1. Oficina de Ensino e
Aprendizagem: A questão da
mulher na sociedade atual
Por:
Elizângela Farias
Marcos Lima
2. 1 – Objetivos
• OBJETIVO GERAL: Analisar como os discursos sobre a
mulher foram se transformando no Brasil.
• OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Cotejar enunciados de
diferentes mídias sobre a mulher na contemporaneidade.
• Levantar questionamentos sobre a situação da mulher hoje
na sociedade.
3. 2- Justificativas
• Com o passar dos anos, a situação da mulher na sociedade brasileira vem se
transformando. Hoje, há mulheres que se destacam em todas as áreas: nos
esportes, na economia, na política. No entanto, a sociedade ainda as trata
como o "sexo frágil". Muitas ainda são vítimas de preconceitos e violência.
Este trabalho busca analisar e levantar questionamentos sobre os diversos
papéis que hoje a mulher desempenha em nossa sociedade e como, apesar
das transformações político, econômica e cultural, ainda há discursos
machistas e retrógrados em pleno século XXI.
4. TEXTO BASE PARA INTRODUÇÃO DO ASSUNTO
Mancha da violência contra mulher persiste (BELÉM-PA)
Elas são maduras: têm entre 30 e 60 anos. Não possuem alto grau de escolaridade: a maioria
sequer concluiu o ensino médio. Além disso, estão atadas a uma incômoda dependência
financeira dos parceiros. É este o perfil das vítimas que - desde setembro de 2006, quando
entrou em vigor a Lei 11.340, a chamada Lei Maria da Penha - incrementam as estatísticas da
violência contra a mulher no Pará.
Dois crimes se destacam no rol das ocorrências, cujos registros têm se multiplicado
ostensivamente desde que se tornou mais rigorosa a punição dos agressores: a lesão corporal e
a ameaça psicológica. Na Delegacia da Mulher em Belém, é rotineira a presença de vítimas
com as chagas da intolerância masculina à flor da pele ou as marcas silenciosas das sequelas
derivadas de tortura, pressão e covardia.
11. Relato de uma jovem belenense a campanha de
internet “#MeuAmigoSecreto”
12. F.D.R.P.
27 de Novembro de 2015 ·
#meuamigosecreto é um ex-namorado que não podia me ver falando com algum amigo que ele
não conhecia que dizia que eu tava doida pra dar pra um negão e que ele não devia namorar
comigo porque ficava pegando "os restos" dos outros caras. E também dizia que não ia andar
comigo de mão dada na rua se eu estivesse usando shorts. E também dizia que eu só falava
idiotice na frente dos outros então era melhor ficar calada, porque ficava com raiva quando as
pessoas gostavam de mim. E também dizia que ficava triste por se sentir apaixonado por uma
menina galinha. E também dizia que eu não tinha bunda e por isso ele dava em cima de
meninas que tinham. E também gritava que ia enfiar a mão na minha cara se eu continuasse
reclamando. Aí um dia ele me enforcou ao invés - eu fingi que tava desmaiando, ele me soltou,
eu puxei o ar e enfiei as unhas nele enquanto ele me sufocava e não soltei até ele desistir.
Então é isso. Fui "idiota" uma vez de não ter largado esse cara antes (na vdd ele minou minha
auto-estima de tal forma que eu não conseguia), mas ninguém nunca vai me fazer calar a boca
(...)
14. A repetição é um recurso linguístico necessário ao textos para que
eles se mantenham coerentes e coesos, mas ele precisa ser utilizado
de forma que não os tornem excessivamente repetitivos e
enfadonhos. Entre os métodos que melhor evitam a repetição de
palavras está a substituição. Ela pode ocorrer da seguintes
formas: Substituição por meio de pronominalização:
Processo linguístico para atividade: Repetição
15. - Pronomes pessoais: O pregador abordou os transeuntes e falou-lhes sobre o fim do
mundo.
- Pronomes demonstrativos: Ela me disse adeus, e após dizer isso me deixou sozinho.
- Pronomes indefinidos: A reunião de pais e filhos foi um sucesso, pois todos
compareceram.
- Pronomes adverbiais: O homem acordou cedo para ir ao banco, e ao chegar lá percebeu
que ele ainda estava fechado.
- Pronomes relativos: Abriu mão do emprego e voltou a estudar, que era sua verdadeira
paixão.
- Pronomes numerais: Titio e titia precisaram viajar, mas ambos prometeram voltar logo.
16. Proposta de atividade
1) Identifique quantos dos processos de substituição pronominal citados
anteriormente estão presentes no trecho de reportagem e os exemplifique.
2) Pesquisar outro mecanismo de repetição e verificar se o texto faz uso dele.
17. Em Belém, 18 mulheres são agredidas por dia
Sexta-Feira, 04/12/2015, 07:57:04 - Atualizado em 04/12/2015, 08:10:16
No fim de outubro passado, Marcionilde Freitas, 38 anos, teve queimaduras no rosto, braços, seios e foi
parar no hospital, em estado grave. O acusado de ferir a vítima, com um maçarico, é o companheiro dela,
Diógenes de Araújo Freitas, 34. Marcionilde é uma das muitas vítimas da violência doméstica.
Segundo dados da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (Deam), de janeiro a setembro deste
ano, foram registrados 5 mil registros de violência contra mulher só na Região Metropolitana de Belém.
Ou seja: a cada dia, pelo menos 18 mulheres sofrem violência física, psicológica, sexual, patrimonial e
moral. Ano passado, foram 16.083 ocorrências de violência doméstica em todo o Estado do Pará. Em
2013, o número foi 5,85% menor, com 15.193 casos denunciados à polícia. Os casos ainda chocam e, para
tentar reduzi-los, a previsão é que em março de 2016 seja implantada uma nova ferramenta de proteção à
mulher: um aplicativo instalado em um dispositivo similar a um aparelho de celular. O equipamento
pretende ser mais eficaz que o “botão do pânico”, que já existe no Espírito Santo e tem mostrado uma
certa eficácia, segundo as autoridades daquele Estado. Ao se sentir ameaçada, a mulher enviará
notificações via GPS para a Central da Guarda Municipal. A Guarda vai acionar a patrulha mais
próxima para prestar socorro. A nova ferramenta é desenvolvida pela Empresa de Tecnologia da
Informação e Comunicação do Estado do Pará (Prodepa) e Companhia de Tecnologia da Informação de
Belém (Cinbesa) e conta com o apoio do Tribunal de Justiça do Estado (TJPA) e Guarda Municipal.
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19. Referência Bibliográfica
JENKS, Henry. Cultura da Convergência: a colisão entre os velhos e novos meios de
comunicação. 2ª ed. – São Paulo: Aleph, 2009.