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Nova York/EUA

Em carta encaminhada à redação,
a Diretora-Executiva da Câmara do
Comércio Brasil-Estados Unidos, Sueli
Bonaparte, parabenizou a reportagem
“O coração de Nova York em verde-amarelo” (edição nº 214), que apresentou as
comemorações do Brazilian Day, na Big
Apple, com destaque para a entrega
da Comenda do ParlaMundi da LBV,
diante de 1,5 milhão de pessoas, no
palco principal do evento. A Dra. Sueli
Bonaparte, que recebeu a honraria das
mãos de Amauri Soares, Diretor-Executivo da Globo Internacional (conforme
registra a foto acima), escreveu: “Acabei
de receber a revista BOA VONTADE com
a foto do Amauri comigo na capa! Que
honra! E a matéria interna está ótima!
Mil agradecimentos pelo carinho. Grande beijo, Sueli”. (Nova York/EUA)

Aniversário da BOA VONTADE
é noticiado pela ABI
O Jornal da ABI
— órgão oficial da
Associação Brasileira de Imprensa —, edição n o
311, estampou em
suas páginas uma
matéria sobre a comemoração do cinqüentenário da
revista BOA VONTADE, completado em julho deste ano. O jornal
registrou que a BOA VONTADE
“aborda temas como educação,
cultura, meio ambiente, esportes e
espiritualidade, em matérias voltadas para todas as idades, além de
trazer serviços de utilidade pública,
entrevistas, atualidades e notícias
da LBV”.


| BOA VONTADE

Aquecimento
global e os
prejuízos à
economia,
por Al___________
Gore
Viviane Lago

Al Gore (D) cumprimenta o representante da
LBV Josué Ben-Nun Bertolin

Uma Verdade Inconveniente
(An Inconvenient Truth), obra do
ex-Vice-Presidente dos Estados
Unidos, Al Gore, teve a versão
em português lançada na capital
paulista no último 17 de outubro.
Nela, o autor faz um contundente
alerta a respeito da mudança climática, do aquecimento global e
do impacto dessa transformação
sobre a economia mundial, visto
que o aumento da temperatura
prejudicaria as colheitas, diminuindo sensivelmente a produção de alimentos.

Melhor
Idade e
saúde

Destaco a coluna
“Proteja-se
da Catarata”, BOA
V O N TA DE nº 213.
Estão de parabéns a revista e o
autor Walter Periotto pela maneira
sucinta e didática que o problema de
saúde foi abordado. Mais de uma
vez tive a oportunidade de acompanhar casos de familiares e amigos
com catarata. Por vezes até o médico

Na oportunidade, Al Gore
autografou um exemplar do
trabalho ao dirigente da LBV,
por sua luta em favor do meio
ambiente: “For José de Paiva
Netto. Best wishes (Para José
de Paiva. Os melhores votos.)”.
O ex-Vice-Presidente dos Estados Unidos participou também
como convidado especial da
cerimônia de entrega da 24ª
edição do Prêmio ECO, promovido pela Amcham (Câmara
Americana de Comércio para o
Brasil).
tem dificuldades em diagnosticar o
começo dessa doença. No artigo do
jornalista, as dicas para atinar com a
catarata desfazem todas as dúvidas.
(Ralf Kretzschmar, Ibirama/SC)

Bucaramanga/Colômbia

Somos admiradores da obra da
LBV e do que Paiva Netto realiza em
seu país, um exemplo de entrega, dedicação e trabalho pela comunidade.
Nós nos identificamos muito com
o pensamento do dirigente da Instituição (...), que Deus permita-lhe
continuar por muito tempo ajudando
a Humanidade. (Fábio Alberto Navas, Bucaramanga/Colômbia)

Clayton Ferreira

Cartas, e-mails e mensagens
“Parabéns ao Templo da Boa
Vontade pelos 17 anos e pela
inauguração da belíssima sala em
homenagem a seu idealizador e
construtor.”
Dra. Maria da Glória Tuxi, do
Ministério das Comunicações

............................................................................................................
“Queremos afirmar o valor desse
propósito que tem norteado a LBV de
promover a união de companheiros
de todos os segmentos religiosos. (...)
Ficamos muito felizes de estar aqui
confraternizando com companheiros
de todos os outros segmentos religiosos.”
Dr. Nestor João Masotti, Presidente da Federação Espírita Brasileira
...................................................................................................................................................................
(Leia a reportagem completa sobre os festejos dos 17 anos do Templo da Boa Vontade
na página 44 desta edição)
...................................................................................................................................................................

“A alegria é nossa de poder
voltar ao Templo da Boa Vontade. (...) No mundo de tanta
violência e egoísmo, trazer a
Paz e estender as mãos é o que a
sociedade mundial conclama.”
Dr. Ubiratan Aguiar, Ministro do Tribunal de Contas da
União (TCU)

João Preda

Emoção na solenidade às
vítimas do vôo 1907

João Preda

Conjunto Ecumênico da LBV,
em Brasília/DF.

João Periotto

Pirâmide da Paz
..........................................................................................

João Periotto
Fernando Franco

17 anos da

Uma Oração Ecumênica envolveu, no Templo da Boa Vontade, a
pedido da direção da Gol, familiares e amigos das vítimas do triste
acidente ocorrido com o Boeing
737/800, do vôo 1907. A solenidade
teve a presença também de representantes de diversos segmentos
religiosos e dos parentes e amigos
das vítimas, de funcionários, do
Presidente da Gol, Constantino Jr.,
e de seu pai, Neném Constantino.
A LBV solidariza-se com todas as
pessoas ligadas a esses Irmãos que
voltaram à Pátria Espiritual.
BOA VONTADE |
Voto de louvor à
revista BOA VONTADE

Boa Vontade TV

A Câmara Municipal de Vitória/ES concedeu, em sessão
do dia 17 de outubro, Voto de
Louvor à revista BOA VONTADE em comemoração ao
cinqüentenário do periódico.
A proposição foi do Verea­
dor Dermival Galvão, sendo
aprovada por unanimidade
pela Casa e inserida nos anais
do Legislativo Municipal.
No requerimento da homenagem ressaltou: “VOTO DE
LOUVOR para com a revista
BOA VONTADE pelos seus
50 anos de entrevistas, reportagens, notícias e artigos
relevantes, numa permanente busca pelo crescimento
espiritual do público (...)”.

Jurista Miguel Reale
Júnior lança livro
Um apurado senso literário,
a formação acadêmica — é professor titular de Direito Penal da
Faculdade de Direito da USP — e a
experiência na política (foi Ministro
da Justiça) explicam o cabedal que
proporcionou ao escritor Miguel
Reale Júnior ser bem-sucedido
no desenvolvimento do romance
Escuridão na Clareira. A trama
conduzida a partir de um assassinato, em cujo caso se dedica o experiente personagem-policial Rogério
Arzibu, tem passagens bem-humoradas e um enredo que se utiliza de
elementos da história do País, como
a corrupção e os escândalos vividos
nas últimas décadas.
A sessão de autógrafos, em 26 de
outubro, festejou também a posse

do autor na Academia Paulista de
Letras (APL), na cadeira 2, que
pertenceu a seu pai, o jurista Miguel
Reale (1910-2006), falecido em
abril último.
Reale foi conduzido à cátedra
durante cerimônia comandada pelo
Governador de São Paulo e Presidente de honra da APL, Cláudio
Lembo.
Representantes da LBV levaram
o abraço do dirigente da Instituição
ao mais novo acadêmico, que agradeceu a presença e deixou fraterna
mensagem em um dos exemplares
do livro. “Ao homem condutor de
tantas esperanças, José de Paiva
Netto, com a homenagem. Miguel
Reale Júnior”.

Memórias de Villas Bôas

Orlando e sua mãe, Marina, na noite de
autógrafos

As histórias dos indianistas da
família Villas Bôas ainda hoje rendem muita curiosidade e revelam,
em si, um caráter único na ocupação
do Brasil Central, no contato pacífico com as nações indígenas. Para
contar mais deste trabalho ímpar,
foi lançado, em 26 de outubro, no
Memorial da América Latina, na
capital paulista, o livro Orlando
Villas Bôas — Expedições, Reflexões


@

Divulgação

Cartas, e-mails e mensagens

| BOA VONTADE

e Registros, organizado por Orlando
Villas Bôas Filho.
A obra, além de fazer um resumo
inédito da saga heróica da família
Villas Bôas durante as famosas
expedições ao Xingu, reúne importantes registros sobre o tema.
A revista BOA VONTADE
— que publicou uma das últimas
entrevistas concedidas por Orlando
Villas Bôas, antes de seu falecimento
em 12 de dezembro de 2002 e que,
em 1999, registrou a entrega a ele
da Comenda da Ordem do Mérito
da Fraternidade Ecumênica, do
ParlaMundi da LBV, na categoria
Solidariedade — também prestigiou
o evento.
Estas lembranças foram res-

Fac-símile da
revista BOA VONTADE no 200

gatadas com o autor da obra, que
gentilmente endereçou o título ao
Diretor-Presidente da LBV: “Ao
Dr. José de Paiva Netto, com todo o
apreço e admiração, Orlando Villas
Bôas Filho”. A mãe, Marina Villas
Bôas, que foi casada com Orlando
(pai), por 40 anos, também demonstrou seu carinho, escrevendo: “Com
grande admiração”.
Notícias de Brasília

Senado Federal discute, em fórum,
perspectivas para o Terceiro Setor
____________
Carolina Dutra

importantíssima para qualquer
país, ela tem uma atuação muito
ampla e é uma excelente aliada
do Poder Público e da sociedade.
A LBV é um exemplo de instituição do Terceiro Setor que deve
ser admirada e seguida. Trata-se
de um trabalho muito amplo, começando pelo aspecto espiritual,
mas que vai mais longe, e isso
para mim é fundamental: que
existam entidades como a Legião
da Boa Vontade. Sou não só um
admirador, mas um aliado dessa
Instituição. Que a LBV tenha ainda uma longa vida e uma longa
caminhada a favor do Brasil!”.
Na oportunidade, o Procurador
da Justiça do Ministério Público do
DF e Territórios, José Eduardo
Sabo Paes, ressaltou: “A ação

Terceiro Setor e Tributação
Este é o título da obra lançada
em 27 de novembro, na capital
federal, que reúne uma coletânea
de artigos de mestrandos da Universidade Católica de Brasília, oferecendo valiosa contribuição para
uma sociedade mais justa e harmonizada. Assinam o livro os Promotores de Justiça Albérico Santos
Fonseca, Aldemário Araújo
Castro, André Luiz Aidar, Bruno Augusto Prenholato, César
José Dhein Hoelfling, Daniel
Cândido, Eduardo de Rezende
Bastos Pereira, José Mendonça
de Araújo Filho, Miguel Ângelo
Maciel e Nereida de Lima Del
Águila, sob coordenação de José
Eduardo Sabo Paes, Procurador

A LBV é um exemplo
de instituição do
Terceiro Setor que
deve ser admirada
e seguida. (...)
Sou não só um
admirador, mas
um aliado dessa
Instituição.
Mozarildo Cavalcanti,
Senador.

da LBV que visa à promoção da
solidariedade, da educação, do
resgate social é bem-vinda. O que
as pessoas precisam é atenção,
carinho, solidariedade, e isso tem
sido feito e deve continuar sendo
feito por essa Instituição de mais
de meio século de existência”.

Fortium Editora

O Segundo Fórum Senado Debate
Brasil, cujo tema
foi “Terceiro Setor
— Cenários e Perspectivas”, ocorreu
em Brasília/DF, enDr. José Eduardo Sabo tre os dias 29 e 30 de
Paes, Procurador da novembro, no audiJustiça do Ministério tório do Interlegis.
Público do DF e
O evento teve como
Territórios.
objetivo discutir o
trabalho da sociedade civil organizada na luta para ajudar o Brasil a
vencer o atraso social.
Presente ao encontro, a equipe
da Super Rede Boa Vontade de
Comunicação (TV, rádio, revista
e internet) conversou com o Senador Mozarildo Cavalcanti, que
destacou: “Esta área é realmente

Da esq. p/ a dir., José Mendonça de Araújo Filho, Albérico Santos
Fonseca, José Eduardo Sabo Paes, Nereida de Lima Del Águila,
Aldemário Araújo Castro, Miguel Ângelo Maciel, Eduardo de
Rezende Bastos Pereira e Bruno Augusto Prenholato.

da Justiça do Ministério Público
do DF e Territórios, que registrou
carinhosa dedicatória ao dirigente da
Legião da Boa Vontade, seguido por
outros Procuradores:
“Ao líder José de Paiva Netto,
digno Presidente da LBV, ofereço
um estudo dos novos temas que
são relevantes para a sociedade

civil. Com abraço, José Eduardo
Sabo”.
“Nossos parabéns por esta
obra tão importante e diferente.
Uma diferença na vida de muitos.
Mendonça”.
“Ao estimado líder José de Paiva
Netto, com os meus sinceros agradecimentos. Nereida”.
BOA VONTADE |
sim;
preconceito, não!

Consciência Negra

Diversidade,

Trofeú Raça Negra homenageia expoentes que lutam pela igualdade racial

N

Alcione

Rosa Marya Colin

Alexandre Pires

Emílio Santiago

10

| BOA VONTADE

__________
Leila Marco
Fotos: Cintia Sanchez

ão sem motivos a data
de morte
de Zumbi
dos Palmares (16551695) — vinte de novembro — foi escolhida
para o Dia da Consciência
Negra: a lembrança de seu nome
mantém viva a sua história de valentia e astúcia na luta pela causa
no Brasil e serve de exemplo para
as novas gerações. Ele, já no século
XVII, defendia a igualdade racial,
quando à frente do Quilombo dos
Palmares — comunidade formada
por escravos negros que haviam
escapado de fazendas —, resistiu às
várias invasões e,
por fim, traído,
foi cercado

pelas tropas invasoras. Pagou com a própria vida
pela liberdade.
Hoje, milhares se
unem à voz de Zumbi, e
para premiar os notáveis
que se engajam nessa luta foi
instituído o Troféu Raça Negra,
considerado o Oscar da comunidade negra. A honraria — criada
pela Sociedade Afro-Brasileira de
Desenvolvimento Sócio Cultural
(Afrobras) em parceria com a Universidade da Cidadania Zumbi dos
Palmares (Unipalmares) — homenageia personalidades, negras ou
não, que lutam pela diversidade
racial. Foram ao todo 20 categorias,
das quais oito são escolhidas pelo
público por meio de votação no site
(www.trofeuracanegra.com.br).

Vista interna superlotada da Sala São Paulo, onde ocorreu
a entrega do troféu. No destaque, a cantora Luciana Mello
que abrilhantou a festa com o seu talento.
O palco da Sala São Paulo, no
dia 19 de novembro, mais uma vez
tornou-se cenário do evento, que
chega à quarta edição este ano. A
Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV, internet e
revista) foi convidada para realizar
a cobertura jornalística do encontro,
pois, segundo os organizadores, “a
Boa Vontade TV é uma emissora
que dá força à luta pela igualdade
racial”.
O próprio Presidente da Afrobras, José Vicente, confirmou esta
assertiva ao ressaltar: “Quero dizer
da nossa satisfação, da nossa honra
de ter na Super Rede Boa Vontade,
na LBV, parceiros efetivos, fazendo
um trabalho indispensável para que
esse tema (a valorização da raça
negra) possa ser de importância
central para todo o País”. José Vicente credita boa parte desta iniciativa ao carisma do líder da Instituição:
“Paiva Netto é uma jóia preciosa.
Ele é uma liderança, uma personalidade, uma autoridade nesse assunto.
(...) Tem inspirado muitos trabalhos,
pois foi pioneiro. Talvez hoje seja
mais fácil falar do negro, por uma
série de conjunturas. Mas antes,
quando era muito difícil ser a favor,
ele já o fazia. Então, é um baluarte
na condução desse assunto em todos
os veículos de comunicação e nas
posições espiritualistas”.
A querida Marrom, que recebeu
o prêmio como Sambista Mulher,
falou da valorização da origem africana. Para Alcione, “graças a Deus,
existem pessoas como Paiva Netto,
que se preocupam também conosco,
com a nossa gente, a nossa cultura,
a nossa raça”. A cantora diz que há
muito tempo observa a LBV e “o
quanto ela trabalha!”. E completa:
“Visitei muitas instalações desta
Obra, não foram poucas, e esse

Dr. José Vicente,
Presidente da
Afrobras (D), e o
representante das
Instituições da
Boa Vontade no
evento, sr. Celso
de Oliveira, Diretor
de Radiodifusão da
Fundação José de
Paiva Netto.

trabalho é feito com amor, dedicação, porque é assim que dá certo,
não tem jeito. Paiva Netto é uma
pessoa de que eu gosto demais, um
homem que não veio a esta Terra só
porque tem espaço, veio aqui para
fazer, para distribuir essa alegria de
se doar aos outros. Queria mandar
um grande beijo para o dirigente da
LBV e todos os voluntários. Quando
precisarem de mim, estou sempre
junto, porque acredito na Legião da
Boa Vontade!”.
Na mesma linha de pensamento
saudou a cantora Rosa Marya Colin: “A LBV é uma instituição muito
séria e importante, abre caminhos
à Educação, à Espiritualidade, à
conscientização do Ser. Quero mandar o meu abraço a todos da LBV,
principalmente ao Irmão Paiva, que
assisto todas as noites na TV Bandeirantes*, um abraço carinhoso e
minha saudade a todos”.
A exemplo de Rosa, Alexandre
Pires, destaque como Cantor, acompanha os programas da Instituição:
“Estou sempre assistindo vocês!
Obrigado à LBV pelo trabalho lindo
que realiza, por José de Paiva Netto
e toda a sua família. (...) É assim que
o País vai para a frente, assim que a
gente conquista um Brasil e mundo
melhores; e a LBV, com certeza, faz
parte de tudo isso. Parabéns!”. Alexandre falou da relevância daquele
troféu, afirmando que “o negro,

dia após dia, anos após ano, vem
conquistando o seu espaço com
muita dignidade, com muita luta”. E
concluiu lembrando que aquela não
era “uma noite só para os negros,
mas para todo o povo brasileiro
se orgulhar”.
*Programa Boa Vontade, com Paiva Netto, vai ao ar no início
da madrugada, de segunda a sexta-feira, após o A Noite
é uma Criança, do apresentador e amigo da LBV, Otávio
Mesquita, pela Rede Bandeirantes de Televisão.

1

2

3
1 - Chica Xavier e Miguel Falabella
2 - Joyce Ribeiro e Rocco Pitanga
3 - Thaís Araújo e Lázaro Ramos
BOA VONTADE |

11
Índice
6 Cartas
9 Notícias de Brasília
10 Consciência Negra
14 Esporte é Vida!
15 Coluna Esportiva
16 Natal Permanente da LBV
21 Samba e História
24 Frases
28 Abrindo o Coração
34 Cinema
37 Cultura — Academia
Brasileira de Letras
38 História
44 Especial TBV
52 Opinião — Mídia
Alternativa
55 Meio Ambiente
58 Arte na Tela
61 Turismo
62 Acontece no mundo
66 Educação em Debate
70 Saúde
73 Melhor Idade
75 Ação Jovem LBV

78 Soldadinhos de Deus
80 Acontece no Brasil

28

Abrindo o Coração
Carlos Nascimento
em entrevista à BOA VONTADE

Ao Leitor
Esta edição da revista BOA VONTADE comprova algo
que muitos escritores,
jornalistas e estudiosos
da linguagem afirmam:
a importância de contar
histórias como meio de
construir e determinar
nossa identidade como indivíduo
e nação. E é desse veio interminável e encantador que se alimentam sonhos, projetos e vai se
modificando a realidade humana.
Na busca desse material de vida é
que trouxemos ao leitor entrevistas como a do veterano jornalista
Carlos Nascimento, apresentador do SBT, conceituado homem
de comunicação, sobre diversos
temas relevantes, a começar pela
infância e vida em família. O
jornalista-repórter ainda aponta
caminhos para se ter sucesso na
profissão e identifica no que a
mídia pode ajudar o Brasil.
Outra reportagem que se enquadra bem neste perfil está na
seção Samba e História, na qual

16

Natal Permanente
da LBV
Artistas apóiam
Campanha do Natal
Permanente da LBV

se pode apreciar um
pouco da trajetória de
Jamelão, um mestre
da música popular
brasileira. Vale conferir ainda o que leva
quem chegou ao ápice da carreira — a
exemplo do renomado crítico de cinema Rubens
Ewald Filho — a estar disposto
a sempre reinventar o que faz,
buscando novos desafios.
Há de se ressaltar a cobertura completa dos festejos de 17
anos do Templo da Boa Vontade (TBV), em Brasília. Neste
Especial, o registro de pequenos
trechos da memorável palestra
proferida pelo idealizador e
construtor do Templo da Paz,
jornalista Paiva Netto, durante
o evento, na qual ele convidou
o imenso público a refletir
sobre a Educação Ecumênica
e a Fraternidade Universal,
trazendo valiosa contribuição
no campo da administração, da
ética e da cidadania plena.

21
Samba e
História
Jamelão, herói do
samba

34

Cinema
Rubens Ewald
Filho e a arte de
reinventar-se
BOA VONTADE
ANO 50 • Nº 215 • outubro/novembro de 2006

BOA VONTADE é uma publicação mensal das IBVs, editada
pela Editora Elevação. Registrada sob o nº 18166, em
16/03/2006, no livro “B” do 9º Cartório de Registro de Títulos e
Documentos de São Paulo.

Diretor e Editor-responsável
Francisco de Assis Periotto
MTE/DRTE/RJ 19.916 JP
Coordenador Geral
Gerdeilson Botelho
Repórteres Especiais
Carlos Arthur Pitombeira, Hilton Abi-Rihan, José Carlos Araújo e
Mario de Moraes.
Equipe Elevação
Adriane Schirmer, Ana Paula de Oliveira, Angélica Beck, Daniel
Trevisan, Danielly Arruda, Débora Verdan, Felipe Tonin, Flávio de
Oliveira, Isabela Ribeiro, João Miguel Neto, Joilson Nogueira, Leila
Marco, Maria Aparecida da Silva, Natália Lombardi, Neuza Alves,
Nino Santos, Paulo Azor, Rita Silvestre, Rodrigo Oliveira, Rosana
Serri, Simone Barreto, Sônia Sabatine, Stella Souza, Walter Periotto,
Wanderly Albieri Baptista e William Luz.
Projeto Gráfico
Alziro Braga, Felipe Tonin e Helen Winkler
Produção
Endereço para correspondência:
Av. Rudge, 938 — Bom Retiro — CEP 01134-000 — São Paulo/SP
Tel.: (11) 3358-6868 — Caixa Postal 13.833-9 — CEP 01216-970
Internet: www.boavontade.com / E-mail: info@boavontade.com
Impressão: Editora Parma
A revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos emitidos
em seus artigos assinados.

38

História
Da Monarquia para
a República

44
Especial TBV
Milhares reúnemse em Brasília para
celebrar 17 anos
do Templo da LBV

Clayton Ferreira

Reflexão de BOA VONTADE:

Disse o Cristo Ecumênico*: “Novo Mandamento vos dou: Amai-vos uns aos outros
como Eu vos amei. Somente assim podereis
ser reconhecidos como meus discípulos, se
tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros. (...)
O meu Mandamento é este: que vos ameis
uns aos outros como Eu vos tenho amado. O belo painel retratando
a passagem da Ceia em
Não há maior Amor do que este: dar a sua Emaús, que embeleza a
própria Vida pelos seus amigos. E vós sereis paisagem paulistana, é
meus amigos se fizerdes o que Eu vos mando. um presente da LBV que
deseja a todos um Feliz
E Eu vos mando isto: amai-vos como Eu vos Natal Permanente com
amei. Já não mais vos chamo servos, porque Jesus, o Cristo Ecumêo servo não sabe o que faz o seu senhor. Mas nico . A imagem está
Rua Sérgio
tenho-vos chamado amigos, porque tudo localizada à Bom Retiro,
Tomás, 740,
quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a São Paulo/SP.
conhecer. Não fostes vós que me escolhestes;
pelo contrário, fui Eu que vos escolhi e vos designei para
que vades e deis bons frutos, de modo que o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu
nome, Ele vos conceda. E isto Eu vos mando: que vos ameis
uns aos outros como Eu vos tenho amado. (...) Porquanto,
da mesma forma como o Pai me ama, Eu também vos amo.
Permanecei no meu Amor”.
(Evangelho de Jesus, segundo João, 13:34 e 35;
15:12 a 17 e 9).
*Jesus, o Cristo Ecumênico — Esta definição nasceu durante entrevista concedida por
Paiva Netto ao jornalista e produtor de documentários da TV polonesa, então Vice-Presidente da
n
Associação Universal de Esperanto, Roman Dobrzy´ ski, ao ser perguntado como podia pregar o
Ecumenismo Irrestrito falando em Jesus. Ao que o líder da Instituição respondeu ser a grande tarefa
da LBV e da Religião Divina dessectarizá-Lo e concluiu: “O Divino Mestre não é sectarismo. Ele é
uma idéia extraordinária de Humanidade, Amor, Fraternidade e Justiça”.

55

Meio Ambiente
Pantanal: reserva da
biosfera

62

Acontece no
mundo
LBV dos Estados
Unidos comemora
20 anos

70

Saúde
Conheça
quatro passos
para você
otimizar sua
vida
Lícia Curvello

Felipe Freitas

Esporte é Vida!

Equipe da Super Rede Boa Vontade é sucesso no Esporte carioca
O árbitro de futebol Leonardo
Gaciba e o assistente da FIFA
Altemir Hausmann visitaram os
estúdios da Super Rádio Brasil
(940 AM), na capital fluminense,
a convite do popular Programa
Momento Esportivo. Na oportunidade, Gaciba comentou os
jogos do Campeonato Brasileiro
de 2006.
Na primeira foto, da esquerda
para a direita: Felippe Cardoso,

coordenador esportivo da Super
RBV no RJ, ao lado de Hausmann
e do árbitro de futebol Leonardo
Gaciba (sentados). Em pé, no sentido horário, André Gonçalves
(repórter), Marcelo Figueiredo
(repórter), Eduardo de Freitas
(produtor) e o veterano comentarista esportivo Mário Silva.
Ricardo Berna, goleiro do
Fluminense, recentemente também participou do programa.

