As obras "O nazismo no Rio Grande do Sul", primeiro e segundo relatório, de autoria do chefe de polícia Aurélio da Silva Py, encontram-se na Biblioteca Central da Universidade de Caxias do Sul, na seção de Obras Raras e tratam de documentos secretos minuciosos sobre as atividades nazistas no estado, no segundo quartel do século XX.
Sistema de Bibliotecas UCS - O nazismo no rio grande do sul
1. AURÉLIO DA SILVA PY
O NAZISMO NO RIO
GRANDE DO SUL
Relatórios
OBRA RARA
2. As obras O nazismo no Rio Grande do Sul, primeiro e
segundo relatório, de autoria do chefe de polícia
Aurélio da Silva Py, encontram-se na Biblioteca
Central da Universidade de Caxias do Sul, na seção
de Obras Raras e tratam de documentos secretos
minuciosos sobre as atividades nazistas no estado,
no segundo quartel do século XX.
3. Py nasceu em Pedras Brancas/RS, formou-se pela
Faculdade de Medicina de Porto Alegre, foi Oficial do
Exército reformado no posto de general e chefe de
Polícia do estado entre 1938 e 1943, falecendo em
1966 quando era superintendente da Fronteira Oeste
do estado.
4. O seu primeiro relatório, de 298 páginas, possui
encadernação em brochura com a capa ilustrada e o
segundo, que a seção abriga dois exemplares, foram
restaurados em capa dura contendo 489 laudas e
apresentam uma gama de documentos, imagens e
esquemas comprobatórios dos movimentos.
5. A documentação foi confeccionada a partir de
informes coletados e arranjados pela DOPS
(Delegacia de Ordem Política e Social) através
do delegado Plínio Brasil Milano, que foi um
colaborador importante para o aprimoramento
do aparelho policial no estado, organizando o
Serviço de Contra-Espionagem em busca de
desmantelar a rede de espionagem nazista.
6. Os relatórios foram organizados e
entregues ao Interventor Federal
Coronel Osvaldo Cordeiro de
Farias que, desde o início de seu
governo em 1938, agiu de forma
rigorosa contra a expansão do
nazismo em áreas de colonização
alemã no Rio Grande do Sul.
7. Py também trata sobre a espionagem
nazista, apontando Otto Ernst Meyer,
um dos fundadores da Viação Aérea
Rio-Grandense (VARIG), como uma das
lideranças alemãs de importante apoio
aos movimentos.
8. Outro ponto de destaque do autor é a
participação da Igreja Evangélica
Alemã como uma das principais
instituições com o intuito de propagar
e arregimentar a ideologia nazista que
alcançava o público ainda por meio de
livros, panfletos e pelo jornal
Deutscher Morgen (Aurora Alemã)
editado em São Paulo, que publicava
trechos de discursos de Hitler e
lançava convites para reuniões e
encontros entre simpatizantes.
9.
10. Essa constatação norteou uma ação
policial mais repressora e conforme a
documentação, entre 1941 e 1943, vinte e
seis pastores evangélicos luteranos foram
detidos na Colônia Daltro Filho. Com a
rendição da Alemanha e o fim da guerra,
as tensões se abrandaram, processos
foram arquivados e prisioneiros alemães
libertos.
12. PY, Aurélio da Silva. O nazismo no Rio Grande do Sul: relatório. [Porto
Alegre]: [s.n.], [1940]. 298 p.
PY, Aurélio da Silva. O nazismo no Rio Grande do Sul: 2º relatório. [Porto
Alegre]: [s.n.], [1941]. 489 p.
Tauana Borges
Andreola
TEXTO POR
Ana Guimarães Pereira
e Paula Fernanda
Fedatto Leal
REVISÃO E COLABORAÇÃO
Isabella Daneluz
EDITORAÇÃO