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Materiais de Construção
Aglomerantes
Aglomerantes
 DEFINIÇÃO
 Material ligante, geralmente pulverulento, que promove a união entre os
grãos dos agregados. Os aglomerantes são utilizados na obtenção de
pastas, argamassas, e concretos.
 Os principais aglomerantes são:
 Cimento;
 Cal Aérea;
 Cal Hidráulica; e
 Gesso.
Aglomerantes
 CAL AÉREA E CAL HIDRÁULICA
 Um dos ligantes artificiais mais antigos é o que resulta da cozedura dos
calcários, constituídos por CaCO3, mais abundantes na natureza.
Associada a estes existe sempre a argila, em maior ou menor
quantidade, porque a precipitação do carbonato de cálcio em águas
arrasta consigo a argila que porventura esteja em suspensão.
 Obtém-se então o calcário margoso; quando a argila é em quantidade
superior ao carbonato forma-se uma marga calcária.
Aglomerantes
 CAL AÉREA E CAL HIDRÁULICA
 A cozedura do calcário puro dá origem ao óxido de cálcio, que constitui
a cal aérea; a cozedura do calcário margoso dá origem às cais mais ou
menos hidráulicas, conforme o teor de argila, e também aos cimentos
naturais.
Aglomerantes
 No concreto, se emprega cimento portland, que reage com a água e
endurece com o tempo.
 Classificação dos Aglomerantes
 Hidráulico Simples
 Hidráulico Composto
 Misto
 Aéreos
Aglomerantes
 Hidráulico Simples
 São aglomerantes que reagem em presença de água. São constituídos
de um único aglomerante, podendo ser misturados a outras
substâncias, em pequenas quantidades, com a finalidade de regular
sua pega.
 Exemplo: CPC – Cimento Portland Comum, Cal Hidráulica.
Aglomerantes
 Hidráulico Composto
 São aglomerantes simples, com adição de materiais com propriedades
cimentícias, tais como a Pozolana, Escórias, etc.
 Exemplo: CPZ - Cimento Portlan Pozolânico
 Misto
 É a mistura de dois ou mais aglomerantes simples.
 Exemplo: Cimento + cal
Aglomerantes
 Propriedades dos Aglomerantes
 Pega
 definida como sendo o tempo de início do endurecimento. A pega
se dá, quando a pasta começa a perder sua plasticidade.
 Fim de Pega
 o fim da pega se dá quando a pasta se solidifica totalmente, não
significando, no entanto, que ela tenha adquirido toda a sua
resistência, o que só será conseguido após anos.
Aglomerantes
 Coeficiente de Rendimento
 Rendimento é o volume de pasta obtido com uma unidade de
volume de aglomerante.
água.
de
volume
a
real;
específica
Massa
aparente;
específica
Massa
;
,
;










a
C
ou
V
V
C
r
ag
pasta
r
Aglomerantes
 Classificação Quanto a Pega
 Aglomerantes Aéreos
 Endurecem pela ação química ao CO2 do ar.
 Exemplo: Cal Aérea e Gesso*.
Aglomerantes
 Aglomerantes Hidráulicos
 Endurecem pela ação exclusiva da água, esse fenômeno é
denominado hidratação.
 Exemplo: Cal Hidráulica, Cimento Natural e Cimento Portland.
Aglomerantes
 Aglomerantes Inertes
 Endurecem por secagem.
 Exemplo: Argilas e Betumes.
Aglomerantes
 CAL
 É o produto que se obtém com a calcinação, à temperatura elevada de
pedras calcárias.
 Há dois tipos de cal utilizados em construções:
 hidratada e
 hidráulica.
Aglomerantes
 Produção da Cal
 Cal Hidratada
 A partir da "queima" da pedra calcária em fomos, obtemos a "cal viva"
ou "cal virgem". Esta não tem aplicação direta em construções, sendo
necessário antes de usá-la, fazer a "extinção" ou "hidratação" pelo
menos com 48 horas de antecedência.
CaCO3
100%
CaO + CO2
56% 44%
900 ºC
Aglomerantes
 Extinção da Cal
 A hidratação consiste em adicionar dois ou três volumes de água para
cada volume de cal. Há forte desprendimento de calor e após certo
tempo as pedras se esfarelam transformando-se em pasta branca, a
que se dá o nome de "CAL HIDRATADA" .