Campeões também
no futsal

Arquivo BV

14

| BOA VONTADE

FRANCA/SP

Futuros esportistas

Uma miniolimpíada de basquete agitou o
mês de outubro da garotada atendida pela LBV
em seu Centro Comunitário e Educacional, na
cidade de Franca, interior paulista. O evento
festejou também a nova quadra para as crianças. Cinco times participaram do torneio em
partidas com duração de 10 minutos cada. A
vencedora foi a equipe amarela.
Para conhecer os campeões e todo o trabalho da LBV na cidade, dirija-se à Rua Torquato
Caleiro, 915 — Vila Nicácio. Telefone: (16)
3720-9077.
Luiz Tardivo

Esta coluna sempre tem o prazer de registrar os títulos
que nossos atletas têm trazido ao País. Nesta edição não foi
diferente, agora no futsal. A seleção brasileira masculina
subiu no ponto mais alto do pódio
ao consagrar-se bicampeã do Desafio Internacional, disputado em
Caxias do Sul/RS. E o melhor: o
time comandado por Paulo
César de Oliveira não
perdeu nenhuma das
partidas e, na última,
bateu a Itália por 5 a
3 na prorrogação. O
craque Falcão (foto)
foi o autor do gol da
vitória.

Na segunda foto, na parte de
cima, da esquerda para a direita,
Maurício Moreira (locutor),
Felippe Cardoso, André Marques (repórter), Ricardo Berna
(goleiro do Fluminense), Marcelo Figueiredo, Jorge Iggor
(locutor), Eduardo de Freitas.
Na parte de baixo: os repórteres
André Gonçalves, Luiz Victor
(estagiário), Antônio Jorge e
Gustavo Adolpho.
Felipe Freitas

Coluna do Garotinho

um ídolo
Procura-se

José Carlos Araújo é comunicador
esportivo da Rádio Globo do Rio de
Janeiro/RJ.

D

e repente, o Brasil todo
começou a exaltar as qualidades de um jovem piloto de Fórmula 1: Felipe
Massa. Ele, contratado pela Ferrari
para substituir o também brasileiro Rubens Barrichello, foi um
fiel escudeiro do alemão Michael
Schumacher, que lutava pelo oitavo
título mundial, a fim de encerrar sua
carreira da melhor forma possível.
Não deu para o alemão e Massa,
apesar de sua importância secundária na Ferrari, onde tudo e todos
trabalhavam para Schumacher, fez
uma brilhante temporada. Terminou
em terceiro lugar, perdendo apenas
para o alemão e para o bicampeão,
o espanhol Fernando Alonso, da
Renault.
Mas foi ele, Felipe Massa, quem
fechou a temporada da Fórmula 1 em
grande estilo. Venceu o Grande Prêmio do Brasil, em Interlagos, coisa
que um brasileiro não conseguia há
13 anos, ou seja, o último vencedor,
antes de Massa, tinha sido o saudoso
Ayrton Senna (1960-1994).
Depois disso, tudo mudou na vida
de Felipe Massa. Festejado em todo o

Brasil, inclusive sendo condecorado
pelo Presidente Lula, ele reacendeu
as esperanças do brasileiro. Até já
são feitas comparações entre ele e
Senna.
Não, o automobilismo não se
tornou um Esporte popular no país,
como o futebol. Acontece que o
Brasil está carente de ídolos. O brasileiro procura um mito, como foram
o próprio Ayrton Senna, Pelé, Zico
e os dois Ronaldinhos (nos bons
tempos em que exibiam boa forma
atlética).
O povo tem necessidade de um
ídolo, de alguém para se espelhar.
Hoje, no país, o futebol não tem
mais essa referência. Nossos craques (e até mesmo os quase craques e os apenas bonzinhos) estão
todos no Exterior. Por aqui, ficaram
apenas os que não despertaram o
interesse dos empresários ou os que
estão em fim de carreira.
E o brasileiro ficou sem o seu
ídolo. Não há, em todo o território
nacional, aquela figura na qual todo
garoto se inspira,
que determina seu
modo de pensar

e agir, que povoa todos os seus
sonhos.
Essa carência futebolística conduz as atenções para outros setores.
Por isso, depois da vitória no GP
Brasil, Felipe Massa foi logo alçado à condição de ídolo, recebendo
a responsabilidade de ser campeão,
de devolver a cada cidadão as
alegrias que Ayrton Senna costumava proporcionar nas manhãs de
domingo.
Não lhe falta potencial para isso,
mas o peso da obrigação de ser o
novo mito brasileiro no mundo
dos esportes pode ser demais para
Massa, um jovem que busca seu
lugar no mecânico mundo da Fórmula 1.
Tudo isso é normal, mas também funciona como uma advertência para quem administra o nosso
futebol: é hora de repensar o que
está sendo feito, de encontrar uma
saída para limitar a exportação de
nossos principais jogadores. Nenhum Esporte — nem mesmo o
futebol — sobrevive sem a paixão
popular e não existe paixão popular
sem ídolos.

Arquivo BV

Felipe Massa termina a temporada 2006
com um honroso 3o lugar e promete
mais para o próximo ano.

BOA VONTADE |

15
Natal Permanente da LBV

Natal?

O que é o

_____________
Marta Trigueiro
Fotos: Chico Audi

C

omemorado em todo o
mundo, até mesmo onde a
população cristã é minoria,
o Natal marca a grande
festa da Solidariedade Universal
entre os povos. À medida que o dia
25 de dezembro se aproxima, as
pessoas tendem a ficar mais gentis
e a exprimir sentimentos que muitas
vezes são deixados de lado, como o
Amor ao próximo. Quem não gosta
de ser lembrado ou de confraternizar
com os que mais ama?
No entanto, nessa época do ano,
muitas crianças, idosos e enfermos
não recebem presentes, sequer uma
palavra de conforto, de carinho.
Isso ocorre porque há aqueles que
Helô Pinheiro

Silvio Luiz

se esquecem do verdadeiro espírito
do Natal, expresso nas palavras do
aniversariante da data, Jesus, em
Seu Novo Mandamento: “Amai-vos
uns aos outros como Eu vos amei.
Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos”
(Evangelho do Cristo Ecumênico,
segundo João, 13:34 e 35).
Sob essa inspiração, a Legião da
Boa Vontade promove desde seus
primórdios, em 1950, a Campanha
do Natal Permanente, como forma
de lembrar a todos que a Fraternidade deve ser vivida e exemplificada
durante os 365 dias do ano, pois, afinal, a fome é diária, e a dor não tem
hora para bater à porta do coração.

Giácomo Pinotti

Por isso, além de todo o trabalho
que desenvolve diariamente no País
em prol de crianças, adolescentes,
jovens, adultos e idosos, em suas
escolas de Educação Básica, Lares
e Centros Comunitários e Educacionais, a Obra realiza inúmeras ações
de conscientização e de mobilização
social, entre elas a Campanha Natal
Permanente da LBV — Jesus, o Pão
Nosso de cada dia!
A edição 2006 dessa iniciativa
tem como meta angariar 400 toneladas de alimentos não-perecíveis
para serem distribuídos, em cestas,
a milhares de famílias em situação
de vulnerabilidade, propiciando-lhes
um Natal feliz, digno e sem fome,

Izzy Gordon

Gabriel Guerra
Rafaela Romolo

16

| BOA VONTADE

Simoninha
Elzimar Antunes

Lílian Gonçalves

Chico Audi

assim encerrando os atendimentos
do ano em curso, a essas mesmas
famílias, em suas diversas ações
socioeducacionais.

A força do exemplo

Motivados pela Solidariedade,
artistas e personalidades da mídia
uniram-se à campanha para ajudar
na arrecadação dos mantimentos.
Disseram sim à LBV os empresários
Lílian Gonçalves, da Rede Biroska,
e Elzimar Antunes, da Solitec
Seguros, que patrocinaram as gravações de um videoteipe institucional;
o fotógrafo Chico Audi, parceiro
da LBV há cinco anos e que, mais
uma vez, doou seu profissionalismo
Guilherme  Santiago

“São entidades
como a LBV que
fazem a diferença
no nosso País.”
Chico Audi
realizando a sessão especial de fotos
com os participantes dessa ação solidária. Em agradecimento a Chico
Audi pela parceria nas campanhas
da LBV, um grupo de meninos e
meninas atendidos pela Instituição
na capital paulista prestou-lhe uma
homenagem, fotografando-o e, ao
fim das gravações, presenteando-o

Ricardo Tofanello

Solange Frazão

com um álbum das fotos feitas por
eles. “É muita emoção, porque aqui
é o meu ambiente de trabalho comum, mas, ao ver essas crianças me
fotografando, é uma inversão de papéis. E, em flashes rápidos na minha
cabeça, eu já imaginei um médico,
um dentista, um advogado, que é a
base da cultura que a LBV vai dar
a vida inteira para essas crianças.
(...) O Brasil de verdade é quando a
gente ajuda e dá o nosso tempo. A
LBV é um exemplo mundial. É um
orgulho! Muito obrigado! (...) São
entidades como a LBV que fazem a
diferença no nosso País. Temos de
pegar e trabalhar. Isso é o mínimo
que faço, que não é nada, realmente

Duda Ardito

Paulo Eugênio e Pedro Ronco

BOA VONTADE |

17

17
Natal Permanente da LBV
é muito pouco, para o tanto que a
LBV realiza”, declarou.
A sessão de fotos, que se tornou
um ponto de encontro entre os
voluntários da Solidariedade, teve
muitos momentos emocionantes.
Um deles ocorreu quando a dupla
Guilherme  Santiago chegou
ao estúdio. Os cantores interagiram
com as crianças da LBV e, formando um só coro com elas, entoaram a
música Chove estrelas, um de seus
grandes sucessos.
Para reforçar o apoio incondicional ao trabalho da Legião da Boa
Vontade, os participantes da campanha fizeram questão de deixar seu
testemunho. Eis alguns deles:
“A LBV faz parte do meu coração. Por isso, eu sempre digo sim!”
Helô Pinheiro, a eterna
“Garota de Ipanema”

“É um prazer fazer parte desta
Campanha maravilhosa. A gente
vai sempre estar aqui de coração.
A Solidariedade é superimportante
para o País.”
Sebá, do grupo Inimigos da
HP

“Eu fui até a LBV,
vi o resultado, a
alegria das crianças,
dos voluntários
que trabalham, das
pessoas... É uma
resposta assim que me
faz voltar todos os anos
e estar chamando vocês
para doarem sempre.”
Solange Frazão

“Esta é uma ação importante
da LBV, que traz esperança de um
Natal melhor. Como diz o slogan da
Campanha, é o Natal Permanente,
porque não é só na data específica,
mas a ajuda tem de ser obviamente
o ano inteiro.”
Wilson Simoninha, cantor

“Na condição de apoiador das
campanhas da LBV, o Natal Permanente de Jesus, para mim, é uma
reprise das satisfações que sempre
tenho tido em todos esses anos.
Parabéns, LBV!”
Elzimar Antunes, empresário

Primo Bonafini

KM7 Nove

18

| BOA VONTADE

“A partir do momento em
que conheci pessoalmente o
trabalho da LBV, nunca mais
na vida tive coragem de negar
nada para essa Instituição. É um
espetáculo! Eu convido todos a
ir à LBV ver de perto o que o
Paiva Netto faz.”
Lílian Gonçalves, empresária
“Colaborar para a Legião da
Boa Vontade é colaborar para um
mundo melhor. As nossas crianças merecem o nosso sorriso.”
Ricardo Tofanelo, radialista que interpreta a personagem Judith, no programa
Chupim, da Metropolitana
FM
“Quando a gente ama a vida,
ama também o próximo.”
Carlos Ribeiro
“É um trabalho que eu já faço
com a LBV, de doação, já há
muitos anos, e sempre gostei de
participar. Fechou com chave de
ouro este momento tão especial
na minha vida.”
Primo Bonafini
Abaze
Clayton Ferreira

“Se cada um fizesse a sua parte, com certeza o mundo estaria
melhor. A gente faz a nossa. Paiva
Netto, sempre que precisar, é só ligar que a gente está à disposição.”
Rosa, da dupla Rosa  Rosinha
“A LBV é uma instituição de
credibilidade. Está preparando a
criança para o futuro. (...) Paiva
Netto, parabéns por esse trabalho.”
Rosinha, da dupla Rosa 
Rosinha
“Há muito tempo eu acompanho
o trabalho da LBV. Então, para mim,
é muito importante. É um ajudando
o outro. Todos nós somos irmãos.”
Izzi Gordon, cantora

“Estou muito feliz e espero colaborar sempre. Para o que eu puder
fazer, quero estar à disposição.”
Marisol Ribeiro, atriz
“(...) O duro era trazer esse
daqui, pensei: ‘Meu Deus, pra
chamar o Ronco... Ele não sai de
casa para nada!’. Quando eu falei
que era para a LBV, ele disse:
‘Agora! levanta e vamos’. É muito
importante você ajudar a quem
realmente precisa, faz bem para o
nosso coração.”
Paulo Eugênio, radialista do
programa Hora do Ronco, da
Band FM
“Ficamos emocionados por fazer
um dia destes e um monte de gente
feliz.”
Sílvio Luiz, ator
“(...) Gostaria que todo mundo
pensasse um pouquinho no outro
(...), que oferecesse um sorriso, a
mão, um carinho, meio quilo de
café, de arroz, não importa. Faça
a sua parte, você verá como a
fome do mundo diminui e como
o amor se multiplica.”
Aldine Müller, atriz
Inimigos da HP

“O mais importante é o Amor,
não só pela sua mãe, seus filhos,
seu namorado, marido, família,
mas pelo próximo. (...) Qualquer
pessoa, independente de classe, da
profissão, tem esse dever de estar
aqui ajudando.”
Janaína Lince, atriz
“A função do Ser Humano é melhorar tudo (...), na verdade a gente
não faz nada, vocês da LBV é que
fazem tudo. A gente só entra com
uma pequena parcela. A gente é que
ganha o presente quando faz parte
desse momento. A pessoa deve não
só doar, mas conhecer as estruturas.
E essa participação é tão importante
quanto a doação.”
Giácomo Pinotti
“Eu fico muito feliz de estar ajudando. Espero que essa campanha
cresça cada vez mais.”
Sannder MS (Integrante da
banda Abaze)
“Abaze nasceu com essa idéia
de fazer um trabalho voltado não só
para as pessoas que curtem a música
da banda, mas também para levar
algo mais para os jovens. Por isso, a
gente sente-se superfeliz de participar em todas as edições. Muito legal
esse relacionamento que estamos
construindo com a LBV.”
Beto (banda Abaze)
“Você que está acostumado a
ouvir a gente há tanto tempo só
falando bobagem, por incrível que
pareça, hoje eu estou falando sério.
Ajude a LBV!”
Pedro Luiz Ronco, radialista
do programa Hora do Ronco, da
Band FM
BOA VONTADE |

19
Guto 
Nando

Natal Permanente da LBV

“A gente, que ama criança, vê
que tem de realmente fazer mais
uma vez participar da Campanha
da LBV (...), vir aqui todo ano para
colaborar e agradecer também pela
colaboração. Isso é que é importante.”
Guilherme, da dupla Guilherme  Santiago
“Uma série de coisas é feita na
LBV, inclusive proporcionar desenvolvimento musical, coordenação
motora às crianças. (...) Elas estão
sendo preparadas desde pequenas
para se tornar grandes cidadãs, grandes Seres Humanos.”
Santiago, da dupla Guilherme
 Santiago
Marisol Ribeiro

Jefferson Alves

“Se você pode dar um exemplo
como esse, de ser solidário, de ser
caridoso, pode ter certeza que vai
tocar direto no coração das pessoas
e fazer com que o outro colabore
também. (...) Quero mandar um
abraço para o Paiva Netto, um
grande beijo para todas as crianças.
LBV, aí sim, essa é uma ajuda para
valer mesmo!”
Claudete Troiano,
apresentadora de TV

Claudete Troiano

Para levar sua doação em prol
da Campanha Natal Permanente
da LBV — Jesus, o Pão Nosso de
cada dia!, veja o endereço do Centro
Comunitário da LBV mais próximo
de sua residência no site www.lbv.
org.br. Donativos podem ser depositados no Banco Itaú, agência 0237,
conta corrente 73.700-2. Outras
informações pelo tel.: (11) 32254500 ou pela página da Instituição
na internet.

Fotos: Clayton Ferreira

| BOA VONTADE

Janaína Lince

APOIO:

Aldine Müller
Zé Henrique  Gabriel

20

Mateus Taironi

Carlos Ribeiro
Samba e História

samba
Herói do

Francisco Trombino

O reconhecimento da
revista BOA VONTADE
a Jamelão, grande
ícone mangueirense e
patrimônio da cultura
nacional

O radialista e jornalista Hilton Abi-Rihan
entrevista grandes nomes da cultura nacional no programa Samba e História. Na
Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super
RBV — lista de emissoras na página 4),
você pode acompanhar essas entrevistas
aos domingos, às 5, 14 e 20 horas. Pela
Boa Vontade TV, o telespectador pode
assisti-las aos sábados, às 23 horas. Outra
opção para acompanhar o programa é aos
domingos, às 15 ou 23 horas. Pela Rede
Mundial de Televisão, confira o bate-papo
aos domingos, às 12 horas.

E

“

u freqüentava a gafieira
Jardim do Meyer e o gerente da casa não sabia o
meu nome e ele tinha de me
chamar para cantar. Como eu não
tinha apelido, falou: ‘E agora, vou
apresentar o Jamelão’. Foi o meu
batismo artístico”, conta, aos mais
de 90 anos, com voz rouca, logo
após apresentação em casa lotada,
na capital paulista. José Bispo
Clementino dos Santos é o nome
de batismo desse carioca de São
Cristóvão, nascido em 12 de maio
de 1913. Mas foi sendo chamado
de Jamelão (árvore de frutos saborosos) que ele chegou ao patamar
de uma das maiores expressões da
nossa cultura, tornando-se reconhecido no mundo.

______________
Hilton Abi-Rihan

A trajetória dele é marcada por
muita luta e, sobretudo, trabalho.
Começou a ganhar a vida desde
cedo. Aos 15 anos, já vendia jornais
pelos bairros do Rio de Janeiro para
ajudar no sustento da casa. “Não
caiu nada do céu para mim. Saía
pelas ruas e bairros, e tinha aqueles
bairros preferidos, tinha os trens da
Central, bonde, era muito bom aquilo”, rememora. Mas logo deixou as
ruas e os jornais para se dedicar à
música. “Depois que larguei a venda de jornais passei a ouvir muito os
cantores daquela época e aos poucos fui aprendendo; passei a viver
de música. De repente, quando vi,
estava envolvido com música, com
programas de rádio e auditórios.
Foi a profissão que abracei. Sempre
BOA VONTADE |

21
Samba e História
procurei fazer bem para poder viver
da música”, afirma.
Foi nesta época que a Estação
Primeira da Mangueira, da qual se
tornou intérprete-símbolo, apareceu
na vida de Jamelão. “Nasci em São
Cristóvão, onde não havia samba.
Depois, fui morar no Engenho Novo.
De repente, estava na Mangueira.
Quem me apresentou à escola foi
Lauro dos Santos, que trabalhava
também na distribuição de jornais.
Eles me receberam bem. Na primei-

premiado com um ano de contrato
com a gravadora Continental por ter
vencido um concurso de calouros
promovido pela Rádio Clube do
Brasil. Ao término do acordo, passou a se apresentar na Rádio Tupi.
Em 1949, dois fatos importantes:
iniciou como intérprete da Mangueira e substituiu o cantor Francisco
Alves, durante show no Teatro João
Caetano.
Em 1952, soltou a voz em
uma festa nos arredores de Paris

gaúcho Lupicínio Rodrigues,
para quem Jamelão gravou LPs
em homenagem e reconhecimento pelo trabalho que deixou.
Toda essa fama se propagou
ainda mais pelo Brasil na década
seguinte, mesma época em que
nosso personagem ingressou na
ala de compositores da Mangueira (em 1968). Àquela altura,
recebeu também muitos prêmios,
entre eles, o de Cidadão Paulistano, entregue pela Câmara Muni-

(França) como crooner (cantor de
música popular que se apresenta
com conjunto instrumental) em
uma das parcerias que fez com a
Orquestra Tabajara, de Severino
Araújo. Foi nessa mesma década que efetivou seu contrato
com a gravadora Continental e
alcançou grande sucesso como
intérprete de composições, a
exemplo da gravação da música
Exaltação à Mangueira, criada
para o desfile da escola em 1956.
Outra canção que o projetou foi
Ela me disse assim, de autoria do

cipal de São Paulo. Gravou, em
1979, o conhecido LP que levou
seu nome, imprimindo a característica romântica de Jamelão,
conforme ele mesmo define.
Para continuar tendo disposição para fazer shows regularmente, ele confessa que não há
segredos. “Existe o direito que
Deus nos dá de participar. Ele dá
esse direito para A, B, C, não tem
pessoa determinada. O que há é a
determinação da hora que Deus
acha que é, e que deve ser feito.”
E o público concorda, pois suas

“Lutem com
honestidade. Não
queiram ser absolutos
porque a vida dá
condições para A, B, C,
D. Todos têm o mesmo
valor, o mesmo direito.
(...) Sejam pessoas que
saibam reconhecer o
valor dos outros. Todos
temos o direito de
igualdade.”
ra vez, fui por curiosidade, e quando
não tinha nada para fazer ia dar um
pulo lá, bater papo, jogar uma ‘pelada’ de futebol. Quando vi, estava
envolvido com os músicos. Depois,
aprendi a dançar e a cantar. Até
que um belo dia me disseram: ‘Vá
cantar no baile’. Fui, cantei e deu
certo. Comecei outra vida”, relata,
com olhar saudoso, lembrando as
rodas de samba da Praça Onze, das
quais participava sempre depois dos
desfiles da verde-e-rosa.
Embalou na carreira durante a
década de 1940. Neste período, foi
22

| BOA VONTADE
apresentações sempre acontecem
com casa lotada e os inúmeros
pedidos de bis chegam ao intérprete durante todo o espetáculo.
“Eu sei que as pessoas, nem tão
jovens nem tão velhas, conhecem
esse tipo de música que canto
porque, na convivência com suas
famílias, ouviram e aprenderam a
ouvir esse tipo de música. É muito
bonito vê-las. Elas vibram com as
músicas!”, diz alegre.
Segundo ele, o motivo da continuação do sucesso de músicas
antigas é que as letras mexem
com os sentimentos das pessoas.
“Todo mundo, ou pelo menos a
maioria, tem uma historinha de
amor. (...) Música romântica vai
mexer justamente com aquele
romance que o cidadão está vivendo. São músicas do Orlando
Silva, Francisco Alves, Carlos
Galhardo, João de Barro e outros. A música é o desabafo!”.
A experiência dos palcos, além
de inúmeras interpretações de
samba-enredo nos desfiles, segundo ele, ensinou-lhe que “negócio
de preparação vocal é mentira,
quem tem a garganta boa canta.
Quem não tem não pode cantar”.
E com toda simplicidade do
alto de seus 93 anos, Jamelão
deixa sua mensagem aos jovens.
“Lutem com honestidade. Não
queiram ser absolutos porque a
vida dá condições para A, B, C, D.
Todos têm o mesmo valor, o mesmo direito, é só, como diz o ditado,
‘não meter os pés pelas mãos’.
Sejam pessoas que saibam reconhecer o valor dos outros. Todos
temos o direito de igualdade. Não
somos mais nada do que isso e não

Rio de Janeiro antigo: inspiração dos músicos brasileiros, inclusive de Jamelão.

vamos levar nada desse mundo,
vai tudo ficar aqui. Que Deus dê
força para que todos possam se
ajudar mutuamente!”.
Outro ritmo que faz pulsar o
coração do sambista é a Solidariedade. Prova disso é o incentivo
às causas humanitárias, as quais
sempre apoiou. Numa das ocasiões
em que foi entrevistado pela revista
BOA VONTADE, manifestou seu
apreço, registrando: “Quero desejar ao meu amigo Paiva Netto
que continue assim, mantendo a
LBV no caminho que todos nós
conhecemos, aquele de dar apoio
aos que necessitam. Um trabalho

humano para o Povo. Os meus
parabéns a essa Legião da Boa
Vontade, que é imensa, a esse povo
todo que colabora com a LBV.
Conheci Zarur em 1946, 1947. Um
homem de coração muito bom, um
grande amigo. E, sinceramente, o
ideal dele está sendo mantido por
Paiva Netto. (...) Que todos tenham
muitas felicidades”.
Por tudo o que representa ao nosso País, desejamos a este bamba do
samba muita saúde e prosperidade,
e que sua voz sempre faça parte do
repertório dos brasileiros.
Colaboração: Leilla Tonin

“Os meus parabéns a essa
Legião da Boa Vontade,
que é imensa, a esse povo
todo que colabora com a
LBV. Conheci Zarur em
1946, 1947. Um homem
de coração muito bom,
um grande amigo. E,
sinceramente, o ideal dele
está sendo mantido por
Paiva Netto. (...) Que todos
tenham muitas felicidades.”
BOA VONTADE |

23
F R A S E S

Amigos

da

B o a V o n ta d e

Nana Moraes

Visite, apaixone-se e ajude a LBV!

Arquivo BV

“Eu vi como na LBV os
meninos e as meninas são
bem-tratados. É tudo com
muito cuidado e limpo.
Você vê que é tudo feito
com Amor. Fiquei feliz de
ter vindo aqui na Legião
da Boa Vontade.”

