O documento discute materiais cerâmicos usados em construção civil, incluindo sua fabricação a partir de argilas e aplicações como alvenarias, coberturas, revestimentos e tubulações. Descreve também tipos de argila, processos de fabricação, classificação e características de qualidade de tijolos e ladrilhos cerâmicos.
Materiais de construção civil. materiais cerâmicos
1. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios
Prof. Leandro Candido de Lemos Pinheiro
leandro.pinheiro@riogrande.ifrs.edu.br
Materiais Cerâmicos
2. MATERIAIS CERÂMICOS
Cerâmicas são obtidas através da moagem, secagem e queima de
argilas ou de misturas contendo argilas.
Definição A palavra cerâmica vem do grego keramos,
que significa “coisa queimada”.
Fonte:
Google
Images
Argilas são formadas pela ação contínua de
agentes atmosféricos que fazem a
desintegração de rochas ígneas.
Por ser resultado de uma ação variável de
fatores, as argilas apresentam grande
variedade de tipos, cores, plasticidades e
composições químicas.
7. MATERIAIS CERÂMICOS
Fonte:
Google
Images
• coberturas
• pavimentações
• revestimentos de parede
(externos e internos)
• fechamentos vazados
(cobogós, quebra-sol)
• alvenarias (estruturais ou de vedação)
Aplicações de cerâmicas na construção civil
8. MATERIAIS CERÂMICOS
Fonte:
Google
Images
• coberturas
• pavimentações
• revestimentos de parede
(externos e internos)
• fechamentos vazados
(cobogós, quebra-sol)
• tubulações
• alvenarias (estruturais ou de vedação)
Aplicações de cerâmicas na construção civil
9. MATERIAIS CERÂMICOS
Fonte:
Google
Images
• coberturas
• pavimentações
• revestimentos de parede
(externos e internos)
• fechamentos vazados
(cobogós, quebra-sol)
• tubulações
• louças sanitárias
• alvenarias (estruturais ou de vedação)
Aplicações de cerâmicas na construção civil
10. MATERIAIS CERÂMICOS
Fonte:
Google
Images
• coberturas
• pavimentações
• revestimentos de parede
(externos e internos)
• fechamentos vazados
(cobogós, quebra-sol)
• tubulações
• louças sanitárias
• porcelanas elétricas
• alvenarias (estruturais ou de vedação)
Aplicações de cerâmicas na construção civil
11. MATERIAIS CERÂMICOS
Aplicações de cerâmicas na construção civil
Fonte:
Google
Images
• coberturas
• pavimentações
• revestimentos de parede
(externos e internos)
• fechamentos vazados
(cobogós, quebra-sol)
• tubulações
• louças sanitárias
• porcelanas elétricas
• alvenarias (estruturais ou de vedação)
• vidros
13. MATERIAIS CERÂMICOS
Processo de fabricação
O processo de fabricação consta da extração da argila, moldagem dos
produtos, secagem ao ar ou em estufas, e queima.
A queima pode ocorrer em diferentes tipos de fornos e em variadas
temperaturas, dependendo da matéria-prima. O processo de queima
vai definir as possibilidades de utilização do produto cerâmico.
Dependendo do produto cerâmico pode ocorrer etapas de esmalte e
vitrificação.
14. MATERIAIS CERÂMICOS
estoque de argila saída da extrusora
(após desintegrar, laminar e misturar)
cortador
forno
(pós-secagem e pré-queima)
15. MATERIAIS CERÂMICOS
estoque de argila
cortador
forno
(pós-secagem e pré-queima)
Peso específico
Blocos artificiais Revestimentos e concretos
Fonte:
www.ricardodolabella.com
16. MATERIAIS CERÂMICOS
Tijolos (NBR 7170)
As alvenarias que empregam materiais
cerâmicos são compostas por:
• tijolos maciços
• tijolos furados (blocos cerâmicos)
Os tijolos furados podem variar na quantidade e formato dos furos,
proporcionando maior leveza e rapidez construtiva.
20. MATERIAIS CERÂMICOS
Tijolos
Características de qualidade:
• regularidade da forma e igualdade de dimensões, determinando
uniformidade no assentamento.
• arestas vivas e cantos resistentes.
• homogeneidade de toda a massa, com ausência de fendas,
cavidades e corpos estranhos.
• cozimento parelho, produzindo som metálico ao ser percutido com
martelo (para os tijolos maciços).
