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DURABILIDADE DAS
ESTRUTURAS DE CONCRETO
E CONCRETOS ESPECIAIS
ENG. ANDRÉA CHOCIAY
OBJETIVOS
 Durabilidade das estruturas de
concreto armado: especificação do
concreto do projeto a edificação e
mecanismos de degradação.
 Concretos especiais: principais tipos e
aplicações
Durabilidade das estruturas de
concreto
 Foi considerado por muito tempo, um material de
grande durabilidade. Inventado em 1901;
 Após a década de 70 houveram muitas alterações no
cimento, que aliado a erros de projeto e execução e
falta de manutenção, resultaram em estruturas
deterioradas.
 A partir da década de 80, é refeita toda a parte de
normas de concreto, introduzindo-se inclusive o
conceito de vida útil das estruturas de concreto
 Normas: NBR 6118/2003 – Projeto de Estruturas de
concreto
NBR 14931/2004 – Execução de estruturas de concreto
Durabilidade de estruturas de
concreto armado
 A durabilidade esta ligada a qualidade dos
projetos e execução das estruturas.
 Não basta saber somente como as peças de
concreto estarão dispostas, mas tambem
qual a especificação de concreto para cada
situação.
◦ É diferente a situação em que o concreto será
usado próximo ao mar, de um concreto para
viadutos.
 A NBR 6118/2003 fornece tabelas que
definem as classes de agressividade a que a
estrutura estará submetida e tambem a
relação entre a Classe de agressividade e a
Durabilidade de estruturas de concreto
armado – Utilização da Norma
Durabilidade de estruturas de concreto
armado – Utilização da Norma
Quanto menor
a relação,
maior a
resistência do
concreto!
Durabilidade de estruturas de concreto
armado – Instruções
 Alcançados os objetivos propostos em
norma, é necessário que seja feita um
acompanhamento minuncioso da execução
das peças, desde verificar o posicionamento
das formas até o adensamento do concreto
durante a concretagem, para que se garanta
a qualidade/durabilidade do mesmo.
 Este concreto final deve ser denso, bem
curado, resistente, de baixa permeabilidade e
sem fissuras excessivas. Ou seja, sob a ação
das intempéries mantenha bom desempenho
e aparência, sem exigir muita manutenção.
Durabilidade de estruturas de concreto
armado
 O tempo que o concreto deve manter suas
características e propriedades é conhecido como
vida útil. Ele atinge o fim desta vida útil quando
suas propriedades se deterioram de modo a se
tornar inseguro seu uso e antieconômico.
 É necessário sempre levar em consideração a
agressividade do ambiente em que esta
estrutura estará inserida.
 O concreto é poroso e permite percolação de
água, e para que isso não afete o mesmo, nem a
armadura, é necessário atender a resistência
exigida, a relação agua/cimento e o cobrimento
da armadura.
Mecanismos de Transporte de
Fluidos na matriz do concreto
 Para entender sua deterioração, é
necessário entender como os poros e
fissuras no concreto permitem esta
interação com o ambiente. São os poros
que permitirão o transporte de
substâncias agressivas, como sais e
ácidos, dentro do concreto.
 Os principais mecanismos de transporte
são: Permeabilidade, Difusão, Absorção
Capilar e Migração.
Mecanismos de Transporte de Fluidos na
matriz do concreto – Permeabilidade
Afetada pelo tamanho dos
poros, distribuição e
conectividade.
Se torna mais permeável
quando se aumenta o
consumo de cimento e se
hidrata mais a pasta. Torna
a estrutura compacta!
Taxa de fluxo de um fluido para
dentro de um sólido poroso
Mecanismos de Transporte de Fluidos
na matriz do concreto – Difusão
Transferência de íons na
umidade encontrada nos
poros
Vai das regiões mais
umidas para as mais
secas.
A difusão é interrompida
em partes secas.
Mecanismos de Transporte de Fluidos
na matriz do concreto – Absorção
Capilar
Transporte de liquidos nos
poros devido a tensão
superficial
Quanto mais denso, mais
dificil se penetrar nos
poros
Maior a tensão, maior
a ascenção capilar
Mecanismos de Transporte de Fluidos
na matriz do concreto – Absorção
Capilar
Transporte de ions devido a ação
do campo elétrico gerado por
células de corrosão.
Fluxo de íons para as
regiões anódicas onde
ocorre a corrosão.