João Periotto

Amaury Jr., jornalista e
apresentador da Rede TV!

Cida Linares

Atriz Juliana Paes, durante
visita ao Centro Educacional,
Cultural e Comunitário da LBV,
no Rio Janeiro/RJ.

“A LBV é o
Brasil que deu
certo!”

“Se incluirmos a
Solidariedade e a postura
ética naquilo que a gente
faz, a comunicação vai
despertar
mais pessoas
para essa
necessidade,
para uma
convivência
mais
harmoniosa.
(...) A
LBV está
de parabéns e eu fico
muito honrado e feliz de
poder participar de uma
iniciativa que tem esse
espírito.”
Jornalista Amauri Soares, DiretorExecutivo da Globo Internacional,
comentando a entrega da Comenda
do ParlaMundi da LBV na festa do
Brazilian Day, em Nova York/
EUA.

“Acompanho o trabalho da LBV e já fui a várias creches.
(...) Continuem, sempre que puderem, colaborando com a
LBV. A gente tem certeza absoluta de que estará entregando
alguma coisa muito importante na mão de pessoas que sabem
distribuir e que sabem levar aonde realmente se precisa.”
Luciano do Valle, comentarista esportivo e apresentador da Rede
Bandeirantes, manifestando apoio à Campanha LBV — Fiz um Gol
pela infância brasileira.
24

| BOA VONTADE
Carolina Dutra

“As organizações da sociedade civil têm um papel
muito importante para fazer avançar temas sociais,
como a própria Cultura de Paz. A Legião da
Boa Vontade, como outras respeitáveis organizações,
tem uma importância muito grande dentro desta agenda
positiva e deve continuar a ser assim, muito positiva,
junto à Organização das Nações Unidas.”
Embaixador e Secretário-Geral do Itamaraty, Dr. Samuel Pinheiro
Guimarães Neto, destacando a presença da LBV na ONU.

Registro do jornalista Domingos Meirelles,
da ABI e da Rede Globo, no livro de visitas
da Escola da LBV no Rio de Janeiro/RJ.

“A Legião da Boa Vontade
não oferece uma opção
pobre ao pobre. Ela oferece
ao pobre uma opção de
qualidade”.

“Campeões de natação eu
não garanto, mas, com o
que vi aqui, posso garantir
que certamente sairão da
LBV muitos campeões de
cidadania.”
Comentário do
campeão olímpico
de natação
Gustavo Borges,
na visita que
fez ao
Instituto de
Educação
da LBV
na
capital
paulista.

Chico Audi

Sociólogo Pedro Demo, então
Presidente da Organização Mundial
para a Educação Pré-Escolar.

Arquivo BV

Arlindo Filho

“Parabéns à LBV pelo excelente
trabalho que realiza em defesa
dos excluídos, manifestando
extraordinária demonstração de
amor ao próximo.”

Felipe Freitas

“Dá para ver nos olhinhos destas crianças da LBV
que elas recebem uma boa alimentação, educação
plena, alegria. (...) É uma comida caprichada,
balanceada; uma biblioteca maravilhosa; tudo lindo.
(...) Fiquei muito feliz com o que vi na LBV.”
Toni Garrido, vocalista do Grupo Cidade Negra, após cantar para
os alunos do Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV,
no bairro do Del Castilho, Rio de Janeiro/RJ.
BOA VONTADE |

25
“A todos os amigos que fazem essa grande
Legião realmente da Boa Vontade, o meu
melhor carinho, o meu grande abraço. (...)
Se nós tivéssemos 5, 6 ou 10 iguais à LBV,
com certeza, teríamos menos diferença
social no Brasil.”

Simone Barreto

Desembargador Criminal
Cármine Antônio Savino ao
conhecer a unidade da LBV
na zona norte da cidade do
Rio de Janeiro.
26

| BOA VONTADE

Daniel Trevisan

Fafá de Belém, cantora.

Sandra de Sá, cantora
e antiga colaboradora da
Instituição.

“A LBV
realiza um
trabalho de
excepcional
qualidade. (...)
É um pólo
fantástico
de formação
integral do
Ser Humano.
(...) O Brasil deveria
conhecer mais de perto
esta obra.”

Divulgação

Moacyr Franco, ator do SBT.

“Muito obrigado, LBV,
que esse trabalho
lindo continue por
muito tempo porque as
pessoas precisam.”
Roberto Justus,
empresário, publicitário e
apresentador da TV Record.

“É muito bonito o
trabalho da LBV. Eu já
tinha conhecido também
lá na Supercreche do
Rio de Janeiro e visto
o que é realizado em
Brasília. (...) O trabalho
da LBV inspira a gente a
poder abrir o coração e
passar um pouco daquilo
que nós pensamos e
agimos.”

Ivan Sousa

“(...) O que a LBV faz
é sério e bonito. (...)
Parabéns para a Legião
da Boa Vontade que
é qualidade Brasil,
mundo, universo, cosmo.
É qualidade! Cada
vez mais as pessoas
entendem o alcance de
sua ação e digo, sem
exagero nenhum, que a
LBV é a salvação para o
mundo.”

“Primeiro preciso louvar o nascimento da
LBV, o surgimento desse novo movimento que
a minha mãe acompanhava na década de 1950
pela Rádio Mundial e me habituei a escutar
aquela palavra calma (de Alziro Zarur — 19141979). Fico muito contente de estar, depois de
tantos anos, conhecendo o trabalho da LBV.”

Clayton Ferreira

Arquivo pessoal

F R A S E S

Lars Grael, medalhista
olímpico, ao passear pelas
dependências da Legião
da Boa Vontade
em São Paulo/SP.
Cida Linares

“Nós, da Bandeirantes, estamos muito orgulhosos de ser
aliados de vocês, da LBV. Acompanhamos a luta do Paiva desde
o tempo de Zarur, e sabemos deste trabalho sério, bonito,
honrado, que cuida de criança, cuida de gente idosa, envolve
todo o mundo. Então, somos, em primeiro lugar, fãs do trabalho
de vocês, admiradores e colaboradores.”
João Carlos Saad, Presidente do Grupo Bandeirantes de Rádio e TV.

“(...) Na atividade que a gente realiza no Conselho
é sempre bom colher exemplos bem-sucedidos que
acontecem no Brasil. Eu fiquei realmente muito
impressionado com o trabalho que é feito aqui pela LBV
em Glorinha. É um lugar muito aconchegante (...).”
Professor Silvio Iung, Presidente do Conselho Nacional de Assistência
Social (CNAS) e Diretor Executivo da Rede Sinodal de Educação, em
visita ao Lar e Parque Alziro Zarur, da LBV, em Glorinha/RS.

“Para amar a LBV, basta conhecê-la.”
Jornalista Carlos Alberto Guimarães, do Jornal do Brasil, durante
visita à unidade educacional da LBV do Rio, acompanhado pela
arquiteta Rogéria Rocha.

J. Freitas/ABr

Embaixador Ruy Nogueira, Subsecretário-Geral de Cooperação
e Comunidades Brasileiras no Exterior, do Ministério de Relações
Exteriores.

Vera Reis

“Eu tinha bem presente que a LBV tivesse tido a
primazia dessa ação na área social no Brasil, recordo-me
perfeitamente das primeiras atividades nos anos 1950.
Então, quero enviar uma saudação e falar da apreciação
do Ministério das Relações Exteriores pela ação da LBV.”

“(...) Tenho acompanhado, admirado e elogiado, em diversos cenários,
este trabalho magnífico de defesa da vida da LBV. (...) A força que ela
dá a este movimento certamente será ouvido não só no País, mas fora
dele. (...) A voz da LBV defendendo o Direito à Vida, desde a concepção
e a sua preservação, certamente, terá ressonância na ONU.”
Dr. Ives Gandra Martins, um dos maiores juristas do Brasil, comentando o
documento do dirigente da LBV encaminhado à 50a Sessão da Comissão do Status
da Mulher, nas Nações Unidas, traduzido pela ONU para seus seis idiomas oficiais,
remetido a chefes de Estado de todo o mundo.
BOA VONTADE |

27
Daniel Trevisan

Abrindo
o Coração

Carlos Nascimento agora
também no SBT Brasil

__________________________
Leila Marco e Rodrigo Oliveira

Quando fechávamos este
número da BOA VONTADE,
recebemos a informação de que
o jornalista Carlos Nascimento,
além de comandar o Jornal do SBT
— Edição Noite, está, desde 4 de
dezembro, ao lado da jornalista
Juliana Alvim, comandando o SBT
Brasil, veiculado pela emissora, às
21 horas. O telejornal passou por
uma reformulação visual (imagem
acima e à esquerda). Nos bastidores, o jornalista tem à disposição
uma imensa equipe de repórteres
em todo o Brasil, além de correspondentes em outras regiões do
mundo.

Jornalista

Repórter
“A única forma de crescer é ter talento, dedicação e pessoas que acreditem em você.”
Esta é a fórmula de Carlos Nascimento em 38 anos de carreira.
28

| BOA VONTADE
F

Francisco C. Inácio

alar de Carlos Nascimento
é falar sobre trabalho. Durante todo o tempo em que
recebeu, com simpatia, a
equipe da revista BOA VONTADE em sua sala, no departamento
de jornalismo do SBT, em São
Paulo/SP, dividiu a atenção entre
a entrevista e o que ocorria pelo
Brasil e no mundo. Conversou
conosco antes de fechar a pauta do
que vai ser assunto no Jornal do
SBT — Edição Noite, que apresenta de segunda a sexta-feira, à 0h30.
Enquanto testávamos o gravador,
posicionávamos a câmera fotográfica, lá estava ele em busca de
notícias.

Luiz Gonzaga Mineiro, Diretor de Jornalismo do SBT.

Tão logo o gravador foi ligado, Nascimento desligou-se do
mundo e, pôde, assim, falar, com
exclusividade, sobre diversos

temas a começar pela infância
e a vida em família. Defendeu,
com ímpeto, o modelo ideal que
os aspirantes à profissão devem
adotar e criticou os programas
jornalísticos que apenas fazem
espetáculo em nome da audiência. Antes de posar para foto
com a equipe, deu uma passada
na mesa da editora do telejornal,
Renata Marinelli, que rapidamente o deixou a par das notícias
mais importantes.
É com bom humor e enfrentando desafios que o paulista Nascimento leva a vida. A fórmula vem
dando certo há 38 anos, reconhecidos inúmeras vezes por prêmios e
pela audiência pública, que coloca
“o Jornal do SBT — Edição Noite
na vice-liderança no horário”,
como o próprio Nascimento afirma com orgulho. Durante sua carreira, recebeu diversos prêmios,
entre eles o Wladimir Herzog,
concedido pelo Sindicato dos
Jornalistas do Estado de São Paulo, em 1980 e 1981. Muito além
de condecorações, essa profícua
carreira lhe rendeu ensinamentos
diversos e o que tirou de melhor
de sua trajetória ele contou, em
resumo, na entrevista a seguir:

Revista BOA VONTADE
— Conte-nos um pouco do
Carlos Nascimento que o

telespectador não vê nas
telas. A origem, a família, as
lembranças de infância...

Carlos Nascimento — Eu
sou nascido em Jaú, cidade do
interior de São Paulo, mas fiquei
lá poucos dias, menos de uma semana. E meus pais moravam em
Dois Córregos, que é uma cidade
vizinha. Sou um doiscorreguense
nascido em Jaú (risos). Morei até
os 19 anos em Dois Córregos,
então sempre me considerei doiscorreguense, mas, na verdade,
nasci em Jaú. (...) Foi o pessoal
de Dois Córregos que me ajudou
a conseguir o primeiro emprego
quando vim para São Paulo.

BV — Pai e mãe, a que essas
palavras o remetem?

Carlos Nascimento — Meu
pai era viajante e vendia originalmente medicamentos. Uma
pessoa extrovertida, muito ligada
à história do trem. Ele viveu profissionalmente enquanto existiu
o trem. (...) Nunca acreditou que
um dia não houvesse mais esse
meio de transporte. Então todos os
viajantes começavam a aprender
a dirigir, a ir para as cidades de
carro. Mas ele, não! Porque dizia:
“Imagina, eu tenho tudo no trem,
por que eu vou viajar de carro?!”.
Foi surpreendido com o fim da
ferrovia e acabou terminando

“Hoje, os jornalistas brasileiros devem ter uma visão isenta daquilo que
interessa aos nossos leitores, ouvintes e telespectadores. (...) Nós temos,
sim, que procurar o interesse do Brasil.”

BOA VONTADE |

29
Arquivo pessoal

Abrindo o Coração
Quando vim para São Paulo, em
1973, estava ainda no começo.

BV — Mesmo assim, em Dois
Córregos, você começou a
carreira de jornalista?

Carlos Nascimento e as jornalistas
Sandra Annemberg (E), Rosângela
Santos e Fátima Bernardes (D).

Arquivo pessoal

assim, melancolicamente, a profissão dele. Mas todas as histórias
que o meu pai contava tinham
a ver com o trem. (...) Ele era
piracicabano, descendente de
índios. Meu avô paterno era
neto de índios. A minha avó,
alemã. A minha mãe era professora primária, e meus avós
maternos são italianos. A minha
mãe mora em Jaú, até hoje. Meu
pai já faleceu.

“Jornalista que não é
repórter eu digo que é
jornalista pela metade,
porque a grande ciência
dessa profissão está
na sua capacidade de
interpretar os fatos,
não é só você dar as
notícias.”
30

| BOA VONTADE

BV — A família o incentivou
a trabalhar nessa área?

Carlos Nascimento — Pelo
contrário. (...) Eu nunca tive nenhum incentivo da família para
ser jornalista. Os meus primos
todos são médicos, engenheiros.
Não havia nenhum tipo de expectativa em relação ao jornalismo.
Até porque quando resolvi ser
jornalista, era muito difícil no
interior: a profissão tinha acabado de ser regulamentada (1969).

Carlos Nascimento — Sim.
Iniciei na Rádio Cultura de Dois
Córregos, em 1968, como sonoplasta. Depois, passei a atuar como
narrador de futebol. Mais tarde
comecei a trabalhar também no
jornal O Democrático. Hoje tem
mais jornais lá, mas na época era
só esse. Fiquei até 1973 na rádio
e no jornal, durante cinco anos.
Vim para São Paulo e comecei
a trabalhar profissionalmente na
capital.

BV — Do rádio e do jornal
impresso para as telas.
Como foi a sua trajetória na
mídia, assim que chegou a
São Paulo?

Carlos Nascimento — (...) Fui
trabalhar na Rádio ABC, em Santo
André/SP. Cheguei a narrar alguns
jogos lá. Na verdade, profissional
mesmo, só um jogo; nos outros, eu
era o segundo locutor. Da Rádio
ABC, fui para a Rádio Nacional,
que já era da Globo, para integrar
a equipe esportiva da emissora.
Só que em 1974, quando o Brasil
perdeu a Copa do Mundo na Alemanha, a Rádio Nacional acabou
com o departamento de Esporte.
Aí eles me mandaram para o
Aeroporto de Congonhas, onde
comecei como setorista na sala
de imprensa. Ao mesmo tempo,
trabalhava num jornal impresso
semanal em São Paulo, chamado
Super News, que competia com o
Shopping News. Fiquei na Rádio
Carlos Nascimento — Um
fato interessante ocorreu no dia
do jogo entre Corinthians e Ponte
Preta, na decisão do Campeonato
Paulista, em 1977: a Globo experimentou, pela primeira vez, transmitir reportagens ao vivo, direto
de um helicóptero: tinha de ficar
um técnico na janela do helicóptero, com um microondas portátil,
apontando para baixo, onde estava
outro microondas. Ou seja, você
só podia fazer uma transmissão
ao vivo na área onde o helicóptero enxergasse o carro embaixo,
porque um tinha de transmitir para
o outro. Aí o operador de áudio
esqueceu de levantar o som. O material que eu passava não tinha o
áudio. Foi quando um deles falou

Para Nascimento, Joelmir Beting (D)
“tem um jeito vitorioso na nossa
profissão”.

assim: “então grava e joga a fita”.
Gravamos alguns boletins sobre o
pré-jogo, falando sobre o pessoal
chegando ao estádio, por volta das
seis da tarde. E aí o carro ficou lá
na Avenida Rebouças, na Ponte
Eusébio Matoso (zona sul de São
Paulo/SP). A gente chegava com
o helicóptero lá em cima e jogava
(literalmente) a fita. Para ajudar,
o Departamento de Operação do
Sistema Viário (DSV) parava o
trânsito na rua.

“Nessa profissão é
muito importante ter
pessoas que acreditem
no seu trabalho. Caso
contrário, você não vai
a lugar nenhum. (...) A
única forma de crescer é
ter talento, dedicação e
pessoas que acreditem
no seu trabalho.”

BV — Quem mais acreditou
no seu trabalho?

Carlos Nascimento — Nessa profissão é muito importante
ter pessoas que acreditem no
seu trabalho. Caso contrário,
você não vai a lugar nenhum.
(...) A única forma de crescer
é ter talento, dedicação e pessoas que acreditem em você.
Quando comecei na rádio e no
jornal em Dois Córregos, eu tive

Daniel Trevisan

BV — Essas décadas de expe­
riências lhe renderam boas
histórias. Qual delas você
destaca?

Arquivo pessoal

Nacional e, naquela época, trabalhei também na Rádio América.
Em 1977, fui para a TV Globo,
que tinha acabado de estrear os
equipamentos eletrônicos, VTs
portáteis, e tinha também o equipamento que transmite ao vivo,
na época, uma novidade. E eles
precisavam de um repórter para as
notícias de trânsito. Foi então que
me contrataram para trabalhar no
Bom Dia São Paulo. (...) Fiquei
nessa emissora dez anos como
repórter, de 1977 a 1987. Depois,
fui para a TV Cultura; fiz o Jornal
da Cultura, no ano de 1988, e, no
ano seguinte, trabalhei na Record.
(...) Depois, voltei para a Globo
em 1990 onde fiquei até 2004. Aí,
fui para a Bandeirantes, fiquei dois
anos lá e vim para o SBT.

BOA VONTADE |

31
Arquivo pessoal

Arquivo pessoal

Divulgação TV Bandeirantes.

Abrindo o Coração

Clineu Alves de Lima

Armando Nogueira

Dante Vatiuci, Woile Guimarães, Eurico Andrade, Narciso
Kalili, José Hamilton Ribeiro,
Sérgio de Souza, Humberto
Pereira. Foram todos eles muito
importantes na minha formação. A
Diléa Frate, que trabalha com o
Jô Soares, nós começamos juntos
em televisão também. A AliceMaria, o Armando Nogueira, o
Alberico Souza Cruz. Enfim, trabalhei com as melhores pessoas. O
Roberto Feith, que hoje é dono da
Editora Objetiva, o Bob. Quando
fui correspondente em Madri, ele
era diretor do escritório da Globo
em Londres, então quebrava uns
galhos. Ele me ajudou muito lá
naquela empreitada. O Laerte
Mangini, que hoje é da RedeTV!,
foi meu primeiro chefe de reportagem. Aprendi muito com ele
também. (...) Essas pessoas que
eu citei foram muito importantes
“O jornalismo,
na minha formação profissional. Também devo muito a
como qualquer outra
cinegrafistas que andavam
profissão, exige dedicação. É
comigo por esse mundo
afora, fazendo matérias,
preciso levar a sério e entender
correndo risco de vida.
que essa é uma profissão de
(...) Um cara com quem
responsabilidade e que não é
aprendi muito é o Eduardo
Coutinho, que é cineasta. Eu
fácil.”
trabalhei com ele no Globo
Repórter. Com ele aprendi a trabalhar em programas jornalísticos,

um grande incentivador e foi o
meu primeiro professor: Clineu
Alves de Lima, que faleceu há
pouco mais de dois meses. Ele
foi uma pessoa importantíssima
porque me ensinou a ser locutor.
(...) Depois, aqui em São Paulo,
tive um chefe muito importante
na Rádio Nacional, o Olavo
Marques. Ele era professor e ao
mesmo tempo jornalista e me ajudou muito. Inclusive, o primeiro
emprego na Rádio Nacional foi
o Olavo quem conseguiu. Na
televisão, tive muita sorte porque
peguei toda a turma que veio
da revista Realidade. Quando a
revista fechou, aquele grupo resolveu fazer uma experiência em
televisão. Então eles foram para
a TV Globo. Aí trabalhei com o

32

| BOA VONTADE

Ricardo Boechat

como conduzir, como fazer essas
reportagens. Joelmir Beting é
uma pessoa que eu considero muito, porque me deu muita atenção.
Olho o jeito dele, pois acho que é
um jeito vitorioso na nossa profissão. Admiro muito o Ricardo
Boechat, um dos jornalistas mais
bem-informados do Brasil, fez
muito sucesso na coluna.

BV — Como você avalia a
revolução da informação
trazida pela internet?

Carlos Nascimento — A facilidade para se obter informação é
muito maior. Antigamente, você
primeiro tinha de ter conhecimento mesmo, de preferência
dentro da cabeça. Em segundo
lugar, tinha de ter fontes para
poderem socorrê-lo na hora da
necessidade. Hoje é muito mais
fácil, você acessa a internet, e está
tudo lá. Isso é bom e é ruim. Bom,
porque abre um horizonte novo,
de resolver as coisas mais rapidamente e ter acesso às informações
que demorariam muito tempo.
Por outro lado, também torna os
profissionais mais preguiçosos,
porque desobriga de ter a fonte,
desobriga a pesquisa, a apuração
da notícia, e sai muita informação
errada, porque nem tudo o que está
na internet é verdade.
Antonio Chahestian / Record

Paulo Henrique Amorim

BV — O que é essencial para
ser um bom jornalista?

Carlos Nascimento — Jornalista que não é repórter eu digo que
é jornalista pela metade, porque a
grande ciência dessa profissão está
na sua capacidade de interpretar
os fatos, não é só você dar as notícias. Fico muito chateado de ver
a quantidade de jovens que pedem
emprego de apresentador. Não são
só eles que querem, as empresas
oferecem também. Muitas vezes
basta ter um rosto bonito e pronto:
daqui a uma semana está apresentando telejornal ou programa
de televisão, sem saber nada de
nada. (...) Hoje você tem muitos
canais de notícias e jornalismo na
internet que usam a imagem. Claro
que cresce a quantidade de gente
que quer fazer isso. Só que essas
pessoas acham que elas se desobrigam de ser jornalista, de fazer
reportagem. E quem não passa pela
reportagem, em primeiro lugar,
não conhece o pensamento das
pessoas; e não conhece os lugares,
o jeito de viver. O que determina,
muitas vezes, a sensibilidade de
uma reportagem é o contato que
se tem com as fontes. É tendo isso
que você vai fazer um bom texto,
ter boas informações, fazer uma
reportagem interessante, senão fica
uma coisa completamente fria.

Nascimento e a equipe do Jornal do
SBT — Edição Noite. Da esquerda
para a direita: Maria Eugênia, Ana
Carolina, Nayara Roriz, Renata Marinelli e André Bispo.

BV — Você já ganhou
duas edições do prêmio
“Comunique-se”, de melhor
apresentador/ âncora de TV.
O que foi determinante na
sua carreira para conseguir
esses resultados?

Carlos Nascimento — O
jornalismo, como qualquer outra
profissão, exige dedicação. É
preciso levar a sério e entender
que essa é uma profissão de responsabilidade e que não é fácil.
(...) Todos os bons jornalistas que
eu conheço têm uma história de
muita dedicação! Não se pode
deixar subir à cabeça, tem de ter
humildade porque a profissão
expõe muito a pessoa. (...) Paulo
Henrique Amorim diz uma frase
interessante: “notícia não sobe
escada”. E tem outra frase também que ele me falou uma vez: “o
jornalismo é 90% transpiração e
10% inspiração”. E é verdade!
Se você não for atrás da notícia,

“Nós
vivemos num
país que é um dos
poucos do mundo que tem a
oportunidade de criar um estilo
próprio. O Brasil pode ensinar
aos outros como dar certo, se
nós quisermos. É isso que
falta.”
não tiver isenção, você não é
um bom jornalista! (...) Hoje,
os jornalistas brasileiros devem
ter uma visão isenta daquilo que
interessa aos nossos leitores,
ouvintes e telespectadores. (...)
Nós temos, sim, que procurar o
interesse do Brasil. Eu acho que
esse é o grande ponto. Vivemos
num país que é um dos poucos do
mundo que tem a oportunidade de
criar um estilo próprio. O Brasil
pode ensinar aos outros como dar
certo, se nós quisermos. É isso
que falta. (...) As novas gerações
devem se informar, ler sobre tudo
que já se escreveu, sobre todas as
tendências ideológicas e sociológicas. (...) Mas o caminho que a
gente tem a escolher é aquele que
privilegia o interesse brasileiro,
o que o homem brasileiro quer, o
nosso jeito de ser.
BOA VONTADE |

33
arte
Cinema

A

de reinventar-se

Rubens Ewald Filho fala de família, da profissão de
crítico de cinema e dos desafios que tem escolhido.