Ca(OH)2 + Calor
CaO + H2O
Aglomerantes
 É nesta forma que tem sua aplicação em construções, sendo
utilizada em argamassas na presença ou não de cimento para
assentamento de tijolos ou para revestimentos.
 A cal hidratada ou comum ou aérea endurece em contato com o CO2
do ar ao contrário da hidráulica, que exige o contato com a água.
Aglomerantes
 Classificação:
 As cales aéreas se classificam segundo dois critérios:
 1) Quanto à composição química classificam-se em:
 Cal Cálcica – teor de MgO < 20%
 Cal Magnesiana – teor de MgO > 20%
 Em ambos os casos, a soma de CaO e MgO deve ser maior que 95% e
os componentes argilosos como a SiO2 (sílica), Al2O3 (alumina) e
Fe2O3 (óxido de ferro) somam no máximo 5%.
Aglomerantes
 CAL AÉREA
 Quanto ao teor de impurezas, as cais aéreas dividem-se em gordas e
magras.
 As cais aéreas gordas derivam de calcários quase puros com teores de
carbonato não inferiores a 99% e são brancas.
 As cais aéreas magras (acinzentadas) derivam de calcários com teores de
argila e de outras impurezas compreendidos entre 1 e 5%.
 Chamam-se gordas às primeiras devido às suas propriedades
plásticas, tratam-se de cais facilmente trabalháveis e bastante macias.
As cais magras não são tão fáceis de trabalhar nem tão maciais.
Aglomerantes
 2) Quanto ao rendimento da pasta podem ser classificadas em:
 Cal gorda – são necessários menos de 550 kg de cal virgem
para produzir 1 m3 de pasta, ou seja, 1 m3 de cal produz mais de 1,82
m3 de pasta;
 Cal magra – são necessários mais de 550 kg de cal virgem para
produzir 1 m3 de pasta, ou seja, 1 m3 de cal produz menos de 1,82 m3
de pasta
Aglomerantes
 Propriedades da cal aérea:
 Cor branca;
 Endurece com o tempo pela ação do CO2;
 Aumenta de 2 a 3 vezes de volume com a extinção;
 γ = 0,5 kg/dm3
 δ= 2,2 kg/dm3
 Endurecimento lento
Aglomerantes
 Utilização da cal:
 Argamassa simples e mista em alvenarias e revestimentos;
 Preparo de tintas;
 Tratamento de água;
 Correção de acidez do solo (agricultura);
Aglomerantes
 CAL HIDRÁULICA
 Extinção
 Depois do cozimento, as pedras são umedecidas para a extinção
(hidratação), com uma temperatura controlada na faixa de 150º C (o
controle da extinção é bastante rigoroso caso contrário, a água em excesso
combina-se com os silicatos e aluminatos).
Calcinação
Argiloso)
Mat.
(
C)
(900º
CO2





CaO
CaO
Calor
a
fragmentad
Rocha
Aglomerantes
 Classificação:
Pode-se classificar as cales em:
 Grau de Hidraulicidade < 0,1 ⇒ Cal Aérea ⇒ Tempo de Endurecimento >
30 dias;
 Grau de Hidraulicidade de 0,1 a 0,15 ⇒ Cal Fracamente Hidráulica ⇒
Tempo Endurecimento de 15 a 30 dias;
 Grau de Hidraulicidade de 0,15 a 0,30 ⇒ Cal Medianamente
Hidráulica ⇒ Tempo Endurecimento de 10 a 15 dias;
%
%
%
%SiO
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Hidraulici
de
grau
o
Sendo 3
2
3
2
2
CaO
O
Fe
O
Al 


Aglomerantes
 Grau de Hidraulicidade de 0,30 a 0,40 ⇒ Cal Hidráulica ⇒ Tempo
Endurecimento de 5 a 10 dias;
 Grau de Hidraulicidade de 0,40 a 0,50 ⇒ Cal Eminentemente
Hidráulica ⇒ Tempo Endurecimento de 2 a 4 dias;
Aglomerantes
 Gesso
 É encontrado sob as formas de gipsita (CaSO4.2H2O), hemidrato ou
bassanita (CaSO4.0,5H2O) e anidrita (CaSO4). E obtido a partir da
desidratação total ou parcial das mesmas.
