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Actividades Secretoras do Tubo Gastrointestinal
Docentes: Ester Come/Carlos Macuvele
Chongoene, 2022
Universidade Save
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
Medicina Veterinária & Zootecnia
Conteúdos
•Papel da saliva na digestão
•Secreções gástricas
•Pâncreas
•Intestino delgado
•Intestino Grosso
Papel da saliva na digestão
• Humedece e lubrifica o bolo alimentar ingerido;
• Fornece água para diluir a osmolaridade do material ingerido;
• Neutralização dos ácidos que podem ser consumidos;
• Enzimática (α- amilase e lipase);
• Antibacteriana (lisozima).
Secreções gástricas
Do ponto de vista fisiológico, estômago pode ser dividido em quatro compartimentos
funcionais distintos. Nem todas as espécies apresentam todos os quatro componentes.
• Estômago esofágico (bastante grande no cavalo, porém é muito pequeno no cão, em
suínos e na vaca)
• Estômago cardíaco (O estômago do suíno também apresenta uma cárdia muito grande, o
cão tem uma cárdia muito pequena, enquanto o cavalo e a vaca carecem de cárdia)
• Estômago fúndico. (Todos os mamíferos apresentam um estômago fúndico)
• Estômago pilórico. (célula enteroendócrina, a célula G, produz a hormona gastrina
presente em todos os mamíferos).
Secreções gástricas (Variações no tipo e na distribuição da mucosa gástrica)
Fotomicrografia de corte da mucosa do
estômago fúndico (canino)
Células parietais e
secreção do acido
Controle da secreção de ácido pelas células
parietais
Secreções gástricas (Úlceras)
• No suíno, são mais comumente encontradas na região cárdica do
estômago.
• No cavalo, as úlceras são mais comuns no compartimento
esofágico não glandular do estômago.
• Muitos factores estão envolvidos no desenvolvimento das úlceras,
porém um desses factores que vale a pena discutir é o efeito dos
agentes anti-inflamatórios não esteroides (AINEs).
Pâncreas
Intestino delgado
• A túnica mucosa do intestino
delgado é composta de
projecções da mucosa para
dentro do lúmen,
denominadas vilosidades, e
de invaginações dentro da
mucosa, designadas como
criptas (criptas de
Lieberkühn)
Intestino delgado
• Essas projecções e
invaginações aumentam
enormemente a área de
superfície disponível para
a digestão e absorção de
nutrientes.
Intestino delgado
• As células que revestem as criptas
e as vilosidades formam uma
única camada de epitélio simples
colunar. A superfície apical de
cada célula exibe pregas
conhecidas como
microvilosidades, que aumentam
ainda mais a área de superfície
para a digestão e a absorção.
Células encontradas nas criptas do intestino
delgado
• Existem seis tipos de células nas criptas.
a) Células-tronco das criptas
• A base das criptas contém uma população de células-tronco pluripotentes, que persiste durante toda
a vida do animal. Essas células sofrem divisão regular e dão origem à maioria das células
encontradas na cripta.:
• Células secretoras da cripta,
• Células caliciformes secretoras de muco,
• Células enteroendócrinas
• Células de Paneth.
Células encontradas nas criptas do
intestino delgado
b) Enterócitos das criptas
• Essas células apresentam microvilosidades em sua superfície apical, o que aumenta
enormemente a sua área de superfície. Sua principal função consiste em secretar cloreto,
sódio e água dentro do lúmen da cripta para facilitar a absorção pelos enterócitos
absortivos na vilosidade.
• Os enterócitos da cripta migram a partir da lâmina basal em direcção à vilosidade e, por
fim, na própria vilosidade. Quando alcançam a vilosidade, as células da cripta deixam de
ser células secretoras, e o seu fenótipo muda, passando a ser um enterócito absortivo.
Células encontradas nas criptas do
intestino delgado
c) Células caliciformes
• Essas células originam-se das células-tronco das criptas.
• Secretam muco.
• Movem-se até a ponta da vilosidade na mesma velocidade que os
enterócitos das criptas, e elas também são descamadas pouco depois de
sua chegada na ponta da vilosidade.