V
Photos.com

eja o que são as armadilhas do destino.
A própria vida de um
dos maiores críticos
de cinema do País serviria de
inspiração para um bom roteiro,
como o fato da pouca lembrança
dos primeiros anos de vida, concentrada apenas nas películas a
que assistia. “A minha família

34

| BOA VONTADE

________________________
Débora Verdan e Leila Marco

tinha um certo dinheiro, a gente
possuía uma fazenda de plantação
de bananas. Éramos dominados
por uma matriarca, uma avó que
não nos deixava fazer nada. Eu
nunca joguei futebol na rua, não
tive um amiguinho. Era filho único até 9 anos. A minha infância até
o nascimento do meu irmão é bloqueada, lembro de pouquíssimas
coisas. E o que me recordo bem
são os filmes que vi”, rememora
Rubens Ewald Filho, natural de
Santos/SP. Ele acredita que por
isso a sétima arte foi sempre tão
importante para ele, “era eu e a
minha geração”.
Desta época acompanha-o
também o hábito de fazer anotações, em um caderno, de tudo a
que assiste. O costume incomum
o levou a registrar a marca impressionante: 25.230 filmes vistos
até hoje.
O amor à interpretação cresce
com o menino, que jovem inicia
sua trajetória, mesmo a contra-
Clayton Ferreira

e

gosto dos pais: “A primeira vez
que atuei no teatro, era amador, na
cidade de Santos, sob um pseudônimo. Só descobriram anos depois,
quando eu dei uma entrevista contando o fato”.
Após dois anos difíceis na lavoura, a família dele perde quase tudo, e
o trabalho, antes discriminado, passa
a ajudar no sustento. E com o tempo
as diferenças foram vencidas: “Eles
eram pessoas boas, já faleceram,
e nos últimos anos fomos muito
próximos”. Rubens esclarece que
ao comentar o episódio não o faz
como crítica aos pais, mas para que
sirva de exemplo. “Às vezes eu digo:
‘Olha, pai, se o seu filho está investindo em alguma coisa, estimule se
é o que ele gosta’, porque você não
sabe o dia de amanhã. Eu criei uma
profissão nova, que não existia, abri
um espaço e outros fizeram isso com
coisas diferentes. O mundo mudou
muito!”.
Em ótima fase profissional, prepara-se para três acontecimentos
importantes entre o fim deste ano
e início de 2007: o lançamento do
Guia de DVD 2007, a direção de
uma nova peça de teatro e os comentários do Globo de Ouro (pela
Warner Channel) e da entrega do
Oscar (TNT), as maiores festas de
Hollywood. “Vou lançar o meu
26o livro agora em dezembro, um
novo guia de DVD, é o único registro que tem no Brasil de todos os
filmes lançados. Este é o 3o Globo
de Ouro e o 22o Oscar que faço.
Dirigi recentemente uma comédia
do Falabella, ‘Querido Mundo’,
que foi muito bem, ficou seis meses
em cartaz em São Paulo, atualmente
está viajando pelo interior e, em
fevereiro, volta à capital paulista. E,

Rubens, ao ser entrevistado pela repórter Débora Verdan, expressou: “Vocês continuam
crescendo. Por favor, continuem, porque a gente está precisando tanto. O país está tão
carente de ações de Boa Vontade mesmo. (...) Isso é muito importante!”, afirmou exibindo a
edição nº 214 da revista BOA VONTADE.

neste momento, estou dirigindo uma
peça, uma versão de Hamlet, pela
filosofia budista, no teatro Satyros,
na Praça Roosevelt, que é um lugar
onde atualmente em Sampa se faz
espetáculos mais ousados, é o offbroadway paulistano, estréia agora
em novembro”.
Com quase 40 anos de carreira,
Rubens delicia-se com o que pode
“reinventar de tempos em tempos”,
como o fato de ter participações em
filmes brasileiros como ator, ter
escrito roteiros para minisséries, a
exemplo da adaptação de “Éramos
Seis”, de Maria José Dupré, e explica o que significa agora trabalhar
como diretor. “Eu faço com prazer
crítica de cinema, mas não há o
desafio. Cada vez que conversava
com um diretor, entrevistava, visitava um set de filmagem, assistia
a uma peça ou acompanhava sua
montagem, ia guardando informações. Minha mente estava entupida!
Começa a sair pelo ouvido. Sabe
aquelas letrinhas de desenho animado? (risos) Eu precisava catalisar de alguma maneira, descobrir

coisas novas, como dirigir. Isso não
tem preço, é muito legal!”, diz um
Rubens apaixonado.
E vale dizer que, além das vivências por ele citadas, há a experiência
de um profissional multimídia, com
passagens pelas TVs Globo, SBT,
HBO; nos jornais A Tribuna (onde
iniciou como crítico e jornalista),
Jornal da Tarde e O Estado de
S. Paulo (no qual teve coluna por
mais de 30 anos), além de uma
sólida formação acadêmica: fez
quatro Faculdades ao mesmo tempo
— Direito, Jornalismo, História e
Geografia.
Voltando-se ainda aos comentários na área editorial, que por experiência própria julga ser uma das
mais difíceis, destacou a qualidade
da revista BOA VONTADE e, de
quebra, o desenvolvimento do trabalho da LBV: “Vocês continuam
crescendo. Por favor, continuem,
porque a gente está precisando tanto. O país está tão carente de ações
de Boa Vontade mesmo, de lutar
por boas causas, de transformação.
Isso é muito importante!”.
BOA VONTADE |

35
Cinema
“Foi o cinema que espalhou o vício da droga pelo mundo inteiro. (...) Foi
ele que lutou também pela emancipação da mulher, mostrou que ela podia
trabalhar fora de casa, que tinha os seus direitos, igual ou melhor que o
homem. O cinema é um grande professor para o bem e o mal. ”
Rubens Ewald Filho

Imersão antes do Globo de
Ouro

Arquivo BV

Para comentar o Globo de Ouro,
concedido pela Associação de Críticos de Cinema Estrangeiros de
Hollywood, considerado uma espécie de prévia do Oscar, ele tem uma
receita própria. “O Oscar acontecia
em março, este ano é no fim de fevereiro. E o Globo de Ouro acabou
sendo realizado mais cedo, agora
é 15 de janeiro. Eu vou para Los
Angeles dia 3, fico lá até as vésperas
do evento e aí vou para Miami fazer
a transmissão. Tenho uma amiga
que se chama Paula Abdul Jabud,
da Associação que dá o prêmio do
Globo de Ouro, e ela recebe todo
o material. Então, vou para a casa
dela e fico em imersão, ela sai, vai
cuidar da vida, e eu fico lá no DVD
assistindo a todos os pilotos das séries, inclusive as que não chegaram
aqui; todos os longas-metragens,
as trilhas musicais. Mas é preciso
ir à casa dela assistir, porque não
pode piratear, tudo é extremamente
controlado.”

36

| BOA VONTADE

Outro bom título do crítico, que
responde às dúvidas e curiosidades
clássicas sobre o maior evento do
cinema, e vale como referência para
uma legião de cinéfilos é Rubens
Ewald Filho: O Oscar e eu. Por
sinal, a obra foi encaminhada, em
2003, época de seu lançamento, ao
dirigente da LBV com esta carinhosa
dedicatória: “Meu Oscar goes to
(vai para) Paiva Netto!”.

Olhar crítico

Mesmo sendo fã ardoroso da
sétima arte, Rubens diz que é preciso
ter sempre um olhar crítico. “Foi
o cinema que espalhou o vício da
droga pelo mundo inteiro, foi ele
que ensinou os nossos assaltantes a
roubarem. Ali eles pegaram a tecnologia. Foi ele que lutou também pela
emancipação da mulher, mostrou
que ela podia trabalhar fora de casa,
que tinha os seus direitos, igual ou
melhor que o homem. O cinema é
um grande professor para o bem e
o mal. O resto passa, o cinema fica
na tua cabeça”, comenta.

Essa percepção o fez, em várias
ocasiões, criticar o cinema nacional,
mas Ewald acredita que apesar de
tudo houve um salto qualitativo.
Quanto à questão de um filme brasileiro não ter recebido um Oscar,
acredita estar muito mais ligado
à falta de sorte do que ao pouco
talento. “A aparição de um Walter
Salles, de um Fernando Meirelles, que conseguiram sucesso
internacional, nos alegra. Porque
Hollywood tem essa mania: rouba
os talentos alheios pra acabar com
a indústria local, é um dumping. E
eles felizmente voltaram. Sou grande admirador do Fernando Meirelles, que é uma pessoa encantadora,
totalmente despretensiosa, nada
subiu à cabeça, há bons filmes produzidos por ele e por amigos seus,
a exemplo de ‘Antônia’, da Tata
Amaral, que virou minissérie, e foi
muito simpático, porque contou
uma história de pobre, sem chocar
a gente. Eram quatro meninas que
cantavam, achei na medida. Outro
bom trabalho é ‘O ano em que
meus pais saíram de férias’, de Cao
Hamburger, no qual um menino
judeu, durante a Copa do Mundo
de 1970, tem os pais presos. Muito
legal, muito bem-feito”.
E é assim que desde que os
irmãos Lumière apresentaram pela
primeira vez o seu invento, o cinematógrapho, a sétima arte nunca
mais deixou de apaixonar quem dela
se aproximou.
Cultura — Academia Brasileira de Letras

Arquivo da ABL

Alziro de Paiva cumprimenta Mindlin

Posse de

José Mindlin
superlota a ABL

_____________
Simone Barreto

A

o tomar posse na cadeira de
nº 29 da Academia Brasileira de Letras (ABL), na
capital fluminense, em 10
de outubro, o bibliófilo José Mindlin saudou o público, falando de seu
amor aos livros. Isso foi propiciado,
em muito, pelo ambiente cultural em
que cresceu, com a ajuda dos pais
que constituíram uma boa biblioteca
em casa, e na cumplicidade do seu
irmão e amigo que compartilhava
tudo com ele, até mesmo a leitura.
Mindlin, que sucede Josué Montello (1917-2006), foi recepcionado
pelo acadêmico Alberto da Costa
e Silva, em cerimônia dirigida pelo
Presidente da Casa de Machado de
Assis, Marcos Vinícios Vilaça.
Ainda durante a preleção, o novo
acadêmico rendeu homenagens à
saudosa esposa Guita, companheira
por 68 anos, que faleceu em junho,
uma semana depois de ter sido
eleito.
Após o pronunciamento, José
Mindlin recebeu os cumprimentos
fraternos do Jovem Legionário Alziro Paulote de Paiva, que representou na oportunidade o Diretor-Pre-

Evanildo Bechara

Alberto da Costa e
Silva

sidente da LBV. “Muito obrigado!
Eu gosto muito do Paiva Netto”,
retribuiu afetuosamente Mindlin.
A Super Rede Boa Vontade de
Comunicação (TV, rádio e internet)
cobriu o evento e registrou a emoção
do bibliófilo. “(...)É preciso levar a
cultura à grande massa brasileira
através de leitura. A leitura é um
vírus agradável e incurável”, finalizou.
O Dr. Marcos Vilaça destacou:
“Mindlin faz um trabalho com prazer e exerce sobre sua coleção uma
leitura crítica. Isso é o que o distingue de um colecionador: conhece o
livro e o interpreta.
“É a primeira vez que a ABL
recolhe em seu quadro um bibliófilo
que dedicou a vida toda ao livro e
reuniu 38 mil volumes em diversas áreas”, exaltou o acadêmico
Murilo Melo Filho. Ao receber os
cumprimentos da LBV, observou:
“A Legião da Boa Vontade e a ABL
são irmãs, porque ambas defendem
o livro e o nosso idioma e estão irmanadas nesta luta comum. Se Deus
quiser, (esse trabalho) se tornará em
grande triunfo para ambas.

Dr. Pedro de Paiva, Dr. Marcos Vinícios
Vilaça e sua simpática esposa, Dona
Maria do Carmo.

Posse da diretoria da ABL
para a gestão de 2007
Tomou posse no dia 14 de
dezembro, em mais um mandato
como Presidente da Academia
Brasileira de Letras, o Ministro do
Tribunal de Contas da União, Dr.
Marcos Vinícios Vilaça, o que
confirma a competente gestão no
comando da ABL. O Diretor-Presidente da LBV, jornalista e escritor
Paiva Netto, esteve representado
na ocasião por seu filho, o advogado
e Legionário Dr. Pedro de Paiva,
renovando os votos de êxito ao Dr.
Marcos Vilaça, extensivos também
ao Secretário-Geral, Cícero Sandroni; à Primeira-Secretária, Ana
Maria Machado; ao Segundo-Secretário, Domício Proença Filho,
e ao Tesoureiro, Evanildo Cavalcante Bechara. Vale ressaltar que,
em 2007, a tradicional instituição
comemorará 110 anos defendendo
a cultura brasileira.
“A Academia está implementando duas grandes bibliotecas, temos
certeza absoluta de que Mindlin
dará a nós a soma de sua experiência e nos ajudará a transformá-las
em dois setores de utilidade para
o público que a freqüenta”, disse
o filólogo e acadêmico Evanildo
Bechara, que agradeceu a presença
da LBV: “Muito obrigado por todo
esse trabalho que vocês fazem com
a ABL”.
BOA VONTADE |

37
História

Da

Monarquia para a

República

38

| BOA VONTADE
Arquivo pessoal

Mario de Moraes
(especial para a revista BOA VONTADE)

Foram de grande importância
as divergências surgidas desde
1886, entre o poder civil e o
poder militar. A situação mostrava-se cada vez mais grave.
Acontecimentos revoltosos, de
lado a lado, pioravam o estado.
(...)
Em 3 de novembro daquele
ano acontecera um dos mais
graves. Fora anunciada a visita
do Ministro do Exército, Tomás
Coelho (1838-1895), à Escola
Militar. Os alunos decidiram
desacatá-lo. Quando ele passava
em frente à tropa, destacou-se
Euclides da Cunha (18661909), em atitude desrespeitosa,
e atirou longe sua espada. Euclides foi expulso da Escola e
preso por um mês na Fortaleza
de Santa Cruz.
Enquanto isso os jornais da
oposição acirravam os ânimos
dos militares contra o governo. Os principais eram O Paiz,
Diário de Notícias e Correio do
Povo. No dia 10 de novembro de
1889, O Paiz publicou um artigo,
sob o título de “Planos Governamentais”, que punha muito
mais água na fervura. Poderia

Uma das últimas fotografias tiradas
pela família imperial, antes da
Proclamação da República.

Reproduções: Felipe Freitas

P

ara que se entenda
o que aconteceu em
nosso país no dia 15
de novembro de 1889,
é necessário recuarmos alguns
anos e verificarmos as causas que
levaram o Brasil a transformar-se
de Monarquia em República. Os
mais estudiosos da nossa História
concordam pelo menos num ponto: foram os freqüentes distúrbios
entre militares e os últimos três
ministérios da Monarquia a causa
mais próxima do que ocorreu.
Eles são unânimes em afirmar
que, se as forças armadas não
tivessem aderido ao movimento
republicano, que desejava a mudança total do regime político,
a reforma não teria se realizado
tão cedo. Pelo menos a República não viria enquanto Pedro II
(1825-1891) fosse vivo. Não bastariam apenas os demais motivos,
como a intensa propaganda republicana; o desgosto da plutocracia
agrícola, arrasada com a abolição
da escravatura; o descrédito a que
tinham chegado os partidos constitucionais; e a forte oposição ao
Terceiro Reinado para derrubar
o Império.

Marechal Deodoro da Fonseca

BOA VONTADE |

39
História

A Pátria (1919), quadro do famoso artista Pedro Bruno, em que ele homenageia as mães do Brasil e a reconstrução de um
novo País.

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ser até um boato, mas estava
escrito: “Entre as medidas
previamente asseguradoras
da instalação do terceiro reinado, consta-nos
que será apresentado ao
parlamento pelo governo imperial um plano
de desorganização do
Exército”. O Diário de
Notícias e o Correio do
Povo divulgaram a notícia como
verdadeira.

Uma princesa na Corte

Um outro e grave problema
que incomodava bastante não só
as forças armadas como boa parte da intelectualidade brasileira
era a abolição da escravatura!
Em fevereiro de 1871, Pedro
40

| BOA VONTADE

II, enfermo, viajou para a Europa, deixando, pela primeira vez,
a Princesa Isabel, sua sucessora
direta, como Regente do Império. É nesse período que é assinada, a 28 de setembro, a Lei do
Ventre Livre. A partir dessa data,
filho de escravo não seria mais
escravo. Em 1885, foi aprovada
a lei Saraiva-Cotejipe ou Lei dos
Sexagenários, que beneficiava os
negros com mais de 65 anos.
A 30 de junho de 1887, cada
vez mais doente, D. Pedro II
viajou para a Europa, a fim de
procurar tratamento. Mulher
de muita coragem e decisão, a
Princesa era partidária de idéias
modernas, como o voto feminino
e a reforma agrária. O principal
problema que ela enfrentava, no
Euclides da Cunha

entanto, era a abolição da escravatura. Haviam sido feitas diversas tentativas para acabar com
a escravidão no Brasil, mas o
Ministério de Cotejipe abortava
todas elas por culpa do conservadorismo da época, encabeçado
pelos fazendeiros e proprietários
de terras. A Princesa Isabel acabou aliando-se ao movimento
popular que defendia a abolição,
mas enfrentou feroz resistência
do Ministério de Cotejipe, que
lutava pela continuidade da escravidão em nosso país.
Não tendo outro jeito, Isabel
substituiu o Gabinete. O novo
ministério, batizado como “Gabinete da Abolição”, era presidido pelo Conselheiro João Alfredo, a quem a Princesa solicitou
que cuidasse, o mais urgente
possível, de abolir a escravatura
no Brasil. João Alfredo atendeu
à Princesa e impôs uma rápida
tramitação à lei que abolia a
escravidão, sancionada por Isabel no dia 13 de maio de 1888.
A partir dessa data não haveria
mais escravos no Brasil! Ao saber da assinatura da Lei Áurea
no Brasil, o Papa Leão XIII

(1810-1903) concedeu à Isabel a
condecoração da Rosa de Ouro,
em 28 de setembro de 1888.
Logo em seguida, Isabel
enviou uma mensagem para
Pedro II, que convalescia num
hospital italiano: “13 de maio
de 1888. Empereur Brésil, Milan. Acabo sancionar a lei da
extinção da escravidão. Abraço
papai com toda a efusão do meu
coração. Muito contentes com
suas melhoras. Comungamos
hoje por sua intenção. Isabel”.
O Imperador retribuiu-lhe com
esta mensagem: “Abraço a Redentora”. E José do Patrocínio
(1853-1905), orador popular da
libertação, declarou: “Os reis
criam princesas. O Imperador
criou uma mulher”. O barão de
Cotejipe, parecendo adivinhar o
futuro, ao beijar a mão da Princesa, sussurrou-lhe: “Vossa Alteza
libertou uma raça, mas perdeu o
trono”. “Mil tronos eu tivesse,
mil tronos eu daria para libertar
os escravos do Brasil”, retrucou
ela altiva.
É claro que a Princesa Isabel
foi a personagem mais importante na libertação dos escravos,
mas não podemos esquecer que,
ao seu lado, havia dedicados e
fiéis aliados, como José do Patrocínio. Os fazendeiros escravocratas, sustentáculos da política
imperial, concordavam apenas
que a escravidão fosse acabando
aos poucos, mas que levasse bastante tempo para isso. O que eles
temiam infelizmente aconteceu
por total falta de planejamento
do Império. Os milhares de escravos, ao saberem que estavam
livres, abandonaram os campos

José do Patrocínio

e foram para as cidades, onde
enfrentaram o preconceito e o
desemprego, já que só sabiam
cuidar da lavoura, dos rebanhos
e da extração do ouro. Boa parte
dos escravos, com fome, passou
ao furto. Quando não ficavam
pelas ruas pedindo esmolas. A
violência aumentou bastante. O
Estado do Rio, uma das regiões
mais ricas do Brasil naquela época, graças às imensas plantações
de cana e ao fabrico do açúcar,
praticamente abandonados, entrou em fase de decadência.

Rui Barbosa à frente dos
acontecimentos

Abandonado pelos ricos fazendeiros, em conseqüência da
libertação dos escravos, D. Pedro II ficou incapaz de enfrentar
seus oponentes, cada vez mais
fortes e ativos. Entre aqueles
que se destacavam na defesa da
mudança do regime encontravase Rui Barbosa (1849-1923),
principalmente contra o último
ministério da Monarquia. Uma
das acusações mais ferinas de
Rui era a de ter entrado o Império
numa fase de governação áulica,
BOA VONTADE |

41
História
uma vez que o Imperador já não
tinha capacidade para deliberar
por si mesmo, sua debilidade
física sendo explorada pela filha,
pelo genro e por outras pessoas
da sua intimidade. A enfermidade de Pedro II era bem conhecida
desde fins de 1886, ocasião em
que ele viajou para Poços de
Caldas (procurando tratamento).
O Imperador não raramente tartamudeava e demorava a tomar
resoluções. Joaquim Nabuco
(1849-1910), aludindo a esse período da vida de Pedro II, chegou
a declarar: “O velho Imperador,
desde 1887, está decadente, é a
sombra política de si mesmo”.
O estado de saúde do Monarca
agravou-se de tal maneira, que
se chegou a temer pela sua vida.
Em maio de 1888, quando foi
assinada a Abolição, a Princesa
lamentou a ausência do pai, por
causa da sua grave doença.
Esses fatores favoreciam, pela
inegável tolerância do Imperador,
o desenvolvimento, em quase todo
o território nacional, da propaganda republicana, com a fundação
de novos clubes, a realização de
conferências, a apresentação de
candidaturas a cargos eletivos.
Uma coisa, porém, é certa:
a conspiração de que resultou a
República no Brasil foi de iniciativa essencialmente militar. Desde
muito a propaganda republicana
penetrara nos quartéis e espalhavase no seio da mocidade. No Rio de
Janeiro, por exemplo, fora fundado, em 1878, um clube secreto formado por alunos militares. Entre
esses jovens, as figuras de Lauro
Sodré e Hermes Rodrigues da
Fonseca (1855-1923). (...)
42

| BOA VONTADE

Rui Barbosa

Cai a Monarquia; sobe a
República

A tendência dos militares de
derrubarem Pedro II não era unânime. Alguns pensavam apenas
em depô-lo, se o Imperador não
modificasse o seu programa de
governo, que muitos oficiais garantiam ser a dissolução do Exército. Os demais concordavam
que era preciso, o quanto antes,
realizar a completa mudança do
regime político, implantando a
República no Brasil.
Não havia mais recuo e as
coisas se precipitaram, muitos
acreditando que o Imperador
resistiria à sua saída. Tudo preparado para o golpe, encontraram
o Marechal Deodoro em casa, no
então Campo d’Aclamação, vítima de uma das suas agudas crises
de dispnéia. Embora bem caído,
Deodoro prometeu ir ao encontro
da tropa que o aguardava.
Fardou-se a custo e ordenou
que arrumassem os arreios do seu
cavalo. Depois, entrou num carro
em companhia do alferes-aluno
Augusto Cincinato de Araújo,
seu primo. Encontrou as tropas
sublevadas na Rua Senador Eu-

sébio, próximo ao Gasômetro.
E quando atingiu o seu destino,
Deodoro corajosamente insistiu
em montar, apesar dos protestos
dos seus ajudantes, devido ao seu
abatimento físico, assumindo o
comando das tropas republicanas.
É natural que o governo,
depois de tudo que acontecera,
estava prevenido de que algo
se preparava, mas confiava em
Floriano Peixoto (1839-1895),
ajudante-general do Exército,
que saberia enfrentar a situação. Alguns companheiros do
Imperador, como o Visconde
de Ouro Preto (1836-1912),
achavam que tinham tropas e armas suficientes para resistir. Ao
contrário de Floriano, que considerava a luta perdida. Raivoso, o Visconde alterou-se: “Não
creio nisso. Só me convencerei
diante do fato. No Paraguai, os
nossos soldados apoderaram-se
da artilharia inimiga em piores
condições”. Ao que respondeu
altivo Floriano: “Sim, isso é verdade, mas lá tínhamos inimigos
pela frente e aqui somos todos
brasileiros”.
No dia 15 de novembro de
1889, Pedro II, estando em Petrópolis, tomou conhecimento
do que acontecera por intermédio
do primeiro telegrama vindo do
Arsenal de Marinha. Não lhe
deu a menor importância, entretanto retornou ao Paço, no Rio
de Janeiro. Lá, recebeu, então, o
segundo telegrama, quase às 11
horas, enviado pelo Quartel-General, quando o Imperador assistia
a uma missa. Nada mais parecia
importar para ele.
Proclamação da República, na praça da Aclamação, hoje Praça da República.

O embarque do Imperador
para a Europa, com seus familiares, aconteceu na madrugada
de 17 de novembro de 1889.
Estava praticamente deserto o
largo do Paço e as poucas pessoas
presentes — todas da imprensa
— observaram a partida de longe.
Pedro II mantinha-se sereno ao
entrar na carruagem que o levaria ao porto, mas a Imperatriz e
a Princesa choravam. O Conde
d’Eu mostrava-se nervoso e bastante irritado.
Uniu-se a família imperial a
bordo do “Parnahyba”. Quando
o Imperador já estava a bordo chegou-lhe um decreto do

Governo Provisório concedendo-lhe a quantia de cinco mil
contos. Do navio “Parnahyba”
o Imperador passou, com seus
acompanhantes, para o navio
“Alagoas”. Segundo reza a
História, Pedro II, depois de
aceitar o dinheiro, devolveu-o
polidamente. O Imperador despediu-se do Brasil com estas
comovedoras palavras: “É com
o coração partido de dor que
me afasto dos meus amigos, de
todos os brasileiros e do País
que tanto amei e amo, para cuja
felicidade esforcei-me por contribuir e pela qual continuarei
a fazer os mais ardentes votos”.

E toda a família imperial seguiu
para o exílio na Europa.
Muitos consideram de certa forma que a Proclamação da República
no Brasil foi a nossa Revolução
Francesa, que levou 100 anos para
chegar. Porém, no caso brasileiro,
sem o lamentável banho de sangue
da França. Na República implantouse o Federalismo, o sistema Presidencialista, a independência dos
Poderes, bem como a separação do
Estado da Igreja. Também terminou
a hierarquia firmada no nascimento e na tradição de família, sendo
substituída pela forma republicana
e democrática sustentada no talento
pessoal e no mérito.
BOA VONTADE |

43
Especial TBV

Faces da Paz
Em festa da Educação e da Cultura Ecumênica, o Templo da Boa Vontade comprova, mais
uma vez, por que é o monumento mais visitado da capital do Brasil.

n

isa

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Tre

Da

44

| BOA VONTADE

A data foi comemorada por peregrinos e turistas do mundo inteiro
que participaram do Encontro das
Duas Humanidades, sob o comando de Paiva Netto, idealizador e
construtor do TBV. Aos presentes e
aos que acompanharam os festejos
pela Super Rede Boa Vontade de
Comunicação (rádio, televisão e
internet), o líder da LBV fez a leitura
e análise de diversos textos, alguns
de autoria do saudoso Fundador da
Instituição, Alziro Zarur (19141979), que completou, nesta data,
27 anos na Pátria Espiritual.

