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Marialice Mencarini; MARTINS, José de 
Souza. Sociologia e sociedade: leituras de 
introdução à sociologia. Rio de Janeiro: LTC, 
1977.
Pensadores em cada tempo e lugar 
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Luterana e da Contra-Reforma, os filósofos do 
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relações sumamente estranhas. Por um lado, a 
sociologia nasceu na sociedade industrial; 
apareceu e adquiriu importância como 
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outro lado, a “sociedade industrial” é a filha 
mimada da Sociologia, seu próprio conceito 
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Início do desenrolar do raciocínio: 
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119 
Somente no século XVIII transforma-se repentinamente em um 
problema o fato, [...], da desigualdade dos homens. No ano de 
1754 a academia de Dijon propôs como tema de um concurso 
literário, [...]: “Qual é a origem da desigualdade humana? Ela 
está legitimada pelo direito natural?” [...]. Deram o prêmio a um 
teólogo e não ao trabalho de Jean-Jacques Rousseau, que 
buscava a origem da desigualdade na propriedade privada, quer 
dizer num fenômeno social. Mas a pergunta ficava feita. Pouco 
depois escrevia o escocês Millar seu livro Sobre a origem das 
diferenças de classe; também ele via na propriedade privada a 
fonte de toda desigualdade social. [...]. Com estes trabalhos 
começa uma tradição de pensamento e investigação, que tem 
seu primeiro zênite em Marx no século XIX. Aqui começa ao 
mesmo tempo a história da Sociologia como desenvolvimento 
contínuo do tratamento científico de um problema específico.
Impulsos que deram origem à 
sociologia - 120 
A revolução industrial estava ainda em seus 
primeiros passos, mas já em fins do século XVIII 
alguns pensadores e investigadores se deram conta 
de que estava em vias de aparecer uma nova 
sociedade em que a desigualdade humana seria 
considerada de um ponto de vista diferente do 
critério até então válido. A imposição da noção 
moderna da igualdade dos cidadãos no Estado e a 
formação de uma classe social fundada em sua 
posição econômica foram os estímulos 
fundamentais desta evolução intelectual que mais 
tarde desembocou na Sociologia científica.
Evolução do pensamento social e 
perda da dimensão crítica em favor da 
científica - 120 
A Sociologia nasceu como resultado de uma situação histórica 
evolutiva no auge da época designada, com certa imprecisão, 
como feudal e do período moderno industrial-capitalista; 
nasceu como consequência do interesse despertado pela 
descoberta de que relações tidas até então como naturais 
fossem de fato mutáveis e históricas. [...]. Mas, logo depois, 
com a discussão dos juízos de valor na Associação de Política 
Social e a imposição da tese de Max Weber da inibição 
valorista na sociedade alemã de Sociologia, iniciou-se o século 
científico desta disciplina. Perdera-se o primitivo interesse e 
desterrara-se a valoração crítica; o que ficou foi e é a intenção 
de captar a realidade social e a postura que o homem tem 
nela pelo único meio de conhecimento reconhecido como 
válido em nosso século, isto é, a ciência da experimentação.
Invenção da sociedade industrial - 120 
Um dos primeiros resultados desta nova 
tendência da Sociologia foi a criação da 
sociedade industrial. [...]. Os sociólogos do 
século XIX interpretavam a sociedade sobretudo 
de modo polêmico: como sociedade capitalista, 
sociedade de alienação, da injustiça, da miséria 
e opressão. Com a ciência avalorista começaram 
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destacou-se o de sociedade industrial como o 
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- 121 
Somente nas últimas décadas a Sociologia científica descobriu 
algo completamente novo no desenvolvimento da realidade: a 
sociedade industrial. Também nela ainda existem, de acordo 
com o quadro atualmente válido, estratos sociais e inclusive, 
talvez, classes sociais; portanto, também nela se dá a 
desigualdade humana. Mas, para a maioria dos sociólogos da 
sociedade industrial, esta desigualdade perdeu seu aguilhão e, 
inclusive, tende à sua própria dissolução numa forma de 
estrutura social que segundo os gostos e qualidades de cada 
um se descreve como “sociedade de consumo”, “sociedade de 
massas”, “sociedade de classe média nivelada”, “sociedade 
classista”, “sociedade da época pós-ideológica”, mas sempre 
como sociedade industrial.