 A Gipsita natural é calcinada (queimada) em diferentes temperaturas
dependendo do uso pretendido, classificando o gesso em:
Aglomerantes
 Gesso rápido ou gesso de estucador: obtido através da calcinação da
gipsita a uma temperatura entre 150° e 250° C, através da equação:
 Após a calcinação as pedras são moídas e confeccionadas as pastas para
utilização.
)
250
(150
2
1
1
2
1
.
2
.
0
0
2
2
4
2
4
C
a
Gipsita
O
H
O
H
CaSO
Calor
O
H
CaSO 


  Gipsita
O
H
CaSO
O
H
O
H
CaSO 2
.
2.
3
2
1
.
2. 2
4
2
2
4 







Aglomerantes
 O processo de pega do gesso inicia com 2 a 3 minutos após a mistura com
a água e termina 15 a 20 minutos após. Esse processo ocorre com
liberação de calor (processo exotérmico). O processo de ganho de
resistência do gesso pode durar semanas e é influenciado por:
 - tempo e temperatura de calcinação da gipsita;
 - finura do gesso;
 - quantidade de água de amassamento (água utilizada na mistura);
 - presença de impurezas.
Aglomerantes
 A gipsita é o tipo estrutural de gesso mais consumido na indústria
cimenteira, encontra-se no estado natural em grandes jazidas
sedimentares, geologicamente denominadas de evaporitos. As principais
jazidas economicamente exploradas encontram-se:
 a) na Serra de Araripina, em região confrontante dos estados do Ceará,
Pernanbuco e Piauí;
 b) na região de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte; e
 c) nas regiões de Codó, Balsas e Carolina, no Estado do Maranhão.
Aglomerantes
 Gesso Sintético ou Fosfogesso
 As enormes proporções de rejeitos industriais da fabricação do ácido
fosfórico no Sul e Sudeste do país motivaram a industrialização do
fosfogesso ou gesso sintético, a partir de 1975.
 A reação química que permite a obtenção do ácido fosfórico a partir da
apatita (minério natural de fosfato) é observada a seguir:
Ca3(PO4)2 + 3H2SO4 + 6H2O
Apatita ác. Sulfúrico água
2H3PO4 + 3(CaSO . 2H2O)
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Materiais de Construção: Aglomerantes e suas Propriedades

  • 2. Aglomerantes  DEFINIÇÃO  Material ligante, geralmente pulverulento, que promove a união entre os grãos dos agregados. Os aglomerantes são utilizados na obtenção de pastas, argamassas, e concretos.  Os principais aglomerantes são:  Cimento;  Cal Aérea;  Cal Hidráulica; e  Gesso.
  • 3. Aglomerantes  CAL AÉREA E CAL HIDRÁULICA  Um dos ligantes artificiais mais antigos é o que resulta da cozedura dos calcários, constituídos por CaCO3, mais abundantes na natureza. Associada a estes existe sempre a argila, em maior ou menor quantidade, porque a precipitação do carbonato de cálcio em águas arrasta consigo a argila que porventura esteja em suspensão.  Obtém-se então o calcário margoso; quando a argila é em quantidade superior ao carbonato forma-se uma marga calcária.
  • 4. Aglomerantes  CAL AÉREA E CAL HIDRÁULICA  A cozedura do calcário puro dá origem ao óxido de cálcio, que constitui a cal aérea; a cozedura do calcário margoso dá origem às cais mais ou menos hidráulicas, conforme o teor de argila, e também aos cimentos naturais.
  • 5. Aglomerantes  No concreto, se emprega cimento portland, que reage com a água e endurece com o tempo.  Classificação dos Aglomerantes  Hidráulico Simples  Hidráulico Composto  Misto  Aéreos
  • 6. Aglomerantes  Hidráulico Simples  São aglomerantes que reagem em presença de água. São constituídos de um único aglomerante, podendo ser misturados a outras substâncias, em pequenas quantidades, com a finalidade de regular sua pega.  Exemplo: CPC – Cimento Portland Comum, Cal Hidráulica.
