SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Baixar para ler offline
“
“ 15Marie von Ebner-Eschenbach
(1830-1916) - in Aforismos
Réquiem à Dona
Madalena Nebó
“Que Jesus o faça santo e lhe conceda todo o bem que desejar para outras almas!” -
São Pio de Pietrelcina (1887-1968)
Em cada homem de
talento existe,
escondido, um poeta;
ele se manifesta no
escrever, no ler, no
falar ou no ouvir.
Helio Begliomini é
médico urologista e
Presidente da
SOBRAMES-SP
Helio Begliomini
OBandeirante
Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - SOBRAMES-SP
Ano XV
nº 171
FEVEREIRO
2007Redação: sobrames@uol.com.br - (11) 9182-4815
Sempre presente, Madalena Nebó também
participou da VIII Jornada Médico-literária
Paulista realizada em Serra Negra - SP em
setembro de 2005
Apesar de o vocábulo adeus (a +
Deus) expressar serenidade, pois traz em
seu íntimo uma mescla de esperança,
confiança num destino comum e fé no
Criador, não deixa de ser, na prática, um
modo de cumprimento inexoravelmente
derradeiro, de difícil digestão.
Embora sabíamos que dona
Madalena Nebó (eu jamais consegui chamá-
la sem o pronome de tratamento “dona” ou
“senhora”, com sempre o fiz, informalmente
com seu dileto esposo, ambos amicíssimos
meus) estivesse lutando há dois anos e meio
com uma neoplasia de mama, nos comovemos
com sua partida ocorrida na noite do dia 20
de fevereiro, véspera do período quaresmal.
Seu velório, na manhã seguinte, coincidiu
com a Quarta-Feira de Cinzas, dia em que
na liturgia da Igreja Católica tem-se tornado
secular a imposição de cinzas na testa dos
fiéis, recordando que somos frágeis,
passaremos pela morte – somos pó, como
cinzas –, e de que a ele (pó) haveremos de
voltar (Gn 3, 19), por mais robusta que seja
a saúde que experimentamos e por mais
elástico que seja o tempo de existência que
poderemos ter. Giuseppe Gioacchino Belli
(1791-1863), poeta italiano, sintetizara num
de seus versos que “A morte está escondida
nos relógios”.
Assim, a celebração da Quaresma
nos lembra ano a ano nossa rápida
volatilidade. Diante da doença e,
particularmente da morte, não há espaço
para gabarolice, presunção, vaidade,
arrogância e soberba. Ao contrário, ela nos
irmana no mesmo denominador comum, nos
iguala, nos apequena, nos humilha, nos
desarma e nos interroga.
Dona Madalena J. G. Musetti Nebó
era natural da capital paulista e oriunda de
descendentes italianos, assim como tantos
outros que viveram e que vivem nesta cidade
e no Brasil.
Era membro fundador da Sobrames
de São Paulo, sócia das primeiras horas, ou
melhor, de todas as horas, de todos os
momentos, alegres e tristes. Tinha um
caráter reto, honesto, simples, cordato. Era
culta e querida por todos, em virtude de
sua simpatia, delicadeza e amabilidade.
Desde os albores da Sobrames –
SP, em setembro de 1988, até o final de 2006,
sempre cedeu sua confortável moradia, para
que nela funcionasse não somente a sede da
entidade, como também reuniões da
diretoria, ordinárias e extraordinárias,
vernissages e lançamento de livros. Estava
sempre disposta a privar de seu conforto
pessoal e familiar em favor de uma causa
nobre. Seu delicioso cafezinho e quitutes
sempre estiveram presentes nas nossas
reuniões.
Dona Madalena Nebó era discreta,
à semelhança do jeitinho mineiro. Todavia
constituía-se num verdadeiro esteio na
entidade e na vida de seu esposo. Diz o
ditado popular que por trás de um grande
homem sempre existe uma grande mulher.
Não temos dúvida nenhuma em afirmar que
ela proporcionou ao grande amor de sua
vida, os frutos e as recompensas que ele –
Flerts Nebó –, com certeza, obteve e tem
obtido em sua trajetória familiar,
profissional, social, econômica, cultural, e
literária.
A propósito, deve-se frisar que
Madalena Nebó se destacou também por
possuir virtudes consideradas hoje, mais
do que nunca, heróicas: caridade,
fidelidade, comprometimento, honradez,
perseverança, decoro, dentre tantas
outras que se encontram empoeiradas não
somente na juventude de hoje, mas também
em seus próprios progenitores.
Apenas o exemplo de seu
matrimônio com Flerts Nebó ocorrido há
55 anos (!), poderia ser citado para
testemunhá-las, além de outros nobres
predicados que possuía. Desse consórcio
teve o privilégio de ter sete filhos e dez
netos.
Dona Madalena Nebó nos deixou
aos 80 anos. Viveu intensamente sua
existência ao lado de seu esposo e de seus
familiares. Eles se curvaram emo-
cionadamente para dar-lhe seu último
ósculo – o do adeus –, antes que o ataúde
fosse fechado definitivamente. Por traz
desse simples gesto, repetido por sua
grande família, estava estampado o muito
que ela significou a cada um deles.
Verdadeiramente, parte de suas vidas se
foi. Para o amigo Flerts Nebó, temos certeza
de que foi sua maior parte.
O escritor canadense Gaston
Miron (1928-) já dissera certa vez que
“ninguém aqui morre só a sua morte; é um
pouco de nós todos que se vai, e naquele
que nasce há um pouco de todos nós, que
se torna outro”.
Com certeza ela está com Deus a
quem muito amou e a quem muito serviu ao
largo de sua existência. Ele saberá dar aos
seus familiares, através da fé, o verdadeiro
consolo e as necessárias forças para
continuar a contento suas trajetórias,
apesar de terem perdido parte de si
mesmos.
foto:MarcosSalun
Jornal O Bandeirante
ANO XV - nº 171 - Fevereiro 2007
Publicação mensal da SOBRAMES-SP -
Sociedade Brasileira de Médicos
Escritores - Regional do Estado de São Paulo
Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - CEP
05410-000 - Pinheiros - São Paulo - SP -
Telefax (11) 3062.9887 / 3062-3604
Editores: Flerts Nebó, Marcos Gimenes
Salun.
Redatores: Helio Begliomini, Marcos
Gimenes Salun, Ligia Terezinha Pezzuto
Revisão: Ligia Terezinha Pezzuto (MTb
17.671 - SP.)
Jornalista Responsável: Marcos Gimenes
Salun - (MTb 20.405 - SP)
Redação e Correspondência: Av.Prof.
Sylla Mattos, 652 - apto. 12 - Jardim Santa
Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 - E-
mail: sobrames@uol.com.br. Fones: (11)
9182-4815 / 6331-1351
Colaboradores desta edição: Evandro
Guimarães de Souza, Carlos Augusto
Ferreira Galvão, Paulo E. Rodarte de Abreu,
Hélio José Déstro, José Alberto Vieira, Evanil
Pires de Campos e Sérgio Perazzo.
Diretoria - Gestão 2007/2008 - Presidente:
Helio Begliomini; Vice-presidente:
Josyanne Rita de Arruda Franco; Primeiro-
secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã;
Segundo-secretário: Evanir da Silva
Carvalho; Primeiro-tesoureiro: Marcos
Gimenes Salun; Segundo-tesoureiro: Lígia
Terezinha Pezutto; Conselho Fiscal
Efetivos: Flerts Nebó, Arary da Cruz Tiriba,
Luiz Jorge Ferreira; Conselho Fiscal
Suplentes: Carlos Augusto Ferreira
Galvão; Geováh Paulo da Cruz; Helmut
Adolph Mataré.
Projeto Gráfico e Diagramação:
Rumo Editorial Produções e Edições
Ltda. CNPJ.07.268.251/0001-09
E-mail: rumoeditorial@uol.com.br
Matérias assinadas são de responsabilidade de seus
autores e não representam, necessariamente, a opinião
da SOBRAMES-SP
PRESTIGIE E COLABORE. AS INICIATIVAS DA SOBRAMES-SP
PODERÃO SER MUITO MELHORES SE VOCÊ TAMBÉM
PARTICIPAR. OS ACONTECIMENTOS PODEM ESTAR
DEPENDENDO DE SUA AÇÃO POSITIVA.
Os carnavais de nossas vidas
HOSPITAL METROPOLITANO
Serviços de Pronto-socorro
e tratamentos de ambulatório.
Rua Marcelina, 441 - Vila Romana - SP
(11) 3677.2000
LIFE SYSTEM
ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA
Avenida Brasil, 598 – Jardim América – SP
(11) 3885 – 8000
lifesystem@uol.com.br
O BANDEIRANTE - fevereiro de 2007
2
expediente
editorial
ESPAÇO RESERVADO
PARA O SEU ANÚNCIO:
Informações:
sobrames@uol.com.br
rapidinhas
Se em algum dia resolvêssemos escrever sobre os “carnavais” de fatos
ocorridos em nossas vidas certamente teríamos material para um livro “fora de
série”.
Em cada dia que vivemos enfrentamos mil e um problemas. Neste momento
é a vez de se pagar alguns dos incontáveis impostos de nosso dia a dia, pois o
governo também “precisa viver” e, sobretudo “sustentar” seus filhotes. Só que
quem tem que pagar o “leite” dessas crias somos nós, através dos altos impostos
que nos são impingidos.
A SOBRAMES, igualmente, tem que enfrentar a sua vida e arcar com seus
custos para se manter. A Diretoria tem que se “virar” para não ficar inadimplente
com seus compromissos. Os associados por sua vez poderão não achar simpáticas
algumas medidas adotadas pela direção da SOBRAMES para que esta possa
sobreviver. Mas certamente as compreenderão.
Quando iniciamos (e lá se vão praticamente 19 anos), a vida era feliz e
franca e não havia este “estado” de temor, que se apossou da nossa São Paulo,
com assaltos, assassinatos e, como diria o malandro, “outros bichos”...
Se olharmos para dez anos passados, poderemos ver que a vida era franca
e alegre e as reuniões da SOBRAMES eram eivadas de lindos textos em prosa e
poesia... A vida pode ter recrudescido um pouco e ficado mais cara. Mas nossos
escritores continuam a nos apresentar lindos trabalhos literários, apesar de tudo.
E como os “carnavais” se sucedem em nossas vidas, vamos tentando nos
adaptar a eles a cada dia. Neste momento estamos nos empenhando em equilibrar
nossas finanças, pois também nós precisamos, de certa forma, fornecer o “leite
de cada dia” aos nossos filhotes (entenda-se, nossas realizações).
Esperamos que todos possam compreender algumas medidas de limitação
de consumo em nossas reuniões. É uma tentativa que visa evitar que seja preciso
aumentar o valor da quota de participação de cada um, que vem sendo mantida
inalterada há longo tempo.
Esperamos também contar com a colaboração de todos os associados,
pagando suas anuidades, única fonte de renda que garante que as atividades e
realizações da SOBRAMES-SP aconteçam sempre com a mesma constância e
freqüência inabaláveis.
Flerts Nebó
virtualmente - Para quem ainda não
sabe, informamos que existe uma maneira
fácil e rápida de comunicar-se virtualmente
com confrades de diversas regionais da
SOBRAMES no Brasil. Trata-se da Lista de
Mensagens “Sobrames Nacional” criada e
coordenada pelo Dr. José P.di Cavalcanti,
da SOBRAMES do Espírito Santo. Para
participar, os interessados devem pedir sua
inscrição enviando mensagem para o e-mail
sobrames-subscribe@yahoogrupos.com.brsobrames-subscribe@yahoogrupos.com.brsobrames-subscribe@yahoogrupos.com.brsobrames-subscribe@yahoogrupos.com.brsobrames-subscribe@yahoogrupos.com.br.....
repercutindo - Foi um sucesso a
divulgação virtual do jornal “O Bandeirante”
feita por e-mail em janeiro. A experiência
terá continuidade, com uma mala-direta
virtual bastante ampliada. Se o seu
endereço de e-mail ainda não consta de nossa
mala direta virtual, peça a inclusão
escrevendo para sobrames@uol.com.br.
participação - está em fase de conclusão
um projeto que visa estimular os membros
da SOBRAMES-SP a participar de todas as
atividades, seja desta ou de outras regionais
em todo o Brasil. Por enquanto o que se
pode adiantar é solicitar que todos estejam
atentos ao que vem por aí, e que não deixem
de participar.
patrocinadores - Para manter a
qualidade e regularidade de suas
publicações a SOBRAMES-SP está em busca
de patrocínio e apoio financeiro. Através da
inserção de pequenos anúncios em suas
edições, pretende-se ampliar a tiragem e
atingir um publico ainda maior, quer seja
através das edições impressas, quer seja de
sua distribuição pela internet. Se você tem
um pequeno negócio ou tem algo a que queira
dar ampla divulgação, procure nossa
redação e anuncie: sobrames@uol.com.br.
A
N
O BANDEIRANTE - fevereiro de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO
3
A tia Zuleika, desde criança,
nunca gostou de usar óculos e nem
de admitir sua alta miopia.
Sua deficiência visual foi
descoberta pela professora do curso
primário. No primeiro dia de aula, ela
assentou-se numa carteira da terceira
fileira, já no segundo dia foi parar
na primeira fila, e no seguinte, ficou
a um palmo de distância do quadro
negro. Quando lhe perguntaram se
não estava enxergando bem, ela não
querendo dar o braço a torcer, logo
afirmou: “Eu gosto muito da minha
professora e quero ficar bem pertinho
dela”!
Com muita dificuldade os
familiares conseguiram convencê-la
a usar óculos de grau, pelo menos
durante as atividades escolares.
Como toda moça, durante a
adolescência, freqüentou festinhas e
jantares dançantes, sempre sem usar
os benditos óculos.
De uma feita, quando ela e
seus familiares ocupavam uma mesa
acontecimentos em
familiafamiliafamiliafamiliafamilia
Evandro Guimarães de Sousa
Médico pneumologista - São Paulo - SP
ao lado da pista de dança, durante
um desses jantares, ela perguntou:
“Mãe, quem é aquele rapaz de terno