A temperatura facilita o
fenômeno
Mecanismos de deterioração do
concreto
 Divididos em:
◦ Deterioração de origem física:
 Desgaste superficial
 Cristalização de sais nos poros
 Congelamento
 Ação do fogo
◦ Deterioração de origem quimica
 Ação de sais
 Eflorescências
 Ataque de sulfato
 Reação Álcali-Agregado
◦ Ação da corrosão na armadura
Deterioração de origem física
 Desgaste superficial – Abrasão
Atrito seco devido o tráfego de
pessoas, veiculo e o vento.
Perda gradual da
argamassa
superficial
Deve-se aumentar a
resistência da superficie,
através de pasta de cimento,
agregados,
aditivos/impermeabilizantes e
endurecedores
Quanto maior a dureza e
menor a porosidade da
passta, maior resistência a
abrasão
Deterioração de origem física
 Desgaste superficial - Erosão
Fluido em movimento,
transportando particulas, colidindo
ou escorregando na superficie do
concreto
Quanto mais poroso, e
quanto mais, maiores, mais
rapidas e duras forem as
particulas, maior a erosão
Utilizar agregados duros, bom concreto,
menos poroso e com uma cura adequada.
Deterioração de origem física
 Desgaste superficial - Cavitação
Geralmente em locais de agua corrente.
Formação de bolhas, com reduzida
pressão de vapor que estouram em
contato com pressao mais elevada e
causam erosões. Ocorre em lugares de agua
corrente, como vertedouros
e condutos.
Fornece uma superficie
irregular e corroida
É mais barato o reparo,
e evitar altas
velocidades na
superficie bem como se
utilizar de concretos de
Deterioração de origem física
 Cristalização de sais nos poros
Os sais induzem tensões internas
e fissuras
Liquido evapora e deixa os
sais, posteriormente é
umidecido novamente e
ocupa um volume maior,
deteriorando
progressivamente o
concreto
Os concretos sujeitos a
cristalização são aqueles
porosos e em contato
com soluções salinas
Deterioração de origem física
 Congelamento
Nas baixas temperaturas,
a agua presente no
concreto congela e
posteriormente
descongela.
O concreto apresenta
fissuras e
destacamentos na
superficie.
Ocorre na agua presente
nos grandes poros, e
devido ao alto grau de
hidratação
A presença de ar nos
poros diminui os danos
ja que fornece
caminhos menores para
a agua. Os sais de
degelo ajudam a
Deterioração de origem física
 Ação do fogo
Provoca danos ao material,
como fissuras, lascamento na
estrutura e exposição da
armadura.
Alta temperatura
(350 graus) retira
toda a hidratação
Concretos de alta resistencia,
possuem baixa permeabilidade
e consequente dificuldade na
evaporação
O jato dagua usado para apagar o
fogo, provoca um choque térmico, e a
rehidratação se dá com inchamento e
fissuramento
Deterioração de origem
química
 Ataque ácido
Atacados por ácido
sulfurico, nitrico,
cloridrico, acético, etc.
Depende da
concentração do ácido
e o tempo de
exposição
O carater basico do
composto de cimento, em
conjunto com o ácido
acelera a deterioração
Os poros são destruidos,
compostos são lixiviados e
aligação entre componentes fica
prejudicada.
Deterioração de origem
química
 Ataque de sulfatos
Sulfatos encontrados em
aguas e solos poluidos.
Reação entre o ion sulfato e
os compostos hidratados do
cimento
Componentes do cimento vão sendo
decompostos e a superficie começa a
apresentar fissuração devido a
expansão do material
Escolher cimentos
como o alumioso ou
o pozolânico.
Deterioração de origem
química
 Lixiviação
Ação de aguas puras,
carbônicas e ácidas que
dissolvem e carreiam os
compostos hidratados da
pasta
A liviação aconteçe
entre os poros por
difusão ou dissolução
Estruturas em contato com aguas
puras ou ácidas como barragens
e redes de abastecimento de
agua.
Produz superficies sem a pasta
superficial, com eflorescências
(manchas brancas), retenção de
fuligem com muitos fungos
Materiais próprios e
cura adequada
diminuem a
permeabilidade
Deterioração de origem
química
 Carbonatação
Etapa molhada é dada pelo
ácido carbônico e a etapa seca
é o transporte da agua saturada
com hidróxido de cálcio.
Com uma nova
alcalinidade, é destruida a
proteção da armadura e
com umidade e oxigênio,
dá-se inicio à corrosão.
