O documento descreve três tipos principais de amebídeos: 1) amebídeos de vida livre que podem causar doenças em humanos como encefalite; 2) Entamoeba moshkovskii que causa infecção intestinal; e 3) amebídeos parasitos intestinais obrigatórios como Entamoeba e Endolimax. O texto fornece detalhes sobre as estruturas, ciclo de vida e patogenia destes protozoários.
2. Introdução
◼ Protozoário flagelado
◼ Infecção humana
❑ 3 espécies:
◼ Trichomonas vaginalis – urogenital – quatro flagelos livres
anteriores
◼ Trichomonas tenax – cavidade oral – patógeno secundário - –
quatro flagelos livres anteriores
◼ Pentatrichomonas hominis – intestino grosso – não patogênico
– cinco flagelos livres anteriores
❑ Não produz cistos
3. Introdução
◼ Trichomonas vaginalis – patogênica
◼ Causa tricomoníase vaginal– DST
◼ 20 a 40% - Brasil
❑ Favorece infecção por HIV, aumenta risco de
infertilidade, parto prematuro, baixo peso do
bebe ao nascer, cânce
5. Ciclo Biológico
◼ Monoxeno
◼ Mecanismo de infecção-
passivo per mucus
◼ Habitat – trato
genitourinário do ser
humano
• Transmissão:
• Transmissão sexual
• Canal do parto
• Objetos (raro)
6. Patogenia
◼ Barreiras
❑ Camada de muco
❑ Constante fluxo de fluido
❑ Poucos nutrientes
❑ Resposta anticorpos
◼ Fatores pré-disponentes
❑ Alteração da microbiota
(redução dos Bacilos de
Doderlein)
❑ Redução do glicogênio
❑ Aumento do pH - 6,0 e
6,5 (fisiológico - 3,5 – 4,0)
❑ Descamação epitelial
❑ Alterações hormonais
Infecção
Células epiteliais
do trato genital
Adesão trofozoíta
Aumento pH
Interação parasito com células hospedeiro
Liberação de produtos (glicosidases)
no meio de interação
Descamação do epitélio
e pontos eritematosos
Corrimento esbranquiçado a amarelado
Odor fétido, presença de bolhas
Ausência de sangue
Redução
Lactobacilos
Aumento de bactérias
anaeróbias
Aumento pH (básico), Aumento secreção muco
Infecções secundárias
7. Patogenia
◼ PI – 4 dias a 3 ou 4 semanas
◼ Sintomatologia
❑ Mulheres
◼ Vaginite - corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso, com
mau-cheiro (pós-menstrual);
◼ prurido e/ou irritação vulvar – secreção;
◼ dor pélvica (ocasionalmente) - infecção útero;
◼ sintomas urinários (disúria – dor ao urinar, polaciúria); e
◼ hiperemia da mucosa, com placas avermelhadas (colpite difusa e/ou focal, com
aspecto de framboesa).
◼ Homem
❑ Assintomático – portador são
❑ Sintomático – uretrite com fluxo leitoso ou purulento
◼ dor ao urinar (disúria), polaciúria, exsudato ( primeira micção – corrimento claro, viscoso e
pouco abundante)
8. Diagnóstico
◼ Clínico – difícil – corrimento 20%
◼ Confirmação - Parasitológico
❑ Secreção Vaginal (Corrimento)
◼ Técnicas
❑ Direto – Solução fisiológica (exame a fresco)
❑ Esfregaço – Gram, Giemsa ou Papanicolau
❑ Cultura em meio de Kupferberg, Diamond, etc – coleta em solução de
Ringer (24h)
❑ Swab em meio de cultura – 24h
◼ Estrutura – trofozoita
10. Epidemiologia
◼ OMS - 170 milhões de infecções em cada ano
◼ Países menos desenvolvidos,
❑ 5% dos homens e
❑ 15% das mulheres serão portadores do parasita
◼ Só parasita o ser humano.