• facilidade de corte, com fratura com grãos finos e homogeneidade de
cor.
• resistência igual ou superior aos limites na NBR 7170.
• absorção de água máxima de 18 a 20%.
21. MATERIAIS CERÂMICOS
Tijolos
Vantagens dos tijolos furados (blocos vazados)
• por ser normalmente fabricados em prensas, apresentam aspecto
mais uniforme, arestas e cantos mais firmes, e faces mais planas.
• menor peso por unidade de volume.
• diminuem a propagação de umidade e favorecem a secagem das
paredes.
• tem melhor absorção de som e maior isolamento térmico.
• possibilitam a execução de peças pré-moldadas, como vigas e lajes.
23. MATERIAIS CERÂMICOS
Revestimentos cerâmicos
Os revestimentos cerâmicos mais utilizados são os produtos de grês
queimado em altas temperaturas e esmaltados. Possuem grande
diversidade de tamanhos, formatos e cores/texturas/figuras.
Fonte:
Google
Images
24. MATERIAIS CERÂMICOS
Revestimentos cerâmicos
O emprego de peças cerâmicas para o revestimento de paredes
(azulejos) e pisos (pisos frios, ladrilhos, lajotas) deve levar em conta:
• resistência ao desgaste;
• resistência química;
• resistência a manchas;
• absorção de água;
• características antiderrapantes.
Grande parte dessas características são motivadas pelos tipos de
ambientes onde os revestimentos são aplicados, sendo normalmente
áreas internas com grande presença de umidade ou exteriores.
25. MATERIAIS CERÂMICOS
Revestimentos cerâmicos – índices de qualidade (NBR 13817 e 13818)
Resistência ao desgaste ou abrasão: é indicada através da escala
PEI (Porcelain Enamel Institute), que qualifica os produtos de acordo
com a avaliação do desgaste provocado por um aparelho com esferas
de aço que atuam sobre a face esmaltada do revestimento.
Fonte: Ribeiro (2000).
26. MATERIAIS CERÂMICOS
Resistência à ação de agentes químicos: é a propriedade que os
revestimentos têm de manter inalteradas suas características, quando
submetidos a ação de ácidos ou bases presentes em produtos de uso
doméstico (ex.: detergentes, desinfetantes, desengordurantes) ou
industrial.
Revestimentos cerâmicos – índices de qualidade (NBR 13817 e 13818)
Fonte: Ribeiro (2000).
27. MATERIAIS CERÂMICOS
Resistência a manchas: é a propriedade relacionada a facilidade de
remoção de manchas da superfície do revestimento cerâmico.
Fonte: Ribeiro (2000).
Revestimentos cerâmicos – índices de qualidade (NBR 13817 e 13818)
28. MATERIAIS CERÂMICOS
Absorção de água: é o teor de umidade quando o material está
saturado.
Revestimento vitrificado:
• Impermeável: absorção inferior a 0,5%
• De baixa absorção: absorção entre 0,5% e 3,0%
• De média absorção: absorção entre 3,0% e 6,0%
• De alta absorção: absorção superior a 6,0%
Revestimento não vitrificado:
• De baixa absorção: absorção inferior a 4,0%
• De média absorção: absorção entre 4,0% e 15,0%
• De alta absorção: absorção superior a 15,0%
Revestimentos cerâmicos – índices de qualidade (NBR 13817 e 13818)
AA = ma – ms x 100
ms
mA = massa do material
com água
mS = massa do material
seco em estufa
29. MATERIAIS CERÂMICOS
Resistência a flexão: é a tensão de
ruptura determinada por ensaios
técnicos.
Revestimentos cerâmicos – índices de qualidade (ISO 10545)
Fonte: Bauer (2011).
30. MATERIAIS CERÂMICOS
Revestimentos cerâmicos
Assentamento:
Podem ser assentados com
argamassas comuns ou com
argamassas colantes.
• quando com argamassas comuns,
devem ser saturados previamente
em água;
• quando com argamassas colantes,
devem seguir as especificações do
fabricante.
Fonte:
Google
Images
31. MATERIAIS CERÂMICOS
Revestimentos cerâmicos
Assentamento:
Devem ser tomados cuidados com as juntas e rejuntamentos:
• juntas de assentamento: espaço deixado entre as peças durante o
assentamento, para permitir as deformações causadas por variação
de temperatura.