Com mais presença de agua,
ocorre lixiviação, aumento da
porosidade e permeabilidade e
decréscimo na resistência a
compressão
Deterioração de origem
química
 Reação Álcali-Agregado
Reação quimica envolvendo
ions alcalinos do cimento e
constituintes mineralógicos
dos agregados como sílica e
carbonatos.
Expansão e fissuração do
concreto.
Deterioração das armaduras
Reação entre metal e
ambiente. Devido também a má
qualidade do recobrimento ou
contato com íons cloreto.
Diminui a seção da armadura,
forma produto expansivo
fissurando o concreto, pode levar
ao lascamento da superficie e
perda de aderencia concreto-
metal
O cimento hidratado protégé o
aço da corrosão, mas se este
entrar em contato com o CO2 na
atmosfera, inicia-se a corrosão, e
isto pode ser evitado com um
maior recobrimento.
Os ions cloreto são altamente agressivos e estao
presentes na agua de amassamento, as vezes no
agregado e em regiões próximas ao mar ou
Não há corrosão se o
concreto estiver seco
ou totalmente
saturado
Durabilidade das estruturas de
concretos especiais
 O concreto hoje deve atender critérios
específicos de cada obra, sendo assim houve-se
a necessidade de pesquisar e criar os concretos
especiais
 Concreto = cimento + areia + brita + H2O
 O concreto especial é a otimização desta
mistura, para melhorar características
específicas.
 Se torna um concreto especial pela aplicação de
aditivos, dosagem modificada ou são realmente
criados para atender um apelo estético.
Concreto colorido
 Agrega maior valor estético com a adição de alguns
pigmentos.
 Dispensa a aplicação de revestimentos, reduzindo custos,
tempo e manutenção da obra.
 São utilizados pigmentos, preferencialmente inorgânicos por
serem mais duráveis.
 Deve-se tomar cuidado na fabricação das peças, para que
não existam tons diferentes. Ou seja, utilizar a mesma marca
de cimento e adensar bem para que não seja feita nenhuma
correção.
 O maior problema apresentado a este concreto é o
surgimento de elforescências, fenômeno que compromete a
estética da peça.
 Aplicações: rejuntes, pavers, telhas de concreto, etc
Aplicação concreto colorido
 Hotel Unique - SP
Concreto Branco
 Assim como o colorido, o cimento branco vem tirar a monotonia da
cor concreto padrão.
 Utilizado por motivos estéticos. Seus cuidados adicionais geram
custos, mas a qualidade da peça final é muito boa, reduzindo o
retrabalho.
 Neste concreto, deve-se ser feita uma seleção minunciosa da
matéria prima, pois é mais dificil atingir o branco desejável. Sendo
assim o agregado deve ser claro.
 Existe o cimento branco estrutural (25 a 40MPa) utilizado em
estruturas aparentes de concreto e o não estrutural utilizado para
rejuntes e argamassas
 É um dos concretos mais caros já que deve ser feita uma seleção
do material, mas como dispensa acabamento e possui pouca
manutenção o custo pode equivaler ao comum.
Aplicação do concreto branco
 Museu Iberê Camargo
Concreto com utilização de
resíduos
 Como a construção civil é uma grande geradora de
entulhos, viu-se a necessidade de que ela própria
utiliza-se esses residuos para que diminuisse sua
deposição em aterros.
 O entulho processado em usinas de reciclagem pode
ser usado como agregado não estrutural, substituindo a
brita e a areia em concretos e argamassas.
 Este reuso, permite a utilização de todo entulho sem ter
de separá-lo.
 Se usado como agregado graudo no concreto, torna-se
mais barato do que se usado como miudo na
argamassa.
Concreto com utilização de
resíduos
 Mesmo com todos os beneficios e normas de
reutilização, sua utilização esbarra em
algumas dificuldades como a Triagem que
solicita o entulho como agregado somente o
referente a concreto, e hoje não há uma
separação deste nas caçambas, a
variabilidade dos agregados e a insuficiência
nos métodos de controle de qualidade ja que
a separação é feita por catação manual e
inspeçao visual .
 O material vem mostrando bom desempenho
quando utilizado em obras urbanas, como
base de pavimento e em artefatos de
concreto.
Concreto com fibras
 Como forma de melhorar a resistência a tração
do concreto, sem empregar o aço é a adição de
fibras na mistura.