preto, todo elegante, que entregou
um convite para a Cidinha e está de
pé conversando com ela? Será que vai
me tirar para dançar?”.
Ao que a mãe, prontamente
respondeu: “Querida, aquele senhor
é o maitre e o que ele entregou foi o
cardápio. ACidinha está é escolhendo
o prato para jantar. Cadê os óculos,
Zuleika?”.
Durante uma visita à cidade
de Ouro Preto, tia Zuleika fez ques-
tão de visitar todas as igrejas, uma
vez que é uma católica fervorosa. Na
última igreja visitada, estranhou o
fato de encontrar várias pessoas
próximas a uma das alas que não
respondiam ao seu cumprimento. Era
véspera de Natal e ela não percebeu
o Presépio em tamanho natural. Seria
muito engraçado se algum dos
componentes tivesse respondido à
sua saudação com um caloroso aperto
de mãos.
Na cidade de Congonhas, ao
subir a escadaria que dá acesso à
Basílica de São João de Matosinhos,
preocupou-se com alguém que estava
de pé sobre a murada. Ela toda aflita
disse: “Meu filho, desça daí. É muito
perigoso, você pode cair e se
machucar!” Ela estava se dirigindo à
estátua do Profeta Isaías, esculpido
por Aleijadinho há alguns séculos
atrás!
Depois da visita às cidades
históricas de Minas Gerais, tia Zu-
leika resolveu conhecer o Rio de
Janeiro e, devido ao seu problema de
pouca visão, fez questão da com-
panhia de sua prima Francisca. Ado-
raram a cidade, as praias, os pontos
turísticos e tudo mais. Entretanto,
enquanto aguardava o embarque
passeando pelo saguão do aeroporto
Santos Dumont, aconteceu um fato
inusitado. Imediatamente, ela cha-
mou a atenção de sua prima:
“Chiquinha, aquela mulher ali parece
muito com você! Ao que a Francisca
retrucou: “Engraçado, a outra que
está com ela é a sua cara!”.
Na verdade, as duas estavam
diante do imenso espelho que ocu-
pava uma das paredes do aeroporto!
Já nem sei mais como resol-
ver essa questão. Porém, ainda me
resta um último apelo: Tia Zuleika,
cadê os seus óculos? Tia Chiquinha,
vá procurar um oculista!
No passado,
Ficava amuado.
Na visão? Só corrupção...
Passado recente,
Pensaram que sou demente,
Para crer num estado indecente.
O futuro? Muito escuro...
Um furo no país inseguro.
Furado pelo estado impuro. O presente? Uma lama, um charco
Um presidente estridente, sem mente...
Sobrou para São Paulo um grande buraco.
Dá pena, meu país mal feito.
Parece até um rio sem leito
Que não merecia tal sina
De ter um estado igual a latrina.
Será que ele ainda tem jeito?
tem
jeitojeitojeitojeitojeito?
Carlos Augusto Ferreira Galvão
Médico psiquiatra - São Paulo - SP
D
4O BANDEIRANTE - fevereiro de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO
De volta das férias com a
família, não sei o que mais me fez
sentir a ausência, o teclado do meu
micro, ou do Willie, meu barulhento
e valente cãozinho, um yorkshire
que tem sido meu alento e minha
sombra nos últimos quatro anos.
William (Willie para os íntimos) foi
adquirido como presente para a
minha Bárbara mas, no fundo,
confesso ter agido em causa
própria. Willie, como costuma frisar
minha filha, é de fato um filho mais
jovem, único companheiro do casal
agora solitário, já que os mais
velhos foram em busca de seus
ideais em outras paragens. Este
estimado animal (acho impróprio
enquadrar cachorro nesta clas-
sificação zoológica) trata-se do
personagem central desta minha
crônica, inspirador desta matéria.
Amigos, amigos, cachor-
ros à parte! O meu desejo inicial
era falar diretamente aos cães,
como se isso fosse possível. Mas
considerando essa impossibilidade
só me restam os humanos, seus
amos e senhores.
A minha predileção e sedu-
ção por essas notáveis criaturas,
que felizmente nada tem de
humanas, vem de longa data. Cresci
em íntimo contato e relação com os
canídeos e nunca me arrependi por
isto. Talvez por este aprendizado da
infância tenha conseguido acumular
algumas qualidades, bem poucas
pois, sem dúvida, predominaram
aquelas absortas do contato com os
humanos (o mal sempre sobrepõe
ao bem). Reza com propriedade e
sabedoria o dito popular: quanto
mais se conhece os humanos, mais
se gosta dos animais.
Agradáveis recordações -
exemplos me passaram meus
amigos caninos. Nunca me atrai-
çoaram. A fidelidade sempre foi
uma característica, dos mais vira-
latas aos de mais nobre linhagem.
Reconhecem seus donos e a eles são
eternamente devotados, na alegria
e na tristeza, até que a morte os
separe. Não distinguem raça, cor ou
condição social. Exigem muito
pouco, quase nada. Retribuem com
amizade e dedicação os maus tratos,
sendo parceiros de todas as horas.
e por que não
falarfalarfalarfalarfalar
Paulo E.Rodarte de Abreu
Médico urologista - Lavras - MG
em cães?
Os cães são dotados de uma
percepção extra sensorial, elegem em
uma família os seus prediletos, re-
conhecem seus simpatizantes.
Adquirem dos seus senhores muitas
das suas manias, traços do caráter.
Não existem cães ferozes e sim donos
raivosos.
A psicologia nos ensina que
o convívio rotineiro com os cães tem
função relevante na socialização dos
humanos. Os amantes destes animais
freqüentemente se acasalam, trocam
números de telefones, etc..
Os canídeos certamente têm
muito a nos ensinar, sentidos mais
aguçados, capacidade cognitiva mais
desenvolvida. Defendem seu terri-
tório com unhas e dentes, daí a
aparente ferocidade a eles atribuída.
Têm mil e uma utilidades e, em con-
traste com seus senhores, têm muito
a oferecer em troca de amizade e
respeito.
Felizmente tenho tido suces-
so em desenvolver nos meus filhos o
mesmo amor aos cães, a mesma
dedicação a esta nobre espécie do
reino animal. Considero uma qua-
lidade especial nos humanos a vene-
ração aos cães. Quem deles desdenha
bom sujeito não é, é “ruim da cabeça
ou doente do pé”.
Finalmente, deixo de público
minha contestação e desagravo à
expressão “cachorrada”, como
sinônimo de corja, mal feito, fato
repreensível e ignóbil. Os cachorros
certamente não merecem tamanha
desconsideração.
O AMOR é água com muita sede...
É sol depois de muita chuva...
É canto de pássaro livre...
É mulher tatuada nas meninas dos olhos.
O AMOR é espinho debaixo da unha...
É nos cabelos muito carinho...
É alimento bem quentinho...
É bebida suave... Geladinha.
amoramoramoramoramorHélio José Déstro
Cirurgião dentista - São Paulo - SP
O AMOR quando bate...
É pisar nas nuvens...
É dançar num grande salão...
É rir... É gargalhar... É emoção...
É o perfume que passa pela vida...
É vulcão, é tempestade... É maresia.
É espera ao chegar é alegria.
É loucura, é o trepidar do cérebro, é tremer as mãos...
O AMOR é o tudo englobando o nada...
É sonhar e passar dias, noites e madrugadas.
O AMOR
É simplesmente o AMOR a maravilha em viver.
A
U
DDDDD
5O BANDEIRANTE - fevereiro de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO
Um dia eu te vi ...
Vi suas faces rosadas
seus olhos brilhantes
uma menina.
Não sei bem o que senti naquele dia
mas percebi que a queria por toda minha vida.
O primeiro beijo, mãos dadas,
o silêncio a dois,
o frescor da manhã,
raios de sol na janela,
Você deu cor a minha vida.
De menino, tornei-me homem
capaz de mover céus e montanhas
por um grande amor.
Ao teu lado,
um ano virou um dia,
um dia virou um segundo.
o dia em que
te vite vite vite vite vi Tornei-me refém de um grande amor
E como tantos apaixonados ...
Não há como ser resgatado,
sem as marcas da paixão.
sem a dor da separação ...
Esse é preço dos amantes!
A consagração de nosso amor
veio com nossos dois tesouros
Lívia e Marília,
Alva e poética,
Doce e terna.
Vinte anos depois
De homem feito
voltei a ser menino,
Cantos, sorrisos,
gargalhadas pueris,
sonhos de estação,
De longo prazo - só o nosso amor.
A mesma poesia,
O mesmo cheiro.
A mesma música
O encantamento persiste... vivifica
Meu coração palpita, vibra
Sempre a mesma bela e doce surpresa Do
reencontro diário ...
E todos os dias penso
É a mulher que quero por toda a minha vida.
José Alberto Vieira
Médico anestesista - São Paulo - SP
A democracia é o regime, no qual,
o povo participa das decisões go-
vernamentais ou do poder. Nela,
segundo ROSSEAU, o povo impediria o
abuso de poder. Este, exerceria sua
atividade em benefício da população.
É claro que na verdadeira de-
mocracia, os impostos, de maneira
sensata, seriam aplicados, princi-
palmente, para o bem estar do indivíduo
garantindo-lhe a famosa e utópica
cidadania brasileira. Esta, aliás, é a
expressão mais empregada pelos
políticos de nossa democracia, porém,
a menos utilizada para o engran-
decimento do cidadão brasileiro. A
miséria vigente, a falta de saneamento
básico e a ausência da educação
comprometem e mostram a nossa
realidade à Nação e ao Mundo.
MAQUIAVEL, em seu livro “O
PRINClPE” oferece valiosa contribuição
sobre o domínio do povo. Diria que
MAQUIAVEL sentir-se-ia infante diante
da realidade político-social brasileira.
Infelizmente a vetusta tese do I.P.M.F.
começa a produzir efeito e a propagar-
se no meio ministerial. A corte acena,
sorri estuda a melhor maneira de
aplicar o torniquete no exaurido e
marasmático braço do povo brasileiro.
O I.P.M.F. repercute e atinge a classe
média. Esta foi e está estrangulada
entre o poder dos ricos e dos políticos
servindo de alvo entre a miséria e a
riqueza. A classe média sustenta, e a
contragosto absorve os rombos
produzidos pelos que se acham no
poder político-administrativo, das
estatais, dos “João Alves”, dos lati-
fundiários entre outros. É a plutocracia
na democracia. Poupem e salvem a
classe média. Lembrem-se dos regimes
político-sociais europeus. São bons
exemplos. São experientes, portanto,
cometem menos erros. Não acor-
rentem, não aprisionem, mais uma vez,
em nome da Democracia a reduzida e a
produtiva classe média brasileira. “O
poder se locupleta com o supérfluo
enquanto que à enorme multidão falta
o necessário” ROUSSEAU .
A Inconfidência Mineira e a
Revolução Francesa mostraram que o
poder não deve exaurir o povo com
impostos e medidas impertinentes à
mínima dignidade social. (escrito em mai/1995)
prisioneiros da
democraciademocraciademocraciademocraciademocracia Evanil Pires de Campos
Médico infectologista
Botucatu - SP
P
6 O BANDEIRANTE - fevereiro de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO
Pelo cachorro ouvindo música
e que mais parecia estar vigiando a
corneta do gramofone, a gente já
sabia que era um disco da RCAVictor.
Pelo selo. Como podia ser da
Continental ou da Columbia, não
importa. O fato é que a pilha dos 78
tinha um lugar de destaque na sala
de visitas e ninguém podia chegar
perto. Ainda não tinham inventado
os discos inquebráveis. 78 rotações
por minuto. Depois vieram os LPs
(long playing) de 33 rpm e os
disquinhos de 45. Trisavôs dos CDs
de hoje.
Tinha que esperar o pai
chegar do trabalho. Criança não
mexia em nada, quanto mais em
vitrola. Só então dava pra pedir I
Pagliacci na voz de Beniamino Gigli,
o riso-choro do palhaço de
Leoncavallo esculpindo meus
melodramas pessoais ou a Marcha
do toureador da Carmen de Bizet
foIjando o meu heroísmo com sangre
de arena ou a Abertura 1812,de
Tchaikowsky com seus sinos e tiros
de canhões lembrando meus
derretidos soldadinhos de chumbo
na derrota napoleônica para o
serviço de meteorologia. Ou ainda
a sucessão de foxtrots, a gente dizia
que estava tocando ou dançando um
fox, desde Glen Miller, Tommy
Dorsey e Harry James, I’ll remember
april, até um mais moderno e atual,
Moonglow, que era tema do filme
Férias de amor, uma coqueluche na
época. Eu me via dançando à beira
do rio numa plataforma de madeira
transformada em salão de baile,
com uma Kim Novak estreante de
saia rodada e meias soquete.
A propósito, o nome original
do filme era Picnic. Os nossos
tradutores divertiam-se à beça, já
que não podiam ser diretores de
cinema, na criação de títulos
mirabolantes. Shane, por exemplo,
foi traduzido como Os brutos também
amam. E não é que o nome pegou?
Esqueceram dos tradutores na festa
do Oscar!
Pois é, a Kim Novak. Naquele
tempo ela nem tinha mostrado o
cofunho na página central da
Playboy, que esgotou na hora,
quando nu frontal não passava de
imaginação ou no máximo se
materializava naquelas fotos em
preto e branco totalmente sem
graça das revistas de nudismo, tipo
saúde e nudismo. Pelo título bem
se vê.
A gente comprava escondido
engrossando a voz para parecer
mais velho, passando dez vezes em
frente da banca de jornais com
aquele andar não-tou-nem-aí antes
de criar coragem, com o dinheiro
desviado da verba do lanche da
escola queimando dentro do bolso.
Uma das minhas preferidas
era a Rapsódia Húngara n° 2, de
Liszt. Ficava maravilhado como a
música imitava a tempestade. Mais
do que a frase batida depois da
tempestade vem a bonança, a
rapsódia dizia a mesma coisa sem