◼ Transmissão
❑ contato sexual principal– doença venérea
❑ Canal do parto – 5%
❑ Raro - partilha de toalhas ou fatos de banho imediatamente
consecutiva – moças virgens com mães parasitadas – 80% -
promiscuidade, falta de higiene
❑ uso de banheiro com pouca higiene (gotas de secreção)
◼ Trofozoita
❑ água com baixo teor de cloro durante algumas horas – 2 h a 400C
❑ Horas em secreção vaginal – 6 horas
❑ 3 horas na urina coletada
❑ 6 horas no sêmen ejaculado
11. Epidemiologia
◼ Mulheres com vida sexual ativa
❑ 15 a 45 anos – 10 a 25% - representa 10% infecções vaginais
◼ Homens
❑ a uretra, a próstata e a bexiga, mas só raras vezes causa sintomas
- disseminador
◼ Grupo etário dos 16 a 35 anos
◼ Crianças – verificar abuso sexual
◼ Favorece infecção por HIV - processo inflamatório e lesões
◼ Complicações na gestação
◼ Problemas relacionados a fertilidade – inflamação pélvica
12. Profilaxia
◼ Educação em saúde
◼ Uso de preservativo feminino e masculino
◼ Uso individual de objetos de toalete (raro),
◼ Esterilização dos aparelhos ginecológicos,
◼ Higiene em relação aos sanitários públicos (raro)
◼ Diagnóstico
◼ Tratamento de indivíduos portadores assintomáticos e sintomáticos
e de parceiros sexuais
❑ metronidazol (oral ou local)
❑ Tinidazol
❑ Secnidazol
14. Introdução
Giardíase
Protozoário flagelado intestinal
OMS – 200 milhões casos sintomáticos e 500 mil
casos novos – Asia, Africa e America Latina
Diarréia - água
Sinonímea - Giardia intestinalis ou Giardia lamblia
Monis et al, 2009 –
◦ 11 espécies (dados morfológicos, bioquímicos, moleculares,
etc) ;
◦ 7 subgrupos de G. duodenalis (dados moleculares);
◦ 2 subgrupos relacionados seres humanos – A e B
17. ◼ Monoxeno
◼ Mecanismo de infecção-
passivo oral
◼ Habitat – intestino
delgado(duodeno e
jejuno)
Ciclo Biológico
18. ◼ Água contaminada - cistos
❑ 900 milhões: não tem acesso a água potável;
❑ 125 milhões: água suspeita;
❑ 2,5 bilhões: sem saneamento básico
◼ Alimentos contaminados – cistos
◼ Mãos contaminadas - cistos
Transmissão
19. Patogenia
Infecção
10 a 25 cistos
Excistação
Ação pH e
enzimas pancreáticas
Fixação trofozoíto
disco suctorial
Lesão e atrofia das vilosidades,
hiperplasia das criptas, hiperpermeabilidade intestinal,
lesão do enterócito, lesão borda em escova
Redução das
Dissacaridases (lactase)
Aumento da
microbiota
Quebra
sais biliares
Ingestão sais biliares
pelo trofozoita
Redução
absorção gordura
Redução
absorção nutrientes
Eletrólitos, água, glicose
Aumento
conteúdo intestinal
Resposta intestinal
Aumento peristaltismo
Diarréia
Esbranquiçada
Presença muco
Presença de gordura
Dor epigástrica
Náusea
Vomito
Mal estar
Crônico
Intolerância lactose
ConstipaçãoXdiarréia
Síndrome da má-absorção
Vitamina B 12 e lipossolúveis,
Lactose,
Glicoproteinas,
proteinases
e lectinas
Perda peso,
deficiência nutricional
Perda apetite
Irritação duodeno Enterogastrona Perda apetite
20. Patogenia:
◼ Lesões predominantes em duodeno e jejuno:
◼ aderência a parede intestinal;
◼ irritacão catarral;
◼ Vacuolizacão de células epiteliais, necrose;
◼ troca de células da superficie, caindo na superficie
células imaturas;
◼ dificuldade de absorção diarréia;
◼ Ca++ e gordura não absorvida = saponificação;
◼ Irritação duodenal Enterogastrona saciedade
◼ Hipersensibilidade tipo I: local e a distância.
