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Técnicas de Eletroforese




     Rodrigo Rocha Latado
Eletroforese
Diversos métodos para análise de:

 Ácidos nucléicos (DNA e RNA)

 Proteínas

 Enzimas
ETAPAS

 Preparar a amostra (DNA total, Produtos de PCR,
  Proteínas, etc...)


 Preparar o gel

 Aplicar as amostras no gel

 Eletroforese

 Coloração do gel, Fixação, Documentação
CLASSIFICAÇÃO

• Tipos:
  - agarose
  - poliacrilamida       desnaturante
                         não desnaturante
  - amido (para isoenzimas)


• Princípios:
  - carga elétrica e tamanho da molécula (partícula)

  - pH (focalização isoelétrica)
• Detecção:
  – brometo de etídeo, SYBR, nitrato de prata,
    fluorescência
  – substratos específicos (isoenzimas)




• Visualização:

  – UV, direta, câmera
Eletroforese




        Sharp, Sambrook and Sugden
Eletroforese




                    Singer VL, Lawlor TE, Yue S. 1999. Comparison of SYBR Green I
                    nucleic acid gel stain mutagenicity and ethidium bromide mutagenicity
                    in the Salmonella/mammalian microsome reverse mutation assay
Syber green         (Ames test). Mutat. Res. 439(1):37-47.



              http://www.probes.com/servlets/product?region=0&item=7563
Àcidos Nucléicos
• Ácido nucléico exposto a campo elétrico
  migra para eletrodo na velocidade ou
  mobilidade proporcional a força do campo e
  a carga líquida da molécula
  – mobilidade: inversamente proporcional ao
    coeficiente friccional
  – coeficiente friccional: função do tamanho e
    forma da molécula e viscosidade do meio
Eletroforese
• Moléculas separadas por:
  – tamanho
  – forma ou conformação
  – magnitude de cargas


• Sob pH fisiológico -> fosfatos ionizados
  – poliânions correm em direção ao eletrodo
    positivo
  – Eletroforese pólo negativo -> pólo positivo
Eletroforese
Eletroforese
• Tamanho da Molécula de DNA
  – DNA linear migra inversa/ proporcional ao log10
    do seu peso molecular
Eletroforese
• AGAROSE:
• polissacarídeo linear de galactose com
  unidades de β-D-galactopiranose com ligações
  1,3 e 3,6-anidro-a-L-galactopiranose


• PM médio: 120.000 Da
Agarose
Eletroforese em gel de agarose

- Tampão (TAE ou TBE) e agarose

- Concentração agarose varia entre 1 e 3%

- Fundir a agarose no tampão e aplicar na fôrma

- Esperar esfriar, retirar o pente

- Aplicar as amostras no gel

- Iniciar a eletroforese
Eletroforese
• Tampões: água eletrolisada gerando H+
• no anodo e OH- no catodo

  – terminal catódico (+) -> básica
  – terminal anódico (-) -> ácida


• requer tampão para evitar gradientes de
  pH
Eletroforese
Tampão   Aplicação e comentários
TAE      Usar quando o DNA vai ser recuperado
         Usar para eletroforese de DNA de grande tamanho (> 12 Kb)
         Baixa força iônica
         Propriedades:
         Baixa capacidade tamponante - recirculação pode ser necessária para
         corridas eletroforéticas longas (> 6 horas).
TBE      Usar para eletroforese de DNA pequeno (< 1 Kb)
         Melhor resolução de DNA pequeno (< 1 Kb)
         Mobilidade do DNA mais restrita
         Alta força iônica
         Propriedades:
         Diminui a mobilidade do DNA.
         Alta capacidade tamponante - não requer recirculação para corridas
         longas.
Eletroforese
• TAE
  –   para recuperação de fragmentos
  –   preferido moléculas maiores
  –   menor campo de força
  –   maior porosidade


• TBE
  – preferido para moléculas menores < 1Kb
  – interage com agarose - poros menores
Eletroforese
• Voltagem
  – expressar sempre em V cm-1
  – gradiente de voltagem - distância entre eletrodos


  – voltagem excessiva - rastro de banda
  – voltagem baixa - difusão de bandas pequenas <1 Kb


  – TBE - bandas pequenas mais finas
  – TAE - bandas maiores
Eletroforese

                                  Tampão
Tamanho      Voltagem
                         Recuperação       Análise
  < 1 kb      5 V/cm        TAE             TBE
1 to 12 kb   4-10 V/cm      TAE        TAE/TBE