Explicitação do conteúdo ideológico da 
noção de “sociedade industrial” – campo 
dos estratos sociais - 121. A imagem dominante na atualidade sobre a estratificação social da sociedade 
industrial é caracterizada sobretudo por três elementos: [1] [...], fala-se de 
tendência a uma nivelação pelo achatamento dos “altos” e “baixos”. 
Argumenta-se que desde a Revolução Francesa todos os homens gozam de 
um mesmo e comum status fundamental: o de cidadão. [...]. As discrepâncias 
acidentais que ficaram já não são tão grandes como antes; a hierarquia na 
estratificação social se reduziu, seja se aplicamos o critério das rendas como o 
do prestígio, a formação ou, inclusive, o do poder. [2] [...], encontramo-nos 
com uma forte concentração no campo médio desta hierarquia reduzida. [...], 
uma imensa maioria ocupa hoje a posição média. Isto vale tanto num sentido 
“objetivo” – no que se refere a renda e prestígio social, meios e situação de 
formação e poder entre dois extremos - como também em sentido 
“subjetivo”, na medida em que a maioria se considera hoje como pertencente 
à “classe média”. [...] [3], que o indivíduo na sociedade industrial não se acha 
preso à sua posição social; pode mover-se livremente, descer e, sobretudo, 
subir de categoria.
Explicitação do conteúdo ideológico da 
noção de “sociedade industrial” – como 
sociedade de massa – 121-2. 
A sociedade industrial é uma sociedade de massas, isto é [...], 
nela o indivíduo se converte num grão de areia, que não pode 
se distinguir em nada de seus semelhantes. Perde sua 
individualidade, tanto como joguete dos demagogos, quanto 
como objetivo da propaganda e dos chamados meios de 
comunicação de massa, como um “indivíduo dirigido de fora”. 
Para demonstrar esta tese apresenta-se como prova a 
conduta massificada, a moda: [...]. É lógico que neste sentido 
atribua-se à sociedade industrial uma estrutura que conduz à 
eliminação da desigualdade entre os homens mediante a sua 
transformação em uma massa genérica e parda, de 
uniformidade anônima
Explicitação do conteúdo ideológico da 
noção de “sociedade industrial” – como 
sociedade de consumo – 122. 
A sociedade industrial, [...], apoia-se sobre uma nova base de 
ordenação: agora o homem é o que ele consegue. A renda 
determina a situação social de cada um e as instituições do 
sistema educativo têm a missão de calibrar a capacidade de 
rendimento de cada indivíduo com o objetivo de dirigir cada 
um até a posição que lhe corresponde na sociedade. Todos 
têm idêntica oportunidade, uma vez que nem a origem nem a 
propriedade decidem hoje a situação social do indivíduo; a 
sociedade de consumo também conduz à eliminação da 
desigualdade.
Explicitação do conteúdo ideológico da noção de 
“sociedade industrial” – tecnificação substituindo 
o domínio do homem pelo homem – 122. 
[...], hoje se fala muito da fábrica automática em que todas as 
relações de dominação se transformaram num programa de 
mecanismos dirigidos eletronicamente e onde ninguém dá 
ordens e ninguém obedece. “Mutatis mutandis” este 
esquema também se aplica aos sistemas políticos; aqui se fala 
da “estrutura amorfa do poder” ou do “predomínio da lei” 
(em oposição ao predomínio humano), da “transformação do 
Estado” num mero organismo administrativo e do pluralismo 
de grupos, que impede a formação de núcleos de poder. 
Desta maneira, ninguém, na realidade, está por cima ou está 
subordinado; também no campo do poder e da servidão a 
sociedade industrial eliminou a desigualdade entre os 
homens.