dizer. Uma hora a tempestade
acalmava e a gente imaginava um
sol pálido mostrando a cara
timidamente antes de se animar a
se fortalecer de vez. Até hoje,
quando cai um pé d’água com raios
e trovões a que tem direito, eu dou
um risinho superior antecipando o
fim do dilúvio. É a rapsódia húngara
nas minhas veias de menino.
Isso sem falar nos boleros e
nos boleristas. Bienvenido Granda,
seu moustache de Pancho Vila, El
bigote que canta, e seu sucesso
Perfidia, Lucho Gatica, Trio los
Panchos e a paixão alucinante da
minha tia, Gregório Barrios. El reloj,
La barca, La puerta, Vereda
tropical, Sabor a mi, Perfume de
gardenia, Frio en el alma, dois pra
lá, dois pra cá.
Não havia festa de família em
que não dançasse todo mundo com
todo mundo. Primos, netos, cunhados
e até empregadas. Aprendi com
minha tia, que usava uma única
trança comprida, que me conduzia,
bem pequeno, pisando no topo dos
seus pés. Eu não tinha que fazer o
menor esforço. Simplesmente era
levado aos risos pelas notas do Sobre
as ondas ou num tango dissoluto de
Gardel.
Uma tarde voltei da escola e
os discos não estavam mais lá. No
seu lugar, um aparelho de alta
fidelidade. O cobiçado hi-fi e vários
Lps que a gente não precisava virar
toda hora, seis músicas de cada lado.
Não cheguei a me dar conta
do quanto senti falta dos meus 78.
Dispersaram-se no tempo, na casa
de desconhecidos ou nos porões de
algum orfanato para onde se
drenavam os trastes da gente mais
remediada.
O que eu nunca entendi
direito é que no tempo dos 78 rpm a
vida rodava mais devagar. Como
pode se os discos giravam mais
rápido?
Não entendi e até hoje não
entendo esse milagre da física. Cadê
meu piquenique à luz do luar? Cadê
meus palhaços? Cadê meus boleros,
meus foxestrotes, os bailes de
família, a trança da minha tia? Será
que só ficaram as tempestades?
em 78
R P MR P MR P MR P MR P MSérgio Perazzo
Médico psicodramatista
São Paulo - SP
Texto vencedor da 16a. Superpizza, em novembro de 2006
“
“
7
O BANDEIRANTE - fevereiro de 2007
estante
VVVVVia Pia Pia Pia Pia Palavra - 8alavra - 8alavra - 8alavra - 8alavra - 8 -
Vários autores
(coletânea) -
Espaço Literário
Nelly Rocha
Galassi - 2006 -
Americana - SP
Para comemorar seus 25 anos de
atividades, o Espaço Literário Nelly
Rocha Galassi da cidade de
Americana - SP acaba de lançar o
oitavo volume de sua série de
antologias denominada Via Palavra.
Com 216 páginas a presente edição
contém os trabalhos literários em
prosa e verso de 44 autores
membros daquela instituição,
dentre eles nossa confreira Wilma
Lúcia da Silva Moraes. Além dos
textos o belíssimo volume contêm a
biografia com fotos dos autores
participantes. Para maiores
informações sobre a instituição
literária que comemora seu com
brilhantismo o seu Jubileu de Prata,
visite www.espacoliterario.com.
Para informações e aquisições de
Via Palavra 8 comunique-se pelo
email: contatos@espacoliterario.com
AraguaiaAraguaiaAraguaiaAraguaiaAraguaia -
contos - Almir
Gomes de Castro -
Edições ao Livro
Técnico - 2004 -
Fortaleza - CE
A versatilidade literária deste escritor
cearense fica mais uma vez
evidenciada nesta obra de 114
páginas, que reúne 26 narrativas
curtas. Em cada conto de “Araguaia”,
o médico escritor vai deixando
registrada a marca de sua percepção
fotográfica com que registra a vida,
indo do fantástico ao folclore,
passando pela crônica e reportagem
do cotidiano, alternando a narrativa
entre as mais variadas emoções. O
conto que dá título ao volume está
ambientado na guerrilha do Araguaia.
No dizer de Caio Porfírio Carneiro,
que prefacia o volume, “ele põe alma,
como que superposta à alma das
personagens, aquela alma que se
chama ficção criadora e que eterniza
a própria ficção.” Para contatos com
o autor e aquisição do livro escreva
para alanacaroline@hotmail.com
O envio de notícias, publicações ou informações sobre lançamentos de livros para a redação do jornal “O Bandeirante” pode ser feito para por correio para: Redação: Av. Prof.Sylla Mattos, 652 -
apto.12 - Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 - Também serão recebidas as informações pelo e-mail: SOBRAMES@UOL.COM.BR
correio registro
Homenagem àHomenagem àHomenagem àHomenagem àHomenagem à
poetisa Noemisepoetisa Noemisepoetisa Noemisepoetisa Noemisepoetisa Noemise
Machado FMachado FMachado FMachado FMachado Françarançarançarançarança
de Carvalhode Carvalhode Carvalhode Carvalhode Carvalho -
biografia - Thereza
Freire Vieira - Ed.
do autor - 2006 -
Taubaté - SP
Thereza Freire Vieira dá seqüência à
sua vasta obra com mais uma
biografia. Desta feita ela presta uma
homenagem à centenária poetisa
Noemise Machado França de
Carvalho. Nas 120 páginas deste
volume a autora reúne as principais
notícias veiculadas na imprensa sobre
a poetisa, além de destacar a
correspondência pessoal que trocou
com ela e muitas outras cartas e
comentários de personalidades do
mundo literário. Como não poderia
deixar de ser, Thereza selecionou os
mais expressivos sonetos de Noemise
e os reproduziu em seu volume-
homenagem. Esta é mais uma
importante contribuição para o
registro do talento literário quase
anônimo existente no país. Adquira
escrevendo para Rua 29 de Agosto,
177 - CEP. 12060-410 - Taubaté - SP
Frevo (da série Trajes Típicos) - Selo
lançado em 08.02.2007, com
tiragem de 2.400.000 exemplares.
Valor facial de 1º porte - carta não
comercial. Arte de Jô Oliveira
Srs Diretores do jornal “O Bandeirante”.
Recebi a edição 170 de janeiro de 2007 e
desejo cumprimentar a seus Editores,
Redatores, Revisores e Jornalistas pelo
esmero e empenho na realização do
jornal (que sei de trabalhosa criação e
manutenção) e pelo interesse e qualidade
do conteúdo.
Vou retransmiti-lo, como sugerido, aos
colegas cujo correio-e eu disponho pois
tenho certeza muito o apreciarão.
Aproveito a oportunidade para, se for
permitido por essa Diretoria, incluir
nota sobre O Bandeirante em nosso Sítio-
e ( www.sobramesmg.org.br ) de modo
que os colegas de Minas saibam onde
solicitá-lo via correio-e. Apreciaríamos
imenso se pudesse haver uma divulgação
do nosso referido Sítio-e através de seu
prestigioso jornal.
Pelo Sítio da Sobramesmg,
J. James de Castro Barros.
jjames@sobramesmg.org.br
O pessoal da Sobrames-SP está de
parabéns. Sempre muito atuante e com um
belo jornal... E com um Presidente que
ama muito a entidade...
Parabéns, Hélio. Boa gestão para você e
os colegas da Diretoria.
Eberth Vêncio (Goiás)
eberthdr@terra.com.br
“
“
Aos colegas da SOBRAMES-SP: Parabéns
pelo lançamento da Edição Virtual!
Sonya Braga (PR)
sobramesparana@uol.com.br
Hélio, Recebi O Bandeirante na versão
eletrônica. Parabéns. Marcos, por favor
me coloque no rol dos que recebam o
boletim virtual da Sobrames-SP.
Atenciosamente,
Luiz Barreto
Sobrames-PE
lgbarreto@uol.com.br
Agradecemos as inúmeras outras
mensagens recebidas que diziam respeito
à edição do jornal “O Bandeirante” de
janeiro de 2007.
Registramos e agradecemos as dezenas de
manifestações de pesar e solidariedade
recebidas em razão do falecimento de
nossa associada Madalena Nebó.
Em Portugal - O Dr. André Freire
publicou em sua coluna da edição de 10.01.2007
do jornal “Notícias de Castro Daire”, lá em Por-
tugal, a seguinte nota: “ Marcos Gimenes Salun,
da SOBRAMES-SP me enviou um convite para o
lançamento do livro “A Pizza Literária - nona
fornada”, evento que ocorreu em 4 de dezem-
bro, na cidade de São Paulo. Também recebi o
boletim da SOBRAMES-SP, “O Bandeirante”, e
agradeço ao colega e amigo pela gentileza e pelo
carinho”.
De Alagoas - Recebemos do Dr. José
Medeiros, presidente da SOBRAMES-AL, a edi-
ção de dez/2006-jan/2007 da revista Reflexão
Médica, publicada pelas Entidades Médicas do
Estado de Alagoas.
Enviamos - Dentre outras, a Diretoria
da SOBRAMES-SP enviou cartas para: 1.) Dr
Carlos Vieira Reis, presidente da Union Mondiale
de Écrivains Medicins - Umem, respondendo-
lhe sobre quesitos do 51º Congresso Mundial da
entidade que ocorrerá em outubro próximo,
em Budapeste. 2.) SOBRAMES-MG, saudando a
posse do presidente Dr. Sebastião Abrão Salim
e da nova diretoria daquela regional. 3.) Dr.
Luiz Barreto, cumprimentando os
organizadores do II Congresso das Academias
de Letras do Nordeste e do VI Congresso da
UMEAL, realizados em Recife em fevereiro.
Agenda 2007
IX Jornada Literária será em Jundiaí
Homenagem
A participação em todas as atividades
programadas pela SOBRAMES para
2007 é muito importante. Em breve
estaremos anunciando novidades.
Veja a seguir o que está previsto para
os próximos três meses.
FEVEREIRO
01 - Reunião de diretoria
15 - 199ª Pizza Literária (apresenta-
ção dos textos do 17º Desafio da
Superpizza)
Especial: CONGRESSO EM RECIFE
(informações: lgbarreto@uol.com.br.)
MARÇO
06 - Reunião de diretoria
15 - 200ª Pizza Literária (premiação
do 17º Desafio da Superpizza)
ABRIL
05 - Reunião de diretoria
19 - 201ª Pizza Literária (divulgação
do tema do 18º Desafio da Super-
pizza)
As Pizzas Literárias e as reuniões de
diretoria são realizadas na Rua Oscar
Freire, 1597 - Pizzaria Bonde Paulista -
a partir de 19h30 e são abertas a
todos os interessados
Anuidade
2007
SÃO PAULO
Não deixe de contribuir com a
SOBRAMES-SP, efetuando o pagamento
da anuidade de 2007. O valor é de R$
120,00 para aqueles que quitarem até
31.03.2007. Após essa data, o valor será
de R$ 150,00.
Única fonte de arrecadação da
entidade, esse valor destina-se a pagar
as despesas com materiais de expe-
diente, produção e postagem do jornal
“O Bandeirante”, envio de corres-
pondência da entidade e encargos
legais, dentre outros gastos.
O pagamento poderá ser feito
enviando-se cheque cruzado e
NOMINAL à SOBRAMES-SP, para o
endereço do atual tesoureiro:
Marcos Gimenes Salun
Av.Prof.Sylla Mattos, 652 - apto.12
Jardim Sta.Cruz - São Paulo - SP
CEP 04182-010
Na próxima edição deste jornal
divulgaremos os associados que já
8O BANDEIRANTE - fevereiro de 2007
pagaram a anuidade de 2007. Colabore
você também! Sua contribuição é de
fundamental importância para a
continuidade das atividades de nossa
regional! Em caso de dúvidas, envie um
e-mail para SOBRAMES@UOL.COM.BR
SOBRAMES NACIONAL
A diretoria da SOBRAMES-SP
enviou carta registrada em 01.02.2007
para a presidência da SOBRAMES
Nacional, solicitando informações
quanto a valores, datas, nome de
tesoureiro e forma de pagamento da
anuidade de 2007 devida pelas regionais.
O aviso de recebimento informa
que a carta foi recebida em 06.02.2007.
Até o momento continuamos no aguardo
da resposta oficial, por carta, da
presidência da SOBRAMES-Nacional,
para poder cumprir com esta obrigação
prevista no Estatuto da entidade.
Já estão em pleno
andamento os preparativos
para a realização da IX
Jornada Médico-literária
Paulista que terá lugar na
cidade de Jundiaí, entre os
dias 27 e 30 de setembro.
Situada a 63 quilômetros da
capital do estado de São
Paulo, Jundiaí possui cerca
de 340 mil habitantes,
distribuídos em uma área de
432 km quadrados.
O acesso à cidade é feito pelas
rodovias Anhangüera,
Bandeirantes e Dom Gabriel
Paulino Couto, além da
proximidade com as rodovias
Castelo Branco, Dom Pedro I e
Fernão Dias.
Nos próximos dias começaremos a
dar ampla divulgação de todas as
informações necessárias para a
participação no evento, que desde
já promete reeditar o sucesso das
últimas edições.
Evento
No momento a comissão
organizadora está definindo as
condições de hospedagem num dos
bons hotéis da cidade, além de
preparar a programação do
encontro, onde estão previstas
diversas atrações e atividades
culturais, turísticas e de lazer.
Os organizadores também estão
mantendo contatos com diversas
entidades culturais, imprensa e
autoridades da cidade e região,
visando uma ampla participação da
comunidade no evento.
Alitta Guimarães Costa Reis
recebeu, da Academia Maceioense
de Letras, que é filiada ao
CONALB - Conselho Nacional das
Academias de Letras do Brasil, em
Alagoas, cujo presidente é o Dr.
Cláudio Antônio Jucá Santos,
membro da SOBRAMES-AL, as
seguintes distinções:
1.) Comenda Escritor Olavo de
Campos, “pelos relevantes
serviços prestados à cultura, quer
no campo das letras, das ciências
ou das artes” - diploma.
2.) Medalha da Comenda Escritor
Olavo de Campos.
3.) Comenda do Mérito Literário
da Academia Macieoense de Letras
- medalha.
4.) Diploma de Sócio Honorário da
Academia Maceioense de Letras.
Para Alitta os sinceros parabéns e
cumprimentos de todos os
confrades da regional paulista.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Bandeirante - Janeiro 2007 - nº 170
Bandeirante - Janeiro 2007 - nº 170Bandeirante - Janeiro 2007 - nº 170
Bandeirante - Janeiro 2007 - nº 170Marcos Gimenes Salun
 