• juntas de dessolidarização:
espaço entre as cerâmicas de
paredes e as de piso (para
superfícies maiores de 12m²).
• rejuntamento: acabamento com
funções estéticas e protetoras,
aplicado de 24h a 72h após
assentamento. Ideal usar
argamassas prontas especiais,
adequadas para essa finalidade.
Fonte:
Google
Images
32. MATERIAIS CERÂMICOS
Ladrilhos hidráulicos (NBR 9457)
São constituídos basicamente de cimento e areia, com adição de
corantes, e trabalhados em prensas. Recebem o nome de hidráulico
por ficarem cerce de 8 horas imersos em água para a cura.
Não são peças cerâmicas!
Fonte: http://fabricademosaicos.com.br Fonte: Google Images
33. MATERIAIS CERÂMICOS
Ladrilhos hidráulicos (NBR 9457) Não são peças cerâmicas!
Fonte:
http://www.equipedeobra.com.br
Fonte: Google Images
Também existe o tipo podotátil
(de alerta e de direcionamento),
adequado às especificações da
NBR 9050 para acessibilidade
de pessoas portadoras de
necessidades especiais.
34. MATERIAIS CERÂMICOS
Ladrilhos hidráulicos (NBR 9457) Não são peças cerâmicas!
Comparação com ladrilhos cerâmicos:
vantagens desvantagens
alta resistência ao desgaste
por abrasão
baixa resistência ao desgaste da camada com corante (3
a 5mm de penetração)
existem modelos
antiderrapantes (bons para
passeios públicos)
irregularidade nos acabamentos figurativos
baixo custo (dependendo do
modelo)
baixa resistência aos ácidos
baixa resistência à compressão
alta porosidade e absorção (necessita impermeabilização)
35. MATERIAIS CERÂMICOS
Vidros São peças cerâmicas, mas não
obtidos através de argilas!
O vidro é uma substância sólida e amorfa que apresenta temperatura
de transição vítrea.
É um material cerâmico translúcido, geralmente obtido com o
resfriamento de uma massa líquida à base de sílica.
O vidro comum se obtém por fusão em torno de 1250ºC de dióxido de
silício, (SiO2), carbonato de sódio (Na2CO3) e carbonato de
cálcio (CaCO3).
Fonte: Google Images
36. MATERIAIS CERÂMICOS
BIBLIOGRAFIA
BAUER, L. A. F. Materiais de construção. Volume 1. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
BAUER, L. A. F. Materiais de construção. Volume 2. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
FREIRE, W. J.; BERALDO, A. L. (coord.) Tecnologias e materiais alternativos de construção. Campinas: Ed. UNICAMP, 2003.
MAGALHÃES, F. Concreto e cimento Portland: especificações e ensaios. Versão 1.0. Apostila. (Curso Superior de Tecnologia
em Construção de Edifícios) – Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Rio Grande: IFRS, [s.d.]a Disponível em:
<http://academico.riogrande.ifrs.edu.br/~fabio.magalhaes>. Acesso em: 2 ago. 2012.
MAGALHÃES, F. Materiais componentes do concreto: especificações e ensaios. Versão 1.0. Apostila. (Curso Superior de
Tecnologia em Construção de Edifícios) – Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Rio Grande: IFRS, [s.d.]b. Disponível em:
<http://academico.riogrande.ifrs.edu.br/~fabio.magalhaes>. Acesso em: 2 ago. 2012.
MAGALHÃES, F. Rochas, madeiras e materiais cerâmicos : especificações e ensaios. Versão 1.0. Apostila. (Curso Superior de
Tecnologia em Construção de Edifícios) – Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Rio Grande: IFRS, [s.d.]c. Disponível em:
<http://academico.riogrande.ifrs.edu.br/~fabio.magalhaes>. Acesso em: 2 ago. 2012.
RIBEIRO, C. C.; PINTO, J. D. S.; STARLING, T. Materiais de construção civil. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2000.
ROCHA, J. C.; XAVIER, L. L. Materiais de construção civil. Apostila. Disciplina ECV 5330. (Graduação em Engenharia Civil) –
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis: Departamento de Engenharia Civil; UFSC, 2000.
SILVER, P.; MCLEAN, W. Introducción a la tecnologia arquitectónica. Barcelona: Parramón, 2008.
Material baseado nas notas de aula do professor Christiano Piccioni Toralles.