 As fibras reduzem a velocidade de propagação
de fissuras e melhora a capacidade resistente da
estrutura.
◦ Fibras naturais: Atingem grandes resistências mas
por serem naturais se deterioram rapido
(bambu,sisal, etc)
◦ Fibras poliméricas: Grande flexibilidade e tenacidade,
controla o fissuramento em pisos industriais, possui
alta resistência aos álcalis (poliéster, nylon,etc)
◦ Fibras minerais: São utilizadas para aumentar a
resistência a tração (carbono,vidro,amianto)
◦ Fibras metálicas: Aumenta a aderência da pasta de
cimento, absorve muita energia na ruptura e controla
fissuras (aço)
Concreto com fibras - Aplicações
 Destaca-se no uso como reforço de
base de fundações superficiais, reforço
de pavimentos industriais e concreto
projetado para revestimento de tuneis e
taludes.
◦ Pavimentos: elimina as telas metálicas,
economiza espaço na obra por não ter as
barras de ferro, facilita a execução de juntas.
◦ Concreto projetado para túneis: velocidade
de execução e possibilidade de aplicá-lo
imediatamente à escavação
Concreto Projetado
 Concreto transportado por tubulações e projetado em
altas velocidades.
 Apresenta grande versatilidade e é aplicado quando
não se pode usar fôrma e quando se tem pouco tempo
para execução como em contenção de taludes,
reforços estruturais,túneis, etc.
 Possui alta resistência, melhor aderência ao substrato,
baixa permeabilidade, elima custo de formas, etc.
 Pode apresentar alguns defeitos como laminação
(camadas pouco duraveis), oclusão de material
(formação de poros com baixa resistência e alta
permeabilidade) e alterações na superficie.
Concreto compactado a rolo
 Concreto de consistência seca,
aplicado por espalhamento manual ou
mecânico, compactado com rolo
vibratório liso.
 Construção rápida e econômica,
utilizada em pavimentação e
barragens.
 Possui baixo consumo de cimento,
redução de fôrmas, custo baixo com
Concreto massa
 Grande volume de concreto com dimensões
largas.
 Utilizado em vigas, pilar, estacas, comporta
ou barragem.
 Tem a temperatura muito elevada na
hidratação, o que pode ocasionar fissuras.
 Para este concreto, afim de evitar aumento
de temperatura, deve-se usar cimento
pozolânico (CP IV) e escória de alto forno
(CP III).
Concreto estrutural leve
 É conseguido através do uso de agregados leves
(pedra pome, escória, argilas, ardósia,etc).
 Tem-se uma redução significativa na massa específica,
já que existe mais ar do que agregados, redução nos
esforços, economia nas fôrmas e cimbramentos e
redução nas dimensões dos elementos estruturais.
 Utilizado nos pré-fabricados, plataformas marítimas,
pontes e edificações de muitos andares.
 Os agregados possuem uma melhor ligação entre a
superficie e a matriz da pasta, possibilitando seu uso
como material estrutural.
Concreto pesado
 Uso de agregados pesados (barita, magnetita e
hematita).
 Usado para blindagem em usinas nucleares, unidades
médicas e instalações de pesquisa atômica, pois blinda
raio X e gama.
 Possui baixo custo de manutenção.
 É necessario que ambos agregados sejam pesados
para não segregar o concreto.
 É um concreto mais áspero, e para corrigir isso é usada
maior concentração de areia fina e cimento.
Concreto auto adensável
 Devido ao seu peso próprio, ele possui maior facilidade
de ser aplicado na fôrma e não necessita ser
adensado, garantindo preeenchimento de todos os
espaços.
 Obtido com introdução de aditivos quimicos
superplastificantes, facilitando o bombeamento e a
homogeneidade.
 Utilizado em locais com grande densidade de armadura
e o vibrador nao entra, fundações por hélice continua,
lajes de pequena espessura e elementos pré
fabricados
 Elevada fluidez devido ao aditivo
 Acelera o cronograma e possui facil logistica
Concreto de auto
desempenho
 Apresenta maior resistência mecânica, é mais durável a
ataques de agentes agressivos, e apresenta maior
trabalhabilidade. Possui menores despesas com manutençao
e reparos.
 Alto consumo de cimento, utiliza aditivos quimicos redutores
de agua e adições de minerais.
 Utilizado em pilares de edificações com redução de seçao,
estética, agilidade na construção em altura, maior
reaproveitamento de fôrmas, redução de armação e
concreto.
