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Professora: Camila Campos Gómez Famá
Professora IFPB – Campus João Pessoa
Mestre em Engenharia Civil – UFRGS
Doutoranda em Engenharia de Produção – UFPE
Engenheira Civil- UFCG
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
CAMPUS JOÃO PESSOA
Cimento na
Construção Civil
Cimento
Aglomerante hidráulico largamente utilizado para a
composição de peças estruturais em concreto e
revestimento devido à sua excelente capacidade
resistente.
Tipos:
 Comum;
 Composto;
 De alta resistência inicial;
 De moderada resistência a sulfatos;
 Etc.
Cimento
Material existente na forma
de um pó fino, com
dimensões médias da
ordem dos 50 µm, que
resulta da mistura de
clínquer com outros
materiais, tais como o
gesso, pozolanas, ou
escórias siliciosas, em
quantidades que dependem
do tipo de aplicação e das
características procuradas
para o cimento.
Histórico
CIMENTO
“PEDRA NATURAL
PROVENIENTE DE
ROCHEDOS”
1756: o inglês John Smeaton consegue obter um
produto de alta resistência por meio de calcinação
de calcários moles e argilosos.
1818: o francês Vicat obtem resultados semelhantes
aos de Smeaton. É considerado o inventor do
cimento artificial.
Do Latim…
CAEMENTU
Histórico
1824: o inglês Joseph Aspdin queima
conjuntamente pedras calcárias e argila,
transformando-as num pó fino. Percebe que obtém
uma mistura que, após secar, torna- se tão dura
quanto as pedras empregadas nas construções.
• 1888: Antônio Proost Rodovalho empenha-se em instalar
uma fábrica em sua fazenda em Santo Antônio, SP;
• 1892: uma pequena instalação produtora na ilha
de Tiriri, PB;
• 1924: implantação da Companhia Brasileira de Cimento
Portland em Perus, SP.
 O consumo de cimento no país dependia exclusivamente
do produto importado. A produção nacional foi
gradativamente elevada com a implantação de novas
fábricas e a participação de produtos importados oscilou
durante as décadas seguintes, até praticamente desaparecer
nos dias de hoje.
Experiência Brasileira
Matérias-primas
CALCÁRIO + ARGILA + GESSO
CLÍNQUER
Minério de ferro: Adicionado para diminuir o ponto de
fusão das matérias primas do cínquer.
Calcários:
 São constituídos basicamente de carbonato de cálcio
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magnésio, silício, alumínio ou ferro;
Componentes do Cimento
Importante: O uso de calcários com alto teor de MgO
na produção de cimentos causa desvantagens na
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MgO + H2O → Mg(OH)2
Esta reação produz um elemento expansivo,
aumentando o volume final, além de sais solúveis que
podem enfraquecer o concreto quando exposto a
lixiviação.
Componentes do Cimento
Argila:
 Silicatos complexos contendo alumínio e ferro como cátions
principais, além de potássio, magnésio, sódio, cálcio, titânio e
outros;
 A argila fornece ao cimento os componentes necessários: Al2O3,
Fe2O3 e SiO2.
Componentes do Cimento
Gesso:
 É o produto de adição final no processo de fabricação do
cimento, com o fim de regular o tempo de pega por ocasião das
reações de hidratação.
 O teor de gesso varia em torno de 3% no cimento.
Componentes do Cimento
Fabricação do cimento
• Extração da matéria-prima das minas;
• Britagem e mistura nas proporções corretas:
• 75-80% de calcário e 20-25% de argila.
• Moagem de matéria-prima;
• Cozimento em forno rotativo a cerca de 1450o C:
• A mistura cozida sofre uma série de reações químicas
complexas deixando o forno com a denominação de clínquer.
• Clinquerização.
• Redução do clínquer a pó em um moinho
juntamente com 3-4% de gesso.
• Adições finais (pozolanas, escórias,…).
Fabricação do cimento
Dois métodos distintos:
• Processo seco:
• A mistura é moída totalmente seca e alimenta o forno em
forma de pó. Tem a vantagem determinante de economizar
combustível já que não tem água para evaporar no forno.
• Processo úmido:
• A mistura é moída com a adição de aproximadamente 40%
de água. É caracterizado pela simplicidade da instalação e
da operação dos moinhos e fornos.