21. Patogenia
Alternative Medicine Review ◆ Volume 8, Number 2 ◆ 2003
http://br.geocities.com/dra_reginadias/images/giardia_intest.jpg
http://www.tulane.edu/~wiser/protozoology/notes/images/disk.JPG
http://www.tulane.edu/~wiser/protozoology/notes/disk.html
22. ◼ Mais comuns
❑ anorexia
❑ dor epigástrica e inconstante
❑ constipação (crônica)
❑ fezes fétidas
❑ diarréia
◼ Alimentos mal digeridos - lientérica
◼ esteatorreia (gordura nas fezes)
◼ Raras:
❑ deficiência de vitaminas lipossolúveis – crônica
❑ Hipersensibilidade tipo I
Sintomatologia
Não tem sangue
24. Diagnóstico
◼ Confirmação parasitológica
❑ Fezes formadas
◼ Técnicas
❑ Direto – Lugol
❑ Técnica de Concentração
▪ Faust e cols (centrifugo
flutuação)
▪ Ritchie (centrifugo
sedimentação)
▪ Sheather ( centrifugo
flutuação)
❑ Esfregaço de fezes –
Hematoxilina férrica
◼ Estrutura - cisto
Coleta múltipla de amostras – 3 a 5 dias
25. Diagnóstico
◼ Parasitológico
❑ Fezes formadas
◼ Técnicas
❑ Pesquisa de antígenos – ELISA
❑ Pesquisa de material genético – PCR – identificação espécies
❑ Imunocromatográfico - antígenos
◼ Imunológico
❑ Pesquisa de anticorpos
❑ ELISA
◼ Pouca eficiência
O RIDASCREEN® Giardia é um enzima-imuno-ensaio para a
detecção qualitativa de Giardia duodenalis nas amostras de fezes
teste rápido imunocromatográfico possui anticorpos específicos dispostos contra
Giardia duodenalis acoplados a partículas de látex vermelhas.
26. Epidemiologia
◼ Ampla distribuição geográfica – tropical e temperado
◼ Ambientes fechados como creches, orfanatos
◼ Cistos
❑ Resistentes a cloração e desinfecção por UV
❑ Destruição por aquecimento acima de 60ºC
❑ Infecção a partir de 10 ou menos cistos
❑ Resistem no meio ambiente por 2 meses
◼ Grupos etários inferior a 10 anos
◼ Zoonose – sub-grupos AI e B – sem importância
primária na transmissão
27. Epidemiologia
◼ Condições sanitárias precárias e tratamento de água
inadequado
◼ Moscas, baratas, formigas – transporte mecânico
◼ Transmissão passivo oral
❑ água
❑ alimentos
❑ Pessoa a pessoa (creches, orfanatos, asilos)
❑ Relação oro-anal - homossexuais
28. ◼ Educação em saúde
◼ Saneamento básico
❑ Redes de esgoto
❑ Fossa séptica
❑ Tratamento de água
◼ filtração, floculação
◼ fervura
Profilaxia
29. ◼ Higiene
❑ Lavar mãos
❑ Lavar alimentos e protegê-los
◼ Diagnóstico
◼ Vacinação de cães (Giardia Vax) – em desuso
◼ Tratamento – metronidazol, ornidazil, tinidazol,
nimorazol
Profilaxia
40. Patogenia
Infecção
Excistação
Ação pH e
enzimas pancreáticas
Trofozoíta - enzimas (cistieno proteases), lectinas,
Amebaporo - Adesão, lise, apoptose
Penetra na mucosa
Pontos hemorrágicos Ulceras sangramento
Submucosa
Alimenta-se de hemácia
Destruição tecidual
Resposta intestinal
Aumento peristaltismo
Diarréia
sangue
muco
Dor abdominal
Náusea
Vomito
Mal estar
Complicações:
Perfuração
hemorragia
Colite
Fístulas
amebomas
Intestinal
-Aguda –
Colite amebiana
aguda
Disenteria
Febre, diarréia,
dor abdominal,
leucocitose
Evacuaçoes
frequentes
Fezes líquidas
Muco e sangue -
morte
-Crônica –
Evacuações tipo
diarréico ou não
várias vezes ao
dia (5-6)
Flatulência
Desconforto
abdominal/dor
Febre rara
Intervalo de
dias/semanas
entre crises
Reação Inflamatória
Ulceras
Botão de camisa
41. Patogenia
Infecção
circulação
Fígado
Necrose
Lesões pequenas e múltiplas
Cavidade peritoneal pleura pericárdio
Abscesso amebiano
Ruptura
Extra - Intestinal
Pulmões Cérebro
aderência
pele
infecção
Fígado
Dor ou desconforto
hipocôndrio direito
Febre irregular e
intermitente
Calafrios, suores
Náuseas
Vômitos
Perda peso
fraqueza
Pulmões
Febre
Dor torácica do
lado direito
Tosse
expectoração
Reação Inflamatória
42. Patogenia
◼ Amebíase intestinal não invasiva – formas vivendo na luz do
intestino sem penetrar na mucosa - assintomáticos
◼ Amebíase intestinal invasiva – sintomática
❑ Colite amebiana não disentérica
❑ Colite disentérica
❑ Colite amebiana fulminante
❑ Amebomas- pseudotumor (necrose, inflamação e edema)
◼ Extraintestinal
❑ Amebíase hepática - abscesso amebiano hepático
◼ Necrose amebiana de fígado
❑ Abscesso amebiano pulmonar,
❑ etc
43. Patogenia
◼ Colites não disentéricas: - 90%
❑ 3 a 5 evacuações por dia com fezes moles pastosas;
❑ Sem febre
❑ desconforto abdominal
❑ Cólicas e tenesmo
❑ Mucosa normal
◼ Forma disentérica: colites amebianas:
❑ 8 a 10 evacuações por dia
❑ cólicas intestinais e
❑ diarréia mucosanguinolentas,
❑ febre moderada e
❑ dor abdominal.