Células encontradas nas criptas do intestino
delgado
d) Células enteroendócrinas
• Essas células derivam das células-tronco da cripta, porém permanecem próximo da base
das criptas. As células enteroendócrinas mantêm contacto com o lúmen da cripta em sua
superfície apical, possibilitando o monitoramento do pH, da osmolaridade e da
composição da ingesta no lúmen.
• Numerosas hormonas são produzidas pelas células enteroendócrinas, muitas dos quais são
exclusivos do tubo gastrintestinal : a CCK, a secretina, somatomedinas, o peptídio
intestinal vasoativo (VIP), a serotonina, o enteroglucagon.
Células encontradas nas criptas do
intestino delgado
e) Células de Paneth
• Essas células originam-se das células-tronco das criptas, porém não migram
a partir da base das criptas. Trata-se de células de vida relativamente longa.
Funções
• Protecção para as células-tronco;
• Produzem substâncias antibacterianas, antifúngicas, antivirais como
lisozima, fosfolipases e defensinas, que liberam no lúmen da cripta.
Células encontradas nas criptas do
intestino delgado
f) Células M ou células em cúpula
• Sua origem permanece desconhecida, mas podem ser encontradas entre os
enterócitos nas criptas e até mesmo em áreas vilosas.
• São particularmente comuns no revestimento mucoso no ápice das placas de
Peyer.
• Funções
• Capturam partículas (antígenos bacterianos e virais) e as transferem de modo
inalterado para as células dendríticas e os linfócitos na lâmina própria e nos
folículos linfóides na mucosa e na submucosa.
Células nas vilosidades do intestino delgado
• Três tipos de células revestem as vilosidades do intestino delgado.
a) Enterócitos absortivos das vilosidades
• Origem: enterócitos secretores das criptas.
• Função: elaborar enzimas nas microvilosidades da membrana apical,
frequentemente designadas como borda em escova.
Células nas vilosidades do intestino
delgado
b) Células caliciformes: essas células migram pela cripta e são
responsáveis pela secreção de muco. A secreção de muco pode aumentar
acentuadamente com a estimulação das prostaglandinas liberadas em
resposta à lesão das células mucosas na área
c) Células M ou células em cúpula: são iguais àquelas encontradas nas
criptas, porém não são tão numerosas nas vilosidades.
Povoamento e repovoamento das criptas e das
vilosidades
• Uma cripta típica do intestino delgado contém
cerca de 250 a 300 enterócitos e células
caliciformes que recobrem a sua superfície.
• Pode necessitar de 3.000 células para cobrir por
completo a sua lâmina basal.
• Existem cerca de 30 células-tronco pluripotentes
das criptas na base da cripta, que são protegidas
por 40 a 50 células de Paneth.
Fluxo sanguíneo na lâmina própria da
vilosidade
• Uma arteríola transporta sangue até a ponta da
vilosidade e está em estreita proximidade com
uma vénula que transporta sangue a partir dos
leitos capilares na ponta da vilosidade . A
arteríola transporta sangue oxigenado com
PO2, de cerca de 90 mmHg. A vênula terá uma
PO2, de cerca de 40 mmHg.
Secreção de cloreto, sódio e água pelos
enterócitos das criptas
• Enquanto os enterócitos se encontram nas criptas, sua
principal função consiste em secretar cloreto, sódio e água
dentro do lúmen das criptas. Essa secreção desempenha duas
funções de importância crítica. O sódio excretado no lúmen
das criptas proporciona a força electroquímica necessária
para possibilitar a absorção de aminoácidos, açúcares,
fosfato e outros nutrientes pelas células absortivas.
• A água secretada no lúmen pelas células das criptas atua
para reduzir a osmolaridade da ingesta, bem como para
assegurar que a ingesta permaneça húmida o suficiente para
solubilizar íões, açúcares e aminoácidos.
Secreção das células das criptas como
resposta a inflamação ou patógenos
• A prostaglandina E (PGE2), produzida em resposta à
lesão ou a espécies reativas de oxigénio na área ao
redor da célula da cripta, liga-se a um receptor de
PGE2 acoplado à proteína G.
• Isso resulta em activação da fosfolipase A (PL-A) e
produção de inositol trifosfato (IP3).
• O IP3 causa a abertura dos canais de Ca2+ no
retículo endoplasmático (RE), resultando na
formação do complexo Ca2+-calmodulina e na
activação do transportador de cloreto da membrana
apical.