 Dos dois métodos, produz-se o mesmo clínquer
e o cimento final é idêntico nos dois casos.
Fabricação do cimento
Preparação da mistura crua
O calcário e a argila são misturados e moídos até que a
mistura crua tenha:
 3% de sua massa retida na peneira ABNT #0,150mm
 13% de sua massa retida na peneira ABNT #0,088mm.
O processo de moagem se dá num moinho de bolas ou
de rolos, por impacto e por atrito.
Preparação da mistura crua
Preparação da mistura crua
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O material entra no moinho encontrando em contra-
corrente ar quente (~220°C), o que propicia a secagem
do material.
 O material entra com umidade em torno de 5% e sai com
umidade em torno de 0,9% a uma temperatura de final de 80ºC.
Depois de moído, o material é estocado em silos, onde
pode ser feita a homogeneização do mesmo.
Processo de clinquerização
Os combustíveis mais utilizados para elevar a
temperatura de clinquerização (~1400°C) são: óleo
pesado, coque de petróleo, carvão mineral ou vegetal.
Interior do forno em operação
Processo de clinquerização
O material cru é lançado em uma torre de ciclones,
onde ocorre a separação dos gases do material sólido.
Os gases são lançados na atmosfera, após passarem
por um filtro eletrostático onde as partículas são
precipitadas e voltam ao processo.
Após passagem pelos ciclones, o material entra no
forno rotativo, onde ocorrem as reações de
clinquerização.
Processo de clinquerização
Após a clinquerização, o clínquer formado é
bruscamente resfriado com ar frio em contra corrente e
é estocado em silos para a produção do cimento.
Processo de clinquerização
Pega e endurecimento
Pega:
 Período de fenômenos químicos, em que ocorrem
desprendimentos de calor e reações;
Endurecimento:
 Período de fenômenos físicos de secagem e entrelaçamento dos
cristais;
Início de pega:
 Tempo que decorre desde a adição de água até o início das
reações com os compostos de cimento;
Fim de pega:
 Situação em que a pasta não sofre mais nenhuma deformação
em função de pequenas cargas e se torna um bloco rígido;
Armazenamento do cimento
Granel
 Silos hermeticamente fechados
 Tempo máximo: 180 dias
Sacos
 Galpões fechados
 Estrados de madeira a 30cm do solo e a 30cm das
paredes
 Empilhamento máximo: 15 sacos
 Distância entre pilhas: 60cm
 Tempo máximo: 30 dias (canteiro)
Propriedades do cimento
Propriedades do cimento
Propriedades do cimento
Propriedades do cimento
Finura:
 Corresponde à área específica de contato dos grãos
de cimento com a água da mistura.
 Tanto maior quanto mais eficiente for a moagem
do clínquer com gesso.
 Influência no comportamento do cimento:
 Velocidade de endurecimento
 Potencialidade - reatividade
 Determinação:
 Finura: peneiramento (nº 200 e nº 325)
 Área específica: Permeabilímetro de Blaine
Propriedades do cimento
Propriedades do cimento
Propriedades do cimento
Propriedades do cimento
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Propriedades do cimento
Propriedades do cimento
Propriedades do cimento
Propriedades do cimento
Propriedades do cimento
Calor de hidratação:
 Representa o calor gerado pela reação exotérmica de
hidratação do cimento.
Importância:
 Execução de peças com grande volume de concreto
(concreto massa) - barragens, blocos de fundação...
 Fissuras térmicas.
Determinação:
 Calorímetro (difícil avaliação precisa – encontrado
apenas em grandes laboratórios).
Propriedades do cimento
Propriedades do cimento
Propriedades do cimento
Tempos de pega:
 Tempo para a solidificação da pasta plástica de
cimento.
 Início de pega: Marca o ponto no tempo em que a
pasta torna-se não trabalhável.
 Fim de pega: Tempo necessário para a pasta se
torne totalmente rígida.
Importância:
 Determina o período de tempo que o concreto
pode ser trabalhado após o seu lançamento.
Propriedades do cimento
Tempos de pega:
 Determinação: Aparelho de Vicat.