 Reduz tempo de execução, aumenta a área util com
diminuição das peças estruturais, aumento da vida util,
resistente a abrasao, permeabilidade próxima de zero,
grande aderência a superficies de concreto, elimina reflexão
no concreto projetado.
Conclusão
 Para cada tipo de obra, é possivel ter
um concreto que atenda às
especificidades desta.

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Aula durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais

  • 1. DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO E CONCRETOS ESPECIAIS ENG. ANDRÉA CHOCIAY
  • 2. OBJETIVOS  Durabilidade das estruturas de concreto armado: especificação do concreto do projeto a edificação e mecanismos de degradação.  Concretos especiais: principais tipos e aplicações
  • 3. Durabilidade das estruturas de concreto  Foi considerado por muito tempo, um material de grande durabilidade. Inventado em 1901;  Após a década de 70 houveram muitas alterações no cimento, que aliado a erros de projeto e execução e falta de manutenção, resultaram em estruturas deterioradas.  A partir da década de 80, é refeita toda a parte de normas de concreto, introduzindo-se inclusive o conceito de vida útil das estruturas de concreto  Normas: NBR 6118/2003 – Projeto de Estruturas de concreto NBR 14931/2004 – Execução de estruturas de concreto
  • 4. Durabilidade de estruturas de concreto armado  A durabilidade esta ligada a qualidade dos projetos e execução das estruturas.  Não basta saber somente como as peças de concreto estarão dispostas, mas tambem qual a especificação de concreto para cada situação. ◦ É diferente a situação em que o concreto será usado próximo ao mar, de um concreto para viadutos.  A NBR 6118/2003 fornece tabelas que definem as classes de agressividade a que a estrutura estará submetida e tambem a relação entre a Classe de agressividade e a
  • 5. Durabilidade de estruturas de concreto armado – Utilização da Norma
  • 6. Durabilidade de estruturas de concreto armado – Utilização da Norma Quanto menor a relação, maior a resistência do concreto!
  • 7. Durabilidade de estruturas de concreto armado – Instruções  Alcançados os objetivos propostos em norma, é necessário que seja feita um acompanhamento minuncioso da execução das peças, desde verificar o posicionamento das formas até o adensamento do concreto durante a concretagem, para que se garanta a qualidade/durabilidade do mesmo.  Este concreto final deve ser denso, bem curado, resistente, de baixa permeabilidade e sem fissuras excessivas. Ou seja, sob a ação das intempéries mantenha bom desempenho e aparência, sem exigir muita manutenção.
  • 8. Durabilidade de estruturas de concreto armado  O tempo que o concreto deve manter suas características e propriedades é conhecido como vida útil. Ele atinge o fim desta vida útil quando suas propriedades se deterioram de modo a se tornar inseguro seu uso e antieconômico.  É necessário sempre levar em consideração a agressividade do ambiente em que esta estrutura estará inserida.  O concreto é poroso e permite percolação de água, e para que isso não afete o mesmo, nem a armadura, é necessário atender a resistência exigida, a relação agua/cimento e o cobrimento da armadura.
  • 9. Mecanismos de Transporte de Fluidos na matriz do concreto  Para entender sua deterioração, é necessário entender como os poros e fissuras no concreto permitem esta interação com o ambiente. São os poros que permitirão o transporte de substâncias agressivas, como sais e ácidos, dentro do concreto.  Os principais mecanismos de transporte são: Permeabilidade, Difusão, Absorção Capilar e Migração.
  • 10. Mecanismos de Transporte de Fluidos na matriz do concreto – Permeabilidade Afetada pelo tamanho dos poros, distribuição e conectividade. Se torna mais permeável quando se aumenta o consumo de cimento e se hidrata mais a pasta. Torna a estrutura compacta! Taxa de fluxo de um fluido para dentro de um sólido poroso
  • 11. Mecanismos de Transporte de Fluidos na matriz do concreto – Difusão Transferência de íons na umidade encontrada nos poros Vai das regiões mais umidas para as mais secas. A difusão é interrompida em partes secas.