Papel da sociologia enquanto ciência na criação 
da noção – 122-3 
[...]: quase todos os sociólogos de todos os países 
contribuíram com seu grão de areia para facilitar o 
nascimento do conceito de sociedade industrial. Enquanto o 
fizeram como sociólogos com status científico, outorgaram a 
este quadro, ao mesmo tempo, um marco que do nosso 
ponto de vista tem especial importância: a sociedade 
industrial não é uma imagem inspirada ou especulativa; não é, 
por isso, tampouco, coisa evidente para a Sociologia, ideologia 
tendenciosa que trate de justificar o predomínio de 
determinados grupos sociais; é, isto sim, a imagem de nossa 
época, tal como foi obtida mediante uma investigação 
“objetiva” e “avalorista”.
Fundamentação da crítica – 123 
[...], se contemplamos mais detidamente o quadro sociológico 
da sociedade industrial, veremos logo, e com toda clareza, 
que aqui somente se pode falar de assepsia valorista num 
sentido: este quadro – [...] – em estímulos críticos-sociais; ao 
contrário, os sociólogos se preocupam trabalhosamente em 
desterrar de suas análises qualquer distanciamento crítico da 
realidade; mas, em consequência, surge de imprevisto a 
valorização, porém num sentido inverso, de uma imagem de 
harmonia, da integração, do reconhecimento do real como 
lógico e exato. [...]. No conjunto, vibra em quase todas as 
investigações sociológicas recentes o sentimento oculto de 
que tudo está bem em nosso mundo social e de que a própria 
realidade tende para formas cada vez mais justas e melhores.
Crítica à generalização – 123-4 
Todas as diferenças particulares entre as distintas sociedades 
desaparecem [...]: as sociedades inglesa, americana, alemã e 
francesa e logo também a russa se fundem nela de um modo 
genérico, que promete a todos os países idêntica esperança. 
Mas, essas sociedades são, realmente, tão semelhantes? Não 
existiria uma falta de exatidão intranquilizadora nesse 
conceito de sociedade industrial? Não será uma tentativa de 
elidir o problema das características particulares, e menos 
agradáveis, da sociedade americana, alemã ou russa? Não fica 
sem ser dito, e mais, sem perguntar, o fundamental, se nos 
aproximamos da realidade com essa inocente ideia geral da 
sociedade industrial?
Diferenças entre as “sociedades industriais” – 
124 
A Alemanha e a Inglaterra são sociedades industriais; mas a 
Inglaterra é a mãe da democracia liberal e a Alemanha é mãe 
do moderno Estado autoritário. A América e a Rússia são 
sociedades industriais e, sem dúvida, suas divergências 
caracterizam a nossa época. Estes não são problema 
sociológicos? Parece-me que são até mesmo nossos 
problemas fundamentais. Mas, para resolvê-los, temos de 
liberar-nos sem escusas do mito idílico da sociedade 
industrial.
Persistência da desigualdade - 124 
Já não existe efetivamente a desigualdade entre os homens 
nas sociedades modernas? Ou, talvez, apenas se modificaram 
as formas dessa desigualdade? Não são também o tipo de 
carro, o lugar das férias, o estilo da habitação outros tantos 
símbolos efetivos e que deixam a marca da estratificação 
social, como o eram os privilégios na sociedade estamental? 
Não se pode dizer que a sociedade de rendimento, que na 
realidade é uma sociedade de títulos e certificados, é tão 
pouco “natural” ou “justa” como era a sociedade de origem e 
propriedade? A divisão do trabalho e a burocratização do 
poder eliminaram de fato toda forma de supra-ordenação e 
subordinação entre os homens? Não existem mais na 
sociedade atual o “de cima” e o “de baixo”?
Sociedade industrial como tendência, artifício 
suspeito - 124 
Se quisermos dar fé a todas as teses manifestas e latentes da 
investigação sociológica, deveríamos aceitar que nossa 
sociedade é a utopia feita realidade ou, melhor dizendo, feita 
quase realidade, pois as obras sociológicas se distinguem por 
uma acumulação suspeita de afirmações de “tendência”. 
“Tendemos” para a sociedade de rendimento, para a 
nivelação, para a massificação, etc. Essas afirmações de 
tendência levam a acreditar em modéstia e seriedade 
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Sociologia e sociedade industrial

  • 1. Sociologia e sociedade industrial DAHRENDORF, Ralph. In: FORACCHI, Marialice Mencarini; MARTINS, José de Souza. Sociologia e sociedade: leituras de introdução à sociologia. Rio de Janeiro: LTC, 1977.