 Início de pega: Agulha penetra 39mm na pasta
 Fim de pega: Agulha faz uma impressão na superfície da
pasta, sem penetrar
Enrijecimento:
 Perda de consistência da pasta plástica do cimento.
 Determinação:
 Perda de abatimento do concreto.
Propriedades do cimento
Propriedades do cimento
Propriedades do cimento
Resistência característica:
 Resistência à compressão que atinge um corpo de prova
cilíndrico pequeno fabricado a partir da pasta de
consistência normal com o cimento em questão.
Caracteriza o tipo de cimento.
Pasta para o ensaio:
 Areia lavada;
 Água destilada.
 Consistência normal.
Propriedades do cimento
Adições ao cimento
Composição
Classe -
Resistência aos
28 dias (MPa)
Cimento
Portland
TIPO
Ex.: CPII-E-32
CPII-E (SIGLA)
32 (CLASSE)
SIGLA
 NOME TÉCNICO: Cimento Portland
composto com escória com resistência
característica de 32 MPa.
CIMENTO PORTLAND: NOMENCLATURA
CP XXX RR
 Cimento Portland Comum
 Cimento Portland Composto
 Cimento Portland de Alto-Forno
 Cimento Portland Pozolânico
 Cimento Portland de Alta Inicial
NBR 5732
NBR 11578
NBR 5735
NBR 5736
NBR 5733
CIMENTO PORTLAND: NORMALIZAÇÃO
ESPECIFICAÇÕES E APLICAÇÕES
• Todos os tipos de cimento são adequados a
todos os tipos de estruturas e aplicações.
• Existem tipos de cimento que são mais
recomendáveis ou vantajosos para
determinadas aplicações
TIPO Sigla Classe
Norma
Brasileira
Clínquer
+ Gesso
Composição (%)
Escória Pozolana Fíler
Comum
CP I
25
100 0
NBR 5732
32
40
CP I-S 95 a 99 1 a 5
25
32
Composto
40
25
56 a 94 6 a 34 6 a 14 0 a 10
NBR 11578
CP II-E 32
40
76 a 94 0 15 a 20 0 a 10
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CP II-F
40
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Pozolânico CP IV
Alta Resistência CP V-ARI - 95 a 100 0 0 0 a 5 NBR 5733
Outros tipos de cimento
 Cimento Portland Resistente a Sulfatos
 Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação
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  • 1. Professora: Camila Campos Gómez Famá Professora IFPB – Campus João Pessoa Mestre em Engenharia Civil – UFRGS Doutoranda em Engenharia de Produção – UFPE Engenheira Civil- UFCG MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CAMPUS JOÃO PESSOA
  • 3. Cimento Aglomerante hidráulico largamente utilizado para a composição de peças estruturais em concreto e revestimento devido à sua excelente capacidade resistente. Tipos:  Comum;  Composto;  De alta resistência inicial;  De moderada resistência a sulfatos;  Etc.
  • 4. Cimento Material existente na forma de um pó fino, com dimensões médias da ordem dos 50 µm, que resulta da mistura de clínquer com outros materiais, tais como o gesso, pozolanas, ou escórias siliciosas, em quantidades que dependem do tipo de aplicação e das características procuradas para o cimento.
  • 5. Histórico CIMENTO “PEDRA NATURAL PROVENIENTE DE ROCHEDOS” 1756: o inglês John Smeaton consegue obter um produto de alta resistência por meio de calcinação de calcários moles e argilosos. 1818: o francês Vicat obtem resultados semelhantes aos de Smeaton. É considerado o inventor do cimento artificial. Do Latim… CAEMENTU
  • 6. Histórico 1824: o inglês Joseph Aspdin queima conjuntamente pedras calcárias e argila, transformando-as num pó fino. Percebe que obtém uma mistura que, após secar, torna- se tão dura quanto as pedras empregadas nas construções.
  • 7. • 1888: Antônio Proost Rodovalho empenha-se em instalar uma fábrica em sua fazenda em Santo Antônio, SP; • 1892: uma pequena instalação produtora na ilha de Tiriri, PB; • 1924: implantação da Companhia Brasileira de Cimento Portland em Perus, SP.  O consumo de cimento no país dependia exclusivamente do produto importado. A produção nacional foi gradativamente elevada com a implantação de novas fábricas e a participação de produtos importados oscilou durante as décadas seguintes, até praticamente desaparecer nos dias de hoje. Experiência Brasileira
  • 8. Matérias-primas CALCÁRIO + ARGILA + GESSO CLÍNQUER Minério de ferro: Adicionado para diminuir o ponto de fusão das matérias primas do cínquer.