O Bandeirante - Outubro 2007 - nº 179
O Bandeirante - Outubro 2007 - nº 179O Bandeirante - Outubro 2007 - nº 179
O Bandeirante - Outubro 2007 - nº 179Marcos Gimenes Salun
 
Boletim 18.08.2013
Boletim 18.08.2013Boletim 18.08.2013
Boletim 18.08.2013Ipu Acari
 
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 18/06/17.
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 18/06/17.Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 18/06/17.
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 18/06/17.Igreja Presbiteriana Jardim de Oração
 
Revista Boa Vontade, edição 215
Revista Boa Vontade, edição 215Revista Boa Vontade, edição 215
Revista Boa Vontade, edição 215Boa Vontade
 
Primeira Peregrinação Nacional em Favor da Familia
Primeira Peregrinação Nacional em Favor da FamiliaPrimeira Peregrinação Nacional em Favor da Familia
Primeira Peregrinação Nacional em Favor da FamiliaPastoral Familiar Londrina
 
O Bandeirante - Julho 2007 - nº 176
O Bandeirante - Julho 2007 - nº 176O Bandeirante - Julho 2007 - nº 176
O Bandeirante - Julho 2007 - nº 176Marcos Gimenes Salun
 
Suplemento Especial Ferroviária - Tribuna Araraquara
Suplemento Especial Ferroviária - Tribuna AraraquaraSuplemento Especial Ferroviária - Tribuna Araraquara
Suplemento Especial Ferroviária - Tribuna AraraquaraACIDADE ON
 
Revista Boa Vontade, edição 229
Revista Boa Vontade, edição 229Revista Boa Vontade, edição 229
Revista Boa Vontade, edição 229Boa Vontade
 
Vila Flores - Clipping 2015
Vila Flores - Clipping 2015Vila Flores - Clipping 2015
Vila Flores - Clipping 2015vilaflores
 

Mais procurados (20)

Bandeirante - Janeiro 2007 - nº 170
Bandeirante - Janeiro 2007 - nº 170Bandeirante - Janeiro 2007 - nº 170
Bandeirante - Janeiro 2007 - nº 170
 
O Bandeirante - Outubro 2007 - nº 179
O Bandeirante - Outubro 2007 - nº 179O Bandeirante - Outubro 2007 - nº 179
O Bandeirante - Outubro 2007 - nº 179
 
Boletim 18.08.2013
Boletim 18.08.2013Boletim 18.08.2013
Boletim 18.08.2013
 
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 18/06/17.
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 18/06/17.Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 18/06/17.
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 18/06/17.
 
Ecos1
Ecos1Ecos1
Ecos1
 
Jornal familia cj abril
Jornal familia cj abrilJornal familia cj abril
Jornal familia cj abril
 
Acontece 390
Acontece 390Acontece 390
Acontece 390
 
Carta de floresta
Carta de florestaCarta de floresta
Carta de floresta
 
Revista Boa Vontade, edição 215
Revista Boa Vontade, edição 215Revista Boa Vontade, edição 215
Revista Boa Vontade, edição 215
 
Primeira Peregrinação Nacional em Favor da Familia
Primeira Peregrinação Nacional em Favor da FamiliaPrimeira Peregrinação Nacional em Favor da Familia
Primeira Peregrinação Nacional em Favor da Familia
 
O Bandeirante - Julho 2007 - nº 176
O Bandeirante - Julho 2007 - nº 176O Bandeirante - Julho 2007 - nº 176
O Bandeirante - Julho 2007 - nº 176
 
Suplemento Especial Ferroviária - Tribuna Araraquara
Suplemento Especial Ferroviária - Tribuna AraraquaraSuplemento Especial Ferroviária - Tribuna Araraquara
Suplemento Especial Ferroviária - Tribuna Araraquara
 
Boletim UNIVERTI setembro 2016
Boletim UNIVERTI setembro 2016Boletim UNIVERTI setembro 2016
Boletim UNIVERTI setembro 2016
 
Boletim UNIVERTI setembro 2017
Boletim UNIVERTI setembro 2017Boletim UNIVERTI setembro 2017
Boletim UNIVERTI setembro 2017
 
Revista Boa Vontade, edição 229
Revista Boa Vontade, edição 229Revista Boa Vontade, edição 229
Revista Boa Vontade, edição 229
 
Jornal digital 4720 ter-28072015
Jornal digital 4720 ter-28072015Jornal digital 4720 ter-28072015
Jornal digital 4720 ter-28072015
 
02 08-2015
02 08-201502 08-2015
02 08-2015
 
Jornal100912
Jornal100912Jornal100912
Jornal100912
 
Vila Flores - Clipping 2015
Vila Flores - Clipping 2015Vila Flores - Clipping 2015
Vila Flores - Clipping 2015
 
Jornal o taquaruçu 74
Jornal o taquaruçu 74Jornal o taquaruçu 74
Jornal o taquaruçu 74
 

Destaque

El espíritu emprendedor – Jaime Bedia
El espíritu emprendedor – Jaime BediaEl espíritu emprendedor – Jaime Bedia
El espíritu emprendedor – Jaime BediaJaime Bedia
 
59633 análisis, evaluación y estrategias generales para la intervención de lo...
59633 análisis, evaluación y estrategias generales para la intervención de lo...59633 análisis, evaluación y estrategias generales para la intervención de lo...
59633 análisis, evaluación y estrategias generales para la intervención de lo...Ehztuardo SttUu
 
RESERVA CARIOCA - 3 QUARTOS - (21) 3936-3885, DIRETO DA CONSTRUTORA
RESERVA CARIOCA - 3 QUARTOS - (21) 3936-3885, DIRETO DA CONSTRUTORARESERVA CARIOCA - 3 QUARTOS - (21) 3936-3885, DIRETO DA CONSTRUTORA
RESERVA CARIOCA - 3 QUARTOS - (21) 3936-3885, DIRETO DA CONSTRUTORARB IMOBILIARIA VIRTUAL
 
ACECON - Apresentação Institucional
ACECON - Apresentação InstitucionalACECON - Apresentação Institucional
ACECON - Apresentação InstitucionalAcecon Solutions
 
Gráfico diario del ibex 35 para el 14 02 2012
Gráfico diario del ibex 35 para el 14 02 2012Gráfico diario del ibex 35 para el 14 02 2012
Gráfico diario del ibex 35 para el 14 02 2012Experiencia Trading
 
Si quieres lo puedes hacer
Si quieres lo puedes hacerSi quieres lo puedes hacer
Si quieres lo puedes hacerLuizz Gerardo
 
Qué necesito saber para comprar un auto
Qué necesito saber para comprar un autoQué necesito saber para comprar un auto
Qué necesito saber para comprar un autojuancamilozuluagamazo
 
Ganga : A River in Pain
Ganga : A River in PainGanga : A River in Pain
Ganga : A River in PainVishal Pandey
 
Apresentações de Alto Impacto
Apresentações de Alto ImpactoApresentações de Alto Impacto
Apresentações de Alto ImpactoAdriana Fontenele
 

Destaque (19)

F 7147
F 7147F 7147
F 7147
 
El espíritu emprendedor – Jaime Bedia
El espíritu emprendedor – Jaime BediaEl espíritu emprendedor – Jaime Bedia
El espíritu emprendedor – Jaime Bedia
 
Ensayo
EnsayoEnsayo
Ensayo
 
59633 análisis, evaluación y estrategias generales para la intervención de lo...
59633 análisis, evaluación y estrategias generales para la intervención de lo...59633 análisis, evaluación y estrategias generales para la intervención de lo...
59633 análisis, evaluación y estrategias generales para la intervención de lo...
 