Educação, ética e cidadania,
na análise do líder da LBV.

No bate-papo informal e amigo,
convidou o público à reflexão sobre
o legado do Cristo Ecumênico e Seus
exemplos de Fraternidade Universal.
Paiva Netto trouxe também lições

Gustavo Oliveira

N

este 21 de outubro
de 2006, foi comemorado em diversos
Estados brasileiros
e no Distrito Federal, o Dia do
Ecumenismo, em homenagem à
inauguração da Pirâmide da LBV,
em 21/10/1989. A data também foi
palco da festa que marcou os 17 anos
de Espiritualidade Ecumênica que
alumia e permeia seus ambientes,
comovendo até os que se consideram
ateus, pois encontram ali alento para
as dores mais secretas, respeito à sua
individualidade.
A própria existência do Templo
da Boa Vontade (TBV) justifica o
fato de esse monumento ser o mais
visitado de Brasília/DF, de acordo
com dados oficiais da Secretaria
de Turismo do Distrito Federal
(Setur), tendo recebido, desde sua
inauguração, mais de 16 milhões de
pessoas.

______________
Rodrigo Oliveira

valiosas no campo da administração,
da ética, da educação e da cidadania
que, como sempre afirma, nasce no
Espírito: “É preciso educar o Ser
Humano no sentido da Fraternidade,
para isso, se faz urgente espiritualizar as criaturas. Instruir e educar
constituem medidas providenciais
de um governo diligente, porém,
espiritualizar é essencial, porque

Ao lado, em primeiro plano, observa-se a Sagrada Pira da Fraternidade Ecumênica e, ao fundo surge, imponente, o Templo
da Boa Vontade. Na imagem abaixo, a compacta massa que
superlota o TBV aplaude o líder da Instituição durante discurso
no evento que celebrou os 17 anos do monumento.
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Coelce: Melhor Distribuidora Nordeste