  • 2. Pensadores em cada tempo e lugar como justificadores da sociedade. 118 Os teólogos da Alta Idade Média, os da Reforma Luterana e da Contra-Reforma, os filósofos do Empirismo inglês, da Ilustração francesa e do Idealismo alemão e os sociólogos de muitos países em épocas recentes e atuais foram ou são também os ideólogos de suas sociedades: homens que representam os fatos sociais e políticos em seus sistemas ou teorias de tal maneira que o real em cada caso aparece, senão como razoável, pelo menos como necessário.
  • 3. Sociologia também como justificadora da “sociedade industrial” 118-9 Sociologia e sociedade industrial mantêm relações sumamente estranhas. Por um lado, a sociologia nasceu na sociedade industrial; apareceu e adquiriu importância como consequência da industrialização. Mas, por outro lado, a “sociedade industrial” é a filha mimada da Sociologia, seu próprio conceito pode ser considerado um produto da moderna ciência social.
  • 4. Início do desenrolar do raciocínio: história do pensamento em sociologia. 119 Somente no século XVIII transforma-se repentinamente em um problema o fato, [...], da desigualdade dos homens. No ano de 1754 a academia de Dijon propôs como tema de um concurso literário, [...]: “Qual é a origem da desigualdade humana? Ela está legitimada pelo direito natural?” [...]. Deram o prêmio a um teólogo e não ao trabalho de Jean-Jacques Rousseau, que buscava a origem da desigualdade na propriedade privada, quer dizer num fenômeno social. Mas a pergunta ficava feita. Pouco depois escrevia o escocês Millar seu livro Sobre a origem das diferenças de classe; também ele via na propriedade privada a fonte de toda desigualdade social. [...]. Com estes trabalhos começa uma tradição de pensamento e investigação, que tem seu primeiro zênite em Marx no século XIX. Aqui começa ao mesmo tempo a história da Sociologia como desenvolvimento contínuo do tratamento científico de um problema específico.
  • 5. Impulsos que deram origem à sociologia - 120 A revolução industrial estava ainda em seus primeiros passos, mas já em fins do século XVIII alguns pensadores e investigadores se deram conta de que estava em vias de aparecer uma nova sociedade em que a desigualdade humana seria considerada de um ponto de vista diferente do critério até então válido. A imposição da noção moderna da igualdade dos cidadãos no Estado e a formação de uma classe social fundada em sua posição econômica foram os estímulos fundamentais desta evolução intelectual que mais tarde desembocou na Sociologia científica.
  • 6. Evolução do pensamento social e perda da dimensão crítica em favor da científica - 120 A Sociologia nasceu como resultado de uma situação histórica evolutiva no auge da época designada, com certa imprecisão, como feudal e do período moderno industrial-capitalista; nasceu como consequência do interesse despertado pela descoberta de que relações tidas até então como naturais fossem de fato mutáveis e históricas. [...]. Mas, logo depois, com a discussão dos juízos de valor na Associação de Política Social e a imposição da tese de Max Weber da inibição valorista na sociedade alemã de Sociologia, iniciou-se o século científico desta disciplina. Perdera-se o primitivo interesse e desterrara-se a valoração crítica; o que ficou foi e é a intenção de captar a realidade social e a postura que o homem tem nela pelo único meio de conhecimento reconhecido como válido em nosso século, isto é, a ciência da experimentação.
  • 7. Invenção da sociedade industrial - 120 Um dos primeiros resultados desta nova tendência da Sociologia foi a criação da sociedade industrial. [...]. Os sociólogos do século XIX interpretavam a sociedade sobretudo de modo polêmico: como sociedade capitalista, sociedade de alienação, da injustiça, da miséria e opressão. Com a ciência avalorista começaram também a buscar termos assépticos, e entre eles destacou-se o de sociedade industrial como o mais adequado e eficaz.