RESERVA CARIOCA - 3 QUARTOS - (21) 3936-3885, DIRETO DA CONSTRUTORA
RESERVA CARIOCA - 3 QUARTOS - (21) 3936-3885, DIRETO DA CONSTRUTORARESERVA CARIOCA - 3 QUARTOS - (21) 3936-3885, DIRETO DA CONSTRUTORA
RESERVA CARIOCA - 3 QUARTOS - (21) 3936-3885, DIRETO DA CONSTRUTORA
 
Test presentation
Test presentationTest presentation
Test presentation
 
Blue One
Blue OneBlue One
Blue One
 
Buen uso de internet
Buen uso de internetBuen uso de internet
Buen uso de internet
 
ACECON - Apresentação Institucional
ACECON - Apresentação InstitucionalACECON - Apresentação Institucional
ACECON - Apresentação Institucional
 
Problrmas
ProblrmasProblrmas
Problrmas
 
Gráfico diario del ibex 35 para el 14 02 2012
Gráfico diario del ibex 35 para el 14 02 2012Gráfico diario del ibex 35 para el 14 02 2012
Gráfico diario del ibex 35 para el 14 02 2012
 
Preliminary task 1
Preliminary task 1Preliminary task 1
Preliminary task 1
 
Si quieres lo puedes hacer
Si quieres lo puedes hacerSi quieres lo puedes hacer
Si quieres lo puedes hacer
 
Qué necesito saber para comprar un auto
Qué necesito saber para comprar un autoQué necesito saber para comprar un auto
Qué necesito saber para comprar un auto
 
Kontsulta zerbitzua nola erabili3
Kontsulta zerbitzua nola erabili3Kontsulta zerbitzua nola erabili3
Kontsulta zerbitzua nola erabili3
 
Ganga : A River in Pain
Ganga : A River in PainGanga : A River in Pain
Ganga : A River in Pain
 
Apresentações de Alto Impacto
Apresentações de Alto ImpactoApresentações de Alto Impacto
Apresentações de Alto Impacto
 
soil erosion
soil erosionsoil erosion
soil erosion
 
Git勉強会1回目
Git勉強会1回目Git勉強会1回目
Git勉強会1回目
 

Semelhante a Homenagem à Madalena Nebó

Revista Boa Vontade, edição 214
Revista Boa Vontade, edição 214Revista Boa Vontade, edição 214
Revista Boa Vontade, edição 214Boa Vontade
 
O Bandeirante - Setembro 2014 - nº 262
O Bandeirante -  Setembro 2014 - nº 262O Bandeirante -  Setembro 2014 - nº 262
O Bandeirante - Setembro 2014 - nº 262Marcos Gimenes Salun
 
Gralha azul no. 18 - Dezembro - Sobrames Paraná
Gralha azul no. 18 - Dezembro - Sobrames Paraná Gralha azul no. 18 - Dezembro - Sobrames Paraná
Gralha azul no. 18 - Dezembro - Sobrames Paraná Sérgio Pitaki
 
Revista Boa Vontade, edição 211
Revista Boa Vontade, edição 211Revista Boa Vontade, edição 211
Revista Boa Vontade, edição 211Boa Vontade
 
Folha Dominical - 06.04.14 Nº 515
Folha Dominical - 06.04.14 Nº 515Folha Dominical - 06.04.14 Nº 515
Folha Dominical - 06.04.14 Nº 515Comunidades Vivas
 
Beume novembro15 pdf
Beume novembro15   pdfBeume novembro15   pdf
Beume novembro15 pdfUme Maria
 
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 02/07/17
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 02/07/17Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 02/07/17
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 02/07/17Igreja Presbiteriana Jardim de Oração
 
Beume dez 16 pdf
Beume dez 16 pdfBeume dez 16 pdf
Beume dez 16 pdfUme Maria
 
Boletim 599 - 07/10/18
Boletim 599 - 07/10/18Boletim 599 - 07/10/18
Boletim 599 - 07/10/18stanaami
 
Beume novembro15 i pdf
Beume novembro15 i pdfBeume novembro15 i pdf
Beume novembro15 i pdfUme Maria
 

Semelhante a Homenagem à Madalena Nebó (20)

O Bandeirante - 257 - Abril 2014
O Bandeirante - 257 - Abril 2014O Bandeirante - 257 - Abril 2014
O Bandeirante - 257 - Abril 2014
 
Revista Boa Vontade, edição 214
Revista Boa Vontade, edição 214Revista Boa Vontade, edição 214
Revista Boa Vontade, edição 214
 
Bandeirante 092013 - nº 250
Bandeirante 092013 - nº 250Bandeirante 092013 - nº 250
Bandeirante 092013 - nº 250
 
O Bandeirante 042006
O Bandeirante 042006O Bandeirante 042006
O Bandeirante 042006
 
O Bandeirante 012006 - n158
O Bandeirante 012006 - n158O Bandeirante 012006 - n158
O Bandeirante 012006 - n158
 
O Bandeirante - Setembro 2014 - nº 262
O Bandeirante -  Setembro 2014 - nº 262O Bandeirante -  Setembro 2014 - nº 262
O Bandeirante - Setembro 2014 - nº 262
 
O Bandeirante 112006
O Bandeirante 112006O Bandeirante 112006
O Bandeirante 112006
 
Gralha azul no. 18 - Dezembro - Sobrames Paraná
Gralha azul no. 18 - Dezembro - Sobrames Paraná Gralha azul no. 18 - Dezembro - Sobrames Paraná
Gralha azul no. 18 - Dezembro - Sobrames Paraná
 
Revista Boa Vontade, edição 211
Revista Boa Vontade, edição 211Revista Boa Vontade, edição 211
Revista Boa Vontade, edição 211
 
O Bandeirante 052006
O Bandeirante 052006O Bandeirante 052006
O Bandeirante 052006
 
Folha Dominical - 06.04.14 Nº 515
Folha Dominical - 06.04.14 Nº 515Folha Dominical - 06.04.14 Nº 515
Folha Dominical - 06.04.14 Nº 515
 
Beume nov 16 pdf
Beume nov 16 pdfBeume nov 16 pdf
Beume nov 16 pdf
 
Beume novembro15 pdf
Beume novembro15   pdfBeume novembro15   pdf
Beume novembro15 pdf
 
O Bandeirante - 256 - MAR 2014
O Bandeirante - 256 - MAR 2014O Bandeirante - 256 - MAR 2014
O Bandeirante - 256 - MAR 2014
 
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 02/07/17
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 02/07/17Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 02/07/17
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 02/07/17
 
O Bandeirante 122006
O Bandeirante 122006O Bandeirante 122006
O Bandeirante 122006
 
Beume dez 16 pdf
Beume dez 16 pdfBeume dez 16 pdf
Beume dez 16 pdf
 
Boletim 599 - 07/10/18
Boletim 599 - 07/10/18Boletim 599 - 07/10/18
Boletim 599 - 07/10/18
 
O Bandeirante 082006
O Bandeirante 082006O Bandeirante 082006
O Bandeirante 082006
 
Beume novembro15 i pdf
Beume novembro15 i pdfBeume novembro15 i pdf
Beume novembro15 i pdf
 

Mais de Marcos Gimenes Salun

O Bandeirante - n® 269 - Abril de 2015
O Bandeirante - n® 269 - Abril de 2015O Bandeirante - n® 269 - Abril de 2015
O Bandeirante - n® 269 - Abril de 2015Marcos Gimenes Salun
 
O Bandeirante - nº 268 - março de 2015
O Bandeirante - nº 268 - março de 2015O Bandeirante - nº 268 - março de 2015
O Bandeirante - nº 268 - março de 2015Marcos Gimenes Salun
 
Revista opinias nº 8 - janeiro 2015
Revista opinias nº 8  -  janeiro 2015Revista opinias nº 8  -  janeiro 2015
Revista opinias nº 8 - janeiro 2015Marcos Gimenes Salun
 
Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015
Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015
Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015Marcos Gimenes Salun
 
Revista OPINIAS nº 07 - Dezembro 2014
Revista OPINIAS nº 07 - Dezembro 2014Revista OPINIAS nº 07 - Dezembro 2014
Revista OPINIAS nº 07 - Dezembro 2014Marcos Gimenes Salun
 
O Bandeirante - nº 265 - Dezembro 2014
O Bandeirante - nº 265 - Dezembro 2014O Bandeirante - nº 265 - Dezembro 2014
O Bandeirante - nº 265 - Dezembro 2014Marcos Gimenes Salun
 
Revista Opinias nº 06 - Novembro 2014
Revista Opinias  nº 06 - Novembro 2014Revista Opinias  nº 06 - Novembro 2014
Revista Opinias nº 06 - Novembro 2014Marcos Gimenes Salun
 
O Bandeirante - nº 264 - novembro 2014
O Bandeirante - nº 264 - novembro 2014O Bandeirante - nº 264 - novembro 2014
O Bandeirante - nº 264 - novembro 2014Marcos Gimenes Salun
 
Revista OPINIAS - nº 05 - Outubro de 2014
Revista OPINIAS - nº 05 - Outubro de 2014Revista OPINIAS - nº 05 - Outubro de 2014
Revista OPINIAS - nº 05 - Outubro de 2014Marcos Gimenes Salun
 
Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014
Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014
Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014Marcos Gimenes Salun
 
Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014
Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014
Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014Marcos Gimenes Salun
 
Revista OPINIAS - nº 03 - Agosto 2014
Revista OPINIAS - nº 03 - Agosto 2014Revista OPINIAS - nº 03 - Agosto 2014
Revista OPINIAS - nº 03 - Agosto 2014Marcos Gimenes Salun
 
"O Bandeirante" - nº 261 - agosto 2014
"O Bandeirante" - nº 261 - agosto 2014"O Bandeirante" - nº 261 - agosto 2014
"O Bandeirante" - nº 261 - agosto 2014Marcos Gimenes Salun
 
O Bandeirante - n.260 - julho 2014
O Bandeirante - n.260 - julho 2014O Bandeirante - n.260 - julho 2014
O Bandeirante - n.260 - julho 2014Marcos Gimenes Salun
 
Revista Opinias n 02 - julho de 2014
Revista Opinias n 02 - julho de 2014Revista Opinias n 02 - julho de 2014
Revista Opinias n 02 - julho de 2014Marcos Gimenes Salun
 
Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014
Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014
Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014Marcos Gimenes Salun
 
O Bandeirante - n.259 - junho 2014
O Bandeirante - n.259 - junho 2014O Bandeirante - n.259 - junho 2014
O Bandeirante - n.259 - junho 2014Marcos Gimenes Salun
 

Mais de Marcos Gimenes Salun (20)

O Bandeirante - n® 269 - Abril de 2015
O Bandeirante - n® 269 - Abril de 2015O Bandeirante - n® 269 - Abril de 2015
O Bandeirante - n® 269 - Abril de 2015
 
O Bandeirante - nº 268 - março de 2015
O Bandeirante - nº 268 - março de 2015O Bandeirante - nº 268 - março de 2015
O Bandeirante - nº 268 - março de 2015
 
Revista OPINIAS nº 09
Revista OPINIAS   nº 09Revista OPINIAS   nº 09
Revista OPINIAS nº 09
 
O Bandandeirante - fevereiro 2015
O Bandandeirante - fevereiro 2015O Bandandeirante - fevereiro 2015
O Bandandeirante - fevereiro 2015
 
Revista opinias nº 8 - janeiro 2015
Revista opinias nº 8  -  janeiro 2015Revista opinias nº 8  -  janeiro 2015
Revista opinias nº 8 - janeiro 2015
 
Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015
Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015
Jornal "O Bandeirante" - nº 266 - Janeiro de 2015
 
Revista OPINIAS nº 07 - Dezembro 2014
Revista OPINIAS nº 07 - Dezembro 2014Revista OPINIAS nº 07 - Dezembro 2014
Revista OPINIAS nº 07 - Dezembro 2014
 
O Bandeirante - nº 265 - Dezembro 2014
O Bandeirante - nº 265 - Dezembro 2014O Bandeirante - nº 265 - Dezembro 2014
O Bandeirante - nº 265 - Dezembro 2014
 
Revista Opinias nº 06 - Novembro 2014
Revista Opinias  nº 06 - Novembro 2014Revista Opinias  nº 06 - Novembro 2014
Revista Opinias nº 06 - Novembro 2014
 
O Bandeirante - nº 264 - novembro 2014
O Bandeirante - nº 264 - novembro 2014O Bandeirante - nº 264 - novembro 2014
O Bandeirante - nº 264 - novembro 2014
 
Revista OPINIAS - nº 05 - Outubro de 2014
Revista OPINIAS - nº 05 - Outubro de 2014Revista OPINIAS - nº 05 - Outubro de 2014
Revista OPINIAS - nº 05 - Outubro de 2014
 
Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014
Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014
Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014
 
Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014
Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014
Revista OPINIAS nº 04 - Setembro 2014
 
Revista OPINIAS - nº 03 - Agosto 2014
Revista OPINIAS - nº 03 - Agosto 2014Revista OPINIAS - nº 03 - Agosto 2014
Revista OPINIAS - nº 03 - Agosto 2014
 
"O Bandeirante" - nº 261 - agosto 2014
"O Bandeirante" - nº 261 - agosto 2014"O Bandeirante" - nº 261 - agosto 2014
"O Bandeirante" - nº 261 - agosto 2014
 
O Bandeirante - n.260 - julho 2014
O Bandeirante - n.260 - julho 2014O Bandeirante - n.260 - julho 2014
O Bandeirante - n.260 - julho 2014
 
Revista Opinias n 02 - julho de 2014
Revista Opinias n 02 - julho de 2014Revista Opinias n 02 - julho de 2014
Revista Opinias n 02 - julho de 2014
 
Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014
Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014
Revista OPINIAS - n.1 - junho 2014
 
O Bandeirante - n.259 - junho 2014
O Bandeirante - n.259 - junho 2014O Bandeirante - n.259 - junho 2014
O Bandeirante - n.259 - junho 2014
 