  • 1.
  • 2. Coelce: A Melhor Distribuidora de Energia Elétrica do Nordeste. Prêmio ABRADEE 2006 Melhor Distribuidora de Energia Elétrica do Nordeste. Prêmio Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica / Vox Populi. Guia Você S/A e Revista Exame das 150 melhores empresas do Brasil para trabalhar. Clientes e Colaboradores: estes prêmios também são seus.
  • 3. E uma das 150 Melhores Empresas do Brasil para Trabalhar. Por isso, fazemos questão de bater palmas pra vocês. Parabéns e Obrigado.
  • 4. Direitos autorais gentilmente cedidos pela FEB. Acompanhe a Radionovela Sexo e Destino pela Super Rede Boa Vontade de Rádio De segunda a sexta-feira, em vários horários: capítulo inédito às 16 horas, com reapresentação especial às 22, 2 e 10 horas. AM 1230 kHz - São Paulo/SP – 50 kW • AM 940 kHz - Rio de Janeiro/RJ – 100 kW • AM 1300 kHz – Porto Alegre/RS – 50 kW • OC 25 m - 11.895 kHz - Porto Alegre/RS – 10 kW • OC 31 m – 9.550 kHz – Porto Alegre/RS – 10 kW • OC 49 m - 6.160 kHz Porto Alegre/RS – 10 kW • AM 1210 kHz - Brasília/DF – 50 kW • FM 88,9 MHz - Santo Antonio do Descoberto/GO – 1 kW • AM 1350 kHz - Salvador/BA – 50 kW • AM 610 kHz - Manaus/AM – 10 kW • AM 550 kHz - Montes Claros/MG – 20 kW • AM 550 kHz - Sertãozinho, região de Ribeirão Preto/SP – 5 kW • AM 1210 kHz - Uberlândia/MG – 10 kW • AM 1270 kHz - Campinas/SP (das 16 às 19h) – 5 kW • OT 63 m – 4.785 kHz – Campinas/SP – 5 kW• AM 1310 kHz - Maringá/PR (2a a 6a, das 16 às 19h) – 10 kW • AM 1210 kHz - Araçatuba/SP (2a a 6a, das 16 às 19h) – 5 kW • AM 930 kHz - Curitiba/PR (2a a 6a, das 16 às 19h) – 10 kW. Ouça a Super RBV pela internet: www.boavontade.com
  • 5. Lançamento exclusivo Compre o kit com os 9 CDs da Radionovela e o Ensaio Literário de Paiva Netto, Evangelho do Sexo. Ligue: (11) 3358-6840 ou acesse: www.boavontade.com
  • 6. @ Nova York/EUA Em carta encaminhada à redação, a Diretora-Executiva da Câmara do Comércio Brasil-Estados Unidos, Sueli Bonaparte, parabenizou a reportagem “O coração de Nova York em verde-amarelo” (edição nº 214), que apresentou as comemorações do Brazilian Day, na Big Apple, com destaque para a entrega da Comenda do ParlaMundi da LBV, diante de 1,5 milhão de pessoas, no palco principal do evento. A Dra. Sueli Bonaparte, que recebeu a honraria das mãos de Amauri Soares, Diretor-Executivo da Globo Internacional (conforme registra a foto acima), escreveu: “Acabei de receber a revista BOA VONTADE com a foto do Amauri comigo na capa! Que honra! E a matéria interna está ótima! Mil agradecimentos pelo carinho. Grande beijo, Sueli”. (Nova York/EUA) Aniversário da BOA VONTADE é noticiado pela ABI O Jornal da ABI — órgão oficial da Associação Brasileira de Imprensa —, edição n o 311, estampou em suas páginas uma matéria sobre a comemoração do cinqüentenário da revista BOA VONTADE, completado em julho deste ano. O jornal registrou que a BOA VONTADE “aborda temas como educação, cultura, meio ambiente, esportes e espiritualidade, em matérias voltadas para todas as idades, além de trazer serviços de utilidade pública, entrevistas, atualidades e notícias da LBV”. | BOA VONTADE Aquecimento global e os prejuízos à economia, por Al___________ Gore Viviane Lago Al Gore (D) cumprimenta o representante da LBV Josué Ben-Nun Bertolin Uma Verdade Inconveniente (An Inconvenient Truth), obra do ex-Vice-Presidente dos Estados Unidos, Al Gore, teve a versão em português lançada na capital paulista no último 17 de outubro. Nela, o autor faz um contundente alerta a respeito da mudança climática, do aquecimento global e do impacto dessa transformação sobre a economia mundial, visto que o aumento da temperatura prejudicaria as colheitas, diminuindo sensivelmente a produção de alimentos. Melhor Idade e saúde Destaco a coluna “Proteja-se da Catarata”, BOA V O N TA DE nº 213. Estão de parabéns a revista e o autor Walter Periotto pela maneira sucinta e didática que o problema de saúde foi abordado. Mais de uma vez tive a oportunidade de acompanhar casos de familiares e amigos com catarata. Por vezes até o médico Na oportunidade, Al Gore autografou um exemplar do trabalho ao dirigente da LBV, por sua luta em favor do meio ambiente: “For José de Paiva Netto. Best wishes (Para José de Paiva. Os melhores votos.)”. O ex-Vice-Presidente dos Estados Unidos participou também como convidado especial da cerimônia de entrega da 24ª edição do Prêmio ECO, promovido pela Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil). tem dificuldades em diagnosticar o começo dessa doença. No artigo do jornalista, as dicas para atinar com a catarata desfazem todas as dúvidas. (Ralf Kretzschmar, Ibirama/SC) Bucaramanga/Colômbia Somos admiradores da obra da LBV e do que Paiva Netto realiza em seu país, um exemplo de entrega, dedicação e trabalho pela comunidade. Nós nos identificamos muito com o pensamento do dirigente da Instituição (...), que Deus permita-lhe continuar por muito tempo ajudando a Humanidade. (Fábio Alberto Navas, Bucaramanga/Colômbia) Clayton Ferreira Cartas, e-mails e mensagens
  • 7. “Parabéns ao Templo da Boa Vontade pelos 17 anos e pela inauguração da belíssima sala em homenagem a seu idealizador e construtor.” Dra. Maria da Glória Tuxi, do Ministério das Comunicações ............................................................................................................ “Queremos afirmar o valor desse propósito que tem norteado a LBV de promover a união de companheiros de todos os segmentos religiosos. (...) Ficamos muito felizes de estar aqui confraternizando com companheiros de todos os outros segmentos religiosos.” Dr. Nestor João Masotti, Presidente da Federação Espírita Brasileira ................................................................................................................................................................... (Leia a reportagem completa sobre os festejos dos 17 anos do Templo da Boa Vontade na página 44 desta edição) ................................................................................................................................................................... “A alegria é nossa de poder voltar ao Templo da Boa Vontade. (...) No mundo de tanta violência e egoísmo, trazer a Paz e estender as mãos é o que a sociedade mundial conclama.” Dr. Ubiratan Aguiar, Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) João Preda Emoção na solenidade às vítimas do vôo 1907 João Preda Conjunto Ecumênico da LBV, em Brasília/DF. João Periotto Pirâmide da Paz .......................................................................................... João Periotto Fernando Franco 17 anos da Uma Oração Ecumênica envolveu, no Templo da Boa Vontade, a pedido da direção da Gol, familiares e amigos das vítimas do triste acidente ocorrido com o Boeing 737/800, do vôo 1907. A solenidade teve a presença também de representantes de diversos segmentos religiosos e dos parentes e amigos das vítimas, de funcionários, do Presidente da Gol, Constantino Jr., e de seu pai, Neném Constantino. A LBV solidariza-se com todas as pessoas ligadas a esses Irmãos que voltaram à Pátria Espiritual. BOA VONTADE |
  • 8. Voto de louvor à revista BOA VONTADE Boa Vontade TV A Câmara Municipal de Vitória/ES concedeu, em sessão do dia 17 de outubro, Voto de Louvor à revista BOA VONTADE em comemoração ao cinqüentenário do periódico. A proposição foi do Verea­ dor Dermival Galvão, sendo aprovada por unanimidade pela Casa e inserida nos anais do Legislativo Municipal. No requerimento da homenagem ressaltou: “VOTO DE LOUVOR para com a revista BOA VONTADE pelos seus 50 anos de entrevistas, reportagens, notícias e artigos relevantes, numa permanente busca pelo crescimento espiritual do público (...)”. Jurista Miguel Reale Júnior lança livro Um apurado senso literário, a formação acadêmica — é professor titular de Direito Penal da Faculdade de Direito da USP — e a experiência na política (foi Ministro da Justiça) explicam o cabedal que proporcionou ao escritor Miguel Reale Júnior ser bem-sucedido no desenvolvimento do romance Escuridão na Clareira. A trama conduzida a partir de um assassinato, em cujo caso se dedica o experiente personagem-policial Rogério Arzibu, tem passagens bem-humoradas e um enredo que se utiliza de elementos da história do País, como a corrupção e os escândalos vividos nas últimas décadas. A sessão de autógrafos, em 26 de outubro, festejou também a posse do autor na Academia Paulista de Letras (APL), na cadeira 2, que pertenceu a seu pai, o jurista Miguel Reale (1910-2006), falecido em abril último. Reale foi conduzido à cátedra durante cerimônia comandada pelo Governador de São Paulo e Presidente de honra da APL, Cláudio Lembo. Representantes da LBV levaram o abraço do dirigente da Instituição ao mais novo acadêmico, que agradeceu a presença e deixou fraterna mensagem em um dos exemplares do livro. “Ao homem condutor de tantas esperanças, José de Paiva Netto, com a homenagem. Miguel Reale Júnior”. Memórias de Villas Bôas Orlando e sua mãe, Marina, na noite de autógrafos As histórias dos indianistas da família Villas Bôas ainda hoje rendem muita curiosidade e revelam, em si, um caráter único na ocupação do Brasil Central, no contato pacífico com as nações indígenas. Para contar mais deste trabalho ímpar, foi lançado, em 26 de outubro, no Memorial da América Latina, na capital paulista, o livro Orlando Villas Bôas — Expedições, Reflexões @ Divulgação Cartas, e-mails e mensagens | BOA VONTADE e Registros, organizado por Orlando Villas Bôas Filho. A obra, além de fazer um resumo inédito da saga heróica da família Villas Bôas durante as famosas expedições ao Xingu, reúne importantes registros sobre o tema. A revista BOA VONTADE — que publicou uma das últimas entrevistas concedidas por Orlando Villas Bôas, antes de seu falecimento em 12 de dezembro de 2002 e que, em 1999, registrou a entrega a ele da Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, do ParlaMundi da LBV, na categoria Solidariedade — também prestigiou o evento. Estas lembranças foram res- Fac-símile da revista BOA VONTADE no 200 gatadas com o autor da obra, que gentilmente endereçou o título ao Diretor-Presidente da LBV: “Ao Dr. José de Paiva Netto, com todo o apreço e admiração, Orlando Villas Bôas Filho”. A mãe, Marina Villas Bôas, que foi casada com Orlando (pai), por 40 anos, também demonstrou seu carinho, escrevendo: “Com grande admiração”.
  • 9. Notícias de Brasília Senado Federal discute, em fórum, perspectivas para o Terceiro Setor ____________ Carolina Dutra importantíssima para qualquer país, ela tem uma atuação muito ampla e é uma excelente aliada do Poder Público e da sociedade. A LBV é um exemplo de instituição do Terceiro Setor que deve ser admirada e seguida. Trata-se de um trabalho muito amplo, começando pelo aspecto espiritual, mas que vai mais longe, e isso para mim é fundamental: que existam entidades como a Legião da Boa Vontade. Sou não só um admirador, mas um aliado dessa Instituição. Que a LBV tenha ainda uma longa vida e uma longa caminhada a favor do Brasil!”. Na oportunidade, o Procurador da Justiça do Ministério Público do DF e Territórios, José Eduardo Sabo Paes, ressaltou: “A ação Terceiro Setor e Tributação Este é o título da obra lançada em 27 de novembro, na capital federal, que reúne uma coletânea de artigos de mestrandos da Universidade Católica de Brasília, oferecendo valiosa contribuição para uma sociedade mais justa e harmonizada. Assinam o livro os Promotores de Justiça Albérico Santos Fonseca, Aldemário Araújo Castro, André Luiz Aidar, Bruno Augusto Prenholato, César José Dhein Hoelfling, Daniel Cândido, Eduardo de Rezende Bastos Pereira, José Mendonça de Araújo Filho, Miguel Ângelo Maciel e Nereida de Lima Del Águila, sob coordenação de José Eduardo Sabo Paes, Procurador A LBV é um exemplo de instituição do Terceiro Setor que deve ser admirada e seguida. (...) Sou não só um admirador, mas um aliado dessa Instituição. Mozarildo Cavalcanti, Senador. da LBV que visa à promoção da solidariedade, da educação, do resgate social é bem-vinda. O que as pessoas precisam é atenção, carinho, solidariedade, e isso tem sido feito e deve continuar sendo feito por essa Instituição de mais de meio século de existência”. Fortium Editora O Segundo Fórum Senado Debate Brasil, cujo tema foi “Terceiro Setor — Cenários e Perspectivas”, ocorreu em Brasília/DF, enDr. José Eduardo Sabo tre os dias 29 e 30 de Paes, Procurador da novembro, no audiJustiça do Ministério tório do Interlegis. Público do DF e O evento teve como Territórios. objetivo discutir o trabalho da sociedade civil organizada na luta para ajudar o Brasil a vencer o atraso social. Presente ao encontro, a equipe da Super Rede Boa Vontade de Comunicação (TV, rádio, revista e internet) conversou com o Senador Mozarildo Cavalcanti, que destacou: “Esta área é realmente Da esq. p/ a dir., José Mendonça de Araújo Filho, Albérico Santos Fonseca, José Eduardo Sabo Paes, Nereida de Lima Del Águila, Aldemário Araújo Castro, Miguel Ângelo Maciel, Eduardo de Rezende Bastos Pereira e Bruno Augusto Prenholato. da Justiça do Ministério Público do DF e Territórios, que registrou carinhosa dedicatória ao dirigente da Legião da Boa Vontade, seguido por outros Procuradores: “Ao líder José de Paiva Netto, digno Presidente da LBV, ofereço um estudo dos novos temas que são relevantes para a sociedade civil. Com abraço, José Eduardo Sabo”. “Nossos parabéns por esta obra tão importante e diferente. Uma diferença na vida de muitos. Mendonça”. “Ao estimado líder José de Paiva Netto, com os meus sinceros agradecimentos. Nereida”. BOA VONTADE |
  • 10. sim; preconceito, não! Consciência Negra Diversidade, Trofeú Raça Negra homenageia expoentes que lutam pela igualdade racial N Alcione Rosa Marya Colin Alexandre Pires Emílio Santiago 10 | BOA VONTADE __________ Leila Marco Fotos: Cintia Sanchez ão sem motivos a data de morte de Zumbi dos Palmares (16551695) — vinte de novembro — foi escolhida para o Dia da Consciência Negra: a lembrança de seu nome mantém viva a sua história de valentia e astúcia na luta pela causa no Brasil e serve de exemplo para as novas gerações. Ele, já no século XVII, defendia a igualdade racial, quando à frente do Quilombo dos Palmares — comunidade formada por escravos negros que haviam escapado de fazendas —, resistiu às várias invasões e, por fim, traído, foi cercado pelas tropas invasoras. Pagou com a própria vida pela liberdade. Hoje, milhares se unem à voz de Zumbi, e para premiar os notáveis que se engajam nessa luta foi instituído o Troféu Raça Negra, considerado o Oscar da comunidade negra. A honraria — criada pela Sociedade Afro-Brasileira de Desenvolvimento Sócio Cultural (Afrobras) em parceria com a Universidade da Cidadania Zumbi dos Palmares (Unipalmares) — homenageia personalidades, negras ou não, que lutam pela diversidade racial. Foram ao todo 20 categorias, das quais oito são escolhidas pelo público por meio de votação no site (www.trofeuracanegra.com.br). Vista interna superlotada da Sala São Paulo, onde ocorreu a entrega do troféu. No destaque, a cantora Luciana Mello que abrilhantou a festa com o seu talento.
  • 11. O palco da Sala São Paulo, no dia 19 de novembro, mais uma vez tornou-se cenário do evento, que chega à quarta edição este ano. A Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV, internet e revista) foi convidada para realizar a cobertura jornalística do encontro, pois, segundo os organizadores, “a Boa Vontade TV é uma emissora que dá força à luta pela igualdade racial”. O próprio Presidente da Afrobras, José Vicente, confirmou esta assertiva ao ressaltar: “Quero dizer da nossa satisfação, da nossa honra de ter na Super Rede Boa Vontade, na LBV, parceiros efetivos, fazendo um trabalho indispensável para que esse tema (a valorização da raça negra) possa ser de importância central para todo o País”. José Vicente credita boa parte desta iniciativa ao carisma do líder da Instituição: “Paiva Netto é uma jóia preciosa. Ele é uma liderança, uma personalidade, uma autoridade nesse assunto. (...) Tem inspirado muitos trabalhos, pois foi pioneiro. Talvez hoje seja mais fácil falar do negro, por uma série de conjunturas. Mas antes, quando era muito difícil ser a favor, ele já o fazia. Então, é um baluarte na condução desse assunto em todos os veículos de comunicação e nas posições espiritualistas”. A querida Marrom, que recebeu o prêmio como Sambista Mulher, falou da valorização da origem africana. Para Alcione, “graças a Deus, existem pessoas como Paiva Netto, que se preocupam também conosco, com a nossa gente, a nossa cultura, a nossa raça”. A cantora diz que há muito tempo observa a LBV e “o quanto ela trabalha!”. E completa: “Visitei muitas instalações desta Obra, não foram poucas, e esse Dr. José Vicente, Presidente da Afrobras (D), e o representante das Instituições da Boa Vontade no evento, sr. Celso de Oliveira, Diretor de Radiodifusão da Fundação José de Paiva Netto. trabalho é feito com amor, dedicação, porque é assim que dá certo, não tem jeito. Paiva Netto é uma pessoa de que eu gosto demais, um homem que não veio a esta Terra só porque tem espaço, veio aqui para fazer, para distribuir essa alegria de se doar aos outros. Queria mandar um grande beijo para o dirigente da LBV e todos os voluntários. Quando precisarem de mim, estou sempre junto, porque acredito na Legião da Boa Vontade!”. Na mesma linha de pensamento saudou a cantora Rosa Marya Colin: “A LBV é uma instituição muito séria e importante, abre caminhos à Educação, à Espiritualidade, à conscientização do Ser. Quero mandar o meu abraço a todos da LBV, principalmente ao Irmão Paiva, que assisto todas as noites na TV Bandeirantes*, um abraço carinhoso e minha saudade a todos”. A exemplo de Rosa, Alexandre Pires, destaque como Cantor, acompanha os programas da Instituição: “Estou sempre assistindo vocês! Obrigado à LBV pelo trabalho lindo que realiza, por José de Paiva Netto e toda a sua família. (...) É assim que o País vai para a frente, assim que a gente conquista um Brasil e mundo melhores; e a LBV, com certeza, faz parte de tudo isso. Parabéns!”. Alexandre falou da relevância daquele troféu, afirmando que “o negro, dia após dia, anos após ano, vem conquistando o seu espaço com muita dignidade, com muita luta”. E concluiu lembrando que aquela não era “uma noite só para os negros, mas para todo o povo brasileiro se orgulhar”. *Programa Boa Vontade, com Paiva Netto, vai ao ar no início da madrugada, de segunda a sexta-feira, após o A Noite é uma Criança, do apresentador e amigo da LBV, Otávio Mesquita, pela Rede Bandeirantes de Televisão. 1 2 3 1 - Chica Xavier e Miguel Falabella 2 - Joyce Ribeiro e Rocco Pitanga 3 - Thaís Araújo e Lázaro Ramos BOA VONTADE | 11
  • 12. Índice 6 Cartas 9 Notícias de Brasília 10 Consciência Negra 14 Esporte é Vida! 15 Coluna Esportiva 16 Natal Permanente da LBV 21 Samba e História 24 Frases 28 Abrindo o Coração 34 Cinema 37 Cultura — Academia Brasileira de Letras 38 História 44 Especial TBV 52 Opinião — Mídia Alternativa 55 Meio Ambiente 58 Arte na Tela 61 Turismo 62 Acontece no mundo 66 Educação em Debate 70 Saúde 73 Melhor Idade 75 Ação Jovem LBV 78 Soldadinhos de Deus 80 Acontece no Brasil 28 Abrindo o Coração Carlos Nascimento em entrevista à BOA VONTADE Ao Leitor Esta edição da revista BOA VONTADE comprova algo que muitos escritores, jornalistas e estudiosos da linguagem afirmam: a importância de contar histórias como meio de construir e determinar nossa identidade como indivíduo e nação. E é desse veio interminável e encantador que se alimentam sonhos, projetos e vai se modificando a realidade humana. Na busca desse material de vida é que trouxemos ao leitor entrevistas como a do veterano jornalista Carlos Nascimento, apresentador do SBT, conceituado homem de comunicação, sobre diversos temas relevantes, a começar pela infância e vida em família. O jornalista-repórter ainda aponta caminhos para se ter sucesso na profissão e identifica no que a mídia pode ajudar o Brasil. Outra reportagem que se enquadra bem neste perfil está na seção Samba e História, na qual 16 Natal Permanente da LBV Artistas apóiam Campanha do Natal Permanente da LBV se pode apreciar um pouco da trajetória de Jamelão, um mestre da música popular brasileira. Vale conferir ainda o que leva quem chegou ao ápice da carreira — a exemplo do renomado crítico de cinema Rubens Ewald Filho — a estar disposto a sempre reinventar o que faz, buscando novos desafios. Há de se ressaltar a cobertura completa dos festejos de 17 anos do Templo da Boa Vontade (TBV), em Brasília. Neste Especial, o registro de pequenos trechos da memorável palestra proferida pelo idealizador e construtor do Templo da Paz, jornalista Paiva Netto, durante o evento, na qual ele convidou o imenso público a refletir sobre a Educação Ecumênica e a Fraternidade Universal, trazendo valiosa contribuição no campo da administração, da ética e da cidadania plena. 21 Samba e História Jamelão, herói do samba 34 Cinema Rubens Ewald Filho e a arte de reinventar-se
  • 13. BOA VONTADE ANO 50 • Nº 215 • outubro/novembro de 2006 BOA VONTADE é uma publicação mensal das IBVs, editada pela Editora Elevação. Registrada sob o nº 18166, em 16/03/2006, no livro “B” do 9º Cartório de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo. Diretor e Editor-responsável Francisco de Assis Periotto MTE/DRTE/RJ 19.916 JP Coordenador Geral Gerdeilson Botelho Repórteres Especiais Carlos Arthur Pitombeira, Hilton Abi-Rihan, José Carlos Araújo e Mario de Moraes. Equipe Elevação Adriane Schirmer, Ana Paula de Oliveira, Angélica Beck, Daniel Trevisan, Danielly Arruda, Débora Verdan, Felipe Tonin, Flávio de Oliveira, Isabela Ribeiro, João Miguel Neto, Joilson Nogueira, Leila Marco, Maria Aparecida da Silva, Natália Lombardi, Neuza Alves, Nino Santos, Paulo Azor, Rita Silvestre, Rodrigo Oliveira, Rosana Serri, Simone Barreto, Sônia Sabatine, Stella Souza, Walter Periotto, Wanderly Albieri Baptista e William Luz. Projeto Gráfico Alziro Braga, Felipe Tonin e Helen Winkler Produção Endereço para correspondência: Av. Rudge, 938 — Bom Retiro — CEP 01134-000 — São Paulo/SP Tel.: (11) 3358-6868 — Caixa Postal 13.833-9 — CEP 01216-970 Internet: www.boavontade.com / E-mail: info@boavontade.com Impressão: Editora Parma A revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos emitidos em seus artigos assinados. 38 História Da Monarquia para a República 44 Especial TBV Milhares reúnemse em Brasília para celebrar 17 anos do Templo da LBV Clayton Ferreira Reflexão de BOA VONTADE: Disse o Cristo Ecumênico*: “Novo Mandamento vos dou: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros. (...) O meu Mandamento é este: que vos ameis uns aos outros como Eu vos tenho amado. O belo painel retratando a passagem da Ceia em Não há maior Amor do que este: dar a sua Emaús, que embeleza a própria Vida pelos seus amigos. E vós sereis paisagem paulistana, é meus amigos se fizerdes o que Eu vos mando. um presente da LBV que deseja a todos um Feliz E Eu vos mando isto: amai-vos como Eu vos Natal Permanente com amei. Já não mais vos chamo servos, porque Jesus, o Cristo Ecumêo servo não sabe o que faz o seu senhor. Mas nico . A imagem está Rua Sérgio tenho-vos chamado amigos, porque tudo localizada à Bom Retiro, Tomás, 740, quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a São Paulo/SP. conhecer. Não fostes vós que me escolhestes; pelo contrário, fui Eu que vos escolhi e vos designei para que vades e deis bons frutos, de modo que o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vos conceda. E isto Eu vos mando: que vos ameis uns aos outros como Eu vos tenho amado. (...) Porquanto, da mesma forma como o Pai me ama, Eu também vos amo. Permanecei no meu Amor”. (Evangelho de Jesus, segundo João, 13:34 e 35; 15:12 a 17 e 9). *Jesus, o Cristo Ecumênico — Esta definição nasceu durante entrevista concedida por Paiva Netto ao jornalista e produtor de documentários da TV polonesa, então Vice-Presidente da n Associação Universal de Esperanto, Roman Dobrzy´ ski, ao ser perguntado como podia pregar o Ecumenismo Irrestrito falando em Jesus. Ao que o líder da Instituição respondeu ser a grande tarefa da LBV e da Religião Divina dessectarizá-Lo e concluiu: “O Divino Mestre não é sectarismo. Ele é uma idéia extraordinária de Humanidade, Amor, Fraternidade e Justiça”. 55 Meio Ambiente Pantanal: reserva da biosfera 62 Acontece no mundo LBV dos Estados Unidos comemora 20 anos 70 Saúde Conheça quatro passos para você otimizar sua vida
  • 14. Lícia Curvello Felipe Freitas Esporte é Vida! Equipe da Super Rede Boa Vontade é sucesso no Esporte carioca O árbitro de futebol Leonardo Gaciba e o assistente da FIFA Altemir Hausmann visitaram os estúdios da Super Rádio Brasil (940 AM), na capital fluminense, a convite do popular Programa Momento Esportivo. Na oportunidade, Gaciba comentou os jogos do Campeonato Brasileiro de 2006. Na primeira foto, da esquerda para a direita: Felippe Cardoso, coordenador esportivo da Super RBV no RJ, ao lado de Hausmann e do árbitro de futebol Leonardo Gaciba (sentados). Em pé, no sentido horário, André Gonçalves (repórter), Marcelo Figueiredo (repórter), Eduardo de Freitas (produtor) e o veterano comentarista esportivo Mário Silva. Ricardo Berna, goleiro do Fluminense, recentemente também participou do programa. Campeões também no futsal Arquivo BV 14 | BOA VONTADE FRANCA/SP Futuros esportistas Uma miniolimpíada de basquete agitou o mês de outubro da garotada atendida pela LBV em seu Centro Comunitário e Educacional, na cidade de Franca, interior paulista. O evento festejou também a nova quadra para as crianças. Cinco times participaram do torneio em partidas com duração de 10 minutos cada. A vencedora foi a equipe amarela. Para conhecer os campeões e todo o trabalho da LBV na cidade, dirija-se à Rua Torquato Caleiro, 915 — Vila Nicácio. Telefone: (16) 3720-9077. Luiz Tardivo Esta coluna sempre tem o prazer de registrar os títulos que nossos atletas têm trazido ao País. Nesta edição não foi diferente, agora no futsal. A seleção brasileira masculina subiu no ponto mais alto do pódio ao consagrar-se bicampeã do Desafio Internacional, disputado em Caxias do Sul/RS. E o melhor: o time comandado por Paulo César de Oliveira não perdeu nenhuma das partidas e, na última, bateu a Itália por 5 a 3 na prorrogação. O craque Falcão (foto) foi o autor do gol da vitória. Na segunda foto, na parte de cima, da esquerda para a direita, Maurício Moreira (locutor), Felippe Cardoso, André Marques (repórter), Ricardo Berna (goleiro do Fluminense), Marcelo Figueiredo, Jorge Iggor (locutor), Eduardo de Freitas. Na parte de baixo: os repórteres André Gonçalves, Luiz Victor (estagiário), Antônio Jorge e Gustavo Adolpho.
  • 15. Felipe Freitas Coluna do Garotinho um ídolo Procura-se José Carlos Araújo é comunicador esportivo da Rádio Globo do Rio de Janeiro/RJ. D e repente, o Brasil todo começou a exaltar as qualidades de um jovem piloto de Fórmula 1: Felipe Massa. Ele, contratado pela Ferrari para substituir o também brasileiro Rubens Barrichello, foi um fiel escudeiro do alemão Michael Schumacher, que lutava pelo oitavo título mundial, a fim de encerrar sua carreira da melhor forma possível. Não deu para o alemão e Massa, apesar de sua importância secundária na Ferrari, onde tudo e todos trabalhavam para Schumacher, fez uma brilhante temporada. Terminou em terceiro lugar, perdendo apenas para o alemão e para o bicampeão, o espanhol Fernando Alonso, da Renault. Mas foi ele, Felipe Massa, quem fechou a temporada da Fórmula 1 em grande estilo. Venceu o Grande Prêmio do Brasil, em Interlagos, coisa que um brasileiro não conseguia há 13 anos, ou seja, o último vencedor, antes de Massa, tinha sido o saudoso Ayrton Senna (1960-1994). Depois disso, tudo mudou na vida de Felipe Massa. Festejado em todo o Brasil, inclusive sendo condecorado pelo Presidente Lula, ele reacendeu as esperanças do brasileiro. Até já são feitas comparações entre ele e Senna. Não, o automobilismo não se tornou um Esporte popular no país, como o futebol. Acontece que o Brasil está carente de ídolos. O brasileiro procura um mito, como foram o próprio Ayrton Senna, Pelé, Zico e os dois Ronaldinhos (nos bons tempos em que exibiam boa forma atlética). O povo tem necessidade de um ídolo, de alguém para se espelhar. Hoje, no país, o futebol não tem mais essa referência. Nossos craques (e até mesmo os quase craques e os apenas bonzinhos) estão todos no Exterior. Por aqui, ficaram apenas os que não despertaram o interesse dos empresários ou os que estão em fim de carreira. E o brasileiro ficou sem o seu ídolo. Não há, em todo o território nacional, aquela figura na qual todo garoto se inspira, que determina seu modo de pensar e agir, que povoa todos os seus sonhos. Essa carência futebolística conduz as atenções para outros setores. Por isso, depois da vitória no GP Brasil, Felipe Massa foi logo alçado à condição de ídolo, recebendo a responsabilidade de ser campeão, de devolver a cada cidadão as alegrias que Ayrton Senna costumava proporcionar nas manhãs de domingo. Não lhe falta potencial para isso, mas o peso da obrigação de ser o novo mito brasileiro no mundo dos esportes pode ser demais para Massa, um jovem que busca seu lugar no mecânico mundo da Fórmula 1. Tudo isso é normal, mas também funciona como uma advertência para quem administra o nosso futebol: é hora de repensar o que está sendo feito, de encontrar uma saída para limitar a exportação de nossos principais jogadores. Nenhum Esporte — nem mesmo o futebol — sobrevive sem a paixão popular e não existe paixão popular sem ídolos. Arquivo BV Felipe Massa termina a temporada 2006 com um honroso 3o lugar e promete mais para o próximo ano. BOA VONTADE | 15
  • 16. Natal Permanente da LBV Natal? O que é o _____________ Marta Trigueiro Fotos: Chico Audi C omemorado em todo o mundo, até mesmo onde a população cristã é minoria, o Natal marca a grande festa da Solidariedade Universal entre os povos. À medida que o dia 25 de dezembro se aproxima, as pessoas tendem a ficar mais gentis e a exprimir sentimentos que muitas vezes são deixados de lado, como o Amor ao próximo. Quem não gosta de ser lembrado ou de confraternizar com os que mais ama? No entanto, nessa época do ano, muitas crianças, idosos e enfermos não recebem presentes, sequer uma palavra de conforto, de carinho. Isso ocorre porque há aqueles que Helô Pinheiro Silvio Luiz se esquecem do verdadeiro espírito do Natal, expresso nas palavras do aniversariante da data, Jesus, em Seu Novo Mandamento: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho do Cristo Ecumênico, segundo João, 13:34 e 35). Sob essa inspiração, a Legião da Boa Vontade promove desde seus primórdios, em 1950, a Campanha do Natal Permanente, como forma de lembrar a todos que a Fraternidade deve ser vivida e exemplificada durante os 365 dias do ano, pois, afinal, a fome é diária, e a dor não tem hora para bater à porta do coração. Giácomo Pinotti Por isso, além de todo o trabalho que desenvolve diariamente no País em prol de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, em suas escolas de Educação Básica, Lares e Centros Comunitários e Educacionais, a Obra realiza inúmeras ações de conscientização e de mobilização social, entre elas a Campanha Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia! A edição 2006 dessa iniciativa tem como meta angariar 400 toneladas de alimentos não-perecíveis para serem distribuídos, em cestas, a milhares de famílias em situação de vulnerabilidade, propiciando-lhes um Natal feliz, digno e sem fome, Izzy Gordon Gabriel Guerra Rafaela Romolo 16 | BOA VONTADE Simoninha
