – que além de direta e objetiva, precisa apresentar o tema ao leitor e, mais do que isso, estimulá-lo a refletir sobre o assunto em questão. É necessário pensar também no tamanho da introdução.
  • 18.  Na sequência, o roteiro define os argumentos ou as idéias que serão debatidas no desenvolvimento do texto. Pode ser uma ideia ou várias; o imprescindível é que ele faça a relação entre a introdução e a conclusão.  O passo seguinte é pensar na amarração das ideias desenvolvidas e que, de forma sintética, levem a uma conclusão de seus pontos de vista.
  • 19.  A conclusão mais importante do texto, é o seu ponto de chegada. Os dados utilizados, as idéias e os argumentos convergem para leste ponto em que a discussão ou a exposição se fecha. A conclusão tem o valor da síntese no pensamento dialético. E, na sua estrutura normal, não deve deixar abertura para continuidade da discussão. Numa comparação, a conclusão é equivalente à resposta em um problema de Matemática.
  • 20.
  • 21.  Um texto bem concluído é aquele que evita repetir argumentos já utilizados.  A repetição de argumentos e o uso de fórmulas feitas empobrecem qualquer redação. Fuja de expressões como: “Portanto, como já disssemos antes (...)” ou “Então, como já vimos(...)”  É deselegante escrever “Concluindo (...)” ou “Em conclusão (...)”
  • 22.  Aprende-se a escrever escrevendo. Nada substitui sua prática. Da mesma forma que nenhum livro ou professor moverá os seus braços para que você aprenda a nada ou segurar os seus pincéis se deseja pintar. A prática é essencial, sem ela, você não consegue nada.
  • 23.  Os exercícios de reescrita exigem paciência e dedicação. Mas a insatisfação e a insegurança com as primeiras versões de nossos extos podem ser o gérmen da autocrítica, essencial para quem deseja melhor o seu texto.  Cada um de nós tem seu modo de pensar e, escreve, procura organizar as ideias de um modo que facilite a compreensão do leitor.