Anais Jornada 2013
Anais Jornada 2013Anais Jornada 2013
Anais Jornada 2013
 

Homenagem à Madalena Nebó

  • 1. “ “ 15Marie von Ebner-Eschenbach (1830-1916) - in Aforismos Réquiem à Dona Madalena Nebó “Que Jesus o faça santo e lhe conceda todo o bem que desejar para outras almas!” - São Pio de Pietrelcina (1887-1968) Em cada homem de talento existe, escondido, um poeta; ele se manifesta no escrever, no ler, no falar ou no ouvir. Helio Begliomini é médico urologista e Presidente da SOBRAMES-SP Helio Begliomini OBandeirante Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - SOBRAMES-SP Ano XV nº 171 FEVEREIRO 2007Redação: sobrames@uol.com.br - (11) 9182-4815 Sempre presente, Madalena Nebó também participou da VIII Jornada Médico-literária Paulista realizada em Serra Negra - SP em setembro de 2005 Apesar de o vocábulo adeus (a + Deus) expressar serenidade, pois traz em seu íntimo uma mescla de esperança, confiança num destino comum e fé no Criador, não deixa de ser, na prática, um modo de cumprimento inexoravelmente derradeiro, de difícil digestão. Embora sabíamos que dona Madalena Nebó (eu jamais consegui chamá- la sem o pronome de tratamento “dona” ou “senhora”, com sempre o fiz, informalmente com seu dileto esposo, ambos amicíssimos meus) estivesse lutando há dois anos e meio com uma neoplasia de mama, nos comovemos com sua partida ocorrida na noite do dia 20 de fevereiro, véspera do período quaresmal. Seu velório, na manhã seguinte, coincidiu com a Quarta-Feira de Cinzas, dia em que na liturgia da Igreja Católica tem-se tornado secular a imposição de cinzas na testa dos fiéis, recordando que somos frágeis, passaremos pela morte – somos pó, como cinzas –, e de que a ele (pó) haveremos de voltar (Gn 3, 19), por mais robusta que seja a saúde que experimentamos e por mais elástico que seja o tempo de existência que poderemos ter. Giuseppe Gioacchino Belli (1791-1863), poeta italiano, sintetizara num de seus versos que “A morte está escondida nos relógios”. Assim, a celebração da Quaresma nos lembra ano a ano nossa rápida volatilidade. Diante da doença e, particularmente da morte, não há espaço para gabarolice, presunção, vaidade, arrogância e soberba. Ao contrário, ela nos irmana no mesmo denominador comum, nos iguala, nos apequena, nos humilha, nos desarma e nos interroga. Dona Madalena J. G. Musetti Nebó era natural da capital paulista e oriunda de descendentes italianos, assim como tantos outros que viveram e que vivem nesta cidade e no Brasil. Era membro fundador da Sobrames de São Paulo, sócia das primeiras horas, ou melhor, de todas as horas, de todos os momentos, alegres e tristes. Tinha um caráter reto, honesto, simples, cordato. Era culta e querida por todos, em virtude de sua simpatia, delicadeza e amabilidade. Desde os albores da Sobrames – SP, em setembro de 1988, até o final de 2006, sempre cedeu sua confortável moradia, para que nela funcionasse não somente a sede da entidade, como também reuniões da diretoria, ordinárias e extraordinárias, vernissages e lançamento de livros. Estava sempre disposta a privar de seu conforto pessoal e familiar em favor de uma causa nobre. Seu delicioso cafezinho e quitutes sempre estiveram presentes nas nossas reuniões. Dona Madalena Nebó era discreta, à semelhança do jeitinho mineiro. Todavia constituía-se num verdadeiro esteio na entidade e na vida de seu esposo. Diz o ditado popular que por trás de um grande homem sempre existe uma grande mulher. Não temos dúvida nenhuma em afirmar que ela proporcionou ao grande amor de sua vida, os frutos e as recompensas que ele – Flerts Nebó –, com certeza, obteve e tem obtido em sua trajetória familiar, profissional, social, econômica, cultural, e literária. A propósito, deve-se frisar que Madalena Nebó se destacou também por possuir virtudes consideradas hoje, mais do que nunca, heróicas: caridade, fidelidade, comprometimento, honradez, perseverança, decoro, dentre tantas outras que se encontram empoeiradas não somente na juventude de hoje, mas também em seus próprios progenitores. Apenas o exemplo de seu matrimônio com Flerts Nebó ocorrido há 55 anos (!), poderia ser citado para testemunhá-las, além de outros nobres predicados que possuía. Desse consórcio teve o privilégio de ter sete filhos e dez netos. Dona Madalena Nebó nos deixou aos 80 anos. Viveu intensamente sua existência ao lado de seu esposo e de seus familiares. Eles se curvaram emo- cionadamente para dar-lhe seu último ósculo – o do adeus –, antes que o ataúde fosse fechado definitivamente. Por traz desse simples gesto, repetido por sua grande família, estava estampado o muito que ela significou a cada um deles. Verdadeiramente, parte de suas vidas se foi. Para o amigo Flerts Nebó, temos certeza de que foi sua maior parte. O escritor canadense Gaston Miron (1928-) já dissera certa vez que “ninguém aqui morre só a sua morte; é um pouco de nós todos que se vai, e naquele que nasce há um pouco de todos nós, que se torna outro”. Com certeza ela está com Deus a quem muito amou e a quem muito serviu ao largo de sua existência. Ele saberá dar aos seus familiares, através da fé, o verdadeiro consolo e as necessárias forças para continuar a contento suas trajetórias, apesar de terem perdido parte de si mesmos. foto:MarcosSalun
  • 2. Jornal O Bandeirante ANO XV - nº 171 - Fevereiro 2007 Publicação mensal da SOBRAMES-SP - Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - Regional do Estado de São Paulo Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - CEP 05410-000 - Pinheiros - São Paulo - SP - Telefax (11) 3062.9887 / 3062-3604 Editores: Flerts Nebó, Marcos Gimenes Salun. Redatores: Helio Begliomini, Marcos Gimenes Salun, Ligia Terezinha Pezzuto Revisão: Ligia Terezinha Pezzuto (MTb 17.671 - SP.) Jornalista Responsável: Marcos Gimenes Salun - (MTb 20.405 - SP) Redação e Correspondência: Av.Prof. Sylla Mattos, 652 - apto. 12 - Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 - E- mail: sobrames@uol.com.br. Fones: (11) 9182-4815 / 6331-1351 Colaboradores desta edição: Evandro Guimarães de Souza, Carlos Augusto Ferreira Galvão, Paulo E. Rodarte de Abreu, Hélio José Déstro, José Alberto Vieira, Evanil Pires de Campos e Sérgio Perazzo. Diretoria - Gestão 2007/2008 - Presidente: Helio Begliomini; Vice-presidente: Josyanne Rita de Arruda Franco; Primeiro- secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã; Segundo-secretário: Evanir da Silva Carvalho; Primeiro-tesoureiro: Marcos Gimenes Salun; Segundo-tesoureiro: Lígia Terezinha Pezutto; Conselho Fiscal Efetivos: Flerts Nebó, Arary da Cruz Tiriba, Luiz Jorge Ferreira; Conselho Fiscal Suplentes: Carlos Augusto Ferreira Galvão; Geováh Paulo da Cruz; Helmut Adolph Mataré. Projeto Gráfico e Diagramação: Rumo Editorial Produções e Edições Ltda. CNPJ.07.268.251/0001-09 E-mail: rumoeditorial@uol.com.br Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião da SOBRAMES-SP PRESTIGIE E COLABORE. AS INICIATIVAS DA SOBRAMES-SP PODERÃO SER MUITO MELHORES SE VOCÊ TAMBÉM PARTICIPAR. OS ACONTECIMENTOS PODEM ESTAR DEPENDENDO DE SUA AÇÃO POSITIVA. Os carnavais de nossas vidas HOSPITAL METROPOLITANO Serviços de Pronto-socorro e tratamentos de ambulatório. Rua Marcelina, 441 - Vila Romana - SP (11) 3677.2000 LIFE SYSTEM ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA Avenida Brasil, 598 – Jardim América – SP (11) 3885 – 8000 lifesystem@uol.com.br O BANDEIRANTE - fevereiro de 2007 2 expediente editorial ESPAÇO RESERVADO PARA O SEU ANÚNCIO: Informações: sobrames@uol.com.br rapidinhas Se em algum dia resolvêssemos escrever sobre os “carnavais” de fatos ocorridos em nossas vidas certamente teríamos material para um livro “fora de série”. Em cada dia que vivemos enfrentamos mil e um problemas. Neste momento é a vez de se pagar alguns dos incontáveis impostos de nosso dia a dia, pois o governo também “precisa viver” e, sobretudo “sustentar” seus filhotes. Só que quem tem que pagar o “leite” dessas crias somos nós, através dos altos impostos que nos são impingidos. A SOBRAMES, igualmente, tem que enfrentar a sua vida e arcar com seus custos para se manter. A Diretoria tem que se “virar” para não ficar inadimplente com seus compromissos. Os associados por sua vez poderão não achar simpáticas algumas medidas adotadas pela direção da SOBRAMES para que esta possa sobreviver. Mas certamente as compreenderão. Quando iniciamos (e lá se vão praticamente 19 anos), a vida era feliz e franca e não havia este “estado” de temor, que se apossou da nossa São Paulo, com assaltos, assassinatos e, como diria o malandro, “outros bichos”... Se olharmos para dez anos passados, poderemos ver que a vida era franca e alegre e as reuniões da SOBRAMES eram eivadas de lindos textos em prosa e poesia... A vida pode ter recrudescido um pouco e ficado mais cara. Mas nossos escritores continuam a nos apresentar lindos trabalhos literários, apesar de tudo. E como os “carnavais” se sucedem em nossas vidas, vamos tentando nos adaptar a eles a cada dia. Neste momento estamos nos empenhando em equilibrar nossas finanças, pois também nós precisamos, de certa forma, fornecer o “leite de cada dia” aos nossos filhotes (entenda-se, nossas realizações). Esperamos que todos possam compreender algumas medidas de limitação de consumo em nossas reuniões. É uma tentativa que visa evitar que seja preciso aumentar o valor da quota de participação de cada um, que vem sendo mantida inalterada há longo tempo. Esperamos também contar com a colaboração de todos os associados, pagando suas anuidades, única fonte de renda que garante que as atividades e realizações da SOBRAMES-SP aconteçam sempre com a mesma constância e freqüência inabaláveis. Flerts Nebó virtualmente - Para quem ainda não sabe, informamos que existe uma maneira fácil e rápida de comunicar-se virtualmente com confrades de diversas regionais da SOBRAMES no Brasil. Trata-se da Lista de Mensagens “Sobrames Nacional” criada e coordenada pelo Dr. José P.di Cavalcanti, da SOBRAMES do Espírito Santo. Para participar, os interessados devem pedir sua inscrição enviando mensagem para o e-mail sobrames-subscribe@yahoogrupos.com.brsobrames-subscribe@yahoogrupos.com.brsobrames-subscribe@yahoogrupos.com.brsobrames-subscribe@yahoogrupos.com.brsobrames-subscribe@yahoogrupos.com.br..... repercutindo - Foi um sucesso a divulgação virtual do jornal “O Bandeirante” feita por e-mail em janeiro. A experiência terá continuidade, com uma mala-direta virtual bastante ampliada. Se o seu endereço de e-mail ainda não consta de nossa mala direta virtual, peça a inclusão escrevendo para sobrames@uol.com.br. participação - está em fase de conclusão um projeto que visa estimular os membros da SOBRAMES-SP a participar de todas as atividades, seja desta ou de outras regionais em todo o Brasil. Por enquanto o que se pode adiantar é solicitar que todos estejam atentos ao que vem por aí, e que não deixem de participar. patrocinadores - Para manter a qualidade e regularidade de suas publicações a SOBRAMES-SP está em busca de patrocínio e apoio financeiro. Através da inserção de pequenos anúncios em suas edições, pretende-se ampliar a tiragem e atingir um publico ainda maior, quer seja através das edições impressas, quer seja de sua distribuição pela internet. Se você tem um pequeno negócio ou tem algo a que queira dar ampla divulgação, procure nossa redação e anuncie: sobrames@uol.com.br.