  • 17. Elzimar Antunes Lílian Gonçalves Chico Audi assim encerrando os atendimentos do ano em curso, a essas mesmas famílias, em suas diversas ações socioeducacionais. A força do exemplo Motivados pela Solidariedade, artistas e personalidades da mídia uniram-se à campanha para ajudar na arrecadação dos mantimentos. Disseram sim à LBV os empresários Lílian Gonçalves, da Rede Biroska, e Elzimar Antunes, da Solitec Seguros, que patrocinaram as gravações de um videoteipe institucional; o fotógrafo Chico Audi, parceiro da LBV há cinco anos e que, mais uma vez, doou seu profissionalismo Guilherme Santiago “São entidades como a LBV que fazem a diferença no nosso País.” Chico Audi realizando a sessão especial de fotos com os participantes dessa ação solidária. Em agradecimento a Chico Audi pela parceria nas campanhas da LBV, um grupo de meninos e meninas atendidos pela Instituição na capital paulista prestou-lhe uma homenagem, fotografando-o e, ao fim das gravações, presenteando-o Ricardo Tofanello Solange Frazão com um álbum das fotos feitas por eles. “É muita emoção, porque aqui é o meu ambiente de trabalho comum, mas, ao ver essas crianças me fotografando, é uma inversão de papéis. E, em flashes rápidos na minha cabeça, eu já imaginei um médico, um dentista, um advogado, que é a base da cultura que a LBV vai dar a vida inteira para essas crianças. (...) O Brasil de verdade é quando a gente ajuda e dá o nosso tempo. A LBV é um exemplo mundial. É um orgulho! Muito obrigado! (...) São entidades como a LBV que fazem a diferença no nosso País. Temos de pegar e trabalhar. Isso é o mínimo que faço, que não é nada, realmente Duda Ardito Paulo Eugênio e Pedro Ronco BOA VONTADE | 17 17
  • 18. Natal Permanente da LBV é muito pouco, para o tanto que a LBV realiza”, declarou. A sessão de fotos, que se tornou um ponto de encontro entre os voluntários da Solidariedade, teve muitos momentos emocionantes. Um deles ocorreu quando a dupla Guilherme Santiago chegou ao estúdio. Os cantores interagiram com as crianças da LBV e, formando um só coro com elas, entoaram a música Chove estrelas, um de seus grandes sucessos. Para reforçar o apoio incondicional ao trabalho da Legião da Boa Vontade, os participantes da campanha fizeram questão de deixar seu testemunho. Eis alguns deles: “A LBV faz parte do meu coração. Por isso, eu sempre digo sim!” Helô Pinheiro, a eterna “Garota de Ipanema” “É um prazer fazer parte desta Campanha maravilhosa. A gente vai sempre estar aqui de coração. A Solidariedade é superimportante para o País.” Sebá, do grupo Inimigos da HP “Eu fui até a LBV, vi o resultado, a alegria das crianças, dos voluntários que trabalham, das pessoas... É uma resposta assim que me faz voltar todos os anos e estar chamando vocês para doarem sempre.” Solange Frazão “Esta é uma ação importante da LBV, que traz esperança de um Natal melhor. Como diz o slogan da Campanha, é o Natal Permanente, porque não é só na data específica, mas a ajuda tem de ser obviamente o ano inteiro.” Wilson Simoninha, cantor “Na condição de apoiador das campanhas da LBV, o Natal Permanente de Jesus, para mim, é uma reprise das satisfações que sempre tenho tido em todos esses anos. Parabéns, LBV!” Elzimar Antunes, empresário Primo Bonafini KM7 Nove 18 | BOA VONTADE “A partir do momento em que conheci pessoalmente o trabalho da LBV, nunca mais na vida tive coragem de negar nada para essa Instituição. É um espetáculo! Eu convido todos a ir à LBV ver de perto o que o Paiva Netto faz.” Lílian Gonçalves, empresária “Colaborar para a Legião da Boa Vontade é colaborar para um mundo melhor. As nossas crianças merecem o nosso sorriso.” Ricardo Tofanelo, radialista que interpreta a personagem Judith, no programa Chupim, da Metropolitana FM “Quando a gente ama a vida, ama também o próximo.” Carlos Ribeiro “É um trabalho que eu já faço com a LBV, de doação, já há muitos anos, e sempre gostei de participar. Fechou com chave de ouro este momento tão especial na minha vida.” Primo Bonafini Abaze
  • 19. Clayton Ferreira “Se cada um fizesse a sua parte, com certeza o mundo estaria melhor. A gente faz a nossa. Paiva Netto, sempre que precisar, é só ligar que a gente está à disposição.” Rosa, da dupla Rosa Rosinha “A LBV é uma instituição de credibilidade. Está preparando a criança para o futuro. (...) Paiva Netto, parabéns por esse trabalho.” Rosinha, da dupla Rosa Rosinha “Há muito tempo eu acompanho o trabalho da LBV. Então, para mim, é muito importante. É um ajudando o outro. Todos nós somos irmãos.” Izzi Gordon, cantora “Estou muito feliz e espero colaborar sempre. Para o que eu puder fazer, quero estar à disposição.” Marisol Ribeiro, atriz “(...) O duro era trazer esse daqui, pensei: ‘Meu Deus, pra chamar o Ronco... Ele não sai de casa para nada!’. Quando eu falei que era para a LBV, ele disse: ‘Agora! levanta e vamos’. É muito importante você ajudar a quem realmente precisa, faz bem para o nosso coração.” Paulo Eugênio, radialista do programa Hora do Ronco, da Band FM “Ficamos emocionados por fazer um dia destes e um monte de gente feliz.” Sílvio Luiz, ator “(...) Gostaria que todo mundo pensasse um pouquinho no outro (...), que oferecesse um sorriso, a mão, um carinho, meio quilo de café, de arroz, não importa. Faça a sua parte, você verá como a fome do mundo diminui e como o amor se multiplica.” Aldine Müller, atriz Inimigos da HP “O mais importante é o Amor, não só pela sua mãe, seus filhos, seu namorado, marido, família, mas pelo próximo. (...) Qualquer pessoa, independente de classe, da profissão, tem esse dever de estar aqui ajudando.” Janaína Lince, atriz “A função do Ser Humano é melhorar tudo (...), na verdade a gente não faz nada, vocês da LBV é que fazem tudo. A gente só entra com uma pequena parcela. A gente é que ganha o presente quando faz parte desse momento. A pessoa deve não só doar, mas conhecer as estruturas. E essa participação é tão importante quanto a doação.” Giácomo Pinotti “Eu fico muito feliz de estar ajudando. Espero que essa campanha cresça cada vez mais.” Sannder MS (Integrante da banda Abaze) “Abaze nasceu com essa idéia de fazer um trabalho voltado não só para as pessoas que curtem a música da banda, mas também para levar algo mais para os jovens. Por isso, a gente sente-se superfeliz de participar em todas as edições. Muito legal esse relacionamento que estamos construindo com a LBV.” Beto (banda Abaze) “Você que está acostumado a ouvir a gente há tanto tempo só falando bobagem, por incrível que pareça, hoje eu estou falando sério. Ajude a LBV!” Pedro Luiz Ronco, radialista do programa Hora do Ronco, da Band FM BOA VONTADE | 19
  • 20. Guto Nando Natal Permanente da LBV “A gente, que ama criança, vê que tem de realmente fazer mais uma vez participar da Campanha da LBV (...), vir aqui todo ano para colaborar e agradecer também pela colaboração. Isso é que é importante.” Guilherme, da dupla Guilherme Santiago “Uma série de coisas é feita na LBV, inclusive proporcionar desenvolvimento musical, coordenação motora às crianças. (...) Elas estão sendo preparadas desde pequenas para se tornar grandes cidadãs, grandes Seres Humanos.” Santiago, da dupla Guilherme Santiago Marisol Ribeiro Jefferson Alves “Se você pode dar um exemplo como esse, de ser solidário, de ser caridoso, pode ter certeza que vai tocar direto no coração das pessoas e fazer com que o outro colabore também. (...) Quero mandar um abraço para o Paiva Netto, um grande beijo para todas as crianças. LBV, aí sim, essa é uma ajuda para valer mesmo!” Claudete Troiano, apresentadora de TV Claudete Troiano Para levar sua doação em prol da Campanha Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!, veja o endereço do Centro Comunitário da LBV mais próximo de sua residência no site www.lbv. org.br. Donativos podem ser depositados no Banco Itaú, agência 0237, conta corrente 73.700-2. Outras informações pelo tel.: (11) 32254500 ou pela página da Instituição na internet. Fotos: Clayton Ferreira | BOA VONTADE Janaína Lince APOIO: Aldine Müller Zé Henrique Gabriel 20 Mateus Taironi Carlos Ribeiro
  • 21. Samba e História samba Herói do Francisco Trombino O reconhecimento da revista BOA VONTADE a Jamelão, grande ícone mangueirense e patrimônio da cultura nacional O radialista e jornalista Hilton Abi-Rihan entrevista grandes nomes da cultura nacional no programa Samba e História. Na Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV — lista de emissoras na página 4), você pode acompanhar essas entrevistas aos domingos, às 5, 14 e 20 horas. Pela Boa Vontade TV, o telespectador pode assisti-las aos sábados, às 23 horas. Outra opção para acompanhar o programa é aos domingos, às 15 ou 23 horas. Pela Rede Mundial de Televisão, confira o bate-papo aos domingos, às 12 horas. E “ u freqüentava a gafieira Jardim do Meyer e o gerente da casa não sabia o meu nome e ele tinha de me chamar para cantar. Como eu não tinha apelido, falou: ‘E agora, vou apresentar o Jamelão’. Foi o meu batismo artístico”, conta, aos mais de 90 anos, com voz rouca, logo após apresentação em casa lotada, na capital paulista. José Bispo Clementino dos Santos é o nome de batismo desse carioca de São Cristóvão, nascido em 12 de maio de 1913. Mas foi sendo chamado de Jamelão (árvore de frutos saborosos) que ele chegou ao patamar de uma das maiores expressões da nossa cultura, tornando-se reconhecido no mundo. ______________ Hilton Abi-Rihan A trajetória dele é marcada por muita luta e, sobretudo, trabalho. Começou a ganhar a vida desde cedo. Aos 15 anos, já vendia jornais pelos bairros do Rio de Janeiro para ajudar no sustento da casa. “Não caiu nada do céu para mim. Saía pelas ruas e bairros, e tinha aqueles bairros preferidos, tinha os trens da Central, bonde, era muito bom aquilo”, rememora. Mas logo deixou as ruas e os jornais para se dedicar à música. “Depois que larguei a venda de jornais passei a ouvir muito os cantores daquela época e aos poucos fui aprendendo; passei a viver de música. De repente, quando vi, estava envolvido com música, com programas de rádio e auditórios. Foi a profissão que abracei. Sempre BOA VONTADE | 21
  • 22. Samba e História procurei fazer bem para poder viver da música”, afirma. Foi nesta época que a Estação Primeira da Mangueira, da qual se tornou intérprete-símbolo, apareceu na vida de Jamelão. “Nasci em São Cristóvão, onde não havia samba. Depois, fui morar no Engenho Novo. De repente, estava na Mangueira. Quem me apresentou à escola foi Lauro dos Santos, que trabalhava também na distribuição de jornais. Eles me receberam bem. Na primei- premiado com um ano de contrato com a gravadora Continental por ter vencido um concurso de calouros promovido pela Rádio Clube do Brasil. Ao término do acordo, passou a se apresentar na Rádio Tupi. Em 1949, dois fatos importantes: iniciou como intérprete da Mangueira e substituiu o cantor Francisco Alves, durante show no Teatro João Caetano. Em 1952, soltou a voz em uma festa nos arredores de Paris gaúcho Lupicínio Rodrigues, para quem Jamelão gravou LPs em homenagem e reconhecimento pelo trabalho que deixou. Toda essa fama se propagou ainda mais pelo Brasil na década seguinte, mesma época em que nosso personagem ingressou na ala de compositores da Mangueira (em 1968). Àquela altura, recebeu também muitos prêmios, entre eles, o de Cidadão Paulistano, entregue pela Câmara Muni- (França) como crooner (cantor de música popular que se apresenta com conjunto instrumental) em uma das parcerias que fez com a Orquestra Tabajara, de Severino Araújo. Foi nessa mesma década que efetivou seu contrato com a gravadora Continental e alcançou grande sucesso como intérprete de composições, a exemplo da gravação da música Exaltação à Mangueira, criada para o desfile da escola em 1956. Outra canção que o projetou foi Ela me disse assim, de autoria do cipal de São Paulo. Gravou, em 1979, o conhecido LP que levou seu nome, imprimindo a característica romântica de Jamelão, conforme ele mesmo define. Para continuar tendo disposição para fazer shows regularmente, ele confessa que não há segredos. “Existe o direito que Deus nos dá de participar. Ele dá esse direito para A, B, C, não tem pessoa determinada. O que há é a determinação da hora que Deus acha que é, e que deve ser feito.” E o público concorda, pois suas “Lutem com honestidade. Não queiram ser absolutos porque a vida dá condições para A, B, C, D. Todos têm o mesmo valor, o mesmo direito. (...) Sejam pessoas que saibam reconhecer o valor dos outros. Todos temos o direito de igualdade.” ra vez, fui por curiosidade, e quando não tinha nada para fazer ia dar um pulo lá, bater papo, jogar uma ‘pelada’ de futebol. Quando vi, estava envolvido com os músicos. Depois, aprendi a dançar e a cantar. Até que um belo dia me disseram: ‘Vá cantar no baile’. Fui, cantei e deu certo. Comecei outra vida”, relata, com olhar saudoso, lembrando as rodas de samba da Praça Onze, das quais participava sempre depois dos desfiles da verde-e-rosa. Embalou na carreira durante a década de 1940. Neste período, foi 22 | BOA VONTADE
  • 23. apresentações sempre acontecem com casa lotada e os inúmeros pedidos de bis chegam ao intérprete durante todo o espetáculo. “Eu sei que as pessoas, nem tão jovens nem tão velhas, conhecem esse tipo de música que canto porque, na convivência com suas famílias, ouviram e aprenderam a ouvir esse tipo de música. É muito bonito vê-las. Elas vibram com as músicas!”, diz alegre. Segundo ele, o motivo da continuação do sucesso de músicas antigas é que as letras mexem com os sentimentos das pessoas. “Todo mundo, ou pelo menos a maioria, tem uma historinha de amor. (...) Música romântica vai mexer justamente com aquele romance que o cidadão está vivendo. São músicas do Orlando Silva, Francisco Alves, Carlos Galhardo, João de Barro e outros. A música é o desabafo!”. A experiência dos palcos, além de inúmeras interpretações de samba-enredo nos desfiles, segundo ele, ensinou-lhe que “negócio de preparação vocal é mentira, quem tem a garganta boa canta. Quem não tem não pode cantar”. E com toda simplicidade do alto de seus 93 anos, Jamelão deixa sua mensagem aos jovens. “Lutem com honestidade. Não queiram ser absolutos porque a vida dá condições para A, B, C, D. Todos têm o mesmo valor, o mesmo direito, é só, como diz o ditado, ‘não meter os pés pelas mãos’. Sejam pessoas que saibam reconhecer o valor dos outros. Todos temos o direito de igualdade. Não somos mais nada do que isso e não Rio de Janeiro antigo: inspiração dos músicos brasileiros, inclusive de Jamelão. vamos levar nada desse mundo, vai tudo ficar aqui. Que Deus dê força para que todos possam se ajudar mutuamente!”. Outro ritmo que faz pulsar o coração do sambista é a Solidariedade. Prova disso é o incentivo às causas humanitárias, as quais sempre apoiou. Numa das ocasiões em que foi entrevistado pela revista BOA VONTADE, manifestou seu apreço, registrando: “Quero desejar ao meu amigo Paiva Netto que continue assim, mantendo a LBV no caminho que todos nós conhecemos, aquele de dar apoio aos que necessitam. Um trabalho humano para o Povo. Os meus parabéns a essa Legião da Boa Vontade, que é imensa, a esse povo todo que colabora com a LBV. Conheci Zarur em 1946, 1947. Um homem de coração muito bom, um grande amigo. E, sinceramente, o ideal dele está sendo mantido por Paiva Netto. (...) Que todos tenham muitas felicidades”. Por tudo o que representa ao nosso País, desejamos a este bamba do samba muita saúde e prosperidade, e que sua voz sempre faça parte do repertório dos brasileiros. Colaboração: Leilla Tonin “Os meus parabéns a essa Legião da Boa Vontade, que é imensa, a esse povo todo que colabora com a LBV. Conheci Zarur em 1946, 1947. Um homem de coração muito bom, um grande amigo. E, sinceramente, o ideal dele está sendo mantido por Paiva Netto. (...) Que todos tenham muitas felicidades.” BOA VONTADE | 23
  • 24. F R A S E S Amigos da B o a V o n ta d e Nana Moraes Visite, apaixone-se e ajude a LBV! Arquivo BV “Eu vi como na LBV os meninos e as meninas são bem-tratados. É tudo com muito cuidado e limpo. Você vê que é tudo feito com Amor. Fiquei feliz de ter vindo aqui na Legião da Boa Vontade.” João Periotto Amaury Jr., jornalista e apresentador da Rede TV! Cida Linares Atriz Juliana Paes, durante visita ao Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV, no Rio Janeiro/RJ. “A LBV é o Brasil que deu certo!” “Se incluirmos a Solidariedade e a postura ética naquilo que a gente faz, a comunicação vai despertar mais pessoas para essa necessidade, para uma convivência mais harmoniosa. (...) A LBV está de parabéns e eu fico muito honrado e feliz de poder participar de uma iniciativa que tem esse espírito.” Jornalista Amauri Soares, DiretorExecutivo da Globo Internacional, comentando a entrega da Comenda do ParlaMundi da LBV na festa do Brazilian Day, em Nova York/ EUA. “Acompanho o trabalho da LBV e já fui a várias creches. (...) Continuem, sempre que puderem, colaborando com a LBV. A gente tem certeza absoluta de que estará entregando alguma coisa muito importante na mão de pessoas que sabem distribuir e que sabem levar aonde realmente se precisa.” Luciano do Valle, comentarista esportivo e apresentador da Rede Bandeirantes, manifestando apoio à Campanha LBV — Fiz um Gol pela infância brasileira. 24 | BOA VONTADE
  • 25. Carolina Dutra “As organizações da sociedade civil têm um papel muito importante para fazer avançar temas sociais, como a própria Cultura de Paz. A Legião da Boa Vontade, como outras respeitáveis organizações, tem uma importância muito grande dentro desta agenda positiva e deve continuar a ser assim, muito positiva, junto à Organização das Nações Unidas.” Embaixador e Secretário-Geral do Itamaraty, Dr. Samuel Pinheiro Guimarães Neto, destacando a presença da LBV na ONU. Registro do jornalista Domingos Meirelles, da ABI e da Rede Globo, no livro de visitas da Escola da LBV no Rio de Janeiro/RJ. “A Legião da Boa Vontade não oferece uma opção pobre ao pobre. Ela oferece ao pobre uma opção de qualidade”. “Campeões de natação eu não garanto, mas, com o que vi aqui, posso garantir que certamente sairão da LBV muitos campeões de cidadania.” Comentário do campeão olímpico de natação Gustavo Borges, na visita que fez ao Instituto de Educação da LBV na capital paulista. Chico Audi Sociólogo Pedro Demo, então Presidente da Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar. Arquivo BV Arlindo Filho “Parabéns à LBV pelo excelente trabalho que realiza em defesa dos excluídos, manifestando extraordinária demonstração de amor ao próximo.” Felipe Freitas “Dá para ver nos olhinhos destas crianças da LBV que elas recebem uma boa alimentação, educação plena, alegria. (...) É uma comida caprichada, balanceada; uma biblioteca maravilhosa; tudo lindo. (...) Fiquei muito feliz com o que vi na LBV.” Toni Garrido, vocalista do Grupo Cidade Negra, após cantar para os alunos do Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV, no bairro do Del Castilho, Rio de Janeiro/RJ. BOA VONTADE | 25
  • 26. “A todos os amigos que fazem essa grande Legião realmente da Boa Vontade, o meu melhor carinho, o meu grande abraço. (...) Se nós tivéssemos 5, 6 ou 10 iguais à LBV, com certeza, teríamos menos diferença social no Brasil.” Simone Barreto Desembargador Criminal Cármine Antônio Savino ao conhecer a unidade da LBV na zona norte da cidade do Rio de Janeiro. 26 | BOA VONTADE Daniel Trevisan Fafá de Belém, cantora. Sandra de Sá, cantora e antiga colaboradora da Instituição. “A LBV realiza um trabalho de excepcional qualidade. (...) É um pólo fantástico de formação integral do Ser Humano. (...) O Brasil deveria conhecer mais de perto esta obra.” Divulgação Moacyr Franco, ator do SBT. “Muito obrigado, LBV, que esse trabalho lindo continue por muito tempo porque as pessoas precisam.” Roberto Justus, empresário, publicitário e apresentador da TV Record. “É muito bonito o trabalho da LBV. Eu já tinha conhecido também lá na Supercreche do Rio de Janeiro e visto o que é realizado em Brasília. (...) O trabalho da LBV inspira a gente a poder abrir o coração e passar um pouco daquilo que nós pensamos e agimos.” Ivan Sousa “(...) O que a LBV faz é sério e bonito. (...) Parabéns para a Legião da Boa Vontade que é qualidade Brasil, mundo, universo, cosmo. É qualidade! Cada vez mais as pessoas entendem o alcance de sua ação e digo, sem exagero nenhum, que a LBV é a salvação para o mundo.” “Primeiro preciso louvar o nascimento da LBV, o surgimento desse novo movimento que a minha mãe acompanhava na década de 1950 pela Rádio Mundial e me habituei a escutar aquela palavra calma (de Alziro Zarur — 19141979). Fico muito contente de estar, depois de tantos anos, conhecendo o trabalho da LBV.” Clayton Ferreira Arquivo pessoal F R A S E S Lars Grael, medalhista olímpico, ao passear pelas dependências da Legião da Boa Vontade em São Paulo/SP.
  • 27. Cida Linares “Nós, da Bandeirantes, estamos muito orgulhosos de ser aliados de vocês, da LBV. Acompanhamos a luta do Paiva desde o tempo de Zarur, e sabemos deste trabalho sério, bonito, honrado, que cuida de criança, cuida de gente idosa, envolve todo o mundo. Então, somos, em primeiro lugar, fãs do trabalho de vocês, admiradores e colaboradores.” João Carlos Saad, Presidente do Grupo Bandeirantes de Rádio e TV. “(...) Na atividade que a gente realiza no Conselho é sempre bom colher exemplos bem-sucedidos que acontecem no Brasil. Eu fiquei realmente muito impressionado com o trabalho que é feito aqui pela LBV em Glorinha. É um lugar muito aconchegante (...).” Professor Silvio Iung, Presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e Diretor Executivo da Rede Sinodal de Educação, em visita ao Lar e Parque Alziro Zarur, da LBV, em Glorinha/RS. “Para amar a LBV, basta conhecê-la.” Jornalista Carlos Alberto Guimarães, do Jornal do Brasil, durante visita à unidade educacional da LBV do Rio, acompanhado pela arquiteta Rogéria Rocha. J. Freitas/ABr Embaixador Ruy Nogueira, Subsecretário-Geral de Cooperação e Comunidades Brasileiras no Exterior, do Ministério de Relações Exteriores. Vera Reis “Eu tinha bem presente que a LBV tivesse tido a primazia dessa ação na área social no Brasil, recordo-me perfeitamente das primeiras atividades nos anos 1950. Então, quero enviar uma saudação e falar da apreciação do Ministério das Relações Exteriores pela ação da LBV.” “(...) Tenho acompanhado, admirado e elogiado, em diversos cenários, este trabalho magnífico de defesa da vida da LBV. (...) A força que ela dá a este movimento certamente será ouvido não só no País, mas fora dele. (...) A voz da LBV defendendo o Direito à Vida, desde a concepção e a sua preservação, certamente, terá ressonância na ONU.” Dr. Ives Gandra Martins, um dos maiores juristas do Brasil, comentando o documento do dirigente da LBV encaminhado à 50a Sessão da Comissão do Status da Mulher, nas Nações Unidas, traduzido pela ONU para seus seis idiomas oficiais, remetido a chefes de Estado de todo o mundo. BOA VONTADE | 27
  • 28. Daniel Trevisan Abrindo o Coração Carlos Nascimento agora também no SBT Brasil __________________________ Leila Marco e Rodrigo Oliveira Quando fechávamos este número da BOA VONTADE, recebemos a informação de que o jornalista Carlos Nascimento, além de comandar o Jornal do SBT — Edição Noite, está, desde 4 de dezembro, ao lado da jornalista Juliana Alvim, comandando o SBT Brasil, veiculado pela emissora, às 21 horas. O telejornal passou por uma reformulação visual (imagem acima e à esquerda). Nos bastidores, o jornalista tem à disposição uma imensa equipe de repórteres em todo o Brasil, além de correspondentes em outras regiões do mundo. Jornalista Repórter “A única forma de crescer é ter talento, dedicação e pessoas que acreditem em você.” Esta é a fórmula de Carlos Nascimento em 38 anos de carreira. 28 | BOA VONTADE
  • 29. F Francisco C. Inácio alar de Carlos Nascimento é falar sobre trabalho. Durante todo o tempo em que recebeu, com simpatia, a equipe da revista BOA VONTADE em sua sala, no departamento de jornalismo do SBT, em São Paulo/SP, dividiu a atenção entre a entrevista e o que ocorria pelo Brasil e no mundo. Conversou conosco antes de fechar a pauta do que vai ser assunto no Jornal do SBT — Edição Noite, que apresenta de segunda a sexta-feira, à 0h30. Enquanto testávamos o gravador, posicionávamos a câmera fotográfica, lá estava ele em busca de notícias. Luiz Gonzaga Mineiro, Diretor de Jornalismo do SBT. Tão logo o gravador foi ligado, Nascimento desligou-se do mundo e, pôde, assim, falar, com exclusividade, sobre diversos temas a começar pela infância e a vida em família. Defendeu, com ímpeto, o modelo ideal que os aspirantes à profissão devem adotar e criticou os programas jornalísticos que apenas fazem espetáculo em nome da audiência. Antes de posar para foto com a equipe, deu uma passada na mesa da editora do telejornal, Renata Marinelli, que rapidamente o deixou a par das notícias mais importantes. É com bom humor e enfrentando desafios que o paulista Nascimento leva a vida. A fórmula vem dando certo há 38 anos, reconhecidos inúmeras vezes por prêmios e pela audiência pública, que coloca “o Jornal do SBT — Edição Noite na vice-liderança no horário”, como o próprio Nascimento afirma com orgulho. Durante sua carreira, recebeu diversos prêmios, entre eles o Wladimir Herzog, concedido pelo Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, em 1980 e 1981. Muito além de condecorações, essa profícua carreira lhe rendeu ensinamentos diversos e o que tirou de melhor de sua trajetória ele contou, em resumo, na entrevista a seguir: Revista BOA VONTADE — Conte-nos um pouco do Carlos Nascimento que o telespectador não vê nas telas. A origem, a família, as lembranças de infância... Carlos Nascimento — Eu sou nascido em Jaú, cidade do interior de São Paulo, mas fiquei lá poucos dias, menos de uma semana. E meus pais moravam em Dois Córregos, que é uma cidade vizinha. Sou um doiscorreguense nascido em Jaú (risos). Morei até os 19 anos em Dois Córregos, então sempre me considerei doiscorreguense, mas, na verdade, nasci em Jaú. (...) Foi o pessoal de Dois Córregos que me ajudou a conseguir o primeiro emprego quando vim para São Paulo. BV — Pai e mãe, a que essas palavras o remetem? Carlos Nascimento — Meu pai era viajante e vendia originalmente medicamentos. Uma pessoa extrovertida, muito ligada à história do trem. Ele viveu profissionalmente enquanto existiu o trem. (...) Nunca acreditou que um dia não houvesse mais esse meio de transporte. Então todos os viajantes começavam a aprender a dirigir, a ir para as cidades de carro. Mas ele, não! Porque dizia: “Imagina, eu tenho tudo no trem, por que eu vou viajar de carro?!”. Foi surpreendido com o fim da ferrovia e acabou terminando “Hoje, os jornalistas brasileiros devem ter uma visão isenta daquilo que interessa aos nossos leitores, ouvintes e telespectadores. (...) Nós temos, sim, que procurar o interesse do Brasil.” BOA VONTADE | 29
  • 30. Arquivo pessoal Abrindo o Coração Quando vim para São Paulo, em 1973, estava ainda no começo. BV — Mesmo assim, em Dois Córregos, você começou a carreira de jornalista? Carlos Nascimento e as jornalistas Sandra Annemberg (E), Rosângela Santos e Fátima Bernardes (D). Arquivo pessoal assim, melancolicamente, a profissão dele. Mas todas as histórias que o meu pai contava tinham a ver com o trem. (...) Ele era piracicabano, descendente de índios. Meu avô paterno era neto de índios. A minha avó, alemã. A minha mãe era professora primária, e meus avós maternos são italianos. A minha mãe mora em Jaú, até hoje. Meu pai já faleceu. “Jornalista que não é repórter eu digo que é jornalista pela metade, porque a grande ciência dessa profissão está na sua capacidade de interpretar os fatos, não é só você dar as notícias.” 30 | BOA VONTADE BV — A família o incentivou a trabalhar nessa área? Carlos Nascimento — Pelo contrário. (...) Eu nunca tive nenhum incentivo da família para ser jornalista. Os meus primos todos são médicos, engenheiros. Não havia nenhum tipo de expectativa em relação ao jornalismo. Até porque quando resolvi ser jornalista, era muito difícil no interior: a profissão tinha acabado de ser regulamentada (1969). Carlos Nascimento — Sim. Iniciei na Rádio Cultura de Dois Córregos, em 1968, como sonoplasta. Depois, passei a atuar como narrador de futebol. Mais tarde comecei a trabalhar também no jornal O Democrático. Hoje tem mais jornais lá, mas na época era só esse. Fiquei até 1973 na rádio e no jornal, durante cinco anos. Vim para São Paulo e comecei a trabalhar profissionalmente na capital. BV — Do rádio e do jornal impresso para as telas. Como foi a sua trajetória na mídia, assim que chegou a São Paulo? Carlos Nascimento — (...) Fui trabalhar na Rádio ABC, em Santo André/SP. Cheguei a narrar alguns jogos lá. Na verdade, profissional mesmo, só um jogo; nos outros, eu era o segundo locutor. Da Rádio ABC, fui para a Rádio Nacional, que já era da Globo, para integrar a equipe esportiva da emissora. Só que em 1974, quando o Brasil perdeu a Copa do Mundo na Alemanha, a Rádio Nacional acabou com o departamento de Esporte. Aí eles me mandaram para o Aeroporto de Congonhas, onde comecei como setorista na sala de imprensa. Ao mesmo tempo, trabalhava num jornal impresso semanal em São Paulo, chamado Super News, que competia com o Shopping News. Fiquei na Rádio
  • 31. Carlos Nascimento — Um fato interessante ocorreu no dia do jogo entre Corinthians e Ponte Preta, na decisão do Campeonato Paulista, em 1977: a Globo experimentou, pela primeira vez, transmitir reportagens ao vivo, direto de um helicóptero: tinha de ficar um técnico na janela do helicóptero, com um microondas portátil, apontando para baixo, onde estava outro microondas. Ou seja, você só podia fazer uma transmissão ao vivo na área onde o helicóptero enxergasse o carro embaixo, porque um tinha de transmitir para o outro. Aí o operador de áudio esqueceu de levantar o som. O material que eu passava não tinha o áudio. Foi quando um deles falou Para Nascimento, Joelmir Beting (D) “tem um jeito vitorioso na nossa profissão”. assim: “então grava e joga a fita”. Gravamos alguns boletins sobre o pré-jogo, falando sobre o pessoal chegando ao estádio, por volta das seis da tarde. E aí o carro ficou lá na Avenida Rebouças, na Ponte Eusébio Matoso (zona sul de São Paulo/SP). A gente chegava com o helicóptero lá em cima e jogava (literalmente) a fita. Para ajudar, o Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV) parava o trânsito na rua. “Nessa profissão é muito importante ter pessoas que acreditem no seu trabalho. Caso contrário, você não vai a lugar nenhum. (...) A única forma de crescer é ter talento, dedicação e pessoas que acreditem no seu trabalho.” BV — Quem mais acreditou no seu trabalho? Carlos Nascimento — Nessa profissão é muito importante ter pessoas que acreditem no seu trabalho. Caso contrário, você não vai a lugar nenhum. (...) A única forma de crescer é ter talento, dedicação e pessoas que acreditem em você. Quando comecei na rádio e no jornal em Dois Córregos, eu tive Daniel Trevisan BV — Essas décadas de expe­ riências lhe renderam boas histórias. Qual delas você destaca? Arquivo pessoal Nacional e, naquela época, trabalhei também na Rádio América. Em 1977, fui para a TV Globo, que tinha acabado de estrear os equipamentos eletrônicos, VTs portáteis, e tinha também o equipamento que transmite ao vivo, na época, uma novidade. E eles precisavam de um repórter para as notícias de trânsito. Foi então que me contrataram para trabalhar no Bom Dia São Paulo. (...) Fiquei nessa emissora dez anos como repórter, de 1977 a 1987. Depois, fui para a TV Cultura; fiz o Jornal da Cultura, no ano de 1988, e, no ano seguinte, trabalhei na Record. (...) Depois, voltei para a Globo em 1990 onde fiquei até 2004. Aí, fui para a Bandeirantes, fiquei dois anos lá e vim para o SBT. BOA VONTADE | 31