  • 12. Mecanismos de Transporte de Fluidos na matriz do concreto – Absorção Capilar Transporte de liquidos nos poros devido a tensão superficial Quanto mais denso, mais dificil se penetrar nos poros Maior a tensão, maior a ascenção capilar
  • 13. Mecanismos de Transporte de Fluidos na matriz do concreto – Absorção Capilar Transporte de ions devido a ação do campo elétrico gerado por células de corrosão. Fluxo de íons para as regiões anódicas onde ocorre a corrosão. A temperatura facilita o fenômeno
  • 14. Mecanismos de deterioração do concreto  Divididos em: ◦ Deterioração de origem física:  Desgaste superficial  Cristalização de sais nos poros  Congelamento  Ação do fogo ◦ Deterioração de origem quimica  Ação de sais  Eflorescências  Ataque de sulfato  Reação Álcali-Agregado ◦ Ação da corrosão na armadura
  • 15. Deterioração de origem física  Desgaste superficial – Abrasão Atrito seco devido o tráfego de pessoas, veiculo e o vento. Perda gradual da argamassa superficial Deve-se aumentar a resistência da superficie, através de pasta de cimento, agregados, aditivos/impermeabilizantes e endurecedores Quanto maior a dureza e menor a porosidade da passta, maior resistência a abrasão
  • 16. Deterioração de origem física  Desgaste superficial - Erosão Fluido em movimento, transportando particulas, colidindo ou escorregando na superficie do concreto Quanto mais poroso, e quanto mais, maiores, mais rapidas e duras forem as particulas, maior a erosão Utilizar agregados duros, bom concreto, menos poroso e com uma cura adequada.
  • 17. Deterioração de origem física  Desgaste superficial - Cavitação Geralmente em locais de agua corrente. Formação de bolhas, com reduzida pressão de vapor que estouram em contato com pressao mais elevada e causam erosões. Ocorre em lugares de agua corrente, como vertedouros e condutos. Fornece uma superficie irregular e corroida É mais barato o reparo, e evitar altas velocidades na superficie bem como se utilizar de concretos de
  • 18. Deterioração de origem física  Cristalização de sais nos poros Os sais induzem tensões internas e fissuras Liquido evapora e deixa os sais, posteriormente é umidecido novamente e ocupa um volume maior, deteriorando progressivamente o concreto Os concretos sujeitos a cristalização são aqueles porosos e em contato com soluções salinas
  • 19. Deterioração de origem física  Congelamento Nas baixas temperaturas, a agua presente no concreto congela e posteriormente descongela. O concreto apresenta fissuras e destacamentos na superficie. Ocorre na agua presente nos grandes poros, e devido ao alto grau de hidratação A presença de ar nos poros diminui os danos ja que fornece caminhos menores para a agua. Os sais de degelo ajudam a
  • 20. Deterioração de origem física  Ação do fogo Provoca danos ao material, como fissuras, lascamento na estrutura e exposição da armadura. Alta temperatura (350 graus) retira toda a hidratação Concretos de alta resistencia, possuem baixa permeabilidade e consequente dificuldade na evaporação O jato dagua usado para apagar o fogo, provoca um choque térmico, e a rehidratação se dá com inchamento e fissuramento
  • 21. Deterioração de origem química  Ataque ácido Atacados por ácido sulfurico, nitrico, cloridrico, acético, etc. Depende da concentração do ácido e o tempo de exposição O carater basico do composto de cimento, em conjunto com o ácido acelera a deterioração Os poros são destruidos, compostos são lixiviados e aligação entre componentes fica prejudicada.
  • 22. Deterioração de origem química  Ataque de sulfatos Sulfatos encontrados em aguas e solos poluidos. Reação entre o ion sulfato e os compostos hidratados do cimento Componentes do cimento vão sendo decompostos e a superficie começa a apresentar fissuração devido a expansão do material Escolher cimentos como o alumioso ou o pozolânico.
  • 23. Deterioração de origem química  Lixiviação Ação de aguas puras, carbônicas e ácidas que dissolvem e carreiam os compostos hidratados da pasta A liviação aconteçe entre os poros por difusão ou dissolução Estruturas em contato com aguas puras ou ácidas como barragens e redes de abastecimento de agua. Produz superficies sem a pasta superficial, com eflorescências (manchas brancas), retenção de fuligem com muitos fungos Materiais próprios e cura adequada diminuem a permeabilidade
  • 24. Deterioração de origem química  Carbonatação Etapa molhada é dada pelo ácido carbônico e a etapa seca é o transporte da agua saturada com hidróxido de cálcio. Com uma nova alcalinidade, é destruida a proteção da armadura e com umidade e oxigênio, dá-se inicio à corrosão. Com mais presença de agua, ocorre lixiviação, aumento da porosidade e permeabilidade e decréscimo na resistência a compressão
  • 25. Deterioração de origem química  Reação Álcali-Agregado Reação quimica envolvendo ions alcalinos do cimento e constituintes mineralógicos dos agregados como sílica e carbonatos. Expansão e fissuração do concreto.