Secreção das células das criptas como resposta
a inflamação ou patógenos
• A inflamação em um
segmento do intestino
também pode activar a
secreção da cripta,
ajudando a remoção de
uma substância patogénica
de uma área de inflamação.
Diarreia secretora causada por enterotoxinas
bacterianas
Em medicina veterinária, as bactérias consistem em determinadas cepas de
Escherichia coli. (Uma delas é termoestável “toxina ST”, termolábil (LT).
• Determinadas cepas de Escherichia coli secretam enterotoxina (toxina LT)
para dentro do lúmen do intestino. Um receptor acoplado à proteína G
responde a essa toxina na membrana apical das células das criptas (e vilosas).
• B. Com a ligação ao receptor, a proteína G activa a adenilil ciclase (AC). A
AC converte o trifosfato de adenosina (ATP) em monofosfato de adenosina
cíclico (cAMP). C. O cAMP activa quinases e vias que causam a abertura dos
canais de Ca2+ no retículo endoplasmático.
• Isso resulta na formação do complexo de Ca2+-calmodulina e na ativação do
transportador de cloreto da membrana apical. O sódio e a água acompanham o
cloreto no lúmen através das zônulas de oclusão.
Secreção de IgA secretora pelas células
epiteliais intestinais
• Os anticorpos podem ligar-se a toxinas e patógenos, tornando-os
menos prejudiciais ao animal e também facilitam a fagocitose por
neutrófilos e outras células presentes no lúmen.
• Os plasmócitos na lâmina própria sintetizam dímeros de
imunoglobulina A (IgA). Proteínas especiais, denominadas peça
secretora, estendem-se a partir da superfície basolateral dos enterócitos
e atuam como receptores de IgA..
Intestino grosso
• A mucosa contém criptas (mas não vilosidades)
revestidas principalmente por células
caliciformes que secretam um muco
ligeiramente alcalino.
• Depois de permanecer por um curto período de
tempo na parte superior da cripta (1 a 2 dias), as
células sofrem apoptose e descamam.
• As células epiteliais absortivas das criptas
podem absorver alguns eletrólitos e os últimos
remanescentes de água da ingesta.
Fim
E-mail:
estersimionecome@yahoo.com.br
carlos50francisco@gmail.com

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Secretoras do Tubo Gastrointestinal

  • 1. Actividades Secretoras do Tubo Gastrointestinal Docentes: Ester Come/Carlos Macuvele Chongoene, 2022 Universidade Save Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Medicina Veterinária & Zootecnia
  • 2. Conteúdos •Papel da saliva na digestão •Secreções gástricas •Pâncreas •Intestino delgado •Intestino Grosso
  • 3. Papel da saliva na digestão • Humedece e lubrifica o bolo alimentar ingerido; • Fornece água para diluir a osmolaridade do material ingerido; • Neutralização dos ácidos que podem ser consumidos; • Enzimática (α- amilase e lipase); • Antibacteriana (lisozima).
  • 4. Secreções gástricas Do ponto de vista fisiológico, estômago pode ser dividido em quatro compartimentos funcionais distintos. Nem todas as espécies apresentam todos os quatro componentes. • Estômago esofágico (bastante grande no cavalo, porém é muito pequeno no cão, em suínos e na vaca) • Estômago cardíaco (O estômago do suíno também apresenta uma cárdia muito grande, o cão tem uma cárdia muito pequena, enquanto o cavalo e a vaca carecem de cárdia) • Estômago fúndico. (Todos os mamíferos apresentam um estômago fúndico) • Estômago pilórico. (célula enteroendócrina, a célula G, produz a hormona gastrina presente em todos os mamíferos).
  • 5. Secreções gástricas (Variações no tipo e na distribuição da mucosa gástrica)
  • 6. Fotomicrografia de corte da mucosa do estômago fúndico (canino)
  • 8. Controle da secreção de ácido pelas células parietais
  • 9. Secreções gástricas (Úlceras) • No suíno, são mais comumente encontradas na região cárdica do estômago. • No cavalo, as úlceras são mais comuns no compartimento esofágico não glandular do estômago. • Muitos factores estão envolvidos no desenvolvimento das úlceras, porém um desses factores que vale a pena discutir é o efeito dos agentes anti-inflamatórios não esteroides (AINEs).