  • 9. Calcários:  São constituídos basicamente de carbonato de cálcio (CaCO3), mas podem conter várias impurezas, como magnésio, silício, alumínio ou ferro; Componentes do Cimento
  • 10. Importante: O uso de calcários com alto teor de MgO na produção de cimentos causa desvantagens na hidratação do material: MgO + H2O → Mg(OH)2 Esta reação produz um elemento expansivo, aumentando o volume final, além de sais solúveis que podem enfraquecer o concreto quando exposto a lixiviação. Componentes do Cimento
  • 11. Argila:  Silicatos complexos contendo alumínio e ferro como cátions principais, além de potássio, magnésio, sódio, cálcio, titânio e outros;  A argila fornece ao cimento os componentes necessários: Al2O3, Fe2O3 e SiO2. Componentes do Cimento
  • 12. Gesso:  É o produto de adição final no processo de fabricação do cimento, com o fim de regular o tempo de pega por ocasião das reações de hidratação.  O teor de gesso varia em torno de 3% no cimento. Componentes do Cimento
  • 13. Fabricação do cimento • Extração da matéria-prima das minas; • Britagem e mistura nas proporções corretas: • 75-80% de calcário e 20-25% de argila. • Moagem de matéria-prima; • Cozimento em forno rotativo a cerca de 1450o C: • A mistura cozida sofre uma série de reações químicas complexas deixando o forno com a denominação de clínquer. • Clinquerização. • Redução do clínquer a pó em um moinho juntamente com 3-4% de gesso. • Adições finais (pozolanas, escórias,…).
  • 15. Dois métodos distintos: • Processo seco: • A mistura é moída totalmente seca e alimenta o forno em forma de pó. Tem a vantagem determinante de economizar combustível já que não tem água para evaporar no forno. • Processo úmido: • A mistura é moída com a adição de aproximadamente 40% de água. É caracterizado pela simplicidade da instalação e da operação dos moinhos e fornos.  Dos dois métodos, produz-se o mesmo clínquer e o cimento final é idêntico nos dois casos. Fabricação do cimento
  • 16. Preparação da mistura crua O calcário e a argila são misturados e moídos até que a mistura crua tenha:  3% de sua massa retida na peneira ABNT #0,150mm  13% de sua massa retida na peneira ABNT #0,088mm. O processo de moagem se dá num moinho de bolas ou de rolos, por impacto e por atrito.
  • 19. Preparação da mistura crua O material entra no moinho encontrando em contra- corrente ar quente (~220°C), o que propicia a secagem do material.  O material entra com umidade em torno de 5% e sai com umidade em torno de 0,9% a uma temperatura de final de 80ºC. Depois de moído, o material é estocado em silos, onde pode ser feita a homogeneização do mesmo.