❑ Mucosa inflamada, com ou sem ulcerações
◼ Colite Fulminante – 0,5%
❑ 30 ou mais evacuações
❑ Cólica
❑ Tenesmo
❑ Letalidade – 40%
45. Diagnóstico
◼ Parasitológico
❑ Fezes formadas
◼ Conservantes – Formol 10%,
Railliet & Henry, MIF, SAF
◼ Técnicas
❑ Direto – Lugol
❑ Técnica de Concentração
▪ Faust e cols, Ritchie
❑ Esfregaço de fezes –
Hematoxilina férrica
◼ Estrutura - cisto
Corpo
cromatóide
Coleta múltipla de amostras
Laudo: Compexo Entamoeba histolytica ou
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar/Entamoeba moshkovskii
46. Diagnóstico
◼ Imunológico – amebíase intestinal invasiva e
extra-intestinal
❑ Soro
◼ Técnicas
❑ Elisa
❑ Imunofluorêscencia Indireta
❑ Contra-imunoeletroforese
❑ Hemaglutinação indireta
❑ Antígeno em fezes
◼ ELISA – permite diagnóstico E. histolytica
◼ Bioquímico e Molecular (PCR)
❑ Identificação das diferentes espécies
Anticorpos – 75% intestinal invasiva
90% - extra-intestinal
47. Epidemiologia
◼ Ampla distribuição geográfica - mundial
◼ Argentina =22 -25%; China = 1 %; Colômbia =18-20%; EUA= 20%, Holanda
=28 %; Inglaterra =5%;Itália=38%; URSS=20%
◼ Brasil=0,5-50%, Sul-Sudeste(2,5-11%), Amazônia (19%), Outros 10%
◼ Problema de saúde pública
❑ 400 milhões de infecções novas
❑ 40 a 50 milhões - casos de colite (E. histolytica)
❑ 10 % – OMS
❑ Quarta causa de morte protozoário (malária, Chagas, Leishmanioses)
◼ Forma invasiva – Oeste e sul África, sul da Ásia e região ocidental da America
do Sul, México, Colômbia.