  • 11. Intestino delgado • A túnica mucosa do intestino delgado é composta de projecções da mucosa para dentro do lúmen, denominadas vilosidades, e de invaginações dentro da mucosa, designadas como criptas (criptas de Lieberkühn)
  • 12. Intestino delgado • Essas projecções e invaginações aumentam enormemente a área de superfície disponível para a digestão e absorção de nutrientes.
  • 13. Intestino delgado • As células que revestem as criptas e as vilosidades formam uma única camada de epitélio simples colunar. A superfície apical de cada célula exibe pregas conhecidas como microvilosidades, que aumentam ainda mais a área de superfície para a digestão e a absorção.
  • 14. Células encontradas nas criptas do intestino delgado • Existem seis tipos de células nas criptas. a) Células-tronco das criptas • A base das criptas contém uma população de células-tronco pluripotentes, que persiste durante toda a vida do animal. Essas células sofrem divisão regular e dão origem à maioria das células encontradas na cripta.: • Células secretoras da cripta, • Células caliciformes secretoras de muco, • Células enteroendócrinas • Células de Paneth.
  • 15. Células encontradas nas criptas do intestino delgado b) Enterócitos das criptas • Essas células apresentam microvilosidades em sua superfície apical, o que aumenta enormemente a sua área de superfície. Sua principal função consiste em secretar cloreto, sódio e água dentro do lúmen da cripta para facilitar a absorção pelos enterócitos absortivos na vilosidade. • Os enterócitos da cripta migram a partir da lâmina basal em direcção à vilosidade e, por fim, na própria vilosidade. Quando alcançam a vilosidade, as células da cripta deixam de ser células secretoras, e o seu fenótipo muda, passando a ser um enterócito absortivo.
  • 16. Células encontradas nas criptas do intestino delgado c) Células caliciformes • Essas células originam-se das células-tronco das criptas. • Secretam muco. • Movem-se até a ponta da vilosidade na mesma velocidade que os enterócitos das criptas, e elas também são descamadas pouco depois de sua chegada na ponta da vilosidade.
  • 17. Células encontradas nas criptas do intestino delgado d) Células enteroendócrinas • Essas células derivam das células-tronco da cripta, porém permanecem próximo da base das criptas. As células enteroendócrinas mantêm contacto com o lúmen da cripta em sua superfície apical, possibilitando o monitoramento do pH, da osmolaridade e da composição da ingesta no lúmen. • Numerosas hormonas são produzidas pelas células enteroendócrinas, muitas dos quais são exclusivos do tubo gastrintestinal : a CCK, a secretina, somatomedinas, o peptídio intestinal vasoativo (VIP), a serotonina, o enteroglucagon.
  • 18. Células encontradas nas criptas do intestino delgado e) Células de Paneth • Essas células originam-se das células-tronco das criptas, porém não migram a partir da base das criptas. Trata-se de células de vida relativamente longa. Funções • Protecção para as células-tronco; • Produzem substâncias antibacterianas, antifúngicas, antivirais como lisozima, fosfolipases e defensinas, que liberam no lúmen da cripta.
  • 19. Células encontradas nas criptas do intestino delgado f) Células M ou células em cúpula • Sua origem permanece desconhecida, mas podem ser encontradas entre os enterócitos nas criptas e até mesmo em áreas vilosas. • São particularmente comuns no revestimento mucoso no ápice das placas de Peyer. • Funções • Capturam partículas (antígenos bacterianos e virais) e as transferem de modo inalterado para as células dendríticas e os linfócitos na lâmina própria e nos folículos linfóides na mucosa e na submucosa.
  • 20. Células nas vilosidades do intestino delgado • Três tipos de células revestem as vilosidades do intestino delgado. a) Enterócitos absortivos das vilosidades • Origem: enterócitos secretores das criptas. • Função: elaborar enzimas nas microvilosidades da membrana apical, frequentemente designadas como borda em escova.
  • 21. Células nas vilosidades do intestino delgado b) Células caliciformes: essas células migram pela cripta e são responsáveis pela secreção de muco. A secreção de muco pode aumentar acentuadamente com a estimulação das prostaglandinas liberadas em resposta à lesão das células mucosas na área c) Células M ou células em cúpula: são iguais àquelas encontradas nas criptas, porém não são tão numerosas nas vilosidades.