  • 3. A N O BANDEIRANTE - fevereiro de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO 3 A tia Zuleika, desde criança, nunca gostou de usar óculos e nem de admitir sua alta miopia. Sua deficiência visual foi descoberta pela professora do curso primário. No primeiro dia de aula, ela assentou-se numa carteira da terceira fileira, já no segundo dia foi parar na primeira fila, e no seguinte, ficou a um palmo de distância do quadro negro. Quando lhe perguntaram se não estava enxergando bem, ela não querendo dar o braço a torcer, logo afirmou: “Eu gosto muito da minha professora e quero ficar bem pertinho dela”! Com muita dificuldade os familiares conseguiram convencê-la a usar óculos de grau, pelo menos durante as atividades escolares. Como toda moça, durante a adolescência, freqüentou festinhas e jantares dançantes, sempre sem usar os benditos óculos. De uma feita, quando ela e seus familiares ocupavam uma mesa acontecimentos em familiafamiliafamiliafamiliafamilia Evandro Guimarães de Sousa Médico pneumologista - São Paulo - SP ao lado da pista de dança, durante um desses jantares, ela perguntou: “Mãe, quem é aquele rapaz de terno preto, todo elegante, que entregou um convite para a Cidinha e está de pé conversando com ela? Será que vai me tirar para dançar?”. Ao que a mãe, prontamente respondeu: “Querida, aquele senhor é o maitre e o que ele entregou foi o cardápio. ACidinha está é escolhendo o prato para jantar. Cadê os óculos, Zuleika?”. Durante uma visita à cidade de Ouro Preto, tia Zuleika fez ques- tão de visitar todas as igrejas, uma vez que é uma católica fervorosa. Na última igreja visitada, estranhou o fato de encontrar várias pessoas próximas a uma das alas que não respondiam ao seu cumprimento. Era véspera de Natal e ela não percebeu o Presépio em tamanho natural. Seria muito engraçado se algum dos componentes tivesse respondido à sua saudação com um caloroso aperto de mãos. Na cidade de Congonhas, ao subir a escadaria que dá acesso à Basílica de São João de Matosinhos, preocupou-se com alguém que estava de pé sobre a murada. Ela toda aflita disse: “Meu filho, desça daí. É muito perigoso, você pode cair e se machucar!” Ela estava se dirigindo à estátua do Profeta Isaías, esculpido por Aleijadinho há alguns séculos atrás! Depois da visita às cidades históricas de Minas Gerais, tia Zu- leika resolveu conhecer o Rio de Janeiro e, devido ao seu problema de pouca visão, fez questão da com- panhia de sua prima Francisca. Ado- raram a cidade, as praias, os pontos turísticos e tudo mais. Entretanto, enquanto aguardava o embarque passeando pelo saguão do aeroporto Santos Dumont, aconteceu um fato inusitado. Imediatamente, ela cha- mou a atenção de sua prima: “Chiquinha, aquela mulher ali parece muito com você! Ao que a Francisca retrucou: “Engraçado, a outra que está com ela é a sua cara!”. Na verdade, as duas estavam diante do imenso espelho que ocu- pava uma das paredes do aeroporto! Já nem sei mais como resol- ver essa questão. Porém, ainda me resta um último apelo: Tia Zuleika, cadê os seus óculos? Tia Chiquinha, vá procurar um oculista! No passado, Ficava amuado. Na visão? Só corrupção... Passado recente, Pensaram que sou demente, Para crer num estado indecente. O futuro? Muito escuro... Um furo no país inseguro. Furado pelo estado impuro. O presente? Uma lama, um charco Um presidente estridente, sem mente... Sobrou para São Paulo um grande buraco. Dá pena, meu país mal feito. Parece até um rio sem leito Que não merecia tal sina De ter um estado igual a latrina. Será que ele ainda tem jeito? tem jeitojeitojeitojeitojeito? Carlos Augusto Ferreira Galvão Médico psiquiatra - São Paulo - SP
  • 4. D 4O BANDEIRANTE - fevereiro de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO De volta das férias com a família, não sei o que mais me fez sentir a ausência, o teclado do meu micro, ou do Willie, meu barulhento e valente cãozinho, um yorkshire que tem sido meu alento e minha sombra nos últimos quatro anos. William (Willie para os íntimos) foi adquirido como presente para a minha Bárbara mas, no fundo, confesso ter agido em causa própria. Willie, como costuma frisar minha filha, é de fato um filho mais jovem, único companheiro do casal agora solitário, já que os mais velhos foram em busca de seus ideais em outras paragens. Este estimado animal (acho impróprio enquadrar cachorro nesta clas- sificação zoológica) trata-se do personagem central desta minha crônica, inspirador desta matéria. Amigos, amigos, cachor- ros à parte! O meu desejo inicial era falar diretamente aos cães, como se isso fosse possível. Mas considerando essa impossibilidade só me restam os humanos, seus amos e senhores. A minha predileção e sedu- ção por essas notáveis criaturas, que felizmente nada tem de humanas, vem de longa data. Cresci em íntimo contato e relação com os canídeos e nunca me arrependi por isto. Talvez por este aprendizado da infância tenha conseguido acumular algumas qualidades, bem poucas pois, sem dúvida, predominaram aquelas absortas do contato com os humanos (o mal sempre sobrepõe ao bem). Reza com propriedade e sabedoria o dito popular: quanto mais se conhece os humanos, mais se gosta dos animais. Agradáveis recordações - exemplos me passaram meus amigos caninos. Nunca me atrai- çoaram. A fidelidade sempre foi uma característica, dos mais vira- latas aos de mais nobre linhagem. Reconhecem seus donos e a eles são eternamente devotados, na alegria e na tristeza, até que a morte os separe. Não distinguem raça, cor ou condição social. Exigem muito pouco, quase nada. Retribuem com amizade e dedicação os maus tratos, sendo parceiros de todas as horas. e por que não falarfalarfalarfalarfalar Paulo E.Rodarte de Abreu Médico urologista - Lavras - MG em cães? Os cães são dotados de uma percepção extra sensorial, elegem em uma família os seus prediletos, re- conhecem seus simpatizantes. Adquirem dos seus senhores muitas das suas manias, traços do caráter. Não existem cães ferozes e sim donos raivosos. A psicologia nos ensina que o convívio rotineiro com os cães tem função relevante na socialização dos humanos. Os amantes destes animais freqüentemente se acasalam, trocam números de telefones, etc.. Os canídeos certamente têm muito a nos ensinar, sentidos mais aguçados, capacidade cognitiva mais desenvolvida. Defendem seu terri- tório com unhas e dentes, daí a aparente ferocidade a eles atribuída. Têm mil e uma utilidades e, em con- traste com seus senhores, têm muito a oferecer em troca de amizade e respeito. Felizmente tenho tido suces- so em desenvolver nos meus filhos o mesmo amor aos cães, a mesma dedicação a esta nobre espécie do reino animal. Considero uma qua- lidade especial nos humanos a vene- ração aos cães. Quem deles desdenha bom sujeito não é, é “ruim da cabeça ou doente do pé”. Finalmente, deixo de público minha contestação e desagravo à expressão “cachorrada”, como sinônimo de corja, mal feito, fato repreensível e ignóbil. Os cachorros certamente não merecem tamanha desconsideração. O AMOR é água com muita sede... É sol depois de muita chuva... É canto de pássaro livre... É mulher tatuada nas meninas dos olhos. O AMOR é espinho debaixo da unha... É nos cabelos muito carinho... É alimento bem quentinho... É bebida suave... Geladinha. amoramoramoramoramorHélio José Déstro Cirurgião dentista - São Paulo - SP O AMOR quando bate... É pisar nas nuvens... É dançar num grande salão... É rir... É gargalhar... É emoção... É o perfume que passa pela vida... É vulcão, é tempestade... É maresia. É espera ao chegar é alegria. É loucura, é o trepidar do cérebro, é tremer as mãos... O AMOR é o tudo englobando o nada... É sonhar e passar dias, noites e madrugadas. O AMOR É simplesmente o AMOR a maravilha em viver.
  • 5. A U DDDDD 5O BANDEIRANTE - fevereiro de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO Um dia eu te vi ... Vi suas faces rosadas seus olhos brilhantes uma menina. Não sei bem o que senti naquele dia mas percebi que a queria por toda minha vida. O primeiro beijo, mãos dadas, o silêncio a dois, o frescor da manhã, raios de sol na janela, Você deu cor a minha vida. De menino, tornei-me homem capaz de mover céus e montanhas por um grande amor. Ao teu lado, um ano virou um dia, um dia virou um segundo. o dia em que te vite vite vite vite vi Tornei-me refém de um grande amor E como tantos apaixonados ... Não há como ser resgatado, sem as marcas da paixão. sem a dor da separação ... Esse é preço dos amantes! A consagração de nosso amor veio com nossos dois tesouros Lívia e Marília, Alva e poética, Doce e terna. Vinte anos depois De homem feito voltei a ser menino, Cantos, sorrisos, gargalhadas pueris, sonhos de estação, De longo prazo - só o nosso amor. A mesma poesia, O mesmo cheiro. A mesma música O encantamento persiste... vivifica Meu coração palpita, vibra Sempre a mesma bela e doce surpresa Do reencontro diário ... E todos os dias penso É a mulher que quero por toda a minha vida. José Alberto Vieira Médico anestesista - São Paulo - SP A democracia é o regime, no qual, o povo participa das decisões go- vernamentais ou do poder. Nela, segundo ROSSEAU, o povo impediria o abuso de poder. Este, exerceria sua atividade em benefício da população. É claro que na verdadeira de- mocracia, os impostos, de maneira sensata, seriam aplicados, princi- palmente, para o bem estar do indivíduo garantindo-lhe a famosa e utópica cidadania brasileira. Esta, aliás, é a expressão mais empregada pelos políticos de nossa democracia, porém, a menos utilizada para o engran- decimento do cidadão brasileiro. A miséria vigente, a falta de saneamento básico e a ausência da educação comprometem e mostram a nossa realidade à Nação e ao Mundo. MAQUIAVEL, em seu livro “O PRINClPE” oferece valiosa contribuição sobre o domínio do povo. Diria que MAQUIAVEL sentir-se-ia infante diante da realidade político-social brasileira. Infelizmente a vetusta tese do I.P.M.F. começa a produzir efeito e a propagar- se no meio ministerial. A corte acena, sorri estuda a melhor maneira de aplicar o torniquete no exaurido e marasmático braço do povo brasileiro. O I.P.M.F. repercute e atinge a classe média. Esta foi e está estrangulada entre o poder dos ricos e dos políticos servindo de alvo entre a miséria e a riqueza. A classe média sustenta, e a contragosto absorve os rombos produzidos pelos que se acham no poder político-administrativo, das estatais, dos “João Alves”, dos lati- fundiários entre outros. É a plutocracia na democracia. Poupem e salvem a classe média. Lembrem-se dos regimes político-sociais europeus. São bons exemplos. São experientes, portanto, cometem menos erros. Não acor- rentem, não aprisionem, mais uma vez, em nome da Democracia a reduzida e a produtiva classe média brasileira. “O poder se locupleta com o supérfluo enquanto que à enorme multidão falta o necessário” ROUSSEAU . A Inconfidência Mineira e a Revolução Francesa mostraram que o poder não deve exaurir o povo com impostos e medidas impertinentes à mínima dignidade social. (escrito em mai/1995) prisioneiros da democraciademocraciademocraciademocraciademocracia Evanil Pires de Campos Médico infectologista Botucatu - SP
  • 6. P 6 O BANDEIRANTE - fevereiro de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO Pelo cachorro ouvindo música e que mais parecia estar vigiando a corneta do gramofone, a gente já sabia que era um disco da RCAVictor. Pelo selo. Como podia ser da Continental ou da Columbia, não importa. O fato é que a pilha dos 78 tinha um lugar de destaque na sala de visitas e ninguém podia chegar perto. Ainda não tinham inventado os discos inquebráveis. 78 rotações por minuto. Depois vieram os LPs (long playing) de 33 rpm e os disquinhos de 45. Trisavôs dos CDs de hoje. Tinha que esperar o pai chegar do trabalho. Criança não mexia em nada, quanto mais em vitrola. Só então dava pra pedir I Pagliacci na voz de Beniamino Gigli, o riso-choro do palhaço de Leoncavallo esculpindo meus melodramas pessoais ou a Marcha do toureador da Carmen de Bizet foIjando o meu heroísmo com sangre de arena ou a Abertura 1812,de Tchaikowsky com seus sinos e tiros de canhões lembrando meus derretidos soldadinhos de chumbo na derrota napoleônica para o serviço de meteorologia. Ou ainda a sucessão de foxtrots, a gente dizia que estava tocando ou dançando um fox, desde Glen Miller, Tommy Dorsey e Harry James, I’ll remember april, até um mais moderno e atual, Moonglow, que era tema do filme Férias de amor, uma coqueluche na época. Eu me via dançando à beira do rio numa plataforma de madeira transformada em salão de baile, com uma Kim Novak estreante de saia rodada e meias soquete. A propósito, o nome original do filme era Picnic. Os nossos tradutores divertiam-se à beça, já que não podiam ser diretores de cinema, na criação de títulos mirabolantes. Shane, por exemplo, foi traduzido como Os brutos também amam. E não é que o nome pegou? Esqueceram dos tradutores na festa do Oscar! Pois é, a Kim Novak. Naquele tempo ela nem tinha mostrado o cofunho na página central da Playboy, que esgotou na hora, quando nu frontal não passava de imaginação ou no máximo se materializava naquelas fotos em preto e branco totalmente sem graça das revistas de nudismo, tipo saúde e nudismo. Pelo título bem se vê. A gente comprava escondido engrossando a voz para parecer mais velho, passando dez vezes em frente da banca de jornais com aquele andar não-tou-nem-aí antes de criar coragem, com o dinheiro desviado da verba do lanche da escola queimando dentro do bolso. Uma das minhas preferidas era a Rapsódia Húngara n° 2, de Liszt. Ficava