◼ Brasil – formas variadas – formas assintomáticas e colite não disentérica
◼ Ser humano – principal hospedeiro e reservatório
48. Epidemiologia
◼ Distribuição coincide com baixo nível socioeconômico e higiênico sanitário
◼ Transmissão
❑ direta fecal-oral
❑ Água e alimentos contaminados
❑ Direta pessoa a pessoa – mãos sujas
❑ Homossexuais masculinos
49. Epidemiologia
◼ Cistos
❑ Resistem alguns dias nas fezes
❑ Viáveis em mãos por 5 minutos
❑ Debaixo de unhas longas – 45 minutos
❑ Dessecação pelo calor (680C)
◼ Trofozoítos não causam infecção
◼ Regiões frias ou temperadas – rara amebíase-doença
◼ Pacientes crônicos oligossintomáticos, assintomáticos – principais
fontes de infecção
◼ Infecção mais prevalente na idade adulta – profissões
◼ Moscas e baratas – vetores mecânicos
◼ Cloração é ineficaz
50. Profilaxia
◼ Educação em saúde
◼ Evitar contaminação fecal da água e alimentos
◼ Saneamento básico
❑ Redes de esgoto
❑ Fossa sanitária
◼ Tratamento de água
◼ Filtração da água de consumo ou fervura
◼ Evitar alimentos manipulados por ambulantes
◼ Higiene
❑ Lavar mãos, corte de unhas
❑ Lavar alimentos e protegê-los
◼ Utilização de detergentes fortes:sabão soluções de acido acético ou vinagre por 10 a 15
minutos - banhos
◼ Diagnóstico
◼ Remoção lixo e dar destino adequado – controle de vetores
51. Tratamento
◼ Não invasiva
❑ dicloroacetamidas (etofamida)
❑ Benzilamina (teclosan)
◼ Invasiva - nitroimidazólicos
❑ Metronidazol
❑ Tinidazol
❑ Secnidazol
Controle de cura: 7, 14, 21, 28 dias
55. Ciclo Biológico
◼ Monoxeno
◼ Mecanismo de
infecção- passivo oral
◼ Habitat – intestino
grosso
◼ Forma infectante -
cisto
Barbosa, A S ; Dib, LV ; UCHÔA, C.M.A. . Balantidium coli. In: Dongyou Liu. (Org.). Handbook of Foodborne Diseases. 1ed.Florida: CRC Press, 2018, v. 1, p. 531-539.
56. Patogenia
Infecção
Acloridria ou
dano prévio na
mucosa
Trofozoita penetra
epitélio intestinal
Cílios e enzimas - hialuronidase
Congestão e hiperemia - necrose
ulceras
Invasão das
criptas intestinais
Microabscessos Necrose Aumento peristaltismo
Progressão
Resposta Inflamatória
Infecção bacteriana
secundária
Diarréia com
sangue e muco
Dor epigástrica
Náusea
Vomito
Mal estar
Complicações
Perfuração
Sepse
Extraintestinal – peritônio,gânglios,
trato genituruinário e pulmões
Raramente fígado
Crônico
Constipação X Diarréia
Estado nutricional, virulência, microbiota,
associação com enteropatógenos,
acloridria, alcoolismo, doenças crônicas,
imunocomprometimento.
57. Patogenia e Sintomatologia
◼ Formas assintomáticas
◼ Formas sintomáticas
❑ Aguda – disenteria aguda – média a fulminante
◼ múltiplas deposições com sangue e pus, náuseas, dor
abdominal, tenesmo e perda de peso
❑ Crônica – diarreia alternando com constipação, sintomas
abdominais, fezes mucosas com sangue e muco.
59. Diagnóstico
◼ Parasitológico
❑ Fezes formadas (pouco frequente –
10%)
◼ Técnicas
❑ Exame Direto – com ou sem Lugol
❑ Técnica de Sedimentação (mais eficiente)
▪ Lutz
▪ Ritchie modificado
❑ Técnica de Flutuação
▪ Pouco eficiente - deformação
❑ Esfregaço de fezes – Hematoxilina férrica
◼ Estrutura – cisto
Cisto e trofozoíto em fezes de suínos – sólida e semi-sólida
60. Epidemiologia
◼ Único ciliado parasito do ser humano
◼ Infecção humana rara
◼ Parasito com baixa virulência
◼ Distribuição mundial – 0,02 a 1% variando com região geográfica
◼ Maior prevalência: América Latina – Bolívia (6-29%), sudeste
Asiático e Papua Nova Guiné (28%), Filipinas
◼ Ocorrência de tufões favorecem os surtos
◼ Presença de bactérias patogênicas podem influenciar no curso da
infecção
◼ Baratas e ratos podem ser vetores mecânicos
62. Epidemiologia
◼ Infecção no ser humano relacionada a
❑ contato com suínos próximo,
❑ áreas rurais – fazendeiros, trabalhadores rurais
❑ condições higiênicas e sanitárias precárias
❑ Clima subtropical ou tropical - cistos
◼ Transmissão
❑ água e alimentos contaminados