  • 32. Arquivo pessoal Arquivo pessoal Divulgação TV Bandeirantes. Abrindo o Coração Clineu Alves de Lima Armando Nogueira Dante Vatiuci, Woile Guimarães, Eurico Andrade, Narciso Kalili, José Hamilton Ribeiro, Sérgio de Souza, Humberto Pereira. Foram todos eles muito importantes na minha formação. A Diléa Frate, que trabalha com o Jô Soares, nós começamos juntos em televisão também. A AliceMaria, o Armando Nogueira, o Alberico Souza Cruz. Enfim, trabalhei com as melhores pessoas. O Roberto Feith, que hoje é dono da Editora Objetiva, o Bob. Quando fui correspondente em Madri, ele era diretor do escritório da Globo em Londres, então quebrava uns galhos. Ele me ajudou muito lá naquela empreitada. O Laerte Mangini, que hoje é da RedeTV!, foi meu primeiro chefe de reportagem. Aprendi muito com ele também. (...) Essas pessoas que eu citei foram muito importantes “O jornalismo, na minha formação profissional. Também devo muito a como qualquer outra cinegrafistas que andavam profissão, exige dedicação. É comigo por esse mundo afora, fazendo matérias, preciso levar a sério e entender correndo risco de vida. que essa é uma profissão de (...) Um cara com quem responsabilidade e que não é aprendi muito é o Eduardo Coutinho, que é cineasta. Eu fácil.” trabalhei com ele no Globo Repórter. Com ele aprendi a trabalhar em programas jornalísticos, um grande incentivador e foi o meu primeiro professor: Clineu Alves de Lima, que faleceu há pouco mais de dois meses. Ele foi uma pessoa importantíssima porque me ensinou a ser locutor. (...) Depois, aqui em São Paulo, tive um chefe muito importante na Rádio Nacional, o Olavo Marques. Ele era professor e ao mesmo tempo jornalista e me ajudou muito. Inclusive, o primeiro emprego na Rádio Nacional foi o Olavo quem conseguiu. Na televisão, tive muita sorte porque peguei toda a turma que veio da revista Realidade. Quando a revista fechou, aquele grupo resolveu fazer uma experiência em televisão. Então eles foram para a TV Globo. Aí trabalhei com o 32 | BOA VONTADE Ricardo Boechat como conduzir, como fazer essas reportagens. Joelmir Beting é uma pessoa que eu considero muito, porque me deu muita atenção. Olho o jeito dele, pois acho que é um jeito vitorioso na nossa profissão. Admiro muito o Ricardo Boechat, um dos jornalistas mais bem-informados do Brasil, fez muito sucesso na coluna. BV — Como você avalia a revolução da informação trazida pela internet? Carlos Nascimento — A facilidade para se obter informação é muito maior. Antigamente, você primeiro tinha de ter conhecimento mesmo, de preferência dentro da cabeça. Em segundo lugar, tinha de ter fontes para poderem socorrê-lo na hora da necessidade. Hoje é muito mais fácil, você acessa a internet, e está tudo lá. Isso é bom e é ruim. Bom, porque abre um horizonte novo, de resolver as coisas mais rapidamente e ter acesso às informações que demorariam muito tempo. Por outro lado, também torna os profissionais mais preguiçosos, porque desobriga de ter a fonte, desobriga a pesquisa, a apuração da notícia, e sai muita informação errada, porque nem tudo o que está na internet é verdade.
  • 33. Antonio Chahestian / Record Paulo Henrique Amorim BV — O que é essencial para ser um bom jornalista? Carlos Nascimento — Jornalista que não é repórter eu digo que é jornalista pela metade, porque a grande ciência dessa profissão está na sua capacidade de interpretar os fatos, não é só você dar as notícias. Fico muito chateado de ver a quantidade de jovens que pedem emprego de apresentador. Não são só eles que querem, as empresas oferecem também. Muitas vezes basta ter um rosto bonito e pronto: daqui a uma semana está apresentando telejornal ou programa de televisão, sem saber nada de nada. (...) Hoje você tem muitos canais de notícias e jornalismo na internet que usam a imagem. Claro que cresce a quantidade de gente que quer fazer isso. Só que essas pessoas acham que elas se desobrigam de ser jornalista, de fazer reportagem. E quem não passa pela reportagem, em primeiro lugar, não conhece o pensamento das pessoas; e não conhece os lugares, o jeito de viver. O que determina, muitas vezes, a sensibilidade de uma reportagem é o contato que se tem com as fontes. É tendo isso que você vai fazer um bom texto, ter boas informações, fazer uma reportagem interessante, senão fica uma coisa completamente fria. Nascimento e a equipe do Jornal do SBT — Edição Noite. Da esquerda para a direita: Maria Eugênia, Ana Carolina, Nayara Roriz, Renata Marinelli e André Bispo. BV — Você já ganhou duas edições do prêmio “Comunique-se”, de melhor apresentador/ âncora de TV. O que foi determinante na sua carreira para conseguir esses resultados? Carlos Nascimento — O jornalismo, como qualquer outra profissão, exige dedicação. É preciso levar a sério e entender que essa é uma profissão de responsabilidade e que não é fácil. (...) Todos os bons jornalistas que eu conheço têm uma história de muita dedicação! Não se pode deixar subir à cabeça, tem de ter humildade porque a profissão expõe muito a pessoa. (...) Paulo Henrique Amorim diz uma frase interessante: “notícia não sobe escada”. E tem outra frase também que ele me falou uma vez: “o jornalismo é 90% transpiração e 10% inspiração”. E é verdade! Se você não for atrás da notícia, “Nós vivemos num país que é um dos poucos do mundo que tem a oportunidade de criar um estilo próprio. O Brasil pode ensinar aos outros como dar certo, se nós quisermos. É isso que falta.” não tiver isenção, você não é um bom jornalista! (...) Hoje, os jornalistas brasileiros devem ter uma visão isenta daquilo que interessa aos nossos leitores, ouvintes e telespectadores. (...) Nós temos, sim, que procurar o interesse do Brasil. Eu acho que esse é o grande ponto. Vivemos num país que é um dos poucos do mundo que tem a oportunidade de criar um estilo próprio. O Brasil pode ensinar aos outros como dar certo, se nós quisermos. É isso que falta. (...) As novas gerações devem se informar, ler sobre tudo que já se escreveu, sobre todas as tendências ideológicas e sociológicas. (...) Mas o caminho que a gente tem a escolher é aquele que privilegia o interesse brasileiro, o que o homem brasileiro quer, o nosso jeito de ser. BOA VONTADE | 33
  • 34. arte Cinema A de reinventar-se Rubens Ewald Filho fala de família, da profissão de crítico de cinema e dos desafios que tem escolhido. V Photos.com eja o que são as armadilhas do destino. A própria vida de um dos maiores críticos de cinema do País serviria de inspiração para um bom roteiro, como o fato da pouca lembrança dos primeiros anos de vida, concentrada apenas nas películas a que assistia. “A minha família 34 | BOA VONTADE ________________________ Débora Verdan e Leila Marco tinha um certo dinheiro, a gente possuía uma fazenda de plantação de bananas. Éramos dominados por uma matriarca, uma avó que não nos deixava fazer nada. Eu nunca joguei futebol na rua, não tive um amiguinho. Era filho único até 9 anos. A minha infância até o nascimento do meu irmão é bloqueada, lembro de pouquíssimas coisas. E o que me recordo bem são os filmes que vi”, rememora Rubens Ewald Filho, natural de Santos/SP. Ele acredita que por isso a sétima arte foi sempre tão importante para ele, “era eu e a minha geração”. Desta época acompanha-o também o hábito de fazer anotações, em um caderno, de tudo a que assiste. O costume incomum o levou a registrar a marca impressionante: 25.230 filmes vistos até hoje. O amor à interpretação cresce com o menino, que jovem inicia sua trajetória, mesmo a contra-
  • 35. Clayton Ferreira e gosto dos pais: “A primeira vez que atuei no teatro, era amador, na cidade de Santos, sob um pseudônimo. Só descobriram anos depois, quando eu dei uma entrevista contando o fato”. Após dois anos difíceis na lavoura, a família dele perde quase tudo, e o trabalho, antes discriminado, passa a ajudar no sustento. E com o tempo as diferenças foram vencidas: “Eles eram pessoas boas, já faleceram, e nos últimos anos fomos muito próximos”. Rubens esclarece que ao comentar o episódio não o faz como crítica aos pais, mas para que sirva de exemplo. “Às vezes eu digo: ‘Olha, pai, se o seu filho está investindo em alguma coisa, estimule se é o que ele gosta’, porque você não sabe o dia de amanhã. Eu criei uma profissão nova, que não existia, abri um espaço e outros fizeram isso com coisas diferentes. O mundo mudou muito!”. Em ótima fase profissional, prepara-se para três acontecimentos importantes entre o fim deste ano e início de 2007: o lançamento do Guia de DVD 2007, a direção de uma nova peça de teatro e os comentários do Globo de Ouro (pela Warner Channel) e da entrega do Oscar (TNT), as maiores festas de Hollywood. “Vou lançar o meu 26o livro agora em dezembro, um novo guia de DVD, é o único registro que tem no Brasil de todos os filmes lançados. Este é o 3o Globo de Ouro e o 22o Oscar que faço. Dirigi recentemente uma comédia do Falabella, ‘Querido Mundo’, que foi muito bem, ficou seis meses em cartaz em São Paulo, atualmente está viajando pelo interior e, em fevereiro, volta à capital paulista. E, Rubens, ao ser entrevistado pela repórter Débora Verdan, expressou: “Vocês continuam crescendo. Por favor, continuem, porque a gente está precisando tanto. O país está tão carente de ações de Boa Vontade mesmo. (...) Isso é muito importante!”, afirmou exibindo a edição nº 214 da revista BOA VONTADE. neste momento, estou dirigindo uma peça, uma versão de Hamlet, pela filosofia budista, no teatro Satyros, na Praça Roosevelt, que é um lugar onde atualmente em Sampa se faz espetáculos mais ousados, é o offbroadway paulistano, estréia agora em novembro”. Com quase 40 anos de carreira, Rubens delicia-se com o que pode “reinventar de tempos em tempos”, como o fato de ter participações em filmes brasileiros como ator, ter escrito roteiros para minisséries, a exemplo da adaptação de “Éramos Seis”, de Maria José Dupré, e explica o que significa agora trabalhar como diretor. “Eu faço com prazer crítica de cinema, mas não há o desafio. Cada vez que conversava com um diretor, entrevistava, visitava um set de filmagem, assistia a uma peça ou acompanhava sua montagem, ia guardando informações. Minha mente estava entupida! Começa a sair pelo ouvido. Sabe aquelas letrinhas de desenho animado? (risos) Eu precisava catalisar de alguma maneira, descobrir coisas novas, como dirigir. Isso não tem preço, é muito legal!”, diz um Rubens apaixonado. E vale dizer que, além das vivências por ele citadas, há a experiência de um profissional multimídia, com passagens pelas TVs Globo, SBT, HBO; nos jornais A Tribuna (onde iniciou como crítico e jornalista), Jornal da Tarde e O Estado de S. Paulo (no qual teve coluna por mais de 30 anos), além de uma sólida formação acadêmica: fez quatro Faculdades ao mesmo tempo — Direito, Jornalismo, História e Geografia. Voltando-se ainda aos comentários na área editorial, que por experiência própria julga ser uma das mais difíceis, destacou a qualidade da revista BOA VONTADE e, de quebra, o desenvolvimento do trabalho da LBV: “Vocês continuam crescendo. Por favor, continuem, porque a gente está precisando tanto. O país está tão carente de ações de Boa Vontade mesmo, de lutar por boas causas, de transformação. Isso é muito importante!”. BOA VONTADE | 35
  • 36. Cinema “Foi o cinema que espalhou o vício da droga pelo mundo inteiro. (...) Foi ele que lutou também pela emancipação da mulher, mostrou que ela podia trabalhar fora de casa, que tinha os seus direitos, igual ou melhor que o homem. O cinema é um grande professor para o bem e o mal. ” Rubens Ewald Filho Imersão antes do Globo de Ouro Arquivo BV Para comentar o Globo de Ouro, concedido pela Associação de Críticos de Cinema Estrangeiros de Hollywood, considerado uma espécie de prévia do Oscar, ele tem uma receita própria. “O Oscar acontecia em março, este ano é no fim de fevereiro. E o Globo de Ouro acabou sendo realizado mais cedo, agora é 15 de janeiro. Eu vou para Los Angeles dia 3, fico lá até as vésperas do evento e aí vou para Miami fazer a transmissão. Tenho uma amiga que se chama Paula Abdul Jabud, da Associação que dá o prêmio do Globo de Ouro, e ela recebe todo o material. Então, vou para a casa dela e fico em imersão, ela sai, vai cuidar da vida, e eu fico lá no DVD assistindo a todos os pilotos das séries, inclusive as que não chegaram aqui; todos os longas-metragens, as trilhas musicais. Mas é preciso ir à casa dela assistir, porque não pode piratear, tudo é extremamente controlado.” 36 | BOA VONTADE Outro bom título do crítico, que responde às dúvidas e curiosidades clássicas sobre o maior evento do cinema, e vale como referência para uma legião de cinéfilos é Rubens Ewald Filho: O Oscar e eu. Por sinal, a obra foi encaminhada, em 2003, época de seu lançamento, ao dirigente da LBV com esta carinhosa dedicatória: “Meu Oscar goes to (vai para) Paiva Netto!”. Olhar crítico Mesmo sendo fã ardoroso da sétima arte, Rubens diz que é preciso ter sempre um olhar crítico. “Foi o cinema que espalhou o vício da droga pelo mundo inteiro, foi ele que ensinou os nossos assaltantes a roubarem. Ali eles pegaram a tecnologia. Foi ele que lutou também pela emancipação da mulher, mostrou que ela podia trabalhar fora de casa, que tinha os seus direitos, igual ou melhor que o homem. O cinema é um grande professor para o bem e o mal. O resto passa, o cinema fica na tua cabeça”, comenta. Essa percepção o fez, em várias ocasiões, criticar o cinema nacional, mas Ewald acredita que apesar de tudo houve um salto qualitativo. Quanto à questão de um filme brasileiro não ter recebido um Oscar, acredita estar muito mais ligado à falta de sorte do que ao pouco talento. “A aparição de um Walter Salles, de um Fernando Meirelles, que conseguiram sucesso internacional, nos alegra. Porque Hollywood tem essa mania: rouba os talentos alheios pra acabar com a indústria local, é um dumping. E eles felizmente voltaram. Sou grande admirador do Fernando Meirelles, que é uma pessoa encantadora, totalmente despretensiosa, nada subiu à cabeça, há bons filmes produzidos por ele e por amigos seus, a exemplo de ‘Antônia’, da Tata Amaral, que virou minissérie, e foi muito simpático, porque contou uma história de pobre, sem chocar a gente. Eram quatro meninas que cantavam, achei na medida. Outro bom trabalho é ‘O ano em que meus pais saíram de férias’, de Cao Hamburger, no qual um menino judeu, durante a Copa do Mundo de 1970, tem os pais presos. Muito legal, muito bem-feito”. E é assim que desde que os irmãos Lumière apresentaram pela primeira vez o seu invento, o cinematógrapho, a sétima arte nunca mais deixou de apaixonar quem dela se aproximou.
  • 37. Cultura — Academia Brasileira de Letras Arquivo da ABL Alziro de Paiva cumprimenta Mindlin Posse de José Mindlin superlota a ABL _____________ Simone Barreto A o tomar posse na cadeira de nº 29 da Academia Brasileira de Letras (ABL), na capital fluminense, em 10 de outubro, o bibliófilo José Mindlin saudou o público, falando de seu amor aos livros. Isso foi propiciado, em muito, pelo ambiente cultural em que cresceu, com a ajuda dos pais que constituíram uma boa biblioteca em casa, e na cumplicidade do seu irmão e amigo que compartilhava tudo com ele, até mesmo a leitura. Mindlin, que sucede Josué Montello (1917-2006), foi recepcionado pelo acadêmico Alberto da Costa e Silva, em cerimônia dirigida pelo Presidente da Casa de Machado de Assis, Marcos Vinícios Vilaça. Ainda durante a preleção, o novo acadêmico rendeu homenagens à saudosa esposa Guita, companheira por 68 anos, que faleceu em junho, uma semana depois de ter sido eleito. Após o pronunciamento, José Mindlin recebeu os cumprimentos fraternos do Jovem Legionário Alziro Paulote de Paiva, que representou na oportunidade o Diretor-Pre- Evanildo Bechara Alberto da Costa e Silva sidente da LBV. “Muito obrigado! Eu gosto muito do Paiva Netto”, retribuiu afetuosamente Mindlin. A Super Rede Boa Vontade de Comunicação (TV, rádio e internet) cobriu o evento e registrou a emoção do bibliófilo. “(...)É preciso levar a cultura à grande massa brasileira através de leitura. A leitura é um vírus agradável e incurável”, finalizou. O Dr. Marcos Vilaça destacou: “Mindlin faz um trabalho com prazer e exerce sobre sua coleção uma leitura crítica. Isso é o que o distingue de um colecionador: conhece o livro e o interpreta. “É a primeira vez que a ABL recolhe em seu quadro um bibliófilo que dedicou a vida toda ao livro e reuniu 38 mil volumes em diversas áreas”, exaltou o acadêmico Murilo Melo Filho. Ao receber os cumprimentos da LBV, observou: “A Legião da Boa Vontade e a ABL são irmãs, porque ambas defendem o livro e o nosso idioma e estão irmanadas nesta luta comum. Se Deus quiser, (esse trabalho) se tornará em grande triunfo para ambas. Dr. Pedro de Paiva, Dr. Marcos Vinícios Vilaça e sua simpática esposa, Dona Maria do Carmo. Posse da diretoria da ABL para a gestão de 2007 Tomou posse no dia 14 de dezembro, em mais um mandato como Presidente da Academia Brasileira de Letras, o Ministro do Tribunal de Contas da União, Dr. Marcos Vinícios Vilaça, o que confirma a competente gestão no comando da ABL. O Diretor-Presidente da LBV, jornalista e escritor Paiva Netto, esteve representado na ocasião por seu filho, o advogado e Legionário Dr. Pedro de Paiva, renovando os votos de êxito ao Dr. Marcos Vilaça, extensivos também ao Secretário-Geral, Cícero Sandroni; à Primeira-Secretária, Ana Maria Machado; ao Segundo-Secretário, Domício Proença Filho, e ao Tesoureiro, Evanildo Cavalcante Bechara. Vale ressaltar que, em 2007, a tradicional instituição comemorará 110 anos defendendo a cultura brasileira. “A Academia está implementando duas grandes bibliotecas, temos certeza absoluta de que Mindlin dará a nós a soma de sua experiência e nos ajudará a transformá-las em dois setores de utilidade para o público que a freqüenta”, disse o filólogo e acadêmico Evanildo Bechara, que agradeceu a presença da LBV: “Muito obrigado por todo esse trabalho que vocês fazem com a ABL”. BOA VONTADE | 37
  • 39. Arquivo pessoal Mario de Moraes (especial para a revista BOA VONTADE) Foram de grande importância as divergências surgidas desde 1886, entre o poder civil e o poder militar. A situação mostrava-se cada vez mais grave. Acontecimentos revoltosos, de lado a lado, pioravam o estado. (...) Em 3 de novembro daquele ano acontecera um dos mais graves. Fora anunciada a visita do Ministro do Exército, Tomás Coelho (1838-1895), à Escola Militar. Os alunos decidiram desacatá-lo. Quando ele passava em frente à tropa, destacou-se Euclides da Cunha (18661909), em atitude desrespeitosa, e atirou longe sua espada. Euclides foi expulso da Escola e preso por um mês na Fortaleza de Santa Cruz. Enquanto isso os jornais da oposição acirravam os ânimos dos militares contra o governo. Os principais eram O Paiz, Diário de Notícias e Correio do Povo. No dia 10 de novembro de 1889, O Paiz publicou um artigo, sob o título de “Planos Governamentais”, que punha muito mais água na fervura. Poderia Uma das últimas fotografias tiradas pela família imperial, antes da Proclamação da República. Reproduções: Felipe Freitas P ara que se entenda o que aconteceu em nosso país no dia 15 de novembro de 1889, é necessário recuarmos alguns anos e verificarmos as causas que levaram o Brasil a transformar-se de Monarquia em República. Os mais estudiosos da nossa História concordam pelo menos num ponto: foram os freqüentes distúrbios entre militares e os últimos três ministérios da Monarquia a causa mais próxima do que ocorreu. Eles são unânimes em afirmar que, se as forças armadas não tivessem aderido ao movimento republicano, que desejava a mudança total do regime político, a reforma não teria se realizado tão cedo. Pelo menos a República não viria enquanto Pedro II (1825-1891) fosse vivo. Não bastariam apenas os demais motivos, como a intensa propaganda republicana; o desgosto da plutocracia agrícola, arrasada com a abolição da escravatura; o descrédito a que tinham chegado os partidos constitucionais; e a forte oposição ao Terceiro Reinado para derrubar o Império. Marechal Deodoro da Fonseca BOA VONTADE | 39
  • 40. História A Pátria (1919), quadro do famoso artista Pedro Bruno, em que ele homenageia as mães do Brasil e a reconstrução de um novo País. l o jorna dição d iciou a t ile da e o Fac-sím o que n a do Pov c Correio ão da Repúbli clamaç Pro ser até um boato, mas estava escrito: “Entre as medidas previamente asseguradoras da instalação do terceiro reinado, consta-nos que será apresentado ao parlamento pelo governo imperial um plano de desorganização do Exército”. O Diário de Notícias e o Correio do Povo divulgaram a notícia como verdadeira. Uma princesa na Corte Um outro e grave problema que incomodava bastante não só as forças armadas como boa parte da intelectualidade brasileira era a abolição da escravatura! Em fevereiro de 1871, Pedro 40 | BOA VONTADE II, enfermo, viajou para a Europa, deixando, pela primeira vez, a Princesa Isabel, sua sucessora direta, como Regente do Império. É nesse período que é assinada, a 28 de setembro, a Lei do Ventre Livre. A partir dessa data, filho de escravo não seria mais escravo. Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotejipe ou Lei dos Sexagenários, que beneficiava os negros com mais de 65 anos. A 30 de junho de 1887, cada vez mais doente, D. Pedro II viajou para a Europa, a fim de procurar tratamento. Mulher de muita coragem e decisão, a Princesa era partidária de idéias modernas, como o voto feminino e a reforma agrária. O principal problema que ela enfrentava, no
  • 41. Euclides da Cunha entanto, era a abolição da escravatura. Haviam sido feitas diversas tentativas para acabar com a escravidão no Brasil, mas o Ministério de Cotejipe abortava todas elas por culpa do conservadorismo da época, encabeçado pelos fazendeiros e proprietários de terras. A Princesa Isabel acabou aliando-se ao movimento popular que defendia a abolição, mas enfrentou feroz resistência do Ministério de Cotejipe, que lutava pela continuidade da escravidão em nosso país. Não tendo outro jeito, Isabel substituiu o Gabinete. O novo ministério, batizado como “Gabinete da Abolição”, era presidido pelo Conselheiro João Alfredo, a quem a Princesa solicitou que cuidasse, o mais urgente possível, de abolir a escravatura no Brasil. João Alfredo atendeu à Princesa e impôs uma rápida tramitação à lei que abolia a escravidão, sancionada por Isabel no dia 13 de maio de 1888. A partir dessa data não haveria mais escravos no Brasil! Ao saber da assinatura da Lei Áurea no Brasil, o Papa Leão XIII (1810-1903) concedeu à Isabel a condecoração da Rosa de Ouro, em 28 de setembro de 1888. Logo em seguida, Isabel enviou uma mensagem para Pedro II, que convalescia num hospital italiano: “13 de maio de 1888. Empereur Brésil, Milan. Acabo sancionar a lei da extinção da escravidão. Abraço papai com toda a efusão do meu coração. Muito contentes com suas melhoras. Comungamos hoje por sua intenção. Isabel”. O Imperador retribuiu-lhe com esta mensagem: “Abraço a Redentora”. E José do Patrocínio (1853-1905), orador popular da libertação, declarou: “Os reis criam princesas. O Imperador criou uma mulher”. O barão de Cotejipe, parecendo adivinhar o futuro, ao beijar a mão da Princesa, sussurrou-lhe: “Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono”. “Mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil”, retrucou ela altiva. É claro que a Princesa Isabel foi a personagem mais importante na libertação dos escravos, mas não podemos esquecer que, ao seu lado, havia dedicados e fiéis aliados, como José do Patrocínio. Os fazendeiros escravocratas, sustentáculos da política imperial, concordavam apenas que a escravidão fosse acabando aos poucos, mas que levasse bastante tempo para isso. O que eles temiam infelizmente aconteceu por total falta de planejamento do Império. Os milhares de escravos, ao saberem que estavam livres, abandonaram os campos José do Patrocínio e foram para as cidades, onde enfrentaram o preconceito e o desemprego, já que só sabiam cuidar da lavoura, dos rebanhos e da extração do ouro. Boa parte dos escravos, com fome, passou ao furto. Quando não ficavam pelas ruas pedindo esmolas. A violência aumentou bastante. O Estado do Rio, uma das regiões mais ricas do Brasil naquela época, graças às imensas plantações de cana e ao fabrico do açúcar, praticamente abandonados, entrou em fase de decadência. Rui Barbosa à frente dos acontecimentos Abandonado pelos ricos fazendeiros, em conseqüência da libertação dos escravos, D. Pedro II ficou incapaz de enfrentar seus oponentes, cada vez mais fortes e ativos. Entre aqueles que se destacavam na defesa da mudança do regime encontravase Rui Barbosa (1849-1923), principalmente contra o último ministério da Monarquia. Uma das acusações mais ferinas de Rui era a de ter entrado o Império numa fase de governação áulica, BOA VONTADE | 41
  • 42. História uma vez que o Imperador já não tinha capacidade para deliberar por si mesmo, sua debilidade física sendo explorada pela filha, pelo genro e por outras pessoas da sua intimidade. A enfermidade de Pedro II era bem conhecida desde fins de 1886, ocasião em que ele viajou para Poços de Caldas (procurando tratamento). O Imperador não raramente tartamudeava e demorava a tomar resoluções. Joaquim Nabuco (1849-1910), aludindo a esse período da vida de Pedro II, chegou a declarar: “O velho Imperador, desde 1887, está decadente, é a sombra política de si mesmo”. O estado de saúde do Monarca agravou-se de tal maneira, que se chegou a temer pela sua vida. Em maio de 1888, quando foi assinada a Abolição, a Princesa lamentou a ausência do pai, por causa da sua grave doença. Esses fatores favoreciam, pela inegável tolerância do Imperador, o desenvolvimento, em quase todo o território nacional, da propaganda republicana, com a fundação de novos clubes, a realização de conferências, a apresentação de candidaturas a cargos eletivos. Uma coisa, porém, é certa: a conspiração de que resultou a República no Brasil foi de iniciativa essencialmente militar. Desde muito a propaganda republicana penetrara nos quartéis e espalhavase no seio da mocidade. No Rio de Janeiro, por exemplo, fora fundado, em 1878, um clube secreto formado por alunos militares. Entre esses jovens, as figuras de Lauro Sodré e Hermes Rodrigues da Fonseca (1855-1923). (...) 42 | BOA VONTADE Rui Barbosa Cai a Monarquia; sobe a República A tendência dos militares de derrubarem Pedro II não era unânime. Alguns pensavam apenas em depô-lo, se o Imperador não modificasse o seu programa de governo, que muitos oficiais garantiam ser a dissolução do Exército. Os demais concordavam que era preciso, o quanto antes, realizar a completa mudança do regime político, implantando a República no Brasil. Não havia mais recuo e as coisas se precipitaram, muitos acreditando que o Imperador resistiria à sua saída. Tudo preparado para o golpe, encontraram o Marechal Deodoro em casa, no então Campo d’Aclamação, vítima de uma das suas agudas crises de dispnéia. Embora bem caído, Deodoro prometeu ir ao encontro da tropa que o aguardava. Fardou-se a custo e ordenou que arrumassem os arreios do seu cavalo. Depois, entrou num carro em companhia do alferes-aluno Augusto Cincinato de Araújo, seu primo. Encontrou as tropas sublevadas na Rua Senador Eu- sébio, próximo ao Gasômetro. E quando atingiu o seu destino, Deodoro corajosamente insistiu em montar, apesar dos protestos dos seus ajudantes, devido ao seu abatimento físico, assumindo o comando das tropas republicanas. É natural que o governo, depois de tudo que acontecera, estava prevenido de que algo se preparava, mas confiava em Floriano Peixoto (1839-1895), ajudante-general do Exército, que saberia enfrentar a situação. Alguns companheiros do Imperador, como o Visconde de Ouro Preto (1836-1912), achavam que tinham tropas e armas suficientes para resistir. Ao contrário de Floriano, que considerava a luta perdida. Raivoso, o Visconde alterou-se: “Não creio nisso. Só me convencerei diante do fato. No Paraguai, os nossos soldados apoderaram-se da artilharia inimiga em piores condições”. Ao que respondeu altivo Floriano: “Sim, isso é verdade, mas lá tínhamos inimigos pela frente e aqui somos todos brasileiros”. No dia 15 de novembro de 1889, Pedro II, estando em Petrópolis, tomou conhecimento do que acontecera por intermédio do primeiro telegrama vindo do Arsenal de Marinha. Não lhe deu a menor importância, entretanto retornou ao Paço, no Rio de Janeiro. Lá, recebeu, então, o segundo telegrama, quase às 11 horas, enviado pelo Quartel-General, quando o Imperador assistia a uma missa. Nada mais parecia importar para ele.
  • 43. Proclamação da República, na praça da Aclamação, hoje Praça da República. O embarque do Imperador para a Europa, com seus familiares, aconteceu na madrugada de 17 de novembro de 1889. Estava praticamente deserto o largo do Paço e as poucas pessoas presentes — todas da imprensa — observaram a partida de longe. Pedro II mantinha-se sereno ao entrar na carruagem que o levaria ao porto, mas a Imperatriz e a Princesa choravam. O Conde d’Eu mostrava-se nervoso e bastante irritado. Uniu-se a família imperial a bordo do “Parnahyba”. Quando o Imperador já estava a bordo chegou-lhe um decreto do Governo Provisório concedendo-lhe a quantia de cinco mil contos. Do navio “Parnahyba” o Imperador passou, com seus acompanhantes, para o navio “Alagoas”. Segundo reza a História, Pedro II, depois de aceitar o dinheiro, devolveu-o polidamente. O Imperador despediu-se do Brasil com estas comovedoras palavras: “É com o coração partido de dor que me afasto dos meus amigos, de todos os brasileiros e do País que tanto amei e amo, para cuja felicidade esforcei-me por contribuir e pela qual continuarei a fazer os mais ardentes votos”. E toda a família imperial seguiu para o exílio na Europa. Muitos consideram de certa forma que a Proclamação da República no Brasil foi a nossa Revolução Francesa, que levou 100 anos para chegar. Porém, no caso brasileiro, sem o lamentável banho de sangue da França. Na República implantouse o Federalismo, o sistema Presidencialista, a independência dos Poderes, bem como a separação do Estado da Igreja. Também terminou a hierarquia firmada no nascimento e na tradição de família, sendo substituída pela forma republicana e democrática sustentada no talento pessoal e no mérito. BOA VONTADE | 43
  • 44. Especial TBV Faces da Paz Em festa da Educação e da Cultura Ecumênica, o Templo da Boa Vontade comprova, mais uma vez, por que é o monumento mais visitado da capital do Brasil. n isa l nie v Tre Da 44 | BOA VONTADE A data foi comemorada por peregrinos e turistas do mundo inteiro que participaram do Encontro das Duas Humanidades, sob o comando de Paiva Netto, idealizador e construtor do TBV. Aos presentes e aos que acompanharam os festejos pela Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, televisão e internet), o líder da LBV fez a leitura e análise de diversos textos, alguns de autoria do saudoso Fundador da Instituição, Alziro Zarur (19141979), que completou, nesta data, 27 anos na Pátria Espiritual. Educação, ética e cidadania, na análise do líder da LBV. No bate-papo informal e amigo, convidou o público à reflexão sobre o legado do Cristo Ecumênico e Seus exemplos de Fraternidade Universal. Paiva Netto trouxe também lições Gustavo Oliveira N este 21 de outubro de 2006, foi comemorado em diversos Estados brasileiros e no Distrito Federal, o Dia do Ecumenismo, em homenagem à inauguração da Pirâmide da LBV, em 21/10/1989. A data também foi palco da festa que marcou os 17 anos de Espiritualidade Ecumênica que alumia e permeia seus ambientes, comovendo até os que se consideram ateus, pois encontram ali alento para as dores mais secretas, respeito à sua individualidade. A própria existência do Templo da Boa Vontade (TBV) justifica o fato de esse monumento ser o mais visitado de Brasília/DF, de acordo com dados oficiais da Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur), tendo recebido, desde sua inauguração, mais de 16 milhões de pessoas. ______________ Rodrigo Oliveira valiosas no campo da administração, da ética, da educação e da cidadania que, como sempre afirma, nasce no Espírito: “É preciso educar o Ser Humano no sentido da Fraternidade, para isso, se faz urgente espiritualizar as criaturas. Instruir e educar constituem medidas providenciais de um governo diligente, porém, espiritualizar é essencial, porque Ao lado, em primeiro plano, observa-se a Sagrada Pira da Fraternidade Ecumênica e, ao fundo surge, imponente, o Templo da Boa Vontade. Na imagem abaixo, a compacta massa que superlota o TBV aplaude o líder da Instituição durante discurso no evento que celebrou os 17 anos do monumento.