 > 12 kb     1-2 V/cm       TAE             TAE
Eletroforese
• Tempo de corrida

  – correr gel até banda de interesse ter migrado de
    40 a 60% do comprimento do gel


  – parte inferior do gel - difusão e dispersão
Eletroforese
• Tampão de Carregamento:
• Concentração 6 a 10x
  – aumentar densidade da amostra - depositar
    amostra no fundo do poço
  – adicionar cor a amostra
  – adicionar corantes de mobilidade ou migração
     • azul de bromofenol
     • xileno cianol
     • verde de bromocresol
Eletroforese-
Poliacrilamida
GEL DE POLIACRILAMIDA

- Géis de Poliacrilamida são obtidos a partir da
formação de ligações entre o polímero acrilamida e o
co-monômero bis-acrilamida.


- Essa reação covalente é geralmente catalizada por
persulfato de amônio e iniciada por TEMED, uma amina
terciária.


- Uma ampla faixa de tamanho de poros pode ser obtida
através de variações de:
 Concentração de acrilamida e bis-acrilamida
 Grau de polimerização
GEL DE POLIACRILAMIDA

- A matriz de poliacrilamida por possuir poros
menores do que a matriz de agarose, géis de
acrilamida são usados para separar fragmentos de
DNA menores que 2 kpb, enquanto que moléculas de
até 200 kpb podem ser separaradas em géis de
agarose.


- De forma geral, um gel de 12 cm, a 1% de agarose
separa fragmentos na faixa de 30 a 0,2 Kbp,
enquanto que a 7,5% de poliacrilamida separa entre 1
a 0,05 Kpb.
Eletroforese
O corante Azul de Bromofenol (Bromphenol Blue) migra a
aproximadamente a 300 pares de base e Xileno Cianol (Xylene
Cyanol) a 4 Kpb, independente da concentração de agarose
entre 0,5 e 1,4% em 0,5 x de TBE.

                  Tamanho de      Migração de Corante
    Acrilamida*   Fragmentos
        (%)       Separados    Xileno Cianol        Azul
                   (pares de                   de Bromofenol
                      base)        pb                 pb
       3,5        100 – 1000       460               100
       5,0         80 – 500        260                65
       8,0         60 – 400        160                45
       12,0        40 – 200         70                20
       15,0         25 – 150        60                15
       20,0          6 – 100        45                12
ACRILAMIDA DESNTAURANTE

- Acréscimo de Uréia no gel para a manutenção do DNA na
forma de fita simples

- Amostras de DNA são desnaturadas a 94 -96o C, na
presença de Formamida, antes da eletroforese