maravilhado como a música imitava a tempestade. Mais do que a frase batida depois da tempestade vem a bonança, a rapsódia dizia a mesma coisa sem dizer. Uma hora a tempestade acalmava e a gente imaginava um sol pálido mostrando a cara timidamente antes de se animar a se fortalecer de vez. Até hoje, quando cai um pé d’água com raios e trovões a que tem direito, eu dou um risinho superior antecipando o fim do dilúvio. É a rapsódia húngara nas minhas veias de menino. Isso sem falar nos boleros e nos boleristas. Bienvenido Granda, seu moustache de Pancho Vila, El bigote que canta, e seu sucesso Perfidia, Lucho Gatica, Trio los Panchos e a paixão alucinante da minha tia, Gregório Barrios. El reloj, La barca, La puerta, Vereda tropical, Sabor a mi, Perfume de gardenia, Frio en el alma, dois pra lá, dois pra cá. Não havia festa de família em que não dançasse todo mundo com todo mundo. Primos, netos, cunhados e até empregadas. Aprendi com minha tia, que usava uma única trança comprida, que me conduzia, bem pequeno, pisando no topo dos seus pés. Eu não tinha que fazer o menor esforço. Simplesmente era levado aos risos pelas notas do Sobre as ondas ou num tango dissoluto de Gardel. Uma tarde voltei da escola e os discos não estavam mais lá. No seu lugar, um aparelho de alta fidelidade. O cobiçado hi-fi e vários Lps que a gente não precisava virar toda hora, seis músicas de cada lado. Não cheguei a me dar conta do quanto senti falta dos meus 78. Dispersaram-se no tempo, na casa de desconhecidos ou nos porões de algum orfanato para onde se drenavam os trastes da gente mais remediada. O que eu nunca entendi direito é que no tempo dos 78 rpm a vida rodava mais devagar. Como pode se os discos giravam mais rápido? Não entendi e até hoje não entendo esse milagre da física. Cadê meu piquenique à luz do luar? Cadê meus palhaços? Cadê meus boleros, meus foxestrotes, os bailes de família, a trança da minha tia? Será que só ficaram as tempestades? em 78 R P MR P MR P MR P MR P MSérgio Perazzo Médico psicodramatista São Paulo - SP Texto vencedor da 16a. Superpizza, em novembro de 2006
  • 7. “ “ 7 O BANDEIRANTE - fevereiro de 2007 estante VVVVVia Pia Pia Pia Pia Palavra - 8alavra - 8alavra - 8alavra - 8alavra - 8 - Vários autores (coletânea) - Espaço Literário Nelly Rocha Galassi - 2006 - Americana - SP Para comemorar seus 25 anos de atividades, o Espaço Literário Nelly Rocha Galassi da cidade de Americana - SP acaba de lançar o oitavo volume de sua série de antologias denominada Via Palavra. Com 216 páginas a presente edição contém os trabalhos literários em prosa e verso de 44 autores membros daquela instituição, dentre eles nossa confreira Wilma Lúcia da Silva Moraes. Além dos textos o belíssimo volume contêm a biografia com fotos dos autores participantes. Para maiores informações sobre a instituição literária que comemora seu com brilhantismo o seu Jubileu de Prata, visite www.espacoliterario.com. Para informações e aquisições de Via Palavra 8 comunique-se pelo email: contatos@espacoliterario.com AraguaiaAraguaiaAraguaiaAraguaiaAraguaia - contos - Almir Gomes de Castro - Edições ao Livro Técnico - 2004 - Fortaleza - CE A versatilidade literária deste escritor cearense fica mais uma vez evidenciada nesta obra de 114 páginas, que reúne 26 narrativas curtas. Em cada conto de “Araguaia”, o médico escritor vai deixando registrada a marca de sua percepção fotográfica com que registra a vida, indo do fantástico ao folclore, passando pela crônica e reportagem do cotidiano, alternando a narrativa entre as mais variadas emoções. O conto que dá título ao volume está ambientado na guerrilha do Araguaia. No dizer de Caio Porfírio Carneiro, que prefacia o volume, “ele põe alma, como que superposta à alma das personagens, aquela alma que se chama ficção criadora e que eterniza a própria ficção.” Para contatos com o autor e aquisição do livro escreva para alanacaroline@hotmail.com O envio de notícias, publicações ou informações sobre lançamentos de livros para a redação do jornal “O Bandeirante” pode ser feito para por correio para: Redação: Av. Prof.Sylla Mattos, 652 - apto.12 - Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 - Também serão recebidas as informações pelo e-mail: SOBRAMES@UOL.COM.BR correio registro Homenagem àHomenagem àHomenagem àHomenagem àHomenagem à poetisa Noemisepoetisa Noemisepoetisa Noemisepoetisa Noemisepoetisa Noemise Machado FMachado FMachado FMachado FMachado Françarançarançarançarança de Carvalhode Carvalhode Carvalhode Carvalhode Carvalho - biografia - Thereza Freire Vieira - Ed. do autor - 2006 - Taubaté - SP Thereza Freire Vieira dá seqüência à sua vasta obra com mais uma biografia. Desta feita ela presta uma homenagem à centenária poetisa Noemise Machado França de Carvalho. Nas 120 páginas deste volume a autora reúne as principais notícias veiculadas na imprensa sobre a poetisa, além de destacar a correspondência pessoal que trocou com ela e muitas outras cartas e comentários de personalidades do mundo literário. Como não poderia deixar de ser, Thereza selecionou os mais expressivos sonetos de Noemise e os reproduziu em seu volume- homenagem. Esta é mais uma importante contribuição para o registro do talento literário quase anônimo existente no país. Adquira escrevendo para Rua 29 de Agosto, 177 - CEP. 12060-410 - Taubaté - SP Frevo (da série Trajes Típicos) - Selo lançado em 08.02.2007, com tiragem de 2.400.000 exemplares. Valor facial de 1º porte - carta não comercial. Arte de Jô Oliveira Srs Diretores do jornal “O Bandeirante”. Recebi a edição 170 de janeiro de 2007 e desejo cumprimentar a seus Editores, Redatores, Revisores e Jornalistas pelo esmero e empenho na realização do jornal (que sei de trabalhosa criação e manutenção) e pelo interesse e qualidade do conteúdo. Vou retransmiti-lo, como sugerido, aos colegas cujo correio-e eu disponho pois tenho certeza muito o apreciarão. Aproveito a oportunidade para, se for permitido por essa Diretoria, incluir nota sobre O Bandeirante em nosso Sítio- e ( www.sobramesmg.org.br ) de modo que os colegas de Minas saibam onde solicitá-lo via correio-e. Apreciaríamos imenso se pudesse haver uma divulgação do nosso referido Sítio-e através de seu prestigioso jornal. Pelo Sítio da Sobramesmg, J. James de Castro Barros. jjames@sobramesmg.org.br O pessoal da Sobrames-SP está de parabéns. Sempre muito atuante e com um belo jornal... E com um Presidente que ama muito a entidade... Parabéns, Hélio. Boa gestão para você e os colegas da Diretoria. Eberth Vêncio (Goiás) eberthdr@terra.com.br “ “ Aos colegas da SOBRAMES-SP: Parabéns pelo lançamento da Edição Virtual! Sonya Braga (PR) sobramesparana@uol.com.br Hélio, Recebi O Bandeirante na versão eletrônica. Parabéns. Marcos, por favor me coloque no rol dos que recebam o boletim virtual da Sobrames-SP. Atenciosamente, Luiz Barreto Sobrames-PE lgbarreto@uol.com.br Agradecemos as inúmeras outras mensagens recebidas que diziam respeito à edição do jornal “O Bandeirante” de janeiro de 2007. Registramos e agradecemos as dezenas de manifestações de pesar e solidariedade recebidas em razão do falecimento de nossa associada Madalena Nebó. Em Portugal - O Dr. André Freire publicou em sua coluna da edição de 10.01.2007 do jornal “Notícias de Castro Daire”, lá em Por- tugal, a seguinte nota: “ Marcos Gimenes Salun, da SOBRAMES-SP me enviou um convite para o lançamento do livro “A Pizza Literária - nona fornada”, evento que ocorreu em 4 de dezem- bro, na cidade de São Paulo. Também recebi o boletim da SOBRAMES-SP, “O Bandeirante”, e agradeço ao colega e amigo pela gentileza e pelo carinho”. De Alagoas - Recebemos do Dr. José Medeiros, presidente da SOBRAMES-AL, a edi- ção de dez/2006-jan/2007 da revista Reflexão Médica, publicada pelas Entidades Médicas do Estado de Alagoas. Enviamos - Dentre outras, a Diretoria da SOBRAMES-SP enviou cartas para: 1.) Dr Carlos Vieira Reis, presidente da Union Mondiale de Écrivains Medicins - Umem, respondendo- lhe sobre quesitos do 51º Congresso Mundial da entidade que ocorrerá em outubro próximo, em Budapeste. 2.) SOBRAMES-MG, saudando a posse do presidente Dr. Sebastião Abrão Salim e da nova diretoria daquela regional. 3.) Dr. Luiz Barreto, cumprimentando os organizadores do II Congresso das Academias de Letras do Nordeste e do VI Congresso da UMEAL, realizados em Recife em fevereiro.
  • 8. Agenda 2007 IX Jornada Literária será em Jundiaí Homenagem A participação em todas as atividades programadas pela SOBRAMES para 2007 é muito importante. Em breve estaremos anunciando novidades. Veja a seguir o que está previsto para os próximos três meses. FEVEREIRO 01 - Reunião de diretoria 15 - 199ª Pizza Literária (apresenta- ção dos textos do 17º Desafio da Superpizza) Especial: CONGRESSO EM RECIFE (informações: lgbarreto@uol.com.br.) MARÇO 06 - Reunião de diretoria 15 - 200ª Pizza Literária (premiação do 17º Desafio da Superpizza) ABRIL 05 - Reunião de diretoria 19 - 201ª Pizza Literária (divulgação do tema do 18º Desafio da Super- pizza) As Pizzas Literárias e as reuniões de diretoria são realizadas na Rua Oscar Freire, 1597 - Pizzaria Bonde Paulista - a partir de 19h30 e são abertas a todos os interessados Anuidade 2007 SÃO PAULO Não deixe de contribuir com a SOBRAMES-SP, efetuando o pagamento da anuidade de 2007. O valor é de R$ 120,00 para aqueles que quitarem até 31.03.2007. Após essa data, o valor será de R$ 150,00. Única fonte de arrecadação da entidade, esse valor destina-se a pagar as despesas com materiais de expe- diente, produção e postagem do jornal “O Bandeirante”, envio de corres- pondência da entidade e encargos legais, dentre outros gastos. O pagamento poderá ser feito enviando-se cheque cruzado e NOMINAL à SOBRAMES-SP, para o endereço do atual tesoureiro: Marcos Gimenes Salun Av.Prof.Sylla Mattos, 652 - apto.12 Jardim Sta.Cruz - São Paulo - SP CEP 04182-010 Na próxima edição deste jornal divulgaremos os associados que já 8O BANDEIRANTE - fevereiro de 2007 pagaram a anuidade de 2007. Colabore você também! Sua contribuição é de fundamental importância para a continuidade das atividades de nossa regional! Em caso de dúvidas, envie um e-mail para SOBRAMES@UOL.COM.BR SOBRAMES NACIONAL A diretoria da SOBRAMES-SP enviou carta registrada em 01.02.2007 para a presidência da SOBRAMES Nacional, solicitando informações quanto a valores, datas, nome de tesoureiro e forma de pagamento da anuidade de 2007 devida pelas regionais. O aviso de recebimento informa que a carta foi recebida em 06.02.2007. Até o momento continuamos no aguardo da resposta oficial, por carta, da presidência da SOBRAMES-Nacional, para poder cumprir com esta obrigação prevista no Estatuto da entidade. Já estão em pleno andamento os preparativos para a realização da IX Jornada Médico-literária Paulista que terá lugar na cidade de Jundiaí, entre os dias 27 e 30 de setembro. Situada a 63 quilômetros da capital do estado de São Paulo, Jundiaí possui cerca de 340 mil habitantes, distribuídos em uma área de 432 km quadrados. O acesso à cidade é feito pelas rodovias Anhangüera, Bandeirantes e Dom Gabriel Paulino Couto, além da proximidade com as rodovias Castelo Branco, Dom Pedro I e Fernão Dias. Nos próximos dias começaremos a dar ampla divulgação de todas as informações necessárias para a participação no evento, que desde já promete reeditar o sucesso das últimas edições. Evento No momento a comissão organizadora está definindo as condições de hospedagem num dos bons hotéis da cidade, além de preparar a programação do encontro, onde estão previstas diversas atrações e atividades culturais, turísticas e de lazer. Os organizadores também estão mantendo contatos com diversas entidades culturais, imprensa e autoridades da cidade e região, visando uma ampla participação da comunidade no evento. Alitta Guimarães Costa Reis recebeu, da Academia Maceioense de Letras, que é filiada ao CONALB - Conselho Nacional das Academias de Letras do Brasil, em Alagoas, cujo presidente é o Dr. Cláudio Antônio Jucá Santos, membro da SOBRAMES-AL, as seguintes distinções: 1.) Comenda Escritor Olavo de Campos, “pelos relevantes serviços prestados à cultura, quer no campo das letras, das ciências ou das artes” - diploma. 2.) Medalha da Comenda Escritor Olavo de Campos. 3.) Comenda do Mérito Literário da Academia Macieoense de Letras - medalha. 4.) Diploma de Sócio Honorário da Academia Maceioense de Letras. Para Alitta os sinceros parabéns e cumprimentos de todos os confrades da regional paulista.