❑ pessoa a pessoa em asilos psiquiátricos, prisões, orfanatos
◼ Cistos
❑ 2 ou mais semanas no ambiente
❑ Resistentes ao cloro
◼ Doença – hipocloridria ou acloridria gástrica
63. Profilaxia
◼ Educação em saúde
◼ Evitar contaminação da água abastecimento e alimentos
por fezes de suínos
◼ Saneamento básico
❑ Redes de esgoto
❑ Fossa sanitária
❑ Tratamento de água consumo
◼ Filtração da água de consumo ou fervura
◼ Higiene
❑ Lavar mãos, corte de unhas
❑ Lavar alimentos e protegê-los
◼ Diagnóstico
◼ Tratamento – tetraciclina, doxiciclina, metronidazol
65. Introdução
◼ Parasito mais frequente em estudos com amostras fecais humanos
◼ Ampla distribuição mundial
◼ Protista de habitat intestinal
◼ Descrito início anos 1900
◼ Classificação incerta
❑ Fungo
❑ Cistos de amebídeos
❑ Célula degenerada
◼ Infecta grande diversidade de animais – potencial zoonótico
◼ Infecção humana
❑ Blastocystis hominis (Brumpt – 1912)
❑ Blastocystis sp. (Stensvold et al. – 2007) - subtipo
66. Taxonomia
◼ Subtipos
❑ 17 subtipos
❑ ST1 a ST9 - infecção em
humanos (ST3 e ST9)
WAWRZYNIAK et al. 2013
67. Formas Evolutivas
◼ Formas evolutivas - seis
❑ Forma vacuolar (2 a 200 µm - media - 4 a 15 µm)
◼ 1 grande vacúolo central – corpo central
◼ Multiplicativa, mais comum, fezes e cultura
❑ Granular 2 a 200 µm - media - 4 a 15 µm)
◼ grande vacúolo central – grânulos
◼ Fezes e cultura
❑ Forma amebóide
◼ Irregular – similar pseudópode
◼ Raramente encontrada - 10 a 15 µm
◼ Fezes diarreicas e cultura
◼ Associada a patogenia
https://doencasesintomas.blogspot.com/2014/01/blastocistose-ou-blastocystis-hominis.html
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Four_common_forms_of_Blastocystis_hominis_Valzn.jpg
68. Formas Evolutivas
◼ Formas evolutivas - seis
❑ Forma cística (2 to 5 µm)
◼ Multinucleado – 1 a 4 núcleos
◼ Parede cística espessa com várias camadas
◼ Fezes frescas
◼ Transmissão
❑ Forma Avacuolar e Forma Multivacuolar (5 a 8 µm)
◼ Fezes frescas e cultura
◼ Raramente encontradas
◼ Avacuolar – sem vacúolo central
◼ Multivacuolar – vários pequenos vacúolos
Tan, 2008
71. Patogenia
◼ Discutível
❑ Patogênico ?
❑ Não patogênico ?
◼ Relação subtipos X virulência (ST3, ST1 e ST2)
◼ Não invade tecido do hospedeiro
◼ Relação com Síndrome do Intestino irritável (IBS)
❑ Causador
❑ Presença IBS – favorece parasito
◼ Biomarcador ambiente intestinal – parasito não patogênico
◼ Interação com a microbiota
72. Patogenia
Tan, 2010
◼ Cisteíno-proteases
❑ Reduz resistência barreira
epitelial - muco
❑ Alteração citoesqueleto -
aumenta permeabilidade
epitelial
❑ Indução de citocina pró-
inflamatória – IL8, IL2, TNF
❑ Degradação de IgA -
imunomodulação
◼ Caspase 3 e 9
❑ Alteração citoesqueleto – induz
Apoptose –- Aumento
permeabilidade
◼ Adesão a resíduos de galactose
– comprometimento barreira
73. Patogenia
◼ Sintomatologia
❑ Intestinal
◼ Assintomático
◼ Sintomático
◼ Dor abdominal
◼ Flatulência
◼ Inchaço
◼ Diarreia leve – imunocompetente e crônica – imunocomprometido
◼ Inflamação intestinal - colite
◼ Síndrome do intestino irritável
❑ Extra intestinal
◼ Urticaria aguda ou crônica - TH-2 – IgE – alergia
◼ Prurido palmo plantar
◼ Angioedema crônico
◼ Anemia por deficiência de ferro
Considerado como patógeno:
• Único parasito diagnosticado
• Presença de manifestações clínicas
• Remissão sintomas após tratamento
74. Diagnóstico
◼ Clínico
◼ Confirmação Parasitológica
❑ Fezes
◼ Técnicas parasitológicas microscópicas
❑ Direto – Solução fisiológica e lugol
❑ Esfregaço de fezes – Hematoxilina férrica, tricrômio, Wright-Giemsa
❑ Técnica concentração*
▪ Ritchie modificado (concentração formol éter ou formol acetato
de etila)
▪ Lutz
❑ Cultura – padrão ouro
◼ Molecular – PCR – identificação de subtipo
https://www.cdc.gov/dpdx/blastocystis/images/1/Bhominis_cyst_wtmt2.jpg
* Baixa sensibilidade
Coleta múltipla de amostras
Laudo: Blastocystis sp.