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Aula eletroforese

  • 1. Técnicas de Eletroforese Rodrigo Rocha Latado
  • 2. Eletroforese Diversos métodos para análise de:  Ácidos nucléicos (DNA e RNA)  Proteínas  Enzimas
  • 3. ETAPAS  Preparar a amostra (DNA total, Produtos de PCR, Proteínas, etc...)  Preparar o gel  Aplicar as amostras no gel  Eletroforese  Coloração do gel, Fixação, Documentação
  • 4. CLASSIFICAÇÃO • Tipos: - agarose - poliacrilamida desnaturante não desnaturante - amido (para isoenzimas) • Princípios: - carga elétrica e tamanho da molécula (partícula) - pH (focalização isoelétrica)
  • 5. • Detecção: – brometo de etídeo, SYBR, nitrato de prata, fluorescência – substratos específicos (isoenzimas) • Visualização: – UV, direta, câmera
  • 6. Eletroforese Sharp, Sambrook and Sugden
  • 7. Eletroforese Singer VL, Lawlor TE, Yue S. 1999. Comparison of SYBR Green I nucleic acid gel stain mutagenicity and ethidium bromide mutagenicity in the Salmonella/mammalian microsome reverse mutation assay Syber green (Ames test). Mutat. Res. 439(1):37-47. http://www.probes.com/servlets/product?region=0&item=7563
  • 8. Àcidos Nucléicos • Ácido nucléico exposto a campo elétrico migra para eletrodo na velocidade ou mobilidade proporcional a força do campo e a carga líquida da molécula – mobilidade: inversamente proporcional ao coeficiente friccional – coeficiente friccional: função do tamanho e forma da molécula e viscosidade do meio
  • 9. Eletroforese • Moléculas separadas por: – tamanho – forma ou conformação – magnitude de cargas • Sob pH fisiológico -> fosfatos ionizados – poliânions correm em direção ao eletrodo positivo – Eletroforese pólo negativo -> pólo positivo
  • 11. Eletroforese • Tamanho da Molécula de DNA – DNA linear migra inversa/ proporcional ao log10 do seu peso molecular
  • 12.
  • 13. Eletroforese • AGAROSE: • polissacarídeo linear de galactose com unidades de β-D-galactopiranose com ligações 1,3 e 3,6-anidro-a-L-galactopiranose • PM médio: 120.000 Da
  • 15. Eletroforese em gel de agarose - Tampão (TAE ou TBE) e agarose - Concentração agarose varia entre 1 e 3% - Fundir a agarose no tampão e aplicar na fôrma - Esperar esfriar, retirar o pente - Aplicar as amostras no gel - Iniciar a eletroforese
  • 16. Eletroforese • Tampões: água eletrolisada gerando H+ • no anodo e OH- no catodo – terminal catódico (+) -> básica – terminal anódico (-) -> ácida • requer tampão para evitar gradientes de pH
  • 17. Eletroforese Tampão Aplicação e comentários TAE Usar quando o DNA vai ser recuperado Usar para eletroforese de DNA de grande tamanho (> 12 Kb) Baixa força iônica Propriedades: Baixa capacidade tamponante - recirculação pode ser necessária para corridas eletroforéticas longas (> 6 horas). TBE Usar para eletroforese de DNA pequeno (< 1 Kb) Melhor resolução de DNA pequeno (< 1 Kb) Mobilidade do DNA mais restrita Alta força iônica Propriedades: Diminui a mobilidade do DNA. Alta capacidade tamponante - não requer recirculação para corridas longas.
  • 18. Eletroforese • TAE – para recuperação de fragmentos – preferido moléculas maiores – menor campo de força – maior porosidade • TBE – preferido para moléculas menores < 1Kb – interage com agarose - poros menores
  • 19. Eletroforese • Voltagem – expressar sempre em V cm-1 – gradiente de voltagem - distância entre eletrodos – voltagem excessiva - rastro de banda – voltagem baixa - difusão de bandas pequenas <1 Kb – TBE - bandas pequenas mais finas – TAE - bandas maiores
  • 20. Eletroforese Tampão Tamanho Voltagem Recuperação Análise < 1 kb 5 V/cm TAE TBE 1 to 12 kb 4-10 V/cm TAE TAE/TBE > 12 kb 1-2 V/cm TAE TAE
  • 21. Eletroforese • Tempo de corrida – correr gel até banda de interesse ter migrado de 40 a 60% do comprimento do gel – parte inferior do gel - difusão e dispersão
  • 22. Eletroforese • Tampão de Carregamento: • Concentração 6 a 10x – aumentar densidade da amostra - depositar amostra no fundo do poço – adicionar cor a amostra – adicionar corantes de mobilidade ou migração • azul de bromofenol • xileno cianol • verde de bromocresol
  • 24. GEL DE POLIACRILAMIDA - Géis de Poliacrilamida são obtidos a partir da formação de ligações entre o polímero acrilamida e o co-monômero bis-acrilamida. - Essa reação covalente é geralmente catalizada por persulfato de amônio e iniciada por TEMED, uma amina terciária. - Uma ampla faixa de tamanho de poros pode ser obtida através de variações de:  Concentração de acrilamida e bis-acrilamida  Grau de polimerização
  • 25. GEL DE POLIACRILAMIDA - A matriz de poliacrilamida por possuir poros menores do que a matriz de agarose, géis de acrilamida são usados para separar fragmentos de DNA menores que 2 kpb, enquanto que moléculas de até 200 kpb podem ser separaradas em géis de agarose. - De forma geral, um gel de 12 cm, a 1% de agarose separa fragmentos na faixa de 30 a 0,2 Kbp, enquanto que a 7,5% de poliacrilamida separa entre 1 a 0,05 Kpb.
  • 26. Eletroforese O corante Azul de Bromofenol (Bromphenol Blue) migra a aproximadamente a 300 pares de base e Xileno Cianol (Xylene Cyanol) a 4 Kpb, independente da concentração de agarose entre 0,5 e 1,4% em 0,5 x de TBE. Tamanho de Migração de Corante Acrilamida* Fragmentos (%) Separados Xileno Cianol Azul (pares de de Bromofenol base) pb pb 3,5 100 – 1000 460 100 5,0 80 – 500 260 65 8,0 60 – 400 160 45 12,0 40 – 200 70 20 15,0 25 – 150 60 15 20,0 6 – 100 45 12
  • 27. ACRILAMIDA DESNTAURANTE - Acréscimo de Uréia no gel para a manutenção do DNA na forma de fita simples - Amostras de DNA são desnaturadas a 94 -96o C, na presença de Formamida, antes da eletroforese