São 11 olhares sobre a consultoria ligada à gestão das pessoas o que apresentamos neste trabalho.Necessariamente diferentes, refletem um mundo onde o novo surge todos os dias, também nas organizações e para as pessoas que delas fazem parte.
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Temos o básico? A gestão integrada das pessoas conti-
nuaaser,nãooSantoGraalmasumaatitudeséria.Cada
pessoatemparticularidadesepeculiaridadesúnicas.
«Agora vou ter de desenhar um programa para cada
pessoa?» Já era verdade e hoje é mais premente. Não
tínhamos de ter clara para a organização a visão, a
missão, valores, políticas, estratégias, etc? De ter feito
o estudo dos perfis funcionais em vazio? Deixávamos
ou não de apostar na «sorte»? O desenvolvimento de
competênciasnãoestavaalinhadocomofuturo?
Podemos apenas reagir ou ficar à espera dos sinais do
mercado.«Sedeucertoatéagora…»
Há «revisitação» de conceitos logo lançados no merca-
do com outras embalagens? Há, e as abordagens mais
clássicascontinuamaserumareferência.
E ouvimos e lemos que acabaram a análise do trabalho,
a avaliação de desempenho e outras práticas. Baralha-
dos?Quepodemosfazerhoje?
Há quem olhe para a organização e a veja envolvida
numa folha fina e transparente de celofane; será caso
para dizer que tanto brilho cega. E há quem olhe além
do envolvimento de um imperfeito, grosso e ordinário
papelcustaneiroevejaboaspráticas.
Setemosdeterobásico,nãopercamostempo,façamo-
-lo bem e rápido; tempo é dinheiro, é poder e é estar a
caminhodeserfeliz.Sejamoságeis.
Se vamos, por exemplo, desenhar aprendizagens, pen-
se-se prospectivamente e vá-se além de mera avaliação
dos resultados já obtidos e integremos a preparação
inerente às pessoas que queremos ter daqui a anos;
prepare-seaorganizaçãoparaofuturo.
NaSolfutIHaveThePoweranossaabordageméumpor-
toseguroparaosnossosclientesqueaceitamqueépos-
sívelmodelizarpadrõeseferramentasdeêxitoeintegrá-
-los de forma simples numa metodologia a que chama-
mosCPS–CondicionamentoparaoSucesso®equeopera
emtrêspilares:pensamento,comunicaçãoeação.
Melhores pessoas conseguem melhores resultados.
José António Balau, consultor, é ‘manager’ da I Have The Power
HR & Coaching Academy
ESPECIAL
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ma orientação externa para o efeito. O grande foco é na
gestão das competências no seio da organização, sejam
técnicas ou comportamentais/ sociais; logo, nas pessoas.
Os consultores trazem, fundamentalmente, aquilo que
as organizações não têm: visão imparcial, competências
técnicas fortes e muita experiência na implementação.
Ospossíveischoquesgeracionais,acrescenteflexibilida-
de das relações laborais e a dificuldade em encontrar as
competências necessárias para a continuidade do negó-
ciomotivamhojeumcrescenteinteressepelaconsultoria
externa(estima-se,porexemplo,queapartirde2027cer-
cade60%dosprofissionaissejamindependentes).
Asconsultorasterãoumpapelfundamentalparadotarem
as organizações de tais competências, nomeadamente
através de: a) formação técnica dos colaboradores inter-
nos,b)asuaformaçãocomportamentalemprogramasde
‘coaching’, c) o ‘mentoring’ das pessoas-chave, d) a con-
sultoria de recursos humanos, não só técnica, mas cada
vez mais relacionada com ‘employee experience’, com a
marca de empregador e com a proposta de valor, e ainda
e) o recrutamento e a seleção dos melhores quadros que
dotemasorganizaçõesdascompetênciasnecessárias.
As crescentes guerras pelo talento obrigam a uma abor-
dagem estruturada, assente, concomitantemente, em
dois aspetos indissociáveis: 1) formar e desenvolver as
pessoas para que tenham as competências técnicas e
comportamentais mais ajustadas ao bom desempenho
das suas funções, e 2) reter essas pessoas, para manter
as suas competências na organização. E como se retem
as pessoas? Dando-lhes aquilo que elas querem. E o que
queremaspessoas?Cadapessoaecadagrupoqueralgo
diferente; por esse motivo, terão de ser desenvolvidos,
porexemplo,planosespecíficosderetenção(individuais
e/oucoletivos).
Numa cultura cada vez mais estruturada na visão e nos
valores – sem negligenciar os ‘drivers’ estratégicos do
negócio –, a consultoria de recursos humanos pode ofe-
recer a vantagem competitiva necessária para a sobrevi-
vênciadasorganizações.
Pedro Branco é director do Departamento Comercial da Vantagem+
ESPECIAL