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  • 21. Processo de clinquerização Os combustíveis mais utilizados para elevar a temperatura de clinquerização (~1400°C) são: óleo pesado, coque de petróleo, carvão mineral ou vegetal. Interior do forno em operação
  • 23. O material cru é lançado em uma torre de ciclones, onde ocorre a separação dos gases do material sólido. Os gases são lançados na atmosfera, após passarem por um filtro eletrostático onde as partículas são precipitadas e voltam ao processo. Após passagem pelos ciclones, o material entra no forno rotativo, onde ocorrem as reações de clinquerização. Processo de clinquerização
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  • 25. Após a clinquerização, o clínquer formado é bruscamente resfriado com ar frio em contra corrente e é estocado em silos para a produção do cimento. Processo de clinquerização
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  • 27. Pega e endurecimento Pega:  Período de fenômenos químicos, em que ocorrem desprendimentos de calor e reações; Endurecimento:  Período de fenômenos físicos de secagem e entrelaçamento dos cristais; Início de pega:  Tempo que decorre desde a adição de água até o início das reações com os compostos de cimento; Fim de pega:  Situação em que a pasta não sofre mais nenhuma deformação em função de pequenas cargas e se torna um bloco rígido;
  • 28. Armazenamento do cimento Granel  Silos hermeticamente fechados  Tempo máximo: 180 dias Sacos  Galpões fechados  Estrados de madeira a 30cm do solo e a 30cm das paredes  Empilhamento máximo: 15 sacos  Distância entre pilhas: 60cm  Tempo máximo: 30 dias (canteiro)
  • 32. Propriedades do cimento Finura:  Corresponde à área específica de contato dos grãos de cimento com a água da mistura.  Tanto maior quanto mais eficiente for a moagem do clínquer com gesso.  Influência no comportamento do cimento:  Velocidade de endurecimento  Potencialidade - reatividade  Determinação:  Finura: peneiramento (nº 200 e nº 325)  Área específica: Permeabilímetro de Blaine
  • 44. Propriedades do cimento Calor de hidratação:  Representa o calor gerado pela reação exotérmica de hidratação do cimento. Importância:  Execução de peças com grande volume de concreto (concreto massa) - barragens, blocos de fundação...  Fissuras térmicas. Determinação:  Calorímetro (difícil avaliação precisa – encontrado apenas em grandes laboratórios).
  • 47. Propriedades do cimento Tempos de pega:  Tempo para a solidificação da pasta plástica de cimento.  Início de pega: Marca o ponto no tempo em que a pasta torna-se não trabalhável.  Fim de pega: Tempo necessário para a pasta se torne totalmente rígida. Importância:  Determina o período de tempo que o concreto pode ser trabalhado após o seu lançamento.
  • 48. Propriedades do cimento Tempos de pega:  Determinação: Aparelho de Vicat.  Início de pega: Agulha penetra 39mm na pasta  Fim de pega: Agulha faz uma impressão na superfície da pasta, sem penetrar Enrijecimento:  Perda de consistência da pasta plástica do cimento.  Determinação:  Perda de abatimento do concreto.
  • 51. Propriedades do cimento Resistência característica:  Resistência à compressão que atinge um corpo de prova cilíndrico pequeno fabricado a partir da pasta de consistência normal com o cimento em questão. Caracteriza o tipo de cimento. Pasta para o ensaio:  Areia lavada;  Água destilada.  Consistência normal.
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  • 58. Composição Classe - Resistência aos 28 dias (MPa) Cimento Portland TIPO Ex.: CPII-E-32 CPII-E (SIGLA) 32 (CLASSE) SIGLA  NOME TÉCNICO: Cimento Portland composto com escória com resistência característica de 32 MPa. CIMENTO PORTLAND: NOMENCLATURA CP XXX RR
  • 59.  Cimento Portland Comum  Cimento Portland Composto  Cimento Portland de Alto-Forno  Cimento Portland Pozolânico  Cimento Portland de Alta Inicial NBR 5732 NBR 11578 NBR 5735 NBR 5736 NBR 5733 CIMENTO PORTLAND: NORMALIZAÇÃO
  • 60. ESPECIFICAÇÕES E APLICAÇÕES • Todos os tipos de cimento são adequados a todos os tipos de estruturas e aplicações. • Existem tipos de cimento que são mais recomendáveis ou vantajosos para determinadas aplicações
  • 61. TIPO Sigla Classe Norma Brasileira Clínquer + Gesso Composição (%) Escória Pozolana Fíler Comum CP I 25 100 0 NBR 5732 32 40 CP I-S 95 a 99 1 a 5 25 32 Composto 40 25 56 a 94 6 a 34 6 a 14 0 a 10 NBR 11578 CP II-E 32 40 76 a 94 0 15 a 20 0 a 10 25 CP II-Z 32 CP II-F 40 25 90 a 94 0 0 6 a 10 32 40 Alto-forno CP III 25 a 65 35 a 70 0 0 a 5 NBR 5735 25 32 40 25 45 a 85 0 15 a 50 0 a 5 NBR 5736 32 Inicial Pozolânico CP IV Alta Resistência CP V-ARI - 95 a 100 0 0 0 a 5 NBR 5733
  • 62. Outros tipos de cimento  Cimento Portland Resistente a Sulfatos  Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação  Cimento Aluminoso (refratario)  Cimento Branco (estrutural ou nao)
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