  • 7. Aglomerantes  Hidráulico Composto  São aglomerantes simples, com adição de materiais com propriedades cimentícias, tais como a Pozolana, Escórias, etc.  Exemplo: CPZ - Cimento Portlan Pozolânico  Misto  É a mistura de dois ou mais aglomerantes simples.  Exemplo: Cimento + cal
  • 8. Aglomerantes  Propriedades dos Aglomerantes  Pega  definida como sendo o tempo de início do endurecimento. A pega se dá, quando a pasta começa a perder sua plasticidade.  Fim de Pega  o fim da pega se dá quando a pasta se solidifica totalmente, não significando, no entanto, que ela tenha adquirido toda a sua resistência, o que só será conseguido após anos.
  • 9. Aglomerantes  Coeficiente de Rendimento  Rendimento é o volume de pasta obtido com uma unidade de volume de aglomerante. água. de volume a real; específica Massa aparente; específica Massa ; , ;           a C ou V V C r ag pasta r
  • 10. Aglomerantes  Classificação Quanto a Pega  Aglomerantes Aéreos  Endurecem pela ação química ao CO2 do ar.  Exemplo: Cal Aérea e Gesso*.
  • 11. Aglomerantes  Aglomerantes Hidráulicos  Endurecem pela ação exclusiva da água, esse fenômeno é denominado hidratação.  Exemplo: Cal Hidráulica, Cimento Natural e Cimento Portland.
  • 12. Aglomerantes  Aglomerantes Inertes  Endurecem por secagem.  Exemplo: Argilas e Betumes.
  • 13. Aglomerantes  CAL  É o produto que se obtém com a calcinação, à temperatura elevada de pedras calcárias.  Há dois tipos de cal utilizados em construções:  hidratada e  hidráulica.
  • 14. Aglomerantes  Produção da Cal  Cal Hidratada  A partir da "queima" da pedra calcária em fomos, obtemos a "cal viva" ou "cal virgem". Esta não tem aplicação direta em construções, sendo necessário antes de usá-la, fazer a "extinção" ou "hidratação" pelo menos com 48 horas de antecedência. CaCO3 100% CaO + CO2 56% 44% 900 ºC
  • 15. Aglomerantes  Extinção da Cal  A hidratação consiste em adicionar dois ou três volumes de água para cada volume de cal. Há forte desprendimento de calor e após certo tempo as pedras se esfarelam transformando-se em pasta branca, a que se dá o nome de "CAL HIDRATADA" . Ca(OH)2 + Calor CaO + H2O
  • 16. Aglomerantes  É nesta forma que tem sua aplicação em construções, sendo utilizada em argamassas na presença ou não de cimento para assentamento de tijolos ou para revestimentos.  A cal hidratada ou comum ou aérea endurece em contato com o CO2 do ar ao contrário da hidráulica, que exige o contato com a água.
  • 17. Aglomerantes  Classificação:  As cales aéreas se classificam segundo dois critérios:  1) Quanto à composição química classificam-se em:  Cal Cálcica – teor de MgO < 20%  Cal Magnesiana – teor de MgO > 20%  Em ambos os casos, a soma de CaO e MgO deve ser maior que 95% e os componentes argilosos como a SiO2 (sílica), Al2O3 (alumina) e Fe2O3 (óxido de ferro) somam no máximo 5%.
  • 18. Aglomerantes  CAL AÉREA  Quanto ao teor de impurezas, as cais aéreas dividem-se em gordas e magras.  As cais aéreas gordas derivam de calcários quase puros com teores de carbonato não inferiores a 99% e são brancas.  As cais aéreas magras (acinzentadas) derivam de calcários com teores de argila e de outras impurezas compreendidos entre 1 e 5%.  Chamam-se gordas às primeiras devido às suas propriedades plásticas, tratam-se de cais facilmente trabalháveis e bastante macias. As cais magras não são tão fáceis de trabalhar nem tão maciais.
