[1] O documento discute as propriedades do concreto no estado fresco, incluindo trabalhabilidade, coesão, segregação e exsudação. [2] Ele descreve ensaios como o slump test para medir a consistência e inspeções visuais para avaliar a coesão. [3] Também fornece detalhes sobre a moldagem de corpos de prova de concreto.
2. Definição:
O concreto no estado fresco é caracterizado como o material
recém-misturado, sendo que o mesmo apresenta-se no estado
plástico, ou seja, ainda com a capacidade de propiciar a moldagem,
com aplicação de cargas, permanecendo moldado após cessar a
aplicação da carga.
As principais características do concreto nesta fase, podem ser
apresentadas como trabalhabilidade, coesão, segregação e
exsudação.
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3. Definição:
A trabalhabilidade pode ser entendida como a maior ou
menor facilidade de se adensar, ou de se moldar retirando-se o
maior nº de vazios possível.
Tecnicamente é definida como a quantidade de trabalho (esforço)
necessário para se obter o adensamento total, com a perda
mínima de homogeneidade. Este esforço depende da lubrificação
dada pela pasta de cimento, do atrito interno entre os grãos e do
atrito externo.
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4. Definição:
A trabalhabilidade não é uma propriedade intrínseca do
concreto, pois depende do método de lançamento e
adensamento.
Este conceito não é estanque, ou seja, não existe uma
trabalhabilidade ideal para o concreto, porém ela é função da
peça a ser executada, e dos meios que se dispõe para tal.
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5. Definição:
As verificações que devem ser feitas, para avaliar a
trabalhabilidade, são:
Ensaio de Consistência Ensaios de Coesão
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6. Ensaio de consistência:
Serve como uma aproximação da medida efetiva da
trabalhabilidade;
Os processos de medida baseiam-se na aplicação de uma
determinada força e a verificação da deformação causada.
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7. Ensaio de consistência:
Vários são os ensaios existentes para se medir a consistência de
um concreto, sendo que os mais utilizados encontram-se
apresentados abaixo:
Ensaio do abatimento do tronco de cone (Slump-Test)
EnsaioVebe
Ensaios de fator de adensamento
Ensaio de Remoldagem de Powers
Ensaio de Penetração de Bola de Kelly
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8. Ensaio de abatimento do tronco de cone (Slump test):
É um dos métodos mais conhecidos e utilizados no Brasil, devido
á facilidade e simplicidade de uso na obra. É Normalizado através
da NBR NM 67 “Concreto – Determinação da consistência pelo
abatimento do tronco de cone”.
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9. Ensaio de abatimento do tronco de cone (Slump test):
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11. Ensaio de abatimento do tronco de cone (Slump test):
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12. PROPRIEDADES NO ESTADO FRESCO
60 a 70 mm:
concretos comuns
90 a 120 mm:
concretos bombeáveis
13. Ensaio de coesão:
A coesão é a propriedade pela qual os concretos se mantém
misturados, isto é, seus componentes não se separam.
Avalia-se a coesão do concreto, pelo aspecto visual da
mistura
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14. Ensaio de coesão:
•Os agregados não tendem a se mostrar limpos ou lavados;
•As bordas se mostram convexas, não apresenta tendência de
segregar.
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15. Ensaio de coesão:
Em concretos convencionais, na prática da obra, uma das
maneiras mais utilizadas de se verificar a boa coesão do concreto,
é através do teor ideal de argamassa, uma vez que a coesão é
aumentada com o aumento de material fino do concreto. Embora
bastante prática, esta avaliação, por ser visual, depende muito da
experiência do profissional, tornando-se deste modo, em uma
fonte de imprecisão de erro na avaliação.
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16. Ensaio de coesão:
PASSOS PRÁTICOS PARA A DETERMINAÇÃO DO TEOR
IDEAL DE ARGAMASSA
1. Com a betoneira desligada, retirar todo o material aderido nas
pás e superfície interna;
2. Com uma colher de pedreiro, trazer todo o material para a
região inferior da cuba da betoneira, introduzindo os agregados
soltos no interior da mistura;
3. Passar a colher de pedreiro sobre a superfície do concreto
fresco, introduzir dentro da massa e levantar no sentido vertical.
Verificar se a superfície exposta está com vazios, indicando falta
de argamassa;
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17. Ensaio de coesão:
4. Introduzir novamente a colher de pedreiro no concreto e
retirar uma parte do mesmo, levantando-o até a região superior
da cuba da betoneira. Com o material nesta posição, verificar se
há desprendimento de agregado graúdo da massa, o que indica
falta de argamassa na mistura. Após esta observação, soltar a
porção de concreto que está sobre a colher e verificar se a
mesma cai de modo compacto e homogêneo, o que indica teor
de argamassa adequado;
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18. Ensaio de coesão:
A segregação pode ser definida como a separação dos
constituintes de uma mistura, fazendo com que a mistura deixe
de ser uniforme.
Existem dois tipos de segregação: i) dos agregados; ii) da pasta.
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19. Ensaio de coesão:
Fatores de influência:
- Granulometria;
- Quantidade de pasta;
- Métodos de transporte, lançamento e adensamento.
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20. Ensaio de coesão:
A exsudação pode ser entendida como a perda imediata de
água após o adensamento, sendo causada principalmente pela
falta de finos no concreto, o que acarreta problemas a uma
correta hidratação do cimento.
Forma uma camada porosa de concreto na superfície, reduzindo
sua resistência e durabilidade.
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21. Moldagem de corpos de prova:
• O concreto é introduzido no molde em camadas de volume
aproximadamente igual;
• O adensamento de cada camada se dá de acordo com a
seguinte metodologia:
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22. Moldagem de corpos de prova:
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Tipo de
corpo de
prova
Dimensão
básica (mm)
Numero de camadas Número de
golpesMecâncio Manual
Cilindrico
100 1 2 12
150 2 3 25
200 2 4 50
250 3 5 75
300 3 6 100
450 5 9 225
Prismático
150 1 2 75
250 2 3 200
450 3 - -
23. Moldagem de corpos de prova:
• Os golpes devem ser distribuídos uniformemente em toda a
superfície dos CP’s;
• A haste deve atravessar toda a camada que está sendo adensada
e penetrar, aproximadamente, 20mm na camada inferior;
• Para o adensamento mecânico, a norma não prevê tempo
determinado de vibração.
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24. Conclusão:
Convém lembrar que, um bom controle do concreto no estado
fresco, com relação à trabalhabilidade e a minimização da
exsudação, levará fatalmente a um concreto de melhor ou pior
qualidade no estado endurecido, que na prática é o que
realmente se busca.
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