75. Diagnóstico
❑ Imagens do parasito
http://grupoarhlaboratorios.blogspot.com.br/2012/05/blastocystis-hominis-el-protozoo-mas.html
Laudo: Blastocystis sp.
77. Diagnóstico
◼ Cuidados no diagnóstico
❑ Perícia do profissional
❑ Qualidade técnica do microscópio
❑ Qualidade dos corantes
❑ Preservação da amostra fecal – rompimento das formas
vacuolares contato com água
78. Epidemiologia
◼ Parasito com maior frequência nos estudos epidemiológicos –
protozoários intestinais
◼ Ampla distribuição geográfica
◼ Baixa qualidade higiênico sanitária
◼ Transmissão fecal-oral - cisto
◼ Fatores de risco
❑ consumo de água não tratada,
❑ manipulação de animais possivelmente infectados
❑ viagem a áreas tropicais
◼ Cistos
❑ 1 mês a temperatura 250 C
❑ 2 meses a 40 C
❑ 19 dias em água a temperatura ambiente
❑ Sensível a desinfetante comum e a temperaturas extremas
79. Epidemiologia
◼ Crianças, idosos, imunocomprometidos – maior frequência
◼ Zoonose – baixa especificidade a hospedeiros
◼ Maior prevalência – países em desenvolvimento
❑ Japão (0.5 to 1%)
❑ Argentina (27.2%)
❑ Brasil (40.9%)
◼ Técnicas parasitológicas microscópicas – sub-estimação de
frequência
◼ Infecções mistas nos hospedeiros
◼ Dispersão heterogênia dos STs
81. Profilaxia
◼ Educação em saúde
◼ Saneamento básico
❑ Redes de esgoto
❑ Fossa séptica
◼ Cuidado no contato com animais
◼ Dar destino adequado a fezes de origem humana e
animal
https://descomplica.com.br/
https://www.seucondominio.com.br/noticias/esgoto-no-condominio
82. Profilaxia
◼ Tratamento de água
❑ filtração, floculação
❑ fervura
http://saneacqua.com.br/site/como-funciona-uma-estacao-de-tratamento-de-agua/
85. Importância
◼ Gregarina – antigamente esporozoários - Apicomplexa
◼ Agente causal de diarreia moderada a severa – crianças
com menos de 2 anos
◼ Sequelas de longo prazo – interferência no crescimento
e desenvolvimento cognitivo
◼ Associado a pobreza
◼ Surtos em países em desenvolvimento
◼ Determina infecção assintomática em 27% a 69%
89. Ciclo Biológico
◼ Habitat: Intestino delgado
❑ Intracelulares;
❑ Extracitoplasmáticos
❑ Localizados em vacúolo parasitóforo
◼ Na borda em escova das microvilosidades intestinais.
90. Ciclo Biológico
◼ Mecanismos de Infecção:
❑ Passiva Oral
❑ Inalação
◼ Transmissão
❑ Contato:
◼ Pessoa a pessoa
◼ Pessoas com animais
◼ Ingestão de água contaminada
❑ Água de beber
❑ Água recreacional
◼ Ingestão de vegetais contaminados
91. Ciclo Biológico
◼ Moxeno
◼ Mecanismo de infecção:
❑ passivo oral
❑ Inalatorio
◼ Habitat
❑ Epitélio do sistema digestório e
respiratório
❑ C. parvum - intestino delgado
❑ C. hominis – intestino delgado
92. Chiodoni, PL; Moody AH; Manser, DW. Atlas of Medical helmintology and protozoology, 2003
93. Patogenia
Infecção
esporozoíta
Penetração em
células epitélio intestinal
Intracelular
extracitoplasmático
Multiplicação
7 evacuações por dia
Muco e raramente sangue
Diarréia aquosa profusa
persistente
perda de pêso severa,
dores abdominais epigástricas,
náuseas,
vômito,
febre até 390 C
leve a moderada
atrofia das vilosidades
aumento do tamanho
das criptas intestinais
moderado infiltrado inflamatório
mononuclear na
lamina própria da mucosa
Gartinterite
Ativa cascata interna
Anti apoptótica
Mudança fenotípica
do enterócito
Prostaglandinas
Reduz absorção
de sódio
94. Patogenia e Manifestações Clínicas
◼ Enterite sintomática é caracterizada pela presença de diarreia.