  • 8. Caracterização da sociedade industrial: o mito da sociedade sem desigualdade - 121 Somente nas últimas décadas a Sociologia científica descobriu algo completamente novo no desenvolvimento da realidade: a sociedade industrial. Também nela ainda existem, de acordo com o quadro atualmente válido, estratos sociais e inclusive, talvez, classes sociais; portanto, também nela se dá a desigualdade humana. Mas, para a maioria dos sociólogos da sociedade industrial, esta desigualdade perdeu seu aguilhão e, inclusive, tende à sua própria dissolução numa forma de estrutura social que segundo os gostos e qualidades de cada um se descreve como “sociedade de consumo”, “sociedade de massas”, “sociedade de classe média nivelada”, “sociedade classista”, “sociedade da época pós-ideológica”, mas sempre como sociedade industrial.
  • 9. Explicitação do conteúdo ideológico da noção de “sociedade industrial” – campo dos estratos sociais - 121. A imagem dominante na atualidade sobre a estratificação social da sociedade industrial é caracterizada sobretudo por três elementos: [1] [...], fala-se de tendência a uma nivelação pelo achatamento dos “altos” e “baixos”. Argumenta-se que desde a Revolução Francesa todos os homens gozam de um mesmo e comum status fundamental: o de cidadão. [...]. As discrepâncias acidentais que ficaram já não são tão grandes como antes; a hierarquia na estratificação social se reduziu, seja se aplicamos o critério das rendas como o do prestígio, a formação ou, inclusive, o do poder. [2] [...], encontramo-nos com uma forte concentração no campo médio desta hierarquia reduzida. [...], uma imensa maioria ocupa hoje a posição média. Isto vale tanto num sentido “objetivo” – no que se refere a renda e prestígio social, meios e situação de formação e poder entre dois extremos - como também em sentido “subjetivo”, na medida em que a maioria se considera hoje como pertencente à “classe média”. [...] [3], que o indivíduo na sociedade industrial não se acha preso à sua posição social; pode mover-se livremente, descer e, sobretudo, subir de categoria.
  • 10. Explicitação do conteúdo ideológico da noção de “sociedade industrial” – como sociedade de massa – 121-2. A sociedade industrial é uma sociedade de massas, isto é [...], nela o indivíduo se converte num grão de areia, que não pode se distinguir em nada de seus semelhantes. Perde sua individualidade, tanto como joguete dos demagogos, quanto como objetivo da propaganda e dos chamados meios de comunicação de massa, como um “indivíduo dirigido de fora”. Para demonstrar esta tese apresenta-se como prova a conduta massificada, a moda: [...]. É lógico que neste sentido atribua-se à sociedade industrial uma estrutura que conduz à eliminação da desigualdade entre os homens mediante a sua transformação em uma massa genérica e parda, de uniformidade anônima
  • 11. Explicitação do conteúdo ideológico da noção de “sociedade industrial” – como sociedade de consumo – 122. A sociedade industrial, [...], apoia-se sobre uma nova base de ordenação: agora o homem é o que ele consegue. A renda determina a situação social de cada um e as instituições do sistema educativo têm a missão de calibrar a capacidade de rendimento de cada indivíduo com o objetivo de dirigir cada um até a posição que lhe corresponde na sociedade. Todos têm idêntica oportunidade, uma vez que nem a origem nem a propriedade decidem hoje a situação social do indivíduo; a sociedade de consumo também conduz à eliminação da desigualdade.
  • 12. Explicitação do conteúdo ideológico da noção de “sociedade industrial” – tecnificação substituindo o domínio do homem pelo homem – 122. [...], hoje se fala muito da fábrica automática em que todas as relações de dominação se transformaram num programa de mecanismos dirigidos eletronicamente e onde ninguém dá ordens e ninguém obedece. “Mutatis mutandis” este esquema também se aplica aos sistemas políticos; aqui se fala da “estrutura amorfa do poder” ou do “predomínio da lei” (em oposição ao predomínio humano), da “transformação do Estado” num mero organismo administrativo e do pluralismo de grupos, que impede a formação de núcleos de poder. Desta maneira, ninguém, na realidade, está por cima ou está subordinado; também no campo do poder e da servidão a sociedade industrial eliminou a desigualdade entre os homens.