  • 22. Povoamento e repovoamento das criptas e das vilosidades • Uma cripta típica do intestino delgado contém cerca de 250 a 300 enterócitos e células caliciformes que recobrem a sua superfície. • Pode necessitar de 3.000 células para cobrir por completo a sua lâmina basal. • Existem cerca de 30 células-tronco pluripotentes das criptas na base da cripta, que são protegidas por 40 a 50 células de Paneth.
  • 23. Fluxo sanguíneo na lâmina própria da vilosidade • Uma arteríola transporta sangue até a ponta da vilosidade e está em estreita proximidade com uma vénula que transporta sangue a partir dos leitos capilares na ponta da vilosidade . A arteríola transporta sangue oxigenado com PO2, de cerca de 90 mmHg. A vênula terá uma PO2, de cerca de 40 mmHg.
  • 24. Secreção de cloreto, sódio e água pelos enterócitos das criptas • Enquanto os enterócitos se encontram nas criptas, sua principal função consiste em secretar cloreto, sódio e água dentro do lúmen das criptas. Essa secreção desempenha duas funções de importância crítica. O sódio excretado no lúmen das criptas proporciona a força electroquímica necessária para possibilitar a absorção de aminoácidos, açúcares, fosfato e outros nutrientes pelas células absortivas. • A água secretada no lúmen pelas células das criptas atua para reduzir a osmolaridade da ingesta, bem como para assegurar que a ingesta permaneça húmida o suficiente para solubilizar íões, açúcares e aminoácidos.
  • 25. Secreção das células das criptas como resposta a inflamação ou patógenos • A prostaglandina E (PGE2), produzida em resposta à lesão ou a espécies reativas de oxigénio na área ao redor da célula da cripta, liga-se a um receptor de PGE2 acoplado à proteína G. • Isso resulta em activação da fosfolipase A (PL-A) e produção de inositol trifosfato (IP3). • O IP3 causa a abertura dos canais de Ca2+ no retículo endoplasmático (RE), resultando na formação do complexo Ca2+-calmodulina e na activação do transportador de cloreto da membrana apical.
  • 26. Secreção das células das criptas como resposta a inflamação ou patógenos • A inflamação em um segmento do intestino também pode activar a secreção da cripta, ajudando a remoção de uma substância patogénica de uma área de inflamação.
  • 27. Diarreia secretora causada por enterotoxinas bacterianas Em medicina veterinária, as bactérias consistem em determinadas cepas de Escherichia coli. (Uma delas é termoestável “toxina ST”, termolábil (LT). • Determinadas cepas de Escherichia coli secretam enterotoxina (toxina LT) para dentro do lúmen do intestino. Um receptor acoplado à proteína G responde a essa toxina na membrana apical das células das criptas (e vilosas). • B. Com a ligação ao receptor, a proteína G activa a adenilil ciclase (AC). A AC converte o trifosfato de adenosina (ATP) em monofosfato de adenosina cíclico (cAMP). C. O cAMP activa quinases e vias que causam a abertura dos canais de Ca2+ no retículo endoplasmático. • Isso resulta na formação do complexo de Ca2+-calmodulina e na ativação do transportador de cloreto da membrana apical. O sódio e a água acompanham o cloreto no lúmen através das zônulas de oclusão.
  • 28. Secreção de IgA secretora pelas células epiteliais intestinais • Os anticorpos podem ligar-se a toxinas e patógenos, tornando-os menos prejudiciais ao animal e também facilitam a fagocitose por neutrófilos e outras células presentes no lúmen. • Os plasmócitos na lâmina própria sintetizam dímeros de imunoglobulina A (IgA). Proteínas especiais, denominadas peça secretora, estendem-se a partir da superfície basolateral dos enterócitos e atuam como receptores de IgA..
  • 29. Intestino grosso • A mucosa contém criptas (mas não vilosidades) revestidas principalmente por células caliciformes que secretam um muco ligeiramente alcalino. • Depois de permanecer por um curto período de tempo na parte superior da cripta (1 a 2 dias), as células sofrem apoptose e descamam. • As células epiteliais absortivas das criptas podem absorver alguns eletrólitos e os últimos remanescentes de água da ingesta.