◼ A diarreia ocorre devido a secreção de fluídos e eletrólitos.
◼ Perda protéica e má absorção de gorduras e carboidratos.
◼ Sintomas:
❑ diarreia aquosa profusa (93%),
❑ dor abdominal (84%),
❑ perda de peso (75%),
❑ Febre baixa (57%),
❑ vômito (48%).
95. Sintomatologia
A severidade da doença:
Gastrinterite aguda
autolimitada e de curta
duração (1 a 3 semanas)
Gastrinterite crônica
persistente e localizações
extra intestinais
X
Imunocompetentes Imunocomprometido
Localização em ductos biliares, pâncreas,
sistema respiratório, etc
100. Diagnóstico
◼ Imunológico
❑ Fezes – antígeno (usado em rotina e pesquisa – fezes
e água)
◼ ELISA
◼ Imunofluorescência direta
◼ Imunocromatográfico – POC – 10 min.
Laudo: Crytosporidium sp.
101. Epidemiologia
◼ Seis continentes
◼ Terceiro ou quarto agente causal de diarreia.
◼ Transmissão hídrica
◼ Transmissão - fecal-oral.
◼ Hábitos de coitos oro-anais entre homossexuais e
heterossexuais também favorecem a infecção.
◼ Água de consumo, água piscinas - surtos
◼ Oocistos
❑ escapam das malhas de filtração
❑ não são destruídos pela cloração nem pelos desinfetante
102. Epidemiologia
◼ Crianças mais suscetíveis
◼ Estado imunológico - curso e severidade da infecção.
◼ Surtos ocorrem tanto em áreas rurais como em áreas
urbanas,
❑ Áreas rurais - animais e homens - zoonose.
❑ Áreas urbanas - contaminação da rede de abastecimento de água,
◼ Pacientes com SIDA com diarréia
◼ Sazonalidade - maior frequência nos meses quentes e
úmidos.
◼ Prevalência
❑ Europa - 1 a 2%,
❑ América do Norte - 0,6 a 4,3%,
❑ África, Ásia, Austrália, América Central e na do Sul - 10 a 20%.
◼ Parasito Eurixeno
103. Profilaxia
◼ Educação em saúde
◼ Medidas para evitar o contágio e controlar a dispersão do
parasito a nível de meio ambiente.
◼ Normas de biossegurança - materiais pacientes suspeitos,
❑ luvas,
❑ Descarte correto de materiais contaminados,
❑ Uso de desinfetantes - hipoclorito a 2,5%, solução de hidróxido de
sódio a 0,02M, formol a 10% por 18 horas e Amônia a 5% por 18
horas.
◼ Não ingerir água de torneira ou sem ser tratada,
◼ Construção de rede de esgoto com tratamento
◼ Diagnóstico dos indivíduos positivos e isolamento
104. Profilaxia
◼ Não eliminar as fezes no meio ambiente,
◼ Lavar as mãos após evacuar, antes de se alimentar, após trocar
fraldas e antes de preparar alimentos.
◼ Isolar e tratar pacientes com a doença
❑ terapia de suporte
❑ Azitromicina e claritimicina
❑ Paramomicina ( patente EUA)
❑ Nitazoxanida ( Anita)
◼ Tratar os alimentos de área onde acontecem surtos com calor
úmido para destruição dos oocistos (450C por 5 a 20 minutos).
◼ Inativar oocistos por congelamento ou aquecimento a 650C por
30 minutos.
◼ Utilizado como parâmetros de potabilidade de água desde
1990, por meio da Portaria do MS Nº 1469.