  • 26. Deterioração das armaduras Reação entre metal e ambiente. Devido também a má qualidade do recobrimento ou contato com íons cloreto. Diminui a seção da armadura, forma produto expansivo fissurando o concreto, pode levar ao lascamento da superficie e perda de aderencia concreto- metal O cimento hidratado protégé o aço da corrosão, mas se este entrar em contato com o CO2 na atmosfera, inicia-se a corrosão, e isto pode ser evitado com um maior recobrimento. Os ions cloreto são altamente agressivos e estao presentes na agua de amassamento, as vezes no agregado e em regiões próximas ao mar ou Não há corrosão se o concreto estiver seco ou totalmente saturado
  • 27. Durabilidade das estruturas de concretos especiais  O concreto hoje deve atender critérios específicos de cada obra, sendo assim houve-se a necessidade de pesquisar e criar os concretos especiais  Concreto = cimento + areia + brita + H2O  O concreto especial é a otimização desta mistura, para melhorar características específicas.  Se torna um concreto especial pela aplicação de aditivos, dosagem modificada ou são realmente criados para atender um apelo estético.
  • 28. Concreto colorido  Agrega maior valor estético com a adição de alguns pigmentos.  Dispensa a aplicação de revestimentos, reduzindo custos, tempo e manutenção da obra.  São utilizados pigmentos, preferencialmente inorgânicos por serem mais duráveis.  Deve-se tomar cuidado na fabricação das peças, para que não existam tons diferentes. Ou seja, utilizar a mesma marca de cimento e adensar bem para que não seja feita nenhuma correção.  O maior problema apresentado a este concreto é o surgimento de elforescências, fenômeno que compromete a estética da peça.  Aplicações: rejuntes, pavers, telhas de concreto, etc
  • 30. Concreto Branco  Assim como o colorido, o cimento branco vem tirar a monotonia da cor concreto padrão.  Utilizado por motivos estéticos. Seus cuidados adicionais geram custos, mas a qualidade da peça final é muito boa, reduzindo o retrabalho.  Neste concreto, deve-se ser feita uma seleção minunciosa da matéria prima, pois é mais dificil atingir o branco desejável. Sendo assim o agregado deve ser claro.  Existe o cimento branco estrutural (25 a 40MPa) utilizado em estruturas aparentes de concreto e o não estrutural utilizado para rejuntes e argamassas  É um dos concretos mais caros já que deve ser feita uma seleção do material, mas como dispensa acabamento e possui pouca manutenção o custo pode equivaler ao comum.
  • 31. Aplicação do concreto branco  Museu Iberê Camargo
  • 32. Concreto com utilização de resíduos  Como a construção civil é uma grande geradora de entulhos, viu-se a necessidade de que ela própria utiliza-se esses residuos para que diminuisse sua deposição em aterros.  O entulho processado em usinas de reciclagem pode ser usado como agregado não estrutural, substituindo a brita e a areia em concretos e argamassas.  Este reuso, permite a utilização de todo entulho sem ter de separá-lo.  Se usado como agregado graudo no concreto, torna-se mais barato do que se usado como miudo na argamassa.
  • 33. Concreto com utilização de resíduos  Mesmo com todos os beneficios e normas de reutilização, sua utilização esbarra em algumas dificuldades como a Triagem que solicita o entulho como agregado somente o referente a concreto, e hoje não há uma separação deste nas caçambas, a variabilidade dos agregados e a insuficiência nos métodos de controle de qualidade ja que a separação é feita por catação manual e inspeçao visual .  O material vem mostrando bom desempenho quando utilizado em obras urbanas, como base de pavimento e em artefatos de concreto.