  • 19. Aglomerantes  2) Quanto ao rendimento da pasta podem ser classificadas em:  Cal gorda – são necessários menos de 550 kg de cal virgem para produzir 1 m3 de pasta, ou seja, 1 m3 de cal produz mais de 1,82 m3 de pasta;  Cal magra – são necessários mais de 550 kg de cal virgem para produzir 1 m3 de pasta, ou seja, 1 m3 de cal produz menos de 1,82 m3 de pasta
  • 20. Aglomerantes  Propriedades da cal aérea:  Cor branca;  Endurece com o tempo pela ação do CO2;  Aumenta de 2 a 3 vezes de volume com a extinção;  γ = 0,5 kg/dm3  δ= 2,2 kg/dm3  Endurecimento lento
  • 21. Aglomerantes  Utilização da cal:  Argamassa simples e mista em alvenarias e revestimentos;  Preparo de tintas;  Tratamento de água;  Correção de acidez do solo (agricultura);
  • 22. Aglomerantes  CAL HIDRÁULICA  Extinção  Depois do cozimento, as pedras são umedecidas para a extinção (hidratação), com uma temperatura controlada na faixa de 150º C (o controle da extinção é bastante rigoroso caso contrário, a água em excesso combina-se com os silicatos e aluminatos). Calcinação Argiloso) Mat. ( C) (900º CO2      CaO CaO Calor a fragmentad Rocha
  • 23. Aglomerantes  Classificação: Pode-se classificar as cales em:  Grau de Hidraulicidade < 0,1 ⇒ Cal Aérea ⇒ Tempo de Endurecimento > 30 dias;  Grau de Hidraulicidade de 0,1 a 0,15 ⇒ Cal Fracamente Hidráulica ⇒ Tempo Endurecimento de 15 a 30 dias;  Grau de Hidraulicidade de 0,15 a 0,30 ⇒ Cal Medianamente Hidráulica ⇒ Tempo Endurecimento de 10 a 15 dias; % % % %SiO dade Hidraulici de grau o Sendo 3 2 3 2 2 CaO O Fe O Al   
  • 24. Aglomerantes  Grau de Hidraulicidade de 0,30 a 0,40 ⇒ Cal Hidráulica ⇒ Tempo Endurecimento de 5 a 10 dias;  Grau de Hidraulicidade de 0,40 a 0,50 ⇒ Cal Eminentemente Hidráulica ⇒ Tempo Endurecimento de 2 a 4 dias;
  • 25. Aglomerantes  Gesso  É encontrado sob as formas de gipsita (CaSO4.2H2O), hemidrato ou bassanita (CaSO4.0,5H2O) e anidrita (CaSO4). E obtido a partir da desidratação total ou parcial das mesmas.  A Gipsita natural é calcinada (queimada) em diferentes temperaturas dependendo do uso pretendido, classificando o gesso em:
  • 26. Aglomerantes  Gesso rápido ou gesso de estucador: obtido através da calcinação da gipsita a uma temperatura entre 150° e 250° C, através da equação:  Após a calcinação as pedras são moídas e confeccionadas as pastas para utilização. ) 250 (150 2 1 1 2 1 . 2 . 0 0 2 2 4 2 4 C a Gipsita O H O H CaSO Calor O H CaSO      Gipsita O H CaSO O H O H CaSO 2 . 2. 3 2 1 . 2. 2 4 2 2 4        
  • 27. Aglomerantes  O processo de pega do gesso inicia com 2 a 3 minutos após a mistura com a água e termina 15 a 20 minutos após. Esse processo ocorre com liberação de calor (processo exotérmico). O processo de ganho de resistência do gesso pode durar semanas e é influenciado por:  - tempo e temperatura de calcinação da gipsita;  - finura do gesso;  - quantidade de água de amassamento (água utilizada na mistura);  - presença de impurezas.
  • 28. Aglomerantes  A gipsita é o tipo estrutural de gesso mais consumido na indústria cimenteira, encontra-se no estado natural em grandes jazidas sedimentares, geologicamente denominadas de evaporitos. As principais jazidas economicamente exploradas encontram-se:  a) na Serra de Araripina, em região confrontante dos estados do Ceará, Pernanbuco e Piauí;  b) na região de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte; e  c) nas regiões de Codó, Balsas e Carolina, no Estado do Maranhão.
  • 29. Aglomerantes  Gesso Sintético ou Fosfogesso  As enormes proporções de rejeitos industriais da fabricação do ácido fosfórico no Sul e Sudeste do país motivaram a industrialização do fosfogesso ou gesso sintético, a partir de 1975.  A reação química que permite a obtenção do ácido fosfórico a partir da apatita (minério natural de fosfato) é observada a seguir: Ca3(PO4)2 + 3H2SO4 + 6H2O Apatita ác. Sulfúrico água 2H3PO4 + 3(CaSO . 2H2O) Ác. Fosfórico gipsita