  • 13. Papel da sociologia enquanto ciência na criação da noção – 122-3 [...]: quase todos os sociólogos de todos os países contribuíram com seu grão de areia para facilitar o nascimento do conceito de sociedade industrial. Enquanto o fizeram como sociólogos com status científico, outorgaram a este quadro, ao mesmo tempo, um marco que do nosso ponto de vista tem especial importância: a sociedade industrial não é uma imagem inspirada ou especulativa; não é, por isso, tampouco, coisa evidente para a Sociologia, ideologia tendenciosa que trate de justificar o predomínio de determinados grupos sociais; é, isto sim, a imagem de nossa época, tal como foi obtida mediante uma investigação “objetiva” e “avalorista”.
  • 14. Fundamentação da crítica – 123 [...], se contemplamos mais detidamente o quadro sociológico da sociedade industrial, veremos logo, e com toda clareza, que aqui somente se pode falar de assepsia valorista num sentido: este quadro – [...] – em estímulos críticos-sociais; ao contrário, os sociólogos se preocupam trabalhosamente em desterrar de suas análises qualquer distanciamento crítico da realidade; mas, em consequência, surge de imprevisto a valorização, porém num sentido inverso, de uma imagem de harmonia, da integração, do reconhecimento do real como lógico e exato. [...]. No conjunto, vibra em quase todas as investigações sociológicas recentes o sentimento oculto de que tudo está bem em nosso mundo social e de que a própria realidade tende para formas cada vez mais justas e melhores.
  • 15. Crítica à generalização – 123-4 Todas as diferenças particulares entre as distintas sociedades desaparecem [...]: as sociedades inglesa, americana, alemã e francesa e logo também a russa se fundem nela de um modo genérico, que promete a todos os países idêntica esperança. Mas, essas sociedades são, realmente, tão semelhantes? Não existiria uma falta de exatidão intranquilizadora nesse conceito de sociedade industrial? Não será uma tentativa de elidir o problema das características particulares, e menos agradáveis, da sociedade americana, alemã ou russa? Não fica sem ser dito, e mais, sem perguntar, o fundamental, se nos aproximamos da realidade com essa inocente ideia geral da sociedade industrial?
  • 16. Diferenças entre as “sociedades industriais” – 124 A Alemanha e a Inglaterra são sociedades industriais; mas a Inglaterra é a mãe da democracia liberal e a Alemanha é mãe do moderno Estado autoritário. A América e a Rússia são sociedades industriais e, sem dúvida, suas divergências caracterizam a nossa época. Estes não são problema sociológicos? Parece-me que são até mesmo nossos problemas fundamentais. Mas, para resolvê-los, temos de liberar-nos sem escusas do mito idílico da sociedade industrial.
  • 17. Persistência da desigualdade - 124 Já não existe efetivamente a desigualdade entre os homens nas sociedades modernas? Ou, talvez, apenas se modificaram as formas dessa desigualdade? Não são também o tipo de carro, o lugar das férias, o estilo da habitação outros tantos símbolos efetivos e que deixam a marca da estratificação social, como o eram os privilégios na sociedade estamental? Não se pode dizer que a sociedade de rendimento, que na realidade é uma sociedade de títulos e certificados, é tão pouco “natural” ou “justa” como era a sociedade de origem e propriedade? A divisão do trabalho e a burocratização do poder eliminaram de fato toda forma de supra-ordenação e subordinação entre os homens? Não existem mais na sociedade atual o “de cima” e o “de baixo”?
  • 18. Sociedade industrial como tendência, artifício suspeito - 124 Se quisermos dar fé a todas as teses manifestas e latentes da investigação sociológica, deveríamos aceitar que nossa sociedade é a utopia feita realidade ou, melhor dizendo, feita quase realidade, pois as obras sociológicas se distinguem por uma acumulação suspeita de afirmações de “tendência”. “Tendemos” para a sociedade de rendimento, para a nivelação, para a massificação, etc. Essas afirmações de tendência levam a acreditar em modéstia e seriedade científicas; na realidade não são nem uma coisa nem outra. Na realidade não são mais do que profecias, pois para estabelecer prognósticos objetivos ainda falta fundamento à teoria sociológica.