  • 34. Concreto com fibras  Como forma de melhorar a resistência a tração do concreto, sem empregar o aço é a adição de fibras na mistura.  As fibras reduzem a velocidade de propagação de fissuras e melhora a capacidade resistente da estrutura. ◦ Fibras naturais: Atingem grandes resistências mas por serem naturais se deterioram rapido (bambu,sisal, etc) ◦ Fibras poliméricas: Grande flexibilidade e tenacidade, controla o fissuramento em pisos industriais, possui alta resistência aos álcalis (poliéster, nylon,etc) ◦ Fibras minerais: São utilizadas para aumentar a resistência a tração (carbono,vidro,amianto) ◦ Fibras metálicas: Aumenta a aderência da pasta de cimento, absorve muita energia na ruptura e controla fissuras (aço)
  • 35. Concreto com fibras - Aplicações  Destaca-se no uso como reforço de base de fundações superficiais, reforço de pavimentos industriais e concreto projetado para revestimento de tuneis e taludes. ◦ Pavimentos: elimina as telas metálicas, economiza espaço na obra por não ter as barras de ferro, facilita a execução de juntas. ◦ Concreto projetado para túneis: velocidade de execução e possibilidade de aplicá-lo imediatamente à escavação
  • 36. Concreto Projetado  Concreto transportado por tubulações e projetado em altas velocidades.  Apresenta grande versatilidade e é aplicado quando não se pode usar fôrma e quando se tem pouco tempo para execução como em contenção de taludes, reforços estruturais,túneis, etc.  Possui alta resistência, melhor aderência ao substrato, baixa permeabilidade, elima custo de formas, etc.  Pode apresentar alguns defeitos como laminação (camadas pouco duraveis), oclusão de material (formação de poros com baixa resistência e alta permeabilidade) e alterações na superficie.
  • 37. Concreto compactado a rolo  Concreto de consistência seca, aplicado por espalhamento manual ou mecânico, compactado com rolo vibratório liso.  Construção rápida e econômica, utilizada em pavimentação e barragens.  Possui baixo consumo de cimento, redução de fôrmas, custo baixo com
  • 38. Concreto massa  Grande volume de concreto com dimensões largas.  Utilizado em vigas, pilar, estacas, comporta ou barragem.  Tem a temperatura muito elevada na hidratação, o que pode ocasionar fissuras.  Para este concreto, afim de evitar aumento de temperatura, deve-se usar cimento pozolânico (CP IV) e escória de alto forno (CP III).
  • 39. Concreto estrutural leve  É conseguido através do uso de agregados leves (pedra pome, escória, argilas, ardósia,etc).  Tem-se uma redução significativa na massa específica, já que existe mais ar do que agregados, redução nos esforços, economia nas fôrmas e cimbramentos e redução nas dimensões dos elementos estruturais.  Utilizado nos pré-fabricados, plataformas marítimas, pontes e edificações de muitos andares.  Os agregados possuem uma melhor ligação entre a superficie e a matriz da pasta, possibilitando seu uso como material estrutural.
  • 40. Concreto pesado  Uso de agregados pesados (barita, magnetita e hematita).  Usado para blindagem em usinas nucleares, unidades médicas e instalações de pesquisa atômica, pois blinda raio X e gama.  Possui baixo custo de manutenção.  É necessario que ambos agregados sejam pesados para não segregar o concreto.  É um concreto mais áspero, e para corrigir isso é usada maior concentração de areia fina e cimento.
  • 41. Concreto auto adensável  Devido ao seu peso próprio, ele possui maior facilidade de ser aplicado na fôrma e não necessita ser adensado, garantindo preeenchimento de todos os espaços.  Obtido com introdução de aditivos quimicos superplastificantes, facilitando o bombeamento e a homogeneidade.  Utilizado em locais com grande densidade de armadura e o vibrador nao entra, fundações por hélice continua, lajes de pequena espessura e elementos pré fabricados  Elevada fluidez devido ao aditivo  Acelera o cronograma e possui facil logistica
  • 42. Concreto de auto desempenho  Apresenta maior resistência mecânica, é mais durável a ataques de agentes agressivos, e apresenta maior trabalhabilidade. Possui menores despesas com manutençao e reparos.  Alto consumo de cimento, utiliza aditivos quimicos redutores de agua e adições de minerais.  Utilizado em pilares de edificações com redução de seçao, estética, agilidade na construção em altura, maior reaproveitamento de fôrmas, redução de armação e concreto.  Reduz tempo de execução, aumenta a área util com diminuição das peças estruturais, aumento da vida util, resistente a abrasao, permeabilidade próxima de zero, grande aderência a superficies de concreto, elimina reflexão no concreto projetado.
  • 43. Conclusão  Para cada tipo de obra, é possivel ter um concreto